Texto Qm sou eu
Noite fria, eu com pensamentos ainda do dia
Cadê a alegria que aqui vivia ?
Apenas saudades ficaram comigo
Minha vida dramática, precisa de motivos para ser vivida
Positividade sempre nas coisas que acredito,
eu vou levando o tempo com o amor sofrido
E aos poucos os meus passos vão sumindo nesse mundo cruel e malvado comigo.
Agora é tarde.
Eu disse fica, e você foi.
Eu me fiz toda dor, e você não notou.
Eu comecei a me curar, e você voltou.
Eu sorri, e você emburrou.
Eu sonhei, e você acordou.
Eu contei verdades, e você mentiu.
Eu me mostrei, e você outra vez partiu.
Eu te procurei, e você se escondeu.
Eu melhorei, e você reapareceu.
Eu desisti de nós, e você não entendeu.
Eu voltei a brilhar, e você escureceu.
Eu tranquei a porta, e você bateu.
Eu mantive distância, e você se aproximou.
Eu te fiz passado, e você se espantou.
Eu disse vai, e você se magoou.
Eu saí de mão dada, e você me seguiu.
Eu ganhei um beijo, e o seu coração partiu.
Eu não quis mais te ver... E foi aí que você me viu.
Rosmaninho da saudade.
Quando eu morrer meu amor..
Quero a minha campa cheia de rosmaninho
Para que te lembres do meu corpo perfumado.
Quando eu morrer meu amor...
Planta-me aos meus pés, camélias de todas as cores.
Para não te esqueceres dos filhos, que eu pari com amor.
Quando eu morrer meu amor...
Planta-me um roseira de rosas vermelhas.
Para recordares o amor e o desejo que senti por ti.
Quando eu morrer meu amor...
Canta muito, chora o que tiveres de chorar.
Mas nunca te esqueças de viver, de sorrir e de amar.
E nunca culpes Deus por me ter levado!
Eu não sei disputar... E na verdade eu odeio disputas!
Não disputo trabalho, não disputo coisas, não disputo pessoas... Não disputo o que ou quem está em situação de leilão.
Quem entra numa dessas comigo disputa sozinho e no final das contas ainda fica em segundo, se é que chega lá.
Coisas (e pessoas) de leilão são muito instáveis... Se está barato qualquer um leva fácil, se está caro ninguém quer. E na realidade em ambos os casos o que está em disputa mesmo é o preço que vale e não o valor que tem.
Joguinhos fúteis não me inspiram. Gosto do simples, porque no simples não há concorrências. O dia que eu quiser me desgastar com disputas, vou correr na São Silvestre, pois ainda que eu chegue em último, certamente vou terminar a disputa com mais saúde de quando a comecei.
Existe uma maneira infalível de me motivar:
Dizer que eu não vou conseguir.
Há uma maneira de me irritar:
Mexer com aqueles que eu amo.
Se tem um jeito de tirar minha paz?
Julgamentos.
Quer me deixar sem vida?
Tire de mim as coisas que amo.
Só tem duas coisas que você nunca vai conseguir me arrancar:
Deus e meus sonhos.
Deus me deu você para que eu me
enxergasse,
para manter-me forte e ajudar-me a tocar
em frente.
Deus me deu você para partilhar meu coração
e minha alma,
para trazer-me coragem e esperança,
para ensinar-me o significado do amor
incondicional.
Deus me deu você para aceitar-me como sou,
para entender minhas dificuldades,
para que eu tivesse um amigo de verdade.
Deus me deu você para trazer-me lições,
ajudar-me a crescer e fortalecer meu
espírito.
Deus me deu você para dar-me esperanças,
clarear meus pensamentos e encorajar
os meus sonhos.
Deus me deu você para inspirar-me a ser o
melhor que eu possa, para mostrar-me a
importância da verdade e da alegria
de oferecer meu coração ao conforto de um
outro coração.
