Texto eu Amo meu Namorado
Vinte e Seis Estados
O meu encanto depende
do que vê e do que ouve,
Feito de silêncios,
de poesia e de muitas letras
que podem abraçar
corações de todas as crenças;
E pode estar sutilmente
por todos os lugares
porque pelos vinte e seis Estados
o amor que carrega
é na vida a única a certeza.
Escuta, meu amor,
na boca do povo
o pranto da Wiphala,
nas linhas e cores
das veias do destino
tem sido escrito
o poemário do século
com latino-americanos
e todos sacrifícios
em nome da liberdade
e dolorosos fatos.
O perigo dos governos
autoproclamados,
com apoios de países
com vil interesse
é para semear
o genocídio e depois
fazer os seus
crimes apagados,
porque juridicamente
são menos do que ratos.
Escuta, meu amor,
não nos encontramos,
não sei nem se
um dia nos encontraremos,
peço que a tropa e o General
não os deixemos em nome
do que nós acreditamos;
Sofro a dor dos humildes
que os homens do golpismo
da Bolívia estão matando
e no Chile outros andam
o seu povo estão cegando.
Contaminaram
os ares do meu
continente com
agente laranja
e as dolorosas
memórias defuntas
dos anos de chumbo:
Ao Império enviei
o meu repúdio
mais rotundo;
Sei da minha
origem ancestral
neste mundo,
Onde ainda há
homens que
adotam por amor
duas honradas
indígenas bandeiras.
A noite promete
ser larga e a fé
sobrenatural
no indomável
amanhecer é
chama que
ninguém apaga,
Houve uma guerra
suja na Bolívia
que resultou
num golpe que
levou ao exílio
o mais ilustre filho.
Do grande pátio
da América do Sul
sempre serei
a maior revoltada,
artífice da palavra
e mesmo com
lágrimas todos
os dias nos olhos,
cansaço nos ombros
e alma indignada
sendo Pátria e Morte
em todas as escalas,
e pedindo a libertação
da tropa e de um
General por religião;
Nos ombros está
presente a dor
da opressão
por cada wiphala
cortada, queimada
ofendida e pisoteada
pelos homens
que não valem nada
e muito menos
as fardas que vestem.
Araquari
O meu coração é uma locomotiva
imparável de sonhos por ti,
A margem esquerda do Rio Parati
me encontrei e não te perdi.
Os meus sonhos fazem Stammtisch
sempre que for necessário
para fazer te sorrir, fazer feliz
e ter força para na vida prosseguir.
As mãos africanas e as lusitanas ergueram o teu destino
em terras sul-americanas
e honramos as tuas heranças.
O meu coração é um maracujá
perfumado de tanto amor
que virou festa por louvor,
e vê esperançoso o sol raiar
na Praia da Barra do Itapocu.
As mãos dos colonos e pescadores
corajosos ergueram a tua História
em belas terras catarinenses,
por ti eis estes versos perenes.
O meu coração faz ninho
de papagaio e refúgio
por ti com amor e carinho,
e também faz Ponte Pênsil
da Barra do Itapocu
correndo para os teus beijos.
As mãos da gente fervorosa
fundaram a festa por ti
em total agradecimento
ao Senhor Bom Jesus de Araquari.
O teu mangue misterioso
é fonte de todo o desejo,
é dele que se faz a festa
popular do Caranguejo,
a tua herança açoriana
desta memória jamais esqueço.
Araquari, minha adorada,
és jóia preciosa e rara
do Norte Catarinense,
e para sempre por nós será amada.
Atalanta
No Alto Vale do Itajaí
esplendoroso o meu
coração coloca o teu
povo amoroso aqui
bem dentro do meu.
O teu nome de hoje
foi pela vitória
na Copa da Itália,
A tua hospitalidade
é indelével marca.
Atalanta, jóia preciosa,
desta vida a tua
vitória será sempre,
A tua originalidade
é traço lindo e perene.
