Texto para a Pessoa que eu Amo
Meu Cavalo Barbicacho
Eu sei que muitos não entendem
Mas aqui hei de contá-lo
O que faz o gaúcho
Gostar tanto do cavalo
Essas cosa vem de guri
Criado nas camperiada
Arrastando alpargata
Bombachita arremangada
Vem também do ensinamento
Da Mãe e do velho pai
Das cosa da fronteira
Da Argentina, Uruguai
Mas pra mais claro entender
Me busco longe a memória
Pra contar de um cavalo
Que fez parte da minha história
Eu ainda muito cedo
Meu pai ainda em vida
Tinha ofício de peão
Eu acompanhava na lida
Nasceu um dia na estância
Que criamo feito guacho
A mãe parindo morreu
Pus o nome de barbicacho
Onde eu ia me seguia
No rancho, mangueira galpão
E com ele eu me entendia
Ele entendia meu coração
Ja um pouco crecido
Me deixava eu montar
Ia com ele pra escola
Me esperava até eu soltar
E quando voltava pras casa
Nós vinnha cantando facero
Dos amigo que eu tinha
Ele era o primeiro
O tempo foi passando
E nos crescendo na idade
E quanto mais passava o tempo
Mais crecia a amizade
Acabei domando de baixo
Mas tinha que enfrena
Pedi pro peão da estância
Cuida ele pra não judia
Nem bocal precisou
Aceitou o freio solito
Eu fui lidando com ele
Dando função despacito
Meu pai ficou muito enfermo
Se fumo la pra cidade
E meu cavalo ficou
Com ele minha saudade
Depois na faculdade
Fizeram eu estudar
E lembrava do meu cavalo
Que jurava um dia buscar
Voltei ainda umas vezes
Meu amigo visitar
Tinham largado pra várzea
Só de longe pude olhar
Naquele ano meu pai
Que já vinha adoentado
Nao aguentou o tirão
E sei foi pro outro lado
E junto com meus estudo
Eu tive que trabalhar
Pra ajudar nas despesas
E minha mãe sustentar
E o grande dia chegou
Pra vida não ser mais dura
Um doutor veterinário
Era minha formatura
Agora ja formado
Com a profissão eu consigo
Podia cumprir a promessa
De buscar meu velho a amigo
Já tinha tudo ajustado
Até cocheira construi
Só faltava ir buscar
Meu amigo de guri
Levantei naquele dia
Radiante em felicidade
E disse pra minha mãe
Vamos buscar ele pra cidade.
Chegamo na velha estância
Onde meu pai fora peão
E vi minha mãe chorando
De tanta recordação
Pedi licença na entrada
Pra falar com o capataz
De pronto nos recebeu
Podem entrar no más
Depois de um dedo de proza
Falei da minha razão
De voltar na velha estância
Entrar naquele galpão
Eu vim buscar meu cavalo
Meu amigo nunca esqueçi
E hoje ele vai comigo
Conforme eu prometi
O capataz me olhou
Mirando meio de baixo
Eu de pronto! peça um peão...
Pra trazer o barbicacho
E num instante silente
Me pedindo pra eu sentar
Me perdoe, a fraqueza
Mas não podes mais levar
E sem meio entender
Retruquei inconformado
O cavalo é da minha posse
A mim me foi regalado
Com meu pai ainda em vida
Aqui criei ele guacho
Todos sabem da história
Minha e do barbicacho
E já com os olhos aguado
No meu ombro a mão estendeu
Lamento mas a verdade
O teu cavalo morreu
Mas como, de que maneira?
A mim ninguem avisou
Sabiam que eu voltaria
E nem tanto tempo passou
E o capataz rude homem
Me deu a grande lição
O tempo pra alguns e largo
Pra outros se conta na mão
A saudade, adoece
Quando se tem a distância
O tempo lá da cidade
Não é o mesmo da estância
As vezes do fundo do campo
Ele vinha e relinchava
Depois voltava a passo
E mais um tempo esperava
Até que um dia um peão
Notou que não vinha mais
E foi recorrer o campo
Aos cinco meses atrás
Encontrou ele já triste
Jogado junto ao alambrado
Morreu no outro dia
Na várzea foi enterrado
Num pé de curunilha
Deixamos a marcação
Podes ir até lá
Fazer uma oração
Quem sabe ele aguarda
De ti uma despedida
E te espere mais um pouco
No outro lado da vida
Meu coração se partiu
Sem querer acreditar
Deixei meu maior amigo
Morrer de me esperar
Naquela várzea sem fim
Me ajoelhei no campo largo
Pedi perdão ao amigo
Que até hoje saudade trago
E assim fica explicado
Nessa payada pra contá-lo
Quem é gaúcho entende
A amizade um cavalo.