Deus me deu você para ensinar-me a deixar
as tristezas de lado,
para eu declarar-me vulnerável quando assim
estou
e para mostrar meu verdadeiro eu e minhas
ocultas esperanças.
Deus me deu você para amar, para honrar,
para assumir e entregar minha confiança
da forma que eu sempre quis.
Ele me deu você porque tinha um plano:
Fazer-me feliz.
—Eu... você deve saber que sua amizade significa muito para mim—começou ela, sem jeito— e...
Um olhar de dor atravessou o rosto dele.
—Por favor, não.
Depois disso, Tessa só podia piscar.
—O que você quer dizer?
—Toda vez que você diz a palavra “amizade”, isso entra em mim como uma faca. Sermos amigos é uma coisa bonita, Tessa, e eu não desprezo, mas tenho esperado por um longo tempo, agora que podemos ser mais do que amigos. E então eu tinha pensado que após a outra noite, talvez minhas esperanças não fossem em vão. Mas agora...
Desde pequena eu amo escrever à noite, nessa hora entro em contato com muitas emoções que no decorrer do dia não pude me dar ao luxo de aprofundar, vasculhar... A tristeza é uma delas. À noite, com o seu silêncio quase perturbador, posso ouvi-la melhor. É como se a tristeza pudesse me acariciar com mais intimidade, sem pudores. Refiro-me aqui não a tristeza vulgar das coisas que nos perturbam, dos problemas cotidianos, mas da tristeza criativa. Aquela que sussurra a inspiração quase gemida aos ouvidos, a tristeza criativa dos poetas. Parece insano gostar dela enquanto tantos a repudiam, mas o fato é que de alguma forma ela me invade com as suas inspirações. Em momentos assim posso sentir saudades do que perdi e daquilo que nunca tive, mas que em meus sonhos foram verdades vividas... Posso sentir, quase tocar a tristeza romântica que me inebria com promessas vãs... Uma tristeza amável, amiga, que me permite entender melhor a dor do mundo, a solidão das pessoas e a ouvir os sons da Terra que se move sob meus pés. É uma tristeza que só à noite me permite abraçar e entender. Coisa de maluco? Provavelmente, mas como criar sem um toque de insanidade? Como reinventar sem quebrar o convencional? Em uma sociedade que idolatra uma alegria forçada em outdoors, porque não brindar a tristeza em forma de poesia? Por que negar um sentimento que também nos ensina a sermos melhores, menos soberbos e mais intimistas? Um brinde à noite! Um brinde ao seu silêncio! Um brinde a tudo aquilo que aprendemos entre os nossos risos e as nossas tristezas, a tudo que nos constrói!
- Lígia Guerra -
Seria eu mais um sábio solitário, sem discernir entre o real e o imaginário?
Seria eu um tolo de olhos vendados ou esperto sem coragem de enfrentar os mistérios e jogadas da vida sobre um coração? Sou eu errado por não entender ou errado por pensar em compreender que mesmo sem parecer, já está premeditado?
A vida é sem dúvida o maior mistério, na morte o incerto e de certo não existe verdade absoluta quando se trata de perceber ou apenas não querer aceitar!
Nas noites de chuva, eu sinto sua falta
Nas noites frias, sinto seu corpo me esquentar.
Nas noites de calor, te imagino na banheira
Nas noites de insônia, lembro-me de Você fazendo-me companhia
Nas tantas noites; que éramos Você e Eu...
Na cozinha preparando o jantar degustando um vinho
No jogo de pôquer, dominó e xadrez.
Na cama, lendo o mesmo livro e na livraria, lendo o mesmo livro.
Nas caminhadas no Ibirapuera
Nas idas semanais ao cinema
Nas praias que estivemos juntos
Nas Exposições legais, e nas caretas
Nas festas, encontros sociais e reuniões
Nas datas que se tornaram nossas
Nas noites de embalos e baladas
Nas noites de Amor
Eu sinto...
