Texto eu Amo meu Namorado

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Eu queria somente queria...

Queria um abraço sincero; queria uma voz calma, serena, leve; queria um olhar meigo e uma carícia macia; queria momentos de paz, queria um sentimento sincero de doação; queria um verdadeiro coração;
Queria um sorriso lindo nem que fosse por um instante; queria as mãos suavemente acariciando meu corpo acalmando o fardo cansado; queria um beijo carinhoso e demorado;
Queria um abraço de amor romântico; queria um abraço amigo e confortante; queria sentir seguro o meu estar; queria me sentir protegido no meu caminhar;
Queria dormir com uma paz nunca imaginada; queria ouvir uma palavra de incentivo e de força, queria receber um elogio pelas coisas que ouso fazer; queria sonhar, mas sonhar o sonho do sonho de sonhar com histórias felizes, sem nunca sofrer;
Queria um afago; queria uma conversa, sem o silêncio e apatia; queria sentir o respirar como o vento massageando o meu rosto; queria sentir o corpo como o sol aquecendo meu ser; queria tanto uma oração; queria um verdadeiro coração;
Queria adormecer no aconchego dos seus braços; queria ouvir o amanhecer com canções de pássaros; queria ler e conversar sobre a vida; queria que pudesse entender meus pensamentos; queria que considerasse meus sentimentos;
Queria a segurança de sua presença sempre amiga; queria a amante romântica e apaixonada; queria a companheira da empreitada; queria a eterna namorada;
Queria descansar minha alma no seu conforto; queria o encanto de uma palavra de amor sincero e sereno; queria receber um olhar de atenção; queria um verdadeiro coração;
Queria somente queria...

Central do Brasil

Que estranho grupo,
matinal,
eu vejo todos os dias
na central.
Velhos mendigos, bêbados inocentes,
reticentes:
débeis mentais maltrapilhos,
prostitutas insones,
no roldão do povo
de rostos sem nome,
derramado.

O homem a bater
com a tábua
nas árvores incrédulas.
O pastor que prega,
em péssimo português,
ao povo que passa,
com pressa,
já sem convicção,
nem religião.
De quando em vez,
um ladrão!

A professora-criança
de livros e sacolas,
em demanda da escola.
Amostragem de um povo
brasileiro,
na luta sem tréguas,
do dia-a-dia.
Na busca do pão nosso
de cada dia,
em várias formas,
nos diversos caminhos,
das ilusões,
de tantos corações
que formam o grande vazio
sem esperança.

Povo-formiga, rude, grosseiro,
sujo, suado,
que não olha para trás,
mal humorado,
que cospe no chão
do vagão,
que viaja nas portas
do trem,
pingentes da morte,
no vai-e-vem
da sorte.
Povo-Brasil
amalgamado
no afã da sobrevivência.
Gado-humano a desembocar
no matadouro.
Quem crê em ti fantasma?
EU!

Crônicas da Vida - Quando eu envelhecer

Quando eu envelhecer meus cabelos serão brancos e brilhantes. Digo isso porque me dei conta que a vida passa rápido. Ela é de muitas sensações, um dia estou muito feliz e em outro estou muito triste, mas de uma coisa eu sei: “eu quero viver e me tornar imortal, pelo menos no meu mundo”.
Viver é um presente dos céus e cada pessoa é a estrela da sua própria vida. E cada vida dá uma vida!