Renato Jaguarão.
A cada dia, a cada segundo
Eu me entrego, íntegro e me religo nesse fluxo abençoado da vida, onde o onipresente sempre esteve em nós. E nós como cegos, coxos e aleijados, não percebiamos o Rio de água viva: a fonte da vida que sempre esteve presente e que jamais faltará para aqueles que sentem essa unidade com o todo, com a consciência universal, com o mental: com Deus
É verdade que o tempo cura tudo?
Todos os dias, passa um filme na minha cabeça, é como se eu estivesse vendo toda a minha vida em um flash de memórias durante alguns minutos. Tenho sido atormentada por milhões de pensamentos, que têm tirado o meu sono. Perguntas como tudo vai melhorar? e Eu vou me reencontrar daqui a um tempo?' estão ecoando constantemente em minha mente e me deixando atordoada. É muito comum ouvirmos que o tempo cura tudo, mas será que cura mesmo? Essa é uma resposta que ainda não sei sobre sua veracidade, mas o mais íntimo do meu ser está ansiando positividade.
Egrégora da Luz Silenciosa
Eu imprimiria este instante
e o colocaria emoldurado no tempo, para que se eternizasse. Quanta beleza se revela em uma única imagem, a imagem que reflete em meus olhos e se oferece ao mundo, uma egrégora para aqueles que contemplam o universo, como se a própria luz resolvesse compartilhar-se em silêncio.
Allan Cerdeira
Eu fuide moto, meu cavalo de ferro,
e no meio da estrada, vi o impossível nascer.
Um olhar tímido, um gesto pequeno,
um toque que fez o mundo desaparecer.
A Sombra me acompanhava em silêncio,
meu coração batia como nunca antes,
foi a primeira vez de tantas coisas,
foi a única vez em que acreditei de verdade.
Ela me envolveu em promessas suaves,
em carícias que pareciam eternas,
me pediu que não desistisse,
e eu, cega, me entreguei inteira.
No ponto médio de uma fazenda distante,
a Sombra se fez real diante de mim,
e naquele instante pensei:
"talvez seja aqui que eu finalmente existo".
Mas a Sombra nunca pertenceu à luz.
Ela sempre esteve fadada a desaparecer
quando o sol da verdade surgisse
e revelasse o vazio que escondia.
Hoje caminho entre ruínas,
abraçada ao silêncio que grita.
A Sombra que amei se desfez,
restou apenas a ausência fria.
Me apaixonei por uma Sombra.
E como toda Sombra,
ela partiu antes que eu pudesse segurá-la,
deixando em mim apenas a noite eterna.
Na escuridão que ele deixou,
eu também deixei de existir.
Tão linda como as mais belas rosas
Sua essência exala o calor
Tudo o que um homem precisa
Eu encontrei em seu amor
Como uma semente que germina
Através de um puro e intenso olhar
Como uma raiz que se edifica
Eu me vejo em teu caminhar
Uma voz doce que encanta a quem ouve
Um sorriso belo que alegra a quem vê
Foram tantos dias de espera
Para que enfim eu pudesse ter você
Uma busca incessante por me aproximar
Um valor raro de se encontrar
Pois onde está a minha amada
Meu coração ali também está
Não somente como a chama de quem ama
Porém a chama de quem vive
E tudo que contigo hei de viver
Nenhum mal me reprime
Na minha imensidão você é minha luz
Mesmo que para ter a ti, eu carregue uma cruz
Pois em ti encontro a minha prece
Onde no meu jardim, a paixão em mim floresce.