Não conseguir apagar nossa historia
Não conseguir seguir
Não consegui te perdoar
Eu espero...
Que seja Feliz Você
Que seja Feliz Eu
Que seja eternizado em nossas memórias as coisas boas
Que seja eliminado os momentos ruins
Que tudo termine bem
Que nenhum de nós se machuque ainda mais
Que exista um futuro para cada um de nós
Que exista um novo amor para cada um de nós
Só por hoje;
Eu preciso chorar
Deitar num colo
que me faça cafuné.
Que compreenda que eu Também sofro...
Porque tenho carne, osso e sentimento
Que me deixe fazer drama...
Porque é suficiente para passar a dor
Que não me pergunte nada...
Porque eu preciso calar e refletir
Que me permita errar...
Porque não sou perfeita
Que me permita sonhar....
porque nem tudo é só realidade
Só por hoje...
Eu preciso ser Humana!!!!
— Severino retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida;
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga;
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.
Vivemos uma história de amor
Onde os cães ladram e a caravana passa.
Eu não gosto e nem preciso importar-me com
o que os outros pensam a meu respeito.
Nem responder a quem me ofende
Estranho este nosso desencontro
que acabou sem começar.
As feridas, embora estejam fechadas, cicatrizadas,
podem sangrar sem serem vistas.
O homem que eu amo é a parte.
A parte de mim mais bonita e talvez a mais poética.
Embriagou-me com o seu beijo
Como um vinho doce numa taça alegre e deslumbrante.
Tentado imaginar tantos segredos
tantos sussurros na madrugada quente
como o nosso coração.
Senti a maciez dos teus dedos na minha pele, pele arrepiada.
Cheia de desejo nesta manhã.
Orvalhada de esperança, de sonhos simples, de brincadeiras.
Somos um casal bem apaixonado.
Sempre abraçados, agarrados à loucura.
No nosso, só nosso, quarto feito de sonhos e fantasias!
Sobre todas as coisas que eu deveria ter feito, mas não fiz.
Eu deveria ter lido tudo o que podia enquanto tinha tempo e não sabia.
Eu deveria ter aproveitado mais dos meus amigos quando eles ainda não tinham smartphones.
Eu deveria ter amigos que não têm smartphones
Eu quase não tenho mais do que me lembrar.
Eu deveria ter olhado pro céu enquanto eu não achava isso uma grande besteira
porque o céu não muda de posição
e se eu olhar pra ele agora ou daqui a vinte anos, de qualquer forma não vou conseguir decorar a posição de cada estrela.
Deveria ter mandado aquele trabalho pro inferno e reprovado de ano
porque eu sempre odiei matemática
e eu poderia dizer ao mundo que odeio matemática
porque o mundo ainda não me obrigava a ser um idiota adestrado.
O mundo não. Talvez, só a minha mãe.
Eu não deveria ter apagado do meu mp3 aquela música melosa que eu só gostava do refrão e nunca parava pra escutar completamente. Eu queria escutar de novo, mas não lembro o nome.
Eu deveria ter dito mais nãos na minha vida
não para garotas que só chupam a minha alma
não para garotas que chupam tudo, menos a minha alma.
Mas ainda há coisas que eu posso evitar.
eu posso evitar fazer um pós-doutorado
eu posso evitar acordar daqui a 50 anos sem saber que eu existo
eu posso evitar acordar daqui a 40 anos sem saber o que fazer pra existir
eu posso evitar acordar daqui a 30 anos sem saber por que todo mundo existe, menos eu
eu posso evitar acordar daqui a 10 anos sem saber quem é que realmente existiu na minha vida
eu posso evitar acordar amanhã sem saber quando eu vou existir
acontecer
quando eu vou brotar
e me pôr
me gerar
me parir.
