Texto Pai do Mario Quintana
O filtro do Espírito Santo é minucioso, rigoroso e infalível, por isso muitas orações, louvores e ofertas a Deus não conseguem passar. Ele filtra hipocrisia, soberba, más intenções, impurezas, enganos, teatros e muito mais. Somente as ofertas genuinamente puras e feitas com intenções sinceras conseguem ultrapassar esse filtro.
Quando os fariseus, incrédulos, vieram pedir uma prova de Jesus de que ele realmente era o Messias, Jesus os ignorou completamente e disse que não lhes daria nenhum sinal, exceto o exemplo do profeta Jonas. Esse enigma deixou-os sem entender, mostrando claramente que ninguém que se aproxima de Deus com incredulidade e soberba consegue qualquer reação dele para se explicar. Deus não precisa se explicar, pois ele é soberano, e ninguém tem autoridade para questioná-lo.
A advertência "Deus resiste aos soberbos" nos convida a olhar para dentro de nós mesmos. Já nos perguntamos se possuímos algum traço de soberba em nosso comportamento? É importante refletir sobre como nossas atitudes podem influenciar nosso relacionamento com Deus e se, em algum momento, Ele pode estar nos resistindo como consequência disso.
A leitura e exploração da Bíblia podem ser impulsionadas por diversas motivações: o genuíno desejo de conhecer a Deus e compreender Sua vontade, visando à obediência; um interesse puramente intelectual na literatura sagrada; a busca por contradições que fundamentem argumentos contrários ao evangelho; ou até mesmo a busca por reconhecimento, aspirando a ser considerado um erudito nas Escrituras.
É difícil prever o que somos capazes de fazer até enfrentarmos situações desafiadoras que nos levam a realizar aquilo que nunca imaginávamos. Portanto, não é prudente nos superestimarmos, pois não nos conhecemos tão bem quanto Deus nos conhece. Confiar na força divina, em vez da nossa própria, é a chave.
Apesar de se autoproclamarem como profundos estudiosos das Escrituras e de afirmarem possuir um amplo entendimento das profecias relacionadas à vinda do Messias, quando o Messias efetivamente apareceu, os fariseus e saduceus desafiaram-no, resistiram à sua mensagem e se utilizaram de suas próprias interpretações da palavra de Deus para se oporem ao próprio Deus. Por fim, crucificaram o Messias, a quem tanto ansiavam. Esse episódio evidencia uma falta de compreensão, uma vez que, se estivessem genuinamente buscando a Deus, teriam reconhecido a divindade daquele a quem estavam se opondo - o próprio Deus cujo conhecimento procuravam. Infelizmente, situações semelhantes a essa se repetem em nossos dias.
Se as atividades que você afirma estar realizando para Deus acabam trazendo principalmente satisfação pessoal, se parecem mais um hobby que eleva sua autoestima e lhe proporciona bem-estar, é crucial uma análise profunda e honesta. Nesse contexto, pode surgir a necessidade de questionar se essas ações estão realmente destinadas a Deus ou se, na verdade, estão mais voltadas para satisfazer a si mesmo.
Tenho o desejo de conhecer pessoas semelhantes a Asafe (Salmos 73:3), o levita, que têm a coragem de reconhecer a inveja ou, pelo menos, a valentia de confrontar esse sentimento, procurando indícios desse mal dentro de si mesmas, ou recorrendo a Deus para perguntar: 'Senhor, revele-me se estou sendo invejoso.'
Às vezes, as mensagens sobre Deus podem evocar reações emocionais negativas, que podem ser originadas por duas situações: a pessoa que fez a declaração pode ter motivos ocultos em vez de ser guiada pelo Espírito Santo, ou a pessoa que ouviu a mensagem pode estar lidando com questões internas que entram em conflito com o conteúdo da mensagem.
Deus é o criador da humanidade, desde a nossa constituição física e emocional até os mecanismos de nossa mente. Ele também moldou o mundo ao nosso redor, inclusive o conceito de tempo, que abrange passado, presente e futuro. Diante dessa constatação, é intrigante compreender por que muitas pessoas encontram dificuldades em depositar plena confiança nas orientações divinas, mesmo considerando que Deus detém o conhecimento absoluto do que é mais adequado para cada um de nós.