Sorte 🍀
E se eu disser que te trago sorte
Sorte essa que só vem através de um ritual
Um ritual onde nós despimos de corpo e alma
Que com toque
nossas respirações em sintonia
Nossa frequência cardíaca
Forma um tipo de magia
Magia antiga
Magia carnal
Uma sorte que pode ser sentida
Sorte essa que se transpira
Energia
Fadiga
Que te leva a exaustão
Sentindo a alta vibração
Em nossas veias
Pulsando nossas cabeças
Tornando todos os teus sonhos em realidade
Tua felicidade
Teus desejos
Só preciso te tocar
Você receber
Se deixar
Torno tudo realidade.
' COMO FLORES EM SETEMBRO '
Nos cantos e desencantos,
Nos desencontros da vida,
Alegre eu levo meu canto,
Meu recomeço de cada dia.
Canto e danço nessa vida,
Tranquila em passos lentos,
amanhã é chama que guia,
a caminhada com alento,
A vida hoje é o que importa,
E Deus proverá o amanhã,
Num aroma suave de rosa ,
cheirando como maçã .
Longe deixei a vida passada,
Tanto, que nem me lembro,
Broto nas manhãs sossegada,
Como flores em setembro !
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados Sob a Lei -9.610/98
Registro: 122958067065
A verdade é...
É que eu quero alguém.
Quero viver uma vida com esse alguém.
Quero abraçá-la,
beijá-la,
fazê-la feliz.
Quero escrever versos com ela,
ver filmes, séries e animes —
com a cabeça encostada no ombro dela.
Quero tirar fotos dela quando não estiver olhando,
e guardar cada sorriso como se fosse ouro.
Quero me levantar antes,
só pra acordá-la com beijos.
Curtir nossas músicas preferidas
enquanto o mundo lá fora se esquece de nós.
Quero ter filhos,
uma casa simples,
um cachorro bobo,
e um jardim que floresça com o tempo.
Queria viver cada segundo ao lado dela,
nessa vida que às vezes corre e às vezes pesa.
Mas esse sonho...
esse sonho vai se apagando aos poucos.
Como quem desliga as luzes de um quarto vazio
.
Vai virando só isso:
um sonho.
Uma ideia bonita que mora na mente,
mas que o coração já nem sabe se espera.
Afinal,
nem toda história tem final feliz.
Mas toda história tem verdade.
E essa é a minha.
Luta Interna
Quantas vezes eu tentei lutar contra?
Muito lutei sem saber.
Hoje luto por um espaço,
não perto, mas dentro de você.
Vivemos a vida de outros
e esquecemos de viver a nossa.
E o que somos por dentro se perde,
não luta e se acomoda.
Canto para esvaziar
o que dentro de mim transborda.
Se fico em silêncio, a madeira racha
e estouram as cordas.
Para quê tentar lutar contra quem somos,
contra o pranto, contra a dor?
Nos esquecemos que sempre perdemos
ao lutar contra o amor.
O Eco do seu Olhar
Eu ainda sinto o gosto daquelas tardes,
o vento no teu cabelo, a risada que vinha sem aviso.
Nossos caminhos se cruzaram por um instante,
mas você seguiu em frente,
e eu fiquei parado no mesmo lugar.
Não era só paixão,
era uma canção que eu ouvia só de olhar pra você.
E eu me entreguei a essa melodia,
com o coração aberto, sem ensaio.
Você era o sol no meu céu,
e eu era só um espectador,
assistindo de longe a sua luz.
Eu era um porto seguro,
e você, uma embarcação que não parava em lugar nenhum.
Hoje, quando me pego distraído,
meu pensamento ainda te busca.
O tempo passou, as estações mudaram,
e a vida seguiu seu curso.
Mas a imagem do seu rosto
ainda é a paisagem mais nítida
na minha memória.
E o que mais me dói não é a falta do seu amor,
mas a certeza de que mesmo com o passar dos anos,
a minha alma ainda está lá, parada,
naquele instante em que o meu amor
e a sua indiferença se encontraram.