Eu deveria ter assistido mais filmes quando eu não me identificava tanto assim com todos os azares que acontecem com os protagonistas
quando eu não sabia que me identificava mais nas falas dos vilões
Eu deveria ter comprado pelo menos um pássaro numa petshop e aberto a gaiola na frente do vendedor
porque naquele tempo eu não sabia que estava ajudando no tráfico de animais.
Eu contribuiria com a liberdade daquele único pássaro que morreria amassado nas patas de um gato dias depois.
Passarinhos mortos são as coisas mais tristes que podem aparecer na vida de alguém.
É tão triste que podia ser um elogio. Você é tão poético quanto um passarinho morto. Você é tão bonito quanto um passarinho morto. Você é tão passarinho quanto um morto.
Eu poderia ter comido mais churros e me olhado menos no espelho
poderia ter ficado esperando quando você me disse pra ir embora
eu poderia ter calado a boca e guardado mais segredos
Desabafado menos.
continuaria sofrendo só pra mim, entende? como os budistas
o sofrimento individual
o egoísmo edificante
dos budistas, ateus, protestantes e umbandistas. o sofrimento de si.
Poderia entender que o amor é uma coisa bizarra
que eu nem vou falar muito aqui
porque amar é uma coisa que eu deveria ter feito, sim
mas eu fiz demais
e amor
eu fiz de menos.
Poderia não ter rido de alguém que estivesse pior do que eu, porque nunca se sabe o dia de amanhã
Eu, por exemplo. não sabia. Infelizmente, eu não sabia.
se soubesse, não mudaria nada. mas como eu não sei, sempre tem uma coisinha ou outra que eu gostaria de mudar.
Eu deveria ter amado o cobrador de ônibus que me deseja bom dia
Eu deveria também ter amado as pessoas que seguram as minhas coisas quando não tem mais lugar pra mim
e dizer: Ei, cara, eu tava me sentindo sozinho, mas você me basta. Obrigado por segurar o meu peso.
porque isso realmente basta pra curar a solidão de alguém.
Eu deveria ter me declarado mais, mesmo com o risco de levar um chute.
Ido pra mais shows escondido, me ferrado mais.
Ter pedido menos desculpas. Eu odeio pedir desculpas. Abaixar a cabeça não é comigo e nunca foi
desculpo porcaria nenhuma
porque a culpa é dessa legião de camisinhas estouradas que me rodeia
pessoas indesejadas
sonhos indesejados
traumas indesejados
e Freud enlouqueceria agora.
Eu deveria ter tido um desejo de criar uma escola nova onde ninguém fosse obrigado a fazer provas de literatura. (e uma faculdade onde ninguém precisaria falar em público)
porque eram um saco
mas eu só tinha o desejo de tirar notas boas
sem saber exatamente o motivo, mas de tirar notas boas e impressionar as pessoas que pagavam a mensalidade do melhor colégio da cidade
onde eu fui suspenso por beijar na boca no recreio.
Passei de ano sem entender uma vírgula de literatura. E sem entender porque o poema no Drummond não poderia significar aquilo que eu sentia que significava. Mas não tinha essa opção na prova. E eu nunca me importei, quando eu deveria ter me importado.
Eu passei no vestibular e não sei dizer eu te amo sem me importar com a resposta.
Eu deveria ter falado mais ao celular quando eu não sabia que falar ao celular seria uma das coisas mais raras do mundo
e não é nenhum vício em whatsapp
é porque eu não tenho pra quem ligar mesmo.
Aquele alguém que eu gostava tanto, mas tanto, tanto mesmo, e eu briguei e não lembro o motivo
é no colo desse alguém que eu deveria ter deitado e chorado mais vezes
assim, mesmo sem ter pra que chorar
chorar como forma de dizer adeus. chora, que dói menos.
Silêncio como forma de eternizar uma saudade
uma futura saudade.
Eu deveria ter um dívida enorme com aquelas pessoas que eu magoei por causa de orgulho
Eu deveria, mas não devo.