Eu sou assim... Duas de mim...
Às vezes três... Quatro... Cinco... Seis...
Sou uma por mês, me diversifico.
Tem horas que grito, vivo num conflito, mostro ao mundo minha dor;
Outras horas, só sei falar de amor, a mais romântica, melodramática, estática, chorosa e nervosa, carente e decadente, vingativa e inconsequente!
Aí, quando menos percebo, me transformo em mulher cheia de medo, cheia de reservas, coberta de sutilezas, séria ou sem defesa;
No minuto seguinte, no papel de mulher fatal viro logo a tal... Sou dona do mundo, segura e destemida, altiva e atrevida, rasgo meus segredos ao meio e exponho num roteiro de poesia ou texto...
Agrido, inflamo, conto o que ninguém tem coragem de contar, explico detalhes que é bom nem lembrar...
Sou assim... Várias em mim, sorriso por fora, angústia toda hora, por dentro um tormento, no rosto algum sofrimento, no corpo uma explosão de prazer, nos olhos, meu desejo deixo perceber.
Melhor nem me conhecer, fique com minhas letras, com as minhas palavras, na vida real sou bem mais complicada.
Sou mil em mim e quem tentou, descobriu que viver ao meu lado é viver dentro de um campo minado...
Quem esteve nele... quis fugir...
E quem ficou... viu tudo explodir!
Passei pelo nascimento e pela morte, alegria e sofrimento, céu e inferno; e no final eu reconheci que estou em tudo e que tudo vive em mim.

E hoje eu aprendi que estar sozinho não é sinônimo de solidão, mas apenas um momento de reconciliação entre você e sua própria alma.

Percebi que agradar alguém quando se está se desagradando é o maior sinal de falta de amor próprio e você deve realmente procurar alguém que te ajude a recuperá-lo, antes que seja tarde demais.

Aprendi que enquanto você chora, a maior parte ri. E, que o choro de lágrimas revoltadas e raivosas são tão inúteis quanto querer perto aquele que não te quer.

Enxerguei que quando as pessoas perdem a paciência comigo, a minha já se esgotou há tempos e estou concentrada, tentando ser alguém melhor.

Aprendi que recebemos presentes inesperados, de pessoas inesperadas e, que estes presentes, quase sempre nem são materiais, são olhares, palavras, abraços, coisas que durante a limpeza do armário nunca conseguirei jogar no lixo.

E eu vi que buscar amizades é a coisa mais tola que podemos fazer! Verdadeiros amigos nos amam como somos e aceitam, ajudam; não destilam palavras negativas a seu respeito quando não concordam com você.

Entendi que posso ficar horas, dias, semanas tentando explicar a complexidade de meus sentimentos a alguém e, isso não muda o fato de que ele, provavelmente, jamais entenda nem mesmo uma palavra do que eu disse e ainda me julgue como chata ou louca.

Mas, mais que tudo, aprendi que todos os dias vivo aprendendo, descobrindo, vendo coisas que ontem mesmo estavam diante de mim e eu não enxergava.

Que exuberância é mesmo viver! Nunca temos a última oportunidade, a última vez, a última descoberta. O caminho abriga segredos só descobertos pelos mais audaciosos.

Todas as vezes que desacreditei, a vida se encarregou de mostrar todo o brilho. Só vê o brilho quem quer, só sente, quem deixa a magia tomar conta...

Ah, eu insisto tanto nisso!
Não sei como alguém consegue fechar a janela sem observar os tons do céu. Eu adoro quando é fim de tarde e as nuvens ficam meio rosadas, acho lindo. Me dá uma paz grande, daquelas que chegam metendo o pé na porta do coração, sem bater nem nada. A paz chega e se instala como se fosse de casa há tempos. E a chuva, tem coisa mais linda? Os pingos dançando, os raios iluminando a vida, os trovões lembrando que o tempo passa sem a gente perceber. É aí que eu vejo claramente: tem gente que desaprendeu a enxergar.

Hoje eu cansei da vida...
Ficar deitada sem fazer nada parecer ser a melhor coisa a se fazer.
Se não fossem as obrigações,
Não me levantaria da cama o dia inteiro.
Hoje, ficar deitada, sem fazer nada, é com certeza o melhor a se fazer.
Nem comer, nem dançar, nem fazer compras, nem mesmo cantar.
Hoje o melhor do dia é mesmo dormir.
É fechar os olhos e simular que a noite dura uma semana ou dura para sempre.
E ficar apenas deitada,
Sem fazer nada,
Apenas deitada.