A liberdade sempre foi meu ponto de partida
E por isso eu mudei várias vezes
Não aceitava ficar onde minhas assas eram podadas
Em função disso deixei para trás pessoas, amores, lugares, trabalhos
Talvez não seja motivo de orgulho mas de amor próprio
Para alguns fuga, para outros coragem
Minha própria companhia me bastava e continua me bastando
Não tente me entender, estou em constante transformação
Parafraseando Clarice Lispector: Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.
Entre o Reencontro e o Silêncio
para quem reacendeu a chama e depois partiu
Eu não te busquei,
foi você quem voltou,
cinco anos se passaram,
e a chama, de repente, brilhou.
Teu olhar reacendeu
a esperança que eu já tinha deixado pra trás,
mas, num piscar, você sumiu,
deixando a dúvida na beira.
Por que voltar, se não quer ficar?
Acender a chama só para apagar,
deixar perguntas no ar,
sem resposta, sem explicar.
Fico com o reflexo do teu olhar,
a saudade do que parecia recomeçar,
e a dúvida que insiste em ficar:
foi falta de tempo ou de querer estar?
— Mykesio Max
Contos sobre mim parte 44 - A beleza do envelhecer…
Sobre quem eu sou, de marcas latentes, forjado em batalhas, com choro e dores, sorrisos que atraem, certeza de ir quando não mais quero ser, solitude de mim e do que quero fazer, sou cheio de graça, sinceros abraços, sou tido por muitos de poucos eu sou, nascente poente, ouvir o som das águas e aqui me encontrei.
Sobre quem quero ser, não mais água ardente, um pouco de tudo, não tudo de vez, quero andar entre as águas, cria brio e coragem pra nascer e crescer, quero ouvir som de pássaros, andar em seus braços, jamais perecer, a paz das montanhas, amores me ganham e vim pra vencer. Vencer meu passado, vencer o outro lado, vencer, só vencer, e aqui já me basta, se lá estarei, terei a certeza de que entre belas as feras desceu e eu flor que nasce, desboto entre laços pra ser cor de vida, naturalidade me encontro em meus passos pra ser quem eu sei.
Sobre quem eu fui, não sei, não recordo, só sei que discordo, pois, não o quis ser, encontro outro mundo, desvio, vagabundo, ali não sou eu, a fé me abraça e eu todo dela sou feito de luz, prazer que me toma, cintila, retoma, me enche de risos por ter bem crescido sabendo que sou, quem eu quero ser, mas, profundamente quem fui não me lembro, se fui já não sou e isso me basta, pra ter um abraço “do eu que tornou”, de tudo um pouco, calado, translouco, fadado e romântico, me torno galante sem lembrança alguma do ser que eu fui.
Márcio Ribeiro
Sobre o tempo
O tempo me perguntou: O que tem feito? E em resposta eu respondi: Nada, além de te acompanhar.
Ele que é impiedoso, conduz a nossa vida de forma demarcada, seja, segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e até décadas, ele nos aprisiona do seu jeito e nós somos levados a quebrar essas grades que nos aprisiona e soltar-nos, livre, leve e cheio de amor nossos melhores sonhos, por fim, uma resposta, em meio a todas as barreiras que o o tempo nos impôs.
Amadurecemos e o tempo não se dá conta, podemos ser e nos fazer melhores, podemos reinventar a vida e a forma com que lidamos com fracassos, com ilusões, com choro, com dor, com a esperança, podemos amar a mesma pessoa várias, diversas vezes da mesma forma, do mesmo jeito, com o mesmo olhar do primeiro encontro, com o mesmo gosto do primeiro beijo, com a mesma vontade, intensidade de viver pra sempre, não sabemos até onde vamos, mas, podemos escolher com quem ir.
Eu evolucionei
Eu evolvi, quando deixei de me cortar
Eu evolvi, quando deixei de me importar
Eu evolvi, quando deixei de me aportar
Eu evolvi, quando deixei de me doar
Eu evolvi, quando deixei de desfazer-me
Eu evolvi, quando a "mim" foi dado zelo
Eu evolvi, quando a "mim" veio o amor
Eu evolvi, quando a "mim" vieram inteiros
Eu evolvi, quando a "mim" não era dolo
Eu evolvi, quando a "mim" pairava sonhos
Eu evolvi, quando não mais ali fiquei
Eu evolvi, quando não mais ali “quietei”
Eu evolvi, quando não mais ali fui porto
Eu evolvi quando não mais me veio abuso
Eu evolvi, quando não mais me era só
Eu evolvi, quando minha alma foi meu corpo
Eu evolvi, quando minha dor já era extinta
Eu evolvi, quando minha mão se fez abraço
Eu evolvi, quando minha calma foi bastante
Eu evolvi, quando minha paz se fez completa
E eu tão solto, mente aberta, me fiz mais dono de mim.