A persistente sensação de desconforto diante de situações sem justificativa relevante pode indicar fragilidade. Muitas vezes esse "Incômodo" camufla diversos rótulos, tais como inveja, raiva, orgulho, ciúmes, rancor, instabilidade emocional entre outros. Esses sentimentos, em grande parte, prejudicam nossa conexão espiritual, pois o Espírito Santo é extremamente sensível. É necessário purificar nossa alma para alcançar uma sintonia perfeita com Deus.
Você já conseguiu ter um papo com Deus? Muitas pessoas têm dificuldade em orar, pois não sabem exatamente o que é a oração. Elas não sabem o que dizer e se sentem desconfortáveis, como se estivessem lançando palavras ao vazio. Mas não se preocupe. Sabe aquela pessoa em quem você confia e com quem compartilha tudo? Assim é possível se conectar com Deus e ter uma conversa semelhante, até mesmo compartilhando aquilo que você não tem coragem de falar para ninguém. Depois que descobrir o segredo da oração e seu efeito, você não vai mais parar. Você se sentirá bem mais leve após cada conversa que tiver com o Senhor.
Existe uma diferença significativa entre o que somos e o que nos tornamos. Neste mundo onde as ideologias nos moldam e influenciam, por vezes, é difícil discernir nossa verdadeira natureza das transformações que experimentamos. No entanto, o evangelho nos permite compreender tanto nossa real identidade quanto as mudanças que sofremos ao longo do tempo.
A Teologia atua como uma "fôrma" que molda as pessoas para adotarem um único padrão de pensamento. Elas são instruídas a interpretar tudo de acordo com esse padrão. Uma vez que suas mentes se acostumam a essa perspectiva, fica difícil distinguir a verdade da palavra, através do Espírito Santo, porque já têm um modelo predefinido que atribui significados específicos a cada parte da Bíblia.
Apesar do profundo conhecimento teológico dos fariseus e saduceus, esse saber não permitiu a eles identificar Jesus como o Messias que aguardavam. Mesmo após estudarem minuciosamente os detalhes sobre a vinda do Messias, incluindo sua linhagem e origem geográfica, seu conhecimento os confundiu quando Jesus, de acordo com suas análises, não atendeu aos critérios estabelecidos. É bem provável que os estudiosos contemporâneos também possam não identificar o Anticristo nos estágios iniciais antes de assumir o poder, se isso vier a ocorrer.
Opiniões individuais, interesses pessoais e desonestidade são recursos infalíveis na fabricação das chamadas "Interpretações Bíblicas". Isso enfatiza a necessidade de buscar a Revelação das Escrituras através do Espírito Santo, pois além de ser o inspirador da Palavra, ele é bem verdadeiro e sincero.
A Bíblia destaca a necessidade do conhecimento, mas o diabo, de maneira astuta, usou uma estratégia poderosa: ofereceu um conhecimento falso de Deus, levando os cristãos a se considerarem especialistas na Palavra, quando, na verdade, possuem um conhecimento destrutivo, semelhante ao adquirido através do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal no Jardim do Éden.
No contexto do Reino de Deus, ser espiritual se diferencia consideravelmente do estereótipo comumente associado pelos cristãos. Embora muitas pessoas acreditem que um crente espiritual é alguém que ora intensamente, pratica o jejum, demonstra obediência aparente e possui amplo conhecimento da Palavra, a verdadeira essência do cristianismo engloba não apenas essas virtudes, mas também a humildade, submissão, obediência voluntária e um profundo temor de Deus.
Atualmente as comunidades cristãs concentraram-se bastante na formação e treinamento de obreiros, muitas vezes com o objetivo de evitar situações embaraçosas e promover uma imagem positiva da igreja. No entanto, o ensinamento mais essencial de Jesus aos seus discípulos era que eles deveriam ser "cheios do Espírito Santo.
Os cristãos enfatizam a necessidade de "dar testemunho" entre os não crentes, mas muitas vezes esquecem que esse testemunho só é autêntico quando nosso principal objetivo é cuidar de nossos comportamentos para proteger a reputação de Deus, em vez de nossa própria reputação como crentes.