''Eu te conheço. Eu sei quando você se levanta e quando você se deita.
Eu conheço você no seu íntimo e eu te amo muito. Eu compreendo as suas alegrias, suas dores, falhas e frustrações, e ainda te amo e sempre vou te amar.
Estou sempre na sua frente, atrás, e também ao seu lado, guiando você cada dia.
Não há lugar onde você possa fugir ou se esconder. A noite e o dia são a mesma coisa pra mim. Eu formei você exatamente como eu queria quando você ainda estava no ventre de sua mãe. Você é maravilhosa e bela. Até quando há defeitos (aqueles obstáculos e erros que os outros tem feito na sua vida). Eu tenho um plano perfeito e belo e é para o seu bem. Até antes do seu corpo se formar, eu já havia planejado todos seus dias. Eu quero que você me conheça mais e mais. Deixe-me revelar a você os sintomas e as raízes das suas dores, problemas e frustrações. Assim você reconhecerá seus pecados e se arrependerá, então guiarei você para viver todas as bênçãos que eu mesmo planejei pra você – ou melhor, para nós.''

Se eu pudesse, apenas um dia,
voltar no tempo,
queria que fosse
para o dia em que te conheci.

Se eu devesse, talvez,
corrigir um erro,
queria que fosse
o da nossa primeira briga.

Se eu pudesse, então,
repetir o que foi bom
queria que fosse
o nosso primeiro beijo.

Se eu pudesse, ainda,
desfazer um ato,
queria que fosse
o te ter magoado.

E se eu pudesse, por último,
fazer um pedido,
queria que fosse
o de ser feliz pra sempre
contigo.

ME ENCANTE

Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar…
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.

Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.

Me acarinhe se quiser…
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.

Me encante com seus olhos…
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar…

E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdida.
Sem saber o que falar…

Me encante com suas palavras…
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.

Me encante com serenidade…
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.

Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.

Me encante como você fez com a primeira namorada…
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certezas.

Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva….

Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre…
Mas, me encante de verdade, com vontade…

Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar todos os dias…
Pelo resto das nossas vidas!

Silvana Duboc

Nota: Versão adaptada de "Me encante" de Silvana Duboc. Poema muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Pablo Neruda

...Mais

Eu imagino Deus como a fonte de toda a energia que criou e mantém o equilíbrio do universo.

Vejo Deus na flor e na abelha que lhe suga o néctar para produzir o mel; e no pássaro que devora a abelha; e no homem que devora o pássaro… e no verme que devora o homem.

Eu vejo Deus em cada estrela no céu, nas minhas noites nas pousadas, e nos olhos tristes de cada boi, ruminando na invernada...

Só não consigo ver Deus no homem que devora o homem, e por isso acho que ainda tenho muito o que aprender nesses caminhos da vida...

Eu não preciso dizer aos outros o quanto eu sou simples, humilde, alegre e espontânea, porque isso eu demonstro com apenas um sorriso...
Eu não preciso dizer aos outros o quanto eu sou amiga, prestativa, companheira e dedicada, porque isso eu demonstro com apenas um abraço...
Eu não preciso dizer aos outros como é a minha personalidade,o meu comportamento,o meu caráter e o meu estilo, porque isso eu demonstro apenas com o tempo...
Eu não preciso dizer nada...absolutamente nada...porque palavras são apenas palavras, são supérfluas,insignificantes...As palavras são soltas pelo ar, se dispersam com o vento,tomam rumos diferentes...As palavras são maldosas, traiçoeiras e misteriosas...
Na verdade eu não preciso dizer a ninguém quem sou eu, eu só preciso que me conheçam pra que compreendam isso.
Portanto, faça e não apenas fale, pois palavras não são como exemplos...
Porque se definir é fácil, difícil é conseguir ser essa definição!

