Texto Filosófico
Combate a agressão à mulher,
incentivo a denúncia do agressor e
o direito da mulher de seguir em frente e ser feliz.
(Dia internacional da mulher, homenagem.)
Mulher ferida.
Vi no olhar um grito sufocado,
e a dor da alma,
maior que a do olho marcado.
Se isto é amor,
amor é sofrer,
este tipo de dor,
já não quer mais viver.
Foi um sonho que se despedaçou,
foi um lar que ruiu,
foi a dar que sobrou,
do amor que não viu.
Mas de novo levanta,
a vida é bem mais,
denuncia o agressor,
renuncia sua dor,
e segue em paz.
Autor: Cícero Marcos
Devaneios
É o tempo que passa,
é a vida que vai,
qual as águas do rio,
que não voltam mais.
É o olhar sofrido,
do sonho perdido,
do sonho que o tempo,
deixou para trás.
É a criança escondida,
num corpo surrado,
que a mão da vida,
ajudou a surrá.
Que já não desperta,
do sono pesado,
por que o passado,
não pode voltar.
Autor: Cícero Marcos
A brevidade da vida
Há quem diga que a vida e curta,
como um refrão de um repente.
Se é assim tão breve,
fica a cada minuto,
a morte mais perto da gente.
Por isso vivo o momento,
que o bom Deus me outorgou.
Não pense no amanhã !
Basta cada dia o seu mal,
ele mesmo assim me ensinou.
Autor: Cícero Marcos
Detalhes da vida
A vida é feita de pequenos detalhes,
como o sorriso de uma criança,
a serenidade do olhar idoso,
ainda carregado de esperança.
A brisa da manhã,
o calor do sol,
as águas do rio,
um peixe no anzol.
O tic, tac da vida,
num coração pulsando,
o fechar dos olhos,
um pouco sonhando.
O despertar manhã
na expectativa,
de um cheiro de vida,
um pouco de vida a cada manhã.
É a corrida do conquistar,
ouvindo os passos da multidão.
que vai ao trabalho,
a algum lugar,
movido apenas pelo coração.
É a vida passando,
nesta amplidão,
é o hálito de Deus,
aquecendo o coração.
É a chuva que cai ,
e a vida que vem,
brotando da terra,
o sonho de alguém.
É alguém que semeia,
pra outro colher,
é o ciclo da vida,
a acontecer.
Autor. Cícero Marcos
SER IGREJA
Estar na igreja e ser igreja são coisas bem diferentes.
Estar na igreja é fazer parte do rol de membros, mas, mesmo assim, continuar ausente.
Ser igreja é fazer parte do corpo de Cristo, sendo ativo e presente.
Estar na igreja e ser igreja são coisas bem diferentes.
Estar na igreja é ir a todo culto de domingo, fazer isso repetidamente.
Ser igreja é estar presente em todo culto — e ser culto, mesmo ausente.
Estar na igreja e ser igreja são coisas bem diferentes.
Estar na igreja é ser dizimista, ofertante fiel, e até ter um lugar reservado formalmente.
Ser igreja é fazer isso e muito mais: é ser Cristo bem presente.
Estar na igreja e ser igreja são coisas bem diferentes.
Como posso expressar meu amor por você? Fico perdido, chorando silenciosamente pela dor de não conseguir revelar o que sinto. Sangro por uma ferida inextinguível ao não ter você por perto. Minha alma se une à tua em um vínculo indissolúvel, mas como posso dizer que te amo sem me machucar? Se escrevo, é para evitar ter que te enfrentar, encarando a possibilidade de rejeição.
É covardia pensar que teria a mesma reciprocidade ao olhar nos seus olhos. Talvez você não perceba, mas sua indecisão machuca profundamente. Tenho enfrentado a morte inúmeras vezes, apenas para respirar fundo, enxugar as lágrimas e seguir em frente. Não é fácil morrer, difícil é renascer.
Detestável seria ter a covardia daqueles que me mataram, assim como você. Tua indecisão e rejeição me dilaceraram infinitas vezes. Como posso dizer que te amo se morri e renasci tantas vezes? Quantas mortes mais serão necessárias para que possas me amar?
O mais importante do viver é que a própria vida se encarrega de colocar as pessoas certas nos caminhos certos, È só esperar, jamais sair por ai procurando por algo que já está escrito em algum lugar do nosso futuro. Se não chegou até agora, quando mais precisar, chegará. Como alguém que embarcou no trem do destino e nunca conseguiu descer em estação alguma.