Eu deveria ter ido menos vezes ao zoológico
porque aquilo é desumano
ou melhor, é humano demais.
todas aquelas vidas encarceradas
diariamente assistidas
mantidas através de alimentos e exibição gratuita
Deus deveria ter transformado a terra numa coisa mais original do que o inferno.
sobre as coisas que eu não deveria ter feito, mas fiz:
sofrer
escrever
crer
ver
e só.
Porque eu danço?
eu danço porque minhas veias pulsam a dança...
eu danço porque meu corpo grita querendo dançar...
quando não sei o que dizer minha dança fala por si só.
amo dançar, a dança tem sua linguagem própria.
não preciso falar nem pensar!
somente sentir cada movimento de meu corpo
da ponta do pé a o fiozinho de cabelo
a dança toma conta de mim
é como se eu tivesse flutuando,
ou viajando no balanço do amor.
cada paço, cada movimento é único.
É uma onda de sentimentos,
algo incrível e inexplicável!
só quem dança sabe como é.
Em fim danço porque a dança está dentro de mim!!!
Ilusões
Se eu pudesse viver minha vida novamente,
Seria menos triste
Expressaria com mais clareza o amor no olhar
Talvez assim andasse mesmo solitário.
Se eu pudesse viver minha vida novamente,
Seria mais coerente com a vida
Tentaria acertar mais nas decisões
Perdoaria também.
Se eu pudesse viver minha vida novamente,
Queria ser livre
Como um pássaro migratório
Cortando os céus de norte a sul
Se eu pudesse viver minha vida novamente,
Faria tudo que nesta vida ainda não fiz
Tomaria banho de cascata
Ou comeria pipocas assistindo uma comédia feliz.
Se eu pudesse viver minha vida novamente,
Aproveitaria os momentos felizes com mais fervor,
Dividiria meu coração entre milhões
Seria mais vida, e teria mesmo ilusões.
Linhas de um Caderno Antigo
O bilhetinho....
Porque fizesses comigo, o que eu jamais te faria,
Se querias terminar, eu até compreenderia,
Vem dizer que não me quer, vem me dar uma solução,
Se não eu continuarei, a esperar-te em vão,
Tuas palavras tão lindas, que eu adorava ouvir,
Mas nunca pude pensar, que um dia fosses partir,
Quando tu me conheceu, fui pra ti tudo o que pude,
E depois tu me abandona, é injusta a tua atitude,
Tu nunca sofreu assim, e nem amas-te como eu,
Eu não vou mais lamentar , por quem não me mereceu,
Segue em frente e boa sorte, está livre o teu caminho,
Leia isto e jogue fora, rasga bem em pedacinho...
"Se eu te confiasse um segredo e jurasse no pé do seu ouvido – antes de tirar a pólvora, colocar essa frase e te dar um tiro – contando pra você que nosso amor não passa de obsessão?"
Uma vez, alguém disse que, pra que pudesse ter laços bonitos na vida, ela precisava desfazer os nós. E foi nesse instante, moço, que entendeu que você era um nó. Apesar de não se verem com tanta frequência e nem conseguirem rotular a espécie de relacionamento que vocês levavam, ela precisava se desfazer disso pra se sentir livre. Ela estava ali pra isso, pra te desfazer de vez.
E olha, não esquenta muito a cabeça com a vida, porque talvez você também esteja nessa jornada e nem saiba. Nem vale se martirizar tanto por deixar alguém pra trás, porque se for amor, você volta. Se não for, você continua buscando alguma coisa, alguma resposta, mas nem vem sentir culpa por isso.