O que eu quero ???
Só quero ser feliz,quero amar sem ter que chorar na despedida... sentir a chuva tomar meu corpo, o calor do sol aquecer-me a alma... quero poder gritar ao mundo dizendo que não foi em vão, que não é em vão minha escolha e talvez eu viva uma vida de incertezas. Sem saber realmente o que meu coração deseja, mesmo sabendo que na verdade o que ele quer é estar ao seu lado... mas quero sim, viver intensamente, amar, chorar, sorrir, sem medo... Ou com medo,tanto faz. O que eu quero mesmo é poder olhar pra traz e dizer sorrindo: chorei, ganhei, perdi, sorri, amei, fui e não fui amada, e alegrar meu coração ao perceber que nada foi em vão... que valeu a pena cada lágrima,cada sorriso,cada minuto de espera,cada noite de solidão...alimentarei em meu coração a certeza de que o verdadeiro amor é aquele que suporta a renuncia e consegui viver na saudade...afinal não é só de carinhos e beijos que se alimenta um grande amor. Talvez eu ame... talvez eu seja amada...talvez não... talvez eu chore talvez não...quem sabe eu tenha encontrado o que a muito tempo procurava, mesmo sem saber ao certo o que encontrei.

Bipolar e Psicopata.
Bipolar: Oi Psicopata, desculpe incomodar.
Psicopata: Oi. Tudo bem, eu acho.
Bipolar: Eu só queria saber como é não ter sentimentos.
Psicopata: Vazio e solitário. Como é tê-los todos de uma vez?
Bipolar: Confuso e cansativo. Será que poderia me dar um pouco do seu vazio?
Psicopata: Será que poderia me dar um pouco dos seus sentimentos?
Bipolar: Você não ia gostar da confusão.
Psicopata: E você não ia gostar da solidão.

Eu. Sim, eu mesma.
Sozinha, sem ninguém, sempre serei eu. Eu sou a única que pode julgar a forma como eu ando, o jeito do meu cabelo, as minhas roupas e o meu corpo. A única! Sou eu que irei tomar as decisões pra minha vida, sendo boas ou não. Sou eu, mais ninguém. O resto das pessoas que me julgam, dizem o que eu faço ou deixo de fazer, são apenas pessoas, que sabem o meu nome, e mais algumas coisas sobre mim. O que eu já passei, e os problemas que passo ainda, só eu sei. Por essas e outras, eu vivo a minha vida, da maneira como eu acho melhor pra mim.

Segredos

Eu procuro um amor que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei
Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema,
Numa esquina
Ou numa mesa de bar.

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim
E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Eu procuro um amor, uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar
Mas eu disfarço e não saio sem ela de lá

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar eu vou até o fim
E eu vou trata-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim.

Eu procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim.

CANTE LÁ QUE EU CANTO CÁ

Poeta, cantô da rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.
Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisa
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.
Você teve inducação,
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma boa paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhece bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.
Pra gente cantá o sertão,
Precisa nele mora,
Te armoço de fejão
E a janta de mucunzá,
Vive pobre, sem dinhêro,
Trabaiando o dia intero,
Socado dentro do mato,
De apragata currelepe,
Pisando inriba do estrepe,
Brocando a unha-de-gato.
Você é munto ditoso,
Sabe lê, sabe escreve,
Pois vá cantando o seu gozo,
Que eu canto meu padece.
Inquanto a felicidade
Você canta na cidade,
Cá no sertão eu infrento
A fome, a dô e a misera.
Pra sê poeta divera,
Precisa tê sofrimento.
Sua rima, inda que seja
Bordada de prata e de oro,
Para a gente sertaneja
É perdido este tesôro.
Com o seu verso bem feito,
Não canta o sertão dereito
Porque você não conhece
Nossa vida aperreada.
E a dô só é bem cantada,
Cantada por quem padece.

Só canta o sertão dereito,
Com tudo quanto ele tem,
Quem sempre correu estreito,
Sem proteção de ninguém,
Coberto de precisão
Suportando a privação
Com paciença de Jó,
Puxando o cabo da inxada,
Na quebrada e na chapada,
Moiadinho de suó.
Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dize que não mexa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mexa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.
Mas porém, eu não invejo
O grande tesôro seu,
Os livro do seu colejo,
Onde você aprendeu.
Pra gente aqui sê poeta
E fazê rima compreta,
Não precisa professô;
Basta vê no mês de maio,
Um poema em cada gaio
E um verso em cada fulô
Seu verso é uma mistura
É um ta sarapaté,
Que quem tem pôca leitura,
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive.
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.
Canto as fulô e os abróio
Com toda coisas daqui:
Pra toda parte que eu óio
Vejo um verso se buli.
Se as vez andando no vale
Atrás de cura meus males
Quero repará pra serra,
Assim que eu óio pra cima,
Vejo um diluve de rima
Caindo inriba da terra.