Qual a melhor religião?
Breve diálogo entre o teólogo brasileiro Leonardo Boff e o Dalai Lama.
Leonardo Boff explica:
“No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos (eu e o Dalai Lama) participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:
– “Santidade, qual é a melhor religião?
Esperava que ele dissesse:
“É o budismo tibetano” ou “São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo.”
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olho – o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta – e afirmou:
“A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do Infinito. É aquela que te faz melhor.”
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
– “O que me faz melhor?”
Respondeu ele:
-“Aquilo que te faz mais compassivo”.
(e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável…Mais ético… A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião…”
Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável…
Não me interessa amigo, a tua religião ou mesmo se tem ou não tem religião. O que realmente importa é a tua conduta perante o teu semelhante, tua família, teu trabalho, tua comunidade, perante o mundo…
Lembremos:
“O Universo é o eco de nossas ações e nossos pensamentos”.
A Lei da Ação e Reação não é exclusiva da Física.
Ela está também nas relações humanas.
Se eu ajo com o bem, receberei o bem.
Se ajo com o mal, receberei o mal.
Aquilo que nossos avós nos disseram é a mais pura verdade: “terás sempre em dobro aquilo que desejares aos outros”.
ESPIRITUALIDADE
Leonardo Boff
“Leonardo Boff situa o tema da espiritualidade no contexto dramático e perigoso em que se encontra atualmente a humanidade. Sua reflexão quer captar a urgência da espiritualidade e enfatizar sua premente atualidade em face dos mitos que circulam pela cultura – mitos da exterminação da espécie, da liquidação da biosfera, da ameaça do futuro comum, da terra e da humanidade.
Em momentos assim dramáticos, o ser humano mergulha da profundidade do Ser e se coloca questões básicas: O que estamos fazendo neste mundo? Qual é nosso lugar no conjunto dos seres? Como agir para garantirmos um futuro que traga esperança para todos os seres humanos e para o planeta? O que podemos esperar além desta vida?
É neste contexto que o autor coloca a questão da espiritualidade. Ao citar o Dalai-Lama, considerado por ele como uma das pessoas mais messiânicas do nosso tempo, Leonardo Boff evidencia a distinção essencial entre a religião e a espiritualidade: a primeira associada a crenças, dogmas,rituais; a segunda relacionada às qualidades do espírito humano – compaixão, amor, tolerância, capacidade de perdoar, solidariedade -, que trazem felicidade para a própria pessoas e para os outros. E denuncia momentos e formas em que religião se torna a negação da espiritualidade.”
“A espiritualidade não é monopólio das religiões, nem dos caminhos espirituais codificados. A espiritualidade é uma dimensão de cada ser humano. Essa dimensão espiritual que cada um de nós tem se revela pela capacidade de diálogo consigo mesmo e com e com o próprio coração, se traduz pelo amor, pela sensibilidade, pela compaixão, pela escuta do outro, pela responsabilidade e pelo cuidado como atitude fundamental.”
“A espiritualidade vive da gratuidade e da disponibilidade, vive da capacidade de enternecimento e de compaixão, vive da honradez em face da realidade e da escuta da mensagem que vem permanentemente desta realidade. Quebra a relação de posse das coisas para estabelecer uma relação de comunhão com as coisas. Mais do que usar, contempla.
Há dentro de nós uma chama sagrada coberta pelas cinzas do consumismo, da busca de bens materiais, de uma vida distraída das coisas essenciais. É preciso remover tais cinzas e despertar a chama sagrada. E não irradiaremos. Seremos como
o sol.”
“Leonardo Boff descreve poeticamente as dimensões mística e política da espiritualidade de Jesus Cristo, fazenmdo também a distinção entre o Reino de Deus anunciado por Cristo e a igreja como construção humana posterior, sujeita a distorções capazes de comprometer fundamentalmente a mensagem original.
Ilumina a nossa compreensão mostrando a diferença entre os caminhos espirituais percorridos pela humanidade do Ocidente e no Oriente para concluir, à luz de uma afirmação do Dalai-Lama, que a melhor religião é a que nos faz compassivos, sensíveis, amorosos, humanitários, responsáveis. E que nenhuma religião pode invocar o monopólio dos meios para chegar a Deus.
Termina seu texto com um comovente diálogo com sua mãe, analfabeta, mas possuidora de uma sabedoria que lhe permitia ver Deus na transparência da realidade e de cada experiência concreta.