Desculpa por tocar a campainha sem pedir permissão. Se eu soubesse que intrusos não eram permitidos, eu nunca teria atravessado a rua pra conhecer um pouco mais sobre você. Eu não teria me levantado rápido depois de beber um pouco além da conta porque eu sei bem como eu costumo ficar tonta quando a dose é forte demais pra mim. Eu nunca fui de gostos amargos, mas os destilados puros sempre me fizeram sentir da forma adequada diante de você: com a garganta em chamas. Doida pra deixar a etiqueta convencional de lado e despejar meio litro de acusações e declarações para um completo desconhecido. Tentada a revelar o que nenhuma amiga minha sabe ou sequer sonhou sobre mim. Mas acabou que você virou o meu segredo mais sórdido e desculpa por isso também. Desculpa por ter achado que você ficaria por mim quando nem eu mesma teria ficado.
Desculpa se eu fui insistente e você não gostou. É que você parecia ser o único que entendia a minha carência específica – de você – e os meus medos de escuro. Desculpa pelo travesseiro duro e por todas aquelas vezes em que eu tive que parar o carro pra ir ao banheiro. Não achei que os meus modos fossem incomodar. Papai e mamãe sempre me ensinaram a não deixar estranhos entrarem, mas você seria o meu adorável estranho em pouco tempo. Ah, e obrigada pelo abajur roxo. É a minha cor preferida, o meu objeto preferido e o meu dia preferido no mundo. Me faltou delicadeza em recebê-lo porque eu sempre tremi demais nas bases quando eu tinha algum contato com você. Mas eu guardo os cacos numa caixinha dentro do armário. Os cacos do abajur e os meus também.
Desculpa por ter feito você perder alguns jogos do seu time pra cuidar de mim. Nunca soube jogar futebol e acho que teria entendido se você me explicasse o que era impedimento. Desculpa se eu avancei demais na área. É que você me deu corda e nem percebeu que eu tinha medo de altura e nenhum equilíbrio pra andar nela. Eu sei que caí algumas vezes, mas achei que entenderia o meu lado se ouvisse de mim que não era amor. Até era. Ou foi por um tempo. E quando não era mais, eu já não queria só o resto. Eu sei que eu deveria ter falado isso e que podia ter sido mais justa. Desculpa por deixar a luz apagada e a casa vazia bem na hora em que pedi pra você ficar por mim.
Desculpa por ter sido omissa comigo mesma. E eu só te peço desculpas porque eu sei que, depois de mim, o maior prejudicado foi você. Você me reproduzia em megafone e fazia com que o meu corpo se reverberasse por aí. Desculpa por ter sido idiota e por achar que, na vida, a gente consegue mudar alguém pra transformar um esboço numa versão mais bem planejada de alguém que a gente quer amar. Desculpa por não ter amado você de verdade – e foi só porque eu pensei que amaria os seus jeitos descomplicados quando eu conseguisse moldá-los aos meus. Desculpa por ir embora em silêncio, mas é que eu me envergonho muito por ter feito a gente perder tanto tempo um com o outro. Desculpa por pedir desculpas o tempo todo. Mas esse é mais um dos meus modos de tentar amenizar o prejuízo e os danos que eu causo por aí. Ah, e me desculpa por ser assim e por espalhar a desordem até numa carta.
Eu tive que aprender da maneira mais impiedosa o que é amar alguém e o que é não ser amada por alguém. Eu tive aque aprender da maneira mais doída a se doar pra alguém e a se desapegar de alguém. Eu tive que aprender da maneira mais triste que o meu valor era bem superior a qualquer desprezo que eu recebia, eu tive que aprender e confesso que nem tudo ainda sei, mas boa parte do que me entristecia eu me desapeguei. O que quero que você entenda é que as vezes precisamos sim de certos ventos fortes, de certos momentos difíceis , de certas indiferenças pra nos olharmos no espelho e acordar pra vida. De saber que embora a dor que sentimos há uma chance de prosseguirmos, que quando nos desapegamos daquilo que nos tortura, daquilo que anula o nosso sorriso, abrimos portas pra tudo aquilo de novo que vem pela frente, ao qual o Senhor nos preparou.
"se desapegue daquilo que te faz sofreR
Cecilia sfalsin
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