Eu não sei se algum dia eu amei alguém de verdade. Talvez tenha sido só ilusão, desejo, ou a necessidade de acreditar que existia algo mais profundo. Lembro de sentimentos que deveriam queimar, mas que só passaram como faíscas apagadas pelo vento. Procuro na memória alguma lembrança intensa, algum olhar que tenha parado o tempo, mas tudo parece vazio, distante, como se eu tivesse participado de uma peça em que não entendia o roteiro. E, no fundo, talvez eu nunca tenha amado alguém… ou talvez eu tenha amado tanto que nem percebi.
Glaucia Araújo
Vivendo para a glória de Deus.
Quero viver como alguém que entendeu a graça que recebeu.
Como eu poderia ler o livro de Atos e as cartas de Paulo sem desejar amar a Cristo como eles amaram?
Meu Deus, depois dos açoites, eles saíram agradecendo por se acharem dignos de sofrer por amor a Ti.
Senhor, faz de mim alguém digno de carregar Tuas marcas.
Como o escravo da orelha furada, meu caminho não tem retorno.
Se eu tivesse mil vidas, viveria todas assim.
Porque, se eu não ganho almas, é a minha que ainda precisa ser alcançada.
Preciso dizer à minha geração: temos apenas uma vida.
E 90% do que estamos fazendo não tem valor algum na eternidade.
Precisamos viver pelo que o céu celebra e aprova.
Oh Deus, só tenho uma vida — e não mil.
Então, recebe-me. Já que desejas me usar, usa-me como usaste aqueles homens que fizeram história.
Seja vivendo para Ti,
ou morrendo por Ti
Às vezes, eu me encanto comigo mesmo.
Fico pensando como eu reagiria se visse alguém igual a mim.
Hoje, por exemplo, depois de um dia inteiro de trabalho,
dirigi até um igarapé, pulei da ponte e me diverti sozinho.
Vivo cantando e sorrindo enquanto dirijo.
Passei por uma fazenda e conversei com Jesus.
Depois, brinquei com os amigos.
E então, ao voltar para casa,
vi alguns garotos brincando de pular corda na rua.
Parei a moto e fui brincar com eles.
Ficaram extasiados por eu ter pulado tanto.
E eu pensava naquela frase famosa:
“Posso fazer isso o dia todo.”
Se eu visse alguém fazendo isso com crianças na rua,
eu também ficaria encantado.
E acho que é bom se encantar consigo mesmo.
Porque eu poderia estar morto,
mas Cristo me deu vida.
E viver é uma roupa que me cai bem
Longos anos passaram
E eu vi amigos casarem
E eu fiquei aqui, contigo
Te amando
Mudou-se as estações
Vi amigos te deixarem
E ficarem irreconhecíveis
E eu fiquei aqui, contigo
Completamente apaixonado
Tanta coisa foi mudando
Amigos tornaram-se desconhecidos
E desconhecidos se tornaram amigos
E eu fiquei aqui, contigo
Te desejando
Cada um seguiu sua vida
Alguns se tornaram
E estão trabalhando
E eu fiquei aqui, contigo
Permutando que tua mão me movesse
E esse “aqui, contigo”
Me levou por muitas lugares
Agora, especialmente
Para uma escada que leva para o rio trombetas
O sol nasce a minha direita
Uma canoa flutua a minha frente
Pássaros cantam a minha esquerda
E amanhã pode está nublado demais para que o sol apareça
E pode não haver nenhuma canoa ou até mesmo escada
E os pássaros podem parar de cantar
Até o rio pode secar
Mas eu continuarei aqui, contigo
Porque te amo
