Texto para minha Sogra

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Aqui, só havia eu e minha jangada.
Ao redor, árvores e mais nada.
Queria tê-la para viajarmos às Américas,
ver além das telas.

Remendando-a constantemente, cuidava dela com bom gosto.
Laçando-a a uma quina, procurava mantê-la a salvo.
O tempo muito se passou, já se ia agosto.
O aglomerado de madeiras se soltava frequentemente.

Remendo, remendo, remendo…
A jangada mostrava-se diferente.
Apesar de perto, estava distante.
Talvez por isso eu estava tremendo.

Chovendo, corria para segurá-la.
Trovoando, permanecia para amá-la.
Quando o Sol voltou das cinzas e a alegrou,
ela, da minha mão, desagarrou.

Minha querida jangada, cuido de ti há meses.
Minha querida jangada, tento ir contigo às alturas.
Esforcei-me para estar contigo nas aventuras,
mas afundaste-me umas tantas vezes.

Logo que afundávamos, segurava-te antes de mim.
Puxava-te para a superfície e remendava-te.
Era indescritível o quanto te queria.

Nadaria rios inteiros atrás de ti.
Nenhuma outra me fará experienciar o que, por ti, senti.
Carregaste a esperança de noites melhores.
Cultivaste a criação de sonhos maiores.

A terra de Gonçalves Dias pode ter palmeiras.
As aves, lá, que gorjeiem à vontade.
As estrelas, que brilhem.
Que os bosques vivam lá.

Minha terra tinha mais vida,
onde navega a minha jangada.
O vento, que aqui atravessa os fios de cabelo,
não faz o mesmo lá.
Minha jangada tinha mais vida,
e a minha vida, mais amor.

Oh, querida jangada…
Como ainda te espero para navegarmos,
esperançoso de mais uma vez nos amarmos.
Perdoo-te, minha amada.

Quando muito jovem e impetuoso na ânsia de “levantar bandeiras” que deixassem clara a minha posição em relação a um tema, não poucas vezes me percebi atropelado pelos partidários da idéia, que se apropriavam dela como os seus legítimos defensores e pretensos “seguidores”. Não foram poucas as ocasiões em que percebi que o rumo que deram àquilo que eu concebera se colocava cada vez mais distante do que eu buscara ao lhe dar origem, mas que agora muitos se julgavam “donos” da minha verdade, e se assenhoravam da sua condução, já totalmente distorcida em relação à proposta original. Em vez de seu criador, eu agora me percebia tutelado pelos meus próprios liderados.

Foi assim que entendi uma história que ouvira contar sobre Carl Max que, ao perceber no que os pretensos “marxistas” da época – teoricamente seus “seguidores” – haviam transformado a sua ideologia, criada com o objetivo de buscar uma forma mais justa de condução dos povos, já no leito de morte teria declarado: “Tudo que sei é que não sou marxista!”. Verdadeira ou não essa versão, ela se mostra, no mínimo, como uma lição que nos previne contra rumos que nos escapam ao controle. Daí porque desisti em definitivo de levantar bandeiras como ideologia definitiva. Escolhi preservar minha capacidade de analisar todos os lados e mudar de opinião quantas vezes se fizer necessário para me aproximar da realidade, e não da versão dada a ela pelo lado que a tomou como sua.

Na minha vida toda, o que mais me preocupei foi não dar trabalho para outras pessoas, como pais, irmãos, cunhados (das) etc...!!!
Mas tem pessoas que levam a vida como vai vai, se lixando se depois vai sobrar para os outros as encrencas que se meteu!!!
Aí vem pedir ajuda com aquela arrogância, como se todos tem que arcar com suas IRRESPONSABILIDADES!!!

Acho insano como consigo destruir justamente as relações que mais amo,
como se minha ansiedade fosse ácido derramado sobre tudo que tento segurar. Quanto mais desejo que algo floresça,
mais ele murcha nas minhas mãos.
É como segurar água com força demais: no medo de perder,
acabo deixando escapar.
Queremos tanto que a ligação cresça, que a conversa encontre caminho,
mas a ansiedade finca raízes no peito.
E eu me transformo em muralha: ou despejo palavras como tiros desordenados,
ou me calo como pedra no fundo do rio, sufocado pelo receio de errar.
É sempre a mesma emboscada.
A mente arma armadilhas para o coração, e o coração, cego, cai nelas.
A ansiedade é inimiga íntima, é lâmina escondida que corta, sem piedade, justamente o que eu mais queria abraçar…

EM CASA
Minha alegria sempre achei lá quintal de casa .
É lá que ando descalça ,
descabelada e com os pés
no chão.
É lá que respiro a brisa e sinto a paz
do vento em imensidão .
É lá que converso com as palmeiras
Dou bom dia ao bem te vi e
sinto o cheiro das flores .
É lá que encontro com a sabedoria
das formigas a trabalhar com inteligência e
a humildade dos pardais em cores .
É lá que sinto o sol batendo luz e
dou de cara com a leveza das borboletas .
É lá que residem os meus sonhos e a
minha plenitude em grandeza .
Nunca me encantei com essa coisa de status ,
de aparências e
superficialidade !
Gosto mesmo é de voar por entre
as asas dos passarinhos .
O meu luxo se encontra na casa da minha
simplicidade.
Mais Nada!