Diz Leonardo Boff “Em nossos escritórios e nos nossos gabinetes de trabalho podemos ser cínicos, podemos acreditar ou desacreditar de qualquer coisa. Mas não podemos desprezar a aurora que vem, não podemos desfazer olhar inocente de uma criança, não podemos contemplar com indiferença a profundidade do céu estralado sem cair no silêncio e na profunda reverência, nos perguntando o que se esconde atrás das estrelas, qual é o caminho da minha vida, o que posso esperar depois dela.”
São perguntas que o ser humano sempre se coloca e, ao coloca-las, revela-se como ser espiritual. Quando nos abrimos para acolher essas mensagens, para orientar nossa vida num sentido que produza leveza, irradiação, humanidade, aí deixamos aflorar a nossa dimensão espiritual.”
Leonardo Boff em uma das menções que faz sobre Dalai-Lama, comenta sua resposta sobre o que é Espiritualidade:
Dalai-Lama dá uma resposta extremamente simples: “Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior.”
Não entendo direito alguém perguntou novamente: - Mas se eu praticar a religião e observar as tradições, isso não é espiritualidade?
O Dalai-Lama respondeu:
- Pode ser espiritualidade, mas, se não produzir em você uma transformação, não é espiritualidade.
- Acrescentou: Um cobertor que não aquece deixa de ser cobertor. Como diziam os antigos, os tempos mudam e as pessoas mudam com eles. O que ontem foi espiritualidade hoje não precisa mais ser. O que em geral se chama de espiritualidade é apenas a lembrança de antigos caminhos e métodos religiosos.
Arrematando, diz: O manto deve ser cortado para se ajustar aos homens. Não são os homens que devem ser cortados para se ajustar ao manto.
Extraído do livro Espiritualidade, de Leonardo Boff, Editora Sextante. 20-02-2003
Desbordamos todos os esquemas, nada nos encaixa. Não há sistema militar mais duro, não há nazismo mais feroz, não há repressão eclesiástica mais dogmática que possam enquadrar o ser humano. Sempre sobra alguma coisa nele. Porque com seus pensamentos ele habita as estrelas, rompe todos os espaços. Por isso, nós, seres humanos, temos uma existência condenada a abrir caminhos sempre novos e sempre surpreendentes.
Leonardo Boff
Algumas dicas importantes:
- nunca se prostitua
- viva, com exageros
- respeite os mais velhos, eles são detentores da sabedoria
- disciplina é tudo, seja ela mental ou corporal
- a malicia é diferente da maldade, onde a bondade não se conserva no coração
- a cada objeto quebrado, colabore para a construção de outros dois novos
Perícia teológica * Minha Sintonia com Leonardo Boff
A técnica ou seja a perícia teológica disponibiliza aos integrantes, de uma clerezia o ensejo de identificar minuciosamente conforme tradução grega o sopro de Deus, divinamente inspirada na Bíblia, á vista disso, viabilizando um aprendizado vasto de fé segurança, e variados temas alusivos à religião, numa notação científica e sistemática. Solange Malosto
Superação e Paz: O Caminho da Vida É Seguir em Frente
Em meio aos desafios da vida, todos nós enfrentamos momentos que nos testam emocionalmente e fisicamente. Esses momentos, muitas vezes, nos levam a refletir sobre como seguir em frente, mesmo quando tudo parece estar desmoronando. A superação, porém, não é um caminho fácil. Exige força, resiliência e, acima de tudo, paz interior.
A busca pela paz não significa ignorar as adversidades, mas sim encontrar uma forma de lidar com elas de maneira saudável. A paz vem quando aceitamos nossas falhas, aprendemos com nossos erros e escolhemos não nos prender ao passado. "Bola pra frente" é mais do que um ditado popular; é um convite para deixarmos para trás o que já passou e focarmos no que está por vir.
Histórias de superação estão por toda parte. Desde atletas que voltam a competir após lesões graves até pessoas comuns que encontram maneiras de reconstruir suas vidas após grandes perdas, cada uma delas nos ensina a importância de continuar. A resiliência, a capacidade de se levantar após uma queda, é o que nos permite seguir em frente com esperança e renovação.
Para quem está em busca de paz, a chave pode estar na reconciliação consigo mesmo. Perdoar-se e perdoar os outros é um passo importante para deixar o peso do passado e abrir espaço para novas possibilidades. O futuro é uma página em branco, e quem decide como escrevê-la somos nós.
