Texto eu Amo meu Namorado
Egoísta
Eu sou uma pessoa egoísta.
Egoísta por querer sua atenção só pra mim.
Egoísta por desejar que você dedique
Todos os seus dias em favor de mim.
Egoísta por não me amar mais do que amo a ti.
Egoístapara mim e para ti,
Porque o que mais amo é te fazer sorrir.
Por querer teu corpo trêmulo
Entrelaçado ao meu.
Por querer tua respiração
Ofegante ao sentir toques meus.
Sou Egoístamesmo e que se dane.
Eu te quero aqui, neste instante.
Te quero pra sempre,
Sempre ao meu lado,
Porque amo me perder em teus abraços.
Egoísta, Egoístaeu sou.
Faz mal sonhar e ter ganância
Pelo teu amor?
E assim sou feliz nessa minha maneira egoísta de amar,
pois em te me inspiro a fazer poesias que me levam a delirar.
Por - Stela Nayra
Eu passo dias e dias esperando alguém me regar,
Conto horas e horas, minutos até os segundos...
E o que me resta é esperar!
Ainda bem que alguém olha para mim —
E lá no céu está!
Faço festa e balanço para lá e para cá.
Que alegria!
Ele está sempre a me notar!
Sabe quem eu sou?
Basta respirar...
Esse é o meu tocar.
- Autor: Jonas Feijó
BOM DIA
Hoje eu acordei lembrando que Deus é silencioso, mas nunca distante.
Ele cuida da gente nos detalhes — no café quentinho, na brisa que entra pela janela, no abraço que chega na hora certa.
Que o dia de hoje seja assim:
um suspiro de alívio, um passo de coragem e uma fé quietinha que não precisa de barulho pra ser bonita.
Segue em paz, respira fundo.
Tem cuidado de Deus espalhado no seu caminho.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Viajando pela estrada, eu passei em araguari,
Confesso que me arrependi de ter passado ali,
Com meu coração sofrendo, e em prantos de dor,
Fiz os meus lábios sorri pra saudar meu ex amor,
Com seu jeito sorridente, me abraçou alegremente,
Pra não manter esperança, me mostrou sua aliança,
A saudade é castigo, que em meu peito fez de abrigo,
A perda foi uma tortura, sinto muita esta amargura,
Por minha culpa e loucura, perdi uma criatura tão linda e pura.
DEPOIS...
Depois dela, nunca mais fui o mesmo. Nem eu mesmo consegui ser.
Senti-me sem rumo, navegando entre rostos e noites, mas em cada encontro o vazio apenas crescia.
As pessoas passavam como sombras em um vale de mortos; mesmo quando o instante parecia “incrível”, logo depois vinha o peso de uma morte silenciosa dentro de mim.
Procurei-a em tudo: em sorrisos estranhos, em lugares que não eram dela, em músicas que apenas ecoavam sua ausência. Mas cada busca só me lançava mais fundo no abismo.
E assim, perdido em tentar encontrar “outra ela”, encontrei apenas o reflexo daquilo que nunca mais voltaria.
-Francisco Brito
volta pra casa
me leva pra casa, eu quero voltar
deixei o aprisco, fugi do altar
o que era refúgio virou desespero
por culpa de um lobo, fingindo ser cordeiro
suas palavras, afiadas e frias
expulsavam a paz, calavam as guias
as ovelhas dispersas, feridas no chão
enquanto ele reinava com falsa unção
senti que o céu tinha virado silêncio
minha fé machucada, meu peito, um lamento
mas mesmo distante, ainda ouço a voz
do bom pastor chamando, cuidando de nós
me leva pra casa, pra graça, pro abrigo
onde há mesa posta, perdão e abrigo
sei que o caminho de volta é real
pois mesmo ferido, o amor é leal
e agora eu clamo com alma cansada:
jesus, me conduz de volta à morada
longe dos lobos, de volta ao lugar
onde o teu espírito possa me sarar
Eu poderia renunciar ao descanso e atravessar mil madrugadas apenas para ouvir o sussurro da sua respiração, como se cada fôlego fosse a batida secreta que sustenta o universo. Quando, em meio ao sono, um sorriso se abre em seus lábios, é como se a aurora despedaçasse a escuridão , uma vitória da beleza sobre a noite.