Mas tudo é rima rastêra
De fruita de jatobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho,
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é deferente
E nosso verso também.
Repare que deferença
Iziste na vida nossa:
Inquanto eu tô na sentença,
Trabaiando em minha roça
Você lá no seu descanso,
Fuma o seu cigarro manso,
Bem perfumado e sadio;
Já eu, aqui tive a sorte
De fumá cigarro forte
Feito de paia de mio.
Você, vaidoso e facêro,
Toda vez que qué fumá,
Tira do bôrso um isquêro
Do mais bonito meta.
Eu que não posso com isso,
Puxo por meu artifiço
Arranjado por aqui,
Feito de chifre de gado,
Cheio de argodão queimado,
Boa pedra e bom fuzí.
Sua vida é divertida
E a minha é grande pena.
Só numa parte de vida
Nóis dois samo bem iguá
É no dereito sagrado,
Por Jesus abençoado
Pra consolá nosso pranto,
Conheço e não me confundo
Da coisa mio do mundo
Nóis goza do mesmo tanto.
Eu não posso lhe inveja
Nem você invejá eu
O que Deus lhe deu por lá,
Aqui Deus também me deu.
Pois minha boa muié,
Me estima com munta fé,
Me abraça, beja e qué bem
E ninguém pode negá
Que das coisa naturá
Tem ela o que a sua tem.
Aqui findo esta verdade.
Toda cheia de razão:
Fique na sua cidade
Que eu fico no meu sertão.
Já lhe mostrei um ispeio,
Já lhe dei grande conseio
Que você deve toma.
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá que eu canto cá.

(De Cante lá que eu canto Cá - Filosofia de um trovador nordestino - Ed.Vozes, Petrópolis, 1982)

Quem sou eu?

O brinquedo da vida!


Por ser o que sou, chamo sempre atenção e sou sempre notado, eu sou um erro em meio a muitos acertos...
O nada em meio a tudo, um ninguém em meio a todos... Um brinquedo de Deus, da vida, de todos...

O erro de Deus é assim que sou.
Pois de mim fazem o que querem, dizem que me acho que sou o máximo, dizem que não presto, falam e falam...

Mas não sou dono da mais bela feição, mas sou possuidor da mais horrenda alma, do mais triste coração e da vida mais infeliz.

E eles não sabem o que se passa dentro do meu coração e nem querem saber.
Não demonstro o que sou, mas sim um personagem fictício que preferi criar para esconder meus sentimentos...

Só eu e você

Foi um momento lindo
Naquele lugar,
Você sorrindo
Começou a me beijar,
Sua boca pequena
No meu ouvido a falar
Te amo te quero,
Não deu pra acreditar,
A brisa caindo
À luz do luar,
Sua pele na minha
Começou a suar,
Senti o coração
No peito disparar,
O tempo parou
Quando você inspirou
Fechando os olhos
E se entregou,
Num abraço apertado,
Num beijo de lado,
Em cima ou em baixo,
Tudo esquentou,
Senti o calor,
Teu corpo meu corpo,
Minha dor sua dor,
Paixão ou amor,
Doces lembranças
Do que se passou,
momento importante
Não dá pra esquecer
Ninguém nos olhando
Só eu e você

Ei...
Se um dia eu te disse "pode contar comigo", lembre-se: você pode contar comigo!
Por mais que estejamos um pouco afastados
Por mais que não nos falemos com a mesma frequência
Por mais que não tenhamos a mesma intimidade
Se um dia eu te disse isso, você é importante para mim, e eu não costumo medir esforços para ajudar aqueles que são importantes para mim.

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