Minha poesia anda meio triste
Vagando nos espinhos
Nadando in relentos
Alimentando-se de desvarios
Clamando por um leito
de amor e de carinho
Pedindo aos céus um canto
de repouso
por onde o vazio não
me seja encanto.

Por onde andam os girassóis
que um dia colhi no jardim
despido de mim?

MÃE

Hoje durmo Saudade
Tem nada não
Por ela ... minha Mãe ...
Daria todos os
meus céus
meus luares
minhas manhãs
em troca daquelas
suaves mãos .

Por ela ...
Roubaria todas as estrelas
e ofertaria todos os meus dias
Só para de novo voltar ao ventre
daquela que era
doce
meiga
serena
e-terna
a me sorrir .

Bendito gosto amargo que fica na boca, a língua se derrete na minha, me fazendo engasgar, e o seu gosto passa por todas as minhas veias como se já tivesse se misturado com meu sangue, puxa meu cabelo e me conduz ao erro, me faz usar a boca para dizer muito mais que palavras, me deixa assim, questionando o romeu, será que ele é marido ou só mais um perdedor que prescisa de algo para se sentir homem.
Brinquedo, diversão, atração, algo cabível nos planos, algo fácil e agradável que se adequa ao cronograma,
Aqueles olhos cegos que vêem menos que um pedaço de carne, aqueles beijos que me desmotivam a fechar os olhos, e me faz ficar com eles abertos para que eu veja oque ha e não seja complacente.

Quando você se esqueceu, não percebeu que não era apenas a minha ausência que se instalava, mas o vazio de si mesma. O começo do fim não foi quando deixou de me olhar, mas quando deixou de amar a própria essência que te sustentava.
Eu não esperava nada de você, porque já carrego em mim o amor que me basta. O meu coração não é refém da sua memória, nem da sua falta. Ele pulsa por mim, pela minha coragem de seguir, pela minha verdade que não se curva diante da indiferença.
O começo do fim foi o instante em que você abandonou o amor-próprio, e nesse abandono, perdeu também a chance de me amar de verdade. Eu aprendi que o amor mais forte é aquele que nasce dentro de nós e não depende de ninguém para existir.
E é nesse amor que eu me encontro, é nele que eu floresço. Você se esqueceu, mas eu me lembro: o fim não foi meu, foi o seu orgulho tolo e a vaidade.

Foi você quem envenenou minha vida,
quem abalou meu juízo — já frágil de nascença.
Mulher ardente, escandalosa, insolente e devastadora,
sensual rainha do meu ser.Teu feitiço rompeu minha timidez
e me revelou o doce abrigo do teu acalanto.
Bruxa encantadora,
tua extravagância me conduz
ao paraíso da felicidade plena.

Roubaram minha infância com mentiras, enganos, ilusões,
escravizaram meu mundo, deixando-o em desilusões.
Hoje, nada restou, só a continuidade do mesmo ciclo,
um sistema podre, repetitivo, envolto em um véu de brilho artificial.
O mundo não mudou, o sistema insiste em sua prisão real camuflado em beleza morta,
e o povo, manchado, mergulha no pântano da decomposição.

Outro dia, pensei em você — minha amante doce e acolhedora.
Já me acostumei a viver no calor do teu abraço,
Cleópatra do meu coração, rainha dos meus desejos.
Você me faz bem — és um vício ao qual me entrego sem resistência,
amante e amiga, presença que me consome e me completa.
Talvez seja loucura, paixão ou algo que nem as palavras alcançam,
mas não consigo dividir esse desejo ardente que arde em mim por ti.
És mulher encantadora, luz que acende meu amor e dá sentido ao meu existir.

Foi você quem destilou veneno na minha existência,
quem sacudiu meu juízo — já frágil desde o berço.
Mulher ardente, escandalosa, insolente e devastadora,
rainha sensual que governa meu ser.
Teu feitiço rasgou o véu da minha timidez
e revelou o doce refúgio do teu acalanto.
Bruxa encantadora,
tua extravagância me arrasta
ao êxtase de uma felicidade absoluta...