Você sonha em terras distantes, em reinos que meus olhos não conhecem, mas sua ausência jamais me afasta. Eu me torno guardião da sua quietude, vigia dos seus sonhos, guerreiro da sua eternidade. Porque amar você é erguer-se contra o tempo, é permanecer desperto diante do infinito, é viver em chamas sem jamais arder em vão.
Eu poderia ficar acordado
apenas para ouvir sua respiração,
um sopro leve que embala a noite
como canção de ninar.
O seu sorriso, discreto e sereno,
floresce em meio ao sonho,
e ilumina a escuridão
com uma ternura silenciosa.
E quando você viaja distante,
eu permaneço aqui, quieto,
acolhendo a paz que encontro
só por estar ao seu lado.
O Eu Superior
O poder infinito
A consciência pura: Deus
Flui através de ondas
Frequências: Infinitas possibilidades
E quando permitimos que esse fluxo
Esse poder avassalador, Flua através de nós
Vemos o impossível manifestar_se
Em nossas vidas
Porque vemos partículas finitas
Mas o campo vê tudo: sabe tudooooooooo....
Paz no 💓
Eu com certeza não quero experimentar a tranquilidade de um dia sem pensar em você, porque aí sei que talvez não voltarei a sentir mais. Prefiro viver a completa agonia do dia a dia de me preocupar com o que você está pensando, fechar os olhos e ver você nas cenas claramente impiedosas que a minha mente insiste em trazer de volta ao centro de meus pensamentos e, como se não bastasse amar a tal ponto, me perco totalmente na ideia de um sono tranquilo quando em algum momento da noite meu corpo decide que talvez criar um cenário que não existe e nunca existiu, me faça acreditar em algo.
Eu vivo um filme de romance, todos os dias, desde o acordar até o adormecer e quando meus olhos finalmente se fecham para o descanso, me vejo sonhando e lutando para acordar, todos os dias, mesmo que meu corpo saiba que não fará diferença estar dormindo ou acordada pois em ambos momentos estarei vivendo voce.
Eu já morri muitas vezes nessa vida...
Porque gente morre um pouquinho
Quando se perde alguém que ama...
Quando sofremos uma decepção...
Quando perdemos um bichinho de estimação...
A gente morre um pouquinho quando vamos alguém sofrendo e por mais que se queira ajudar não é possível...
Quando deixamos o lugar onde nascemos...
Quando nos deparamos com a traição...
A gente morre um pouquinho quando um projeto não deu certo...
Quando um amigo vai embora...
Quando deixamos de amar e alguém chora...
A gente morre um pouquinho quando os filhos deixam nossa casa...
Quando eles batem asas e passam a viver suas vidas...
A gente morre um pouquinho até que um dia de pouquinho em pouquinho a gente morre...
Renato Jaguarão.
O que eu sinto por ti não cabe em palavras
É como mergulhar em um oceano de definições e não saber me encontrar
Tão profundo como a extensa fossa
E tão belo quanto os raios de sol que refletem na água
De todas, você é a mais bela
É a que faz meu coração mudar de rotação
Esse seu jeito meigo me encanta
E me faz ter vontade de viver
Ter a ti em minha vida é como o meu mais lindo sonho
É como achar sentido nas mais complexas questões
Minha felicidade ao seu lado é genuína
Como uma carta de amor escrita à mão
Eu gostaria de lhe dizer tudo o que vejo
De te fazer enxergar com os meus olhos
Pois tua luz é capaz de curar qualquer cegueira
Tua luz é capaz de guiar ao mais perverso
Hoje convivo com o desprazer de não ter-te ao meu lado
E não sei como lidar com a dor que sinto em meu peito
Vejo em ti meu alicerce para o futuro
Vejo em ti a voz que rodeia o mudo
Pensar em você é como me debruçar em uma mistura de tristeza e felicidade
É como pensar em um mundo melhor
É como pensar na irmandade
Pois só tu és capaz de curar a mim
De enfaixar minhas feridas
De me fazer ter vontade de seguir
Neste exato momento, se o livro da vida me concedesse um único desejo, eu não hesitaria: pediria para me transformar em um pequeno passarinho — discreto, de asas firmes e coração leve. Voaria pelos céus em silêncio, guiado apenas pelo desejo de pousar suavemente em sua janela. Ali, por breves segundos, eu te observaria com ternura, sem perturbar tua paz, apenas existindo na tua presença.