Assim, em meio aos obstáculos da vida, a mensagem é clara: superar é preciso, seguir em frente é essencial. O poder de recomeçar, de encontrar paz em meio ao caos, está dentro de cada um de nós. Porque, no final, o importante é continuar jogando o jogo da vida, com coragem, esperança e fé em dias melhores.
Bola pra frente, sempre.
Vítor Aristoteles Vianna Borges
@vitorviannaborges
Conheci muitas pessoas que não gostam de si mesmas e tentam superar isso, persuadindo primeiro os outros a pensarem bem delas. Feito isso, elas começam a pensar bem de si próprias. Mas essa é uma falsa solução, isso é submissão à autoridade dos outros. Sua tarefa é aceitar a si mesmo, não encontrar formas de obter aceitação.
Ninguém quer causar dano a si mesmo, por isso tudo o que é ruim acontece involuntariamente. Pois o homem ruim provoca dano a si mesmo: ele não o faria, caso ele soubesse o que é ruim. Por conseguinte, o homem ruim apenas é ruim por um erro; se o privarmos de seu erro, então o tornamos necessariamente - bom.
A idolatria que as mulheres têm pelo amor é, no fundo e originalmente, uma invenção da inteligência, na medida em que, através das idealizações do amor, elas aumentam seu poder e se apresentam mais desejáveis aos olhos dos homens. Mas, tendo-se habituado a essa superestimação do amor durante séculos, aconteceu que elas caíram na própria rede e esqueceram tal origem. Hoje elas são mais iludidas que os homens, e por isso sofrem mais com a desilusão que quase inevitavelmente ocorre na vida de toda mulher – desde que ela tenha imaginação e intelecto bastantes para ser iludida e desiludida.
A exigência de castidade reforça a veemência e interioridade do instinto religioso, ela torna o culto mais caloroso, mais entusiástico, mais apaixonado. O amor é o estado em que os homens vêem as coisas como elas não são. A força da ilusão está no amor em toda sua potência, assim como a força de adoçar, de transfigurar.
É Preciso Aprender a Amar. - Eis o que se sucede conosco na música: primeiro temos que aprender a ouvir uma figura, uma melodia, a detectá-la, distingui-la, isolando-a e demarcando-a como uma vida em si; então é necessário empenho e boa vontade para suportá-la, não obstante sua estranheza, usar de paciência com seu olhar e sua expressão, de brandura com o que nela é singular: - enfim chega o momento em que estamos habituados a ela, em que a esperamos, em que sentimos que ela nos faria falta, se faltasse; e ela continua a exercer sua coação e sua magia, incessantemente, até que nos tornamos seus humildes e extasiados amantes, que nada mais querem do mundo senão ela e novamente ela. - Mas eis que isso não nos sucede apenas na música: foi exatamente assim que aprendemos a amar todas as coisas que agora amamos. Afinal sempre somos recompensados pela nossa boa vontade, nossa paciência equidade, ternura, para com que é estranho, na medida em que a estranheza tira lentamente o véu e se apresenta como uma nova e indizível beleza: - é a sua gratidão por nossa hospitalidade. Também quem ama a si mesmo aprendeu-o por esse caminho: não há outro caminho. Também o amor há que ser aprendido.
A igreja cristã não deixou nada intocado com sua podridão, transformou todo valor em não-valor, toda verdade em mentira, toda forma de integridade em vilania de alma. Ainda ousam falar-me de suas "bençãos" humanitárias! Suprimir qualquer forma de miséria ia contra seus interesses mais profundos, ela alimentava-se dos estados de necessidade, criou estados de necessidade para eternizar-se... O verme do pecado por exemplo: somente a igreja enriqueceu a humanidade com esse estado de miséria! "A igualdade das almas perante deus", essa falsidade, esse pretexto para o rancor de todos os pobres de espírito, esse conceito explosivo que se transformou finalmente em revolução, idéia moderna e princípio de declínio de toda organização social é dinamite cristão..."Humanitarismo", bençãos do cristianismo!
Tomadas pelo ódio, as mulheres são mais perigosas que os homens; antes de mais nada porque, uma vez despertado o seu sentimento hostil, não são freadas por nenhuma consideração de justiça, deixando o seu ódio crescer até as últimas consequências; depois porque são exercitadas em descobrir feridas (que todo homem, todo partido tem) e espicaçá-las: no que sua inteligência, aguda como punhal, presta-lhes um ótimo serviço (ao passo que os homens, vendo feridas, tornam-se contidos, são com frequência generosos e conciliadores).
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