Devastaste meu corpo — despojado e frágil em tua presença.
Chicoteaste minha pele em brasas vivas,
e depois, com ternura, a acalentaste.
Teu fogo é bálsamo feroz e redentor,
resgatou-me da solidão,
abraçou-me em teus braços firmes e sinceros.
A carência que me consumia
rendeu-se aos teus beijos molhados de prazer.
Renascido em novo ser,
guardo em mim tua marca:
felicidade, alegria, emoção.
Ressuscitaste-me no instante exato
em que o desejo quase se apagava.
Antes de ti, eu vivia morto,
soterrado na desventura do fracasso.
És feiticeira bela, de toque angelical;
amante do amor, vivente do amar.
Bruxa selvagem, indomada,
rendo-me à tua nobreza
que só me faz bem.
Tu és o crisol da minha ternura,
a chama que dá sentido à minha vida,
o amor que quero viver
por toda a eternidade na vida vivida.

A sua partida deixou uma saudade profunda,
Desfez a minha paz serena,
Transformou a alegria em tristeza eterna.Você levou meu sorriso,
o meu amor.
E a trilha da minha felicidade.Às vezes, pergunto-me se percebeu,
Que levou também minha bondade,
Minha essência mais pura. Seus sentimentos se esvaíram,
E com eles, sua própria luz,
Perdida na sombra da ilusão. Hoje, és apenas uma sombra vazia,
Caminhando
Na longa saga do silêncio.

Acordei esta manhã sem pensamentos,
sem memórias vividas,
sem entender o vazio que habita minha vida,
sem vontade de seguir adiante.
O mundo amanheceu tão vazio quanto eu —
até meus pecados me esqueceram
ao despertar nesta manhã deserta.
O espelho quebrado já não reflete minha loucura.

Outra vez você me desperta na madrugada,
expulsando o sono para que a festa comece dentro da minha cabeça.
Ó mulher devastadora, tenha piedade: amanhã preciso trabalhar.


Meus pensamentos travam uma guerra para te expulsar,
mas, sem forças, rendem-se ao teu poder —
feiticeira dos meus sonhos, senhora das sombras e da claridade.


Tua presença é um feitiço que não se desfaz,
um sopro ardente que invade o silêncio da noite
e transforma o repouso em labirinto de desejos.


Vem cuidar de mim nos sonhos felizes,
onde tua voz é brisa,
onde teu olhar é repouso,
onde o encantamento se deita ao meu lado
e a madrugada deixa de ser tormento para se tornar abrigo...

Antes de sair, ou antes de deixar qualquer palavra escapar da minha boca, eu respiro fundo e paro para refletir. Penso no peso que cada gesto carrega, no alcance que cada frase pode ter.
Faço isso para que não exista arrependimento depois, para que eu não olhe para trás e perceba que deixei tudo escapar por impulso.
Refletir antes de agir é o meu modo de proteger o que construí, de honrar o que sinto e de não abandonar, por descuido, aquilo que um dia já me foi tão importante..

A minha vida é feita de passos que eu mesmo escolho. Para ser feliz, não preciso depender de você, porque a felicidade nasce dentro de mim, no meu próprio caminho. Eu sou quem decide, quem traça as rotas e quem enfrenta os desvios.
Tenho as minhas escolhas, e cada uma delas carrega a força da minha liberdade. Você não é o meu mundo, porque o meu mundo é vasto demais para caber em outra pessoa. Ele é feito de sonhos, de conquistas, de quedas e de recomeços.
Ser feliz é reconhecer que a minha essência não se limita ao que os outros esperam de mim. É saber que posso caminhar sozinho, sem medo, porque a minha vida é minha responsabilidade e também a minha maior obra.
Eu sigo em frente, inteiro, consciente de que a verdadeira felicidade está em não me perder de mim mesmo.

A minha riqueza é a luz que me conduz nas trevas, aquela que não se apaga quando o mundo se torna pesado demais. É essa claridade silenciosa onde outros não vê que ilumina caminhos relevantes, mesmo quando tudo ao redor parece ruir. E, por causa dela, eu sigo. Sigo de pé, sigo consciente de que a verdadeira força não vem do que carrego nas mãos, mas do que carrego na alma.
É essa luz que me sustenta quando o medo tenta falar mais alto, que me ergue quando o chão ameaça desabar, que me recorda que a escuridão é apenas um convite para descobrir a própria essência. Minha riqueza não é ouro, não é glória, não é aplauso: é a coragem de continuar caminhando, mesmo sem garantias, orientado por uma chama que ninguém pode apagar.
E enquanto essa luz existir dentro de mim, nenhuma noite será eterna e nenhum caminho será impossível. Eu sigo — porque a minha riqueza é, sempre foi, e sempre será, a luz que me conduz.