Mas não seria um pássaro qualquer. Carregaria comigo uma fragrância singular, sutil e envolvente — um aroma que ninguém mais poderia perceber, exceto você. Ao senti-lo, teu coração reconheceria, sem dúvida, que aquele instante, aquele voo, aquele perfume... era meu. Leoni T. Steil
Por uma fresta, um fio de neblina, dançava como a seda mais fina. Lá dentro, um coro baixo que eu ouvia: eram gritos calados ou só melancolia?
Recém-chegada a este corredor, minha mão curiosa bateu, sem temor. Então, um toque, um afeto gentil no meu ombro, neste outono de abril.
Uma música clássica enchia o lugar, não era terror, era só um bailar. E eu caminhei pelas salas vazias deste lar de esquecidas alegrias.
Quem me tocara com mão tão serena? Era o meu outro eu, que me livra da pena. Mas não havia porta, nem música, nem mão... Só o eco dançando da imaginação, no palco sem luz do meu próprio roteiro, assinado por um nome estrangeiro: Esquizofrenia.
Tudo mudou.
Um dia eu era a mulher que você dizia admirar, aquela que te despertava desejo, carinho e respeito. Hoje, diante dos seus olhos, pareço ter perdido essa essência — como se o tempo tivesse apagado o brilho que antes você enxergava em mim.
Você já não me olha mais como mulher, não me enxerga como alguém que pulsa, que sente, que precisa ser vista. É como se eu tivesse virado apenas presença, rotina, um corpo que existe ao seu lado, mas não desperta nada dentro de você.
E isso dói. Dói porque eu continuo sendo mulher, com minhas forças, minhas fragilidades, minhas vontades e a necessidade de ser reconhecida. O que mudou não foi em mim, mas em como você escolheu me ver — ou melhor, deixou de ver.
Agora carrego em silêncio a ausência do seu olhar, e percebo: pior do que perder o amor, é ser esquecida como mulher.
Glaucia Araújo
' ENQUANTO ESTOU AQUI.'
Eu só queria ouvir a tua voz
Dizendo sim,
Abraçando-me forte
e tua voz enviasse
Num num som pra' o
Mundo inteiro ouvir ....
Queria ouvir você dizer:
"Não, eu não vou embora
Preciso cuidar de ti"
Enquanto estou aqui
Talvez,
Se ouvisse a sua voz
Fosse curada
Toda dor e angústia
Que invade meu ser
Que aos poucos me mata .
De saudades de ti !
Mas sei que breve a terra
clamará meu nome
Levando-me pra si.
Mas
Eu queria ouvir a tua voz
Uma última vez
Enquanto estou aqui.
Maria Francisca Leite
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REGISTRO N° 122958067065
Desde que me conheço, os olhos me chamam antes de tudo. Eu os desenho, os observo — e por vezes juro que os escuto, porque falam mais que a boca e carregam histórias que um cérebro inteiro talvez não caiba.
Fascinam-me como galáxias: cada olhar é um mundo distinto, às vezes repleto, às vezes vazio.
Acho que a maior dádiva é poder observar. Observar me dá vontade de viver: detectar minúcias, e desvendar outros olhares, torcendo para que alguém queira desvendar os meus também.
Olha só como o jogo virou ne!!
Um dia por vez — é assim que eu tento me concentrar,
colhendo pequenos segundos como quem junta cacos de vidro.
Sua ausência me assusta; sua falta, curiosamente, me cura.
Ando, e a cada passo desato um pranto de amor —
choro o que fomos e me reconstruo com as próprias mãos.
Você já me amou? Pergunto ao eco, porque duvido,
mas sei — havia pedaços seus que cabiam em amor.
Sinto seu cheiro no travesseiro, sua pele em lembrança quente,
mas não posso te tocar; não posso mais me enrolar em você.
Sinto falta do seu beijo — daquela risada que vinha depois,
do riso ao beijar sua barriga, daquela alegria desajeitada.
Às vezes sinto que tomei a decisão certa; outras, vacilo.
Nessas horas a solidão sussurra desejos que já não fazem sentido,
uma força antiga querendo voltar onde o fogo só consumia.
Mas sigo: um dia, um passo, uma respiração —
aprendendo que cuidar de mim é não apagar o brilho,
é deixar as brasas virarem memória e não prisão.
E se ainda chego a duvidar, permito ao menos esse perdão:
hoje me escolho, mesmo que doa, mesmo que trema.
Porque amar também é soltar, é aprender a costurar a própria alma —
e um dia por vez, reaprendo a ser inteira.
MONÓLOGO
“Eu Sou Tereza, Eu Sou Quilombo
Por Eli Odara Theodoro
(Para o Julho das Pretas)
:
Axé…
Axé, minhas irmãs!
Eu cheguei.
Julho chegou.
E com ele, eu me levanto.
Não sozinha — nunca sozinha.
Me levanto com Tereza.
Sim, Tereza de Benguela…
Mulher preta, mulher quilombola, mulher rainha.
Liderança. Inteligência. Força política e amor pelo povo.
No século XVIII, quando mataram seu companheiro,
ela não fugiu.
Ela ficou.
Assumiu o Quilombo do Quariterê.
Criou um governo, um parlamento, uma resistência com nome de liberdade.
Ela sabia…
Que resistir era também amar.
Que ser preta, mulher e viva
já era um ato revolucionário.
E eu…
Sou continuidade de Tereza.
Sou Eli Odara Theodoro .
Mulher preta. Quilombola.
Mãe. Viúva. Educadora.
Filha da terra e dos tambores.
Minha pele carrega o barro da luta,
minha voz carrega as palavras que tentaram calar.
Como diz Beatriz Nascimento:
“O quilombo é um lugar de liberdade possível.”
E eu sou esse lugar.
Meus passos são quilombo.
Minha fala é quilombo.
Minha sala de aula, meu terreiro, meus textos, minha lida — tudo é território de reexistência.
Sueli Carneiro grita comigo contra o apagamento.
Lélia Gonzalez me lembra que o mundo é racista e tenta nos empurrar pra margem.
Mas nós somos centro!
Centro da cura, do cuidado, da criação.
Conceição Evaristo sussurra aqui dentro:
“Escrevivência…”
E é isso que faço.
Eu escrevo com o corpo.
Escrevo com as dores e alegrias que a vida preta me deu.
IBGE diz: somos 28 milhões de mulheres negras no Brasil.
Mas isso é só número.
Nós somos mais!
Somos as que levantam antes do sol.
As que dançam pra Oxum e marcham contra o racismo.
Somos as que cuidam dos filhos dos outros enquanto sonham com futuro pros seus.
Djamila Ribeiro me lembra:
“Nosso lugar de fala não é favor.”
É luta.
É direito.
Nilma Lino Gomes grita comigo:
Educação quilombola é território de sabedoria viva!
Não tem sala de aula mais forte que o chão de nossas comunidades quilombolas.
E como diz bell hooks:
Amar também é ato político.
Eu escolho amar quem sou.
Escolho amar os meus.
Escolho amar as mulheres que vieram antes,
e aquelas que ainda virão.
Hoje…
Eu não só homenageio Tereza.
Eu a convoco.
Tereza está em mim.
Tereza está em nós.
Porque, como diz Conceição Evaristo:
“Nossos passos vêm de longe.”
E eu completo:
Vêm de longe…
E seguem firmes.
De cabeça erguida.
Pés fincados na terra.
E o coração batendo no ritmo da ancestralidade.
Axé, Tereza!
Axé, Mulheres Negras!
Axé, Julho das Pretas!
Manhãs não acordadas
Hoje eu acordei.
Acordei em mais uma manhã de céu nublado,
com as luzes embaçadas
pelas nuvens que cobrem todo o céu.
Hoje eu acordei.
Diferente de outras manhãs,
em que durmo acordado de olhos abertos,
vendados pelo vazio,
cobertos pelo nada
e preenchidos pelos vasos quebrados,
sem flor.
Hoje eu acordei.
Acordei sonhando com a vida
que mato todos os dias
ao não levantar da cama.
Parado,
cansado,
paralisado por mim,
em mim,
dentro de mim.
Esse sou eu?
Ou o eu já foi embora
nessa manhã
em que levantei?