As tuas origens italiana,
alemã e polonesa,
construíram com fé
essa história brasileira
de tradições e beleza.
Com a Mata Atlântica
que fizeram e fazem
esta cidade romântica
que não se esquece
das araucárias
e dos teus indígenas.
Atalanta, jóia amorosa,
as preces nas igrejas
sempre te erguerão,
porque Deus sempre
ouve as preces da tua
gente boa de coração.
Balneário Arroio do Silva
Os meus olhos carijós
te observam no Túnel Verde,
O meu amor há de chegar
em vôo duplo e em tempo.
O meu versejar sambaqui
escreve que você há
de me amar para sempre,
E o meu coração te amará
igualmente eternamente.
Balneário Arroio do Silva
onde o mar se rende,
É onde tem uma gente
muito amável e valente.
Onde este arroio reverencia
o mar e a gente se entende,
É na Lagoa de Guairacá
que de mãos dadas vamos
combinar de ir na Festa do Peixe.
Balneário Rincão
Meu Balneário Rincão,
façam dias de frio ou calor,
tu és a razão deste amor
com todas idas e vindas.
A tua História forte,
indígena e desbravadora
está escrita nesta cidade
gentil, alegre e sedutora.
Meu Balneário Rincão,
encanto do litoral sul
que captura o coração
e dele é a plataforma.
Mesmo que a sua gente
amável não me veja,
Sou eu a poetisa do mar
que nas ondas verseja.
Meu Balneário Rincão,
encanto do litoral sul
que beija os olhos
com as lagoas e o céu azul.
De uma terra distante
o teu acorde não
falou mais alto e nem
bonito no meu ouvido.
O Pai de Arpa e Thor
foi condenado,
mais não foi esquecido.
Podem falar em todas
as línguas para tentar
ser convincentes.
Será muito difícil,
pois nada haverá de
ser como antes.
Se não se conforma
com a sua imaginação,
Nada posso fazer,
Estou a implorar para
saber do paradeiro
de um General que foi
preso injustamente,
e segue desaparecido.
Sou livre para falar
o quê eu quiser,
e manifestar a quem
eu bem entender.
A esposa espera
o corpo do marido
Capitão-de-Corveta
para enterrar,
Não estão querendo
à ela entregar,
E o vexame a cada
dia só faz aumentar.
Quando as Raízes do Tempo
me tiram para dançar
é quando sempre me lembro
que aqui é o meu lugar.
Belmonte, minha relíquia,
a Coluna Prestes aqui passou,
tens histórias para contar
e muito calor humano para dar.
Mãos de origem polonesa
ergueram esta cidade
aqui tem memória que
também é feita de saudade.
Belmonte, meu bonito lar,
és o meu orgulho de verdade,
Belmonte, minha linda cidade,
você sabe que te amo de verdade.
Benedito Novo da minha vida,
os teus ribeirões e cachoeiras
valem mais do que meu poemas.
Benedito Novo cheia de belezas,
do africano que buscou a liberdade
assim sagrou-se com nome e mística.
Benedito Novo do meu peito,
amo os teus sabores postos na mesa
e a tua força de encontrar jeito.
Benedito Novo imensa e repartida
com Doutor Pedrinho,
não há quem não louve esta honraria.
Benedito Novo, cidade gentil,
a tua gente ergueu cidade preciosa
no Médio Vale do Itajaí deste Brasil.
Olha, meu bem,
que decepção!
Pensei o meu
povo não fosse
nunca mais
dançar este
rock 'n' roll,
Sinceramente,
me enganei;
As credenciais
foram entregues
a embaixadora
do autoproclamado,
Deste capítulo não
tenho nem mais
vontade de falar,
Só tenho muita
vontade de chorar.
Olha, meu bem,
preste atenção!
O General que
foi preso inocente,
e se encontra
enfermo pelo
o quê intuo,
Tudo indica
que é vítima de
desaparecimento
forçado até
que me provem
o contrário,
Não vou parar
de me queixar.
Olha, meu bem,
não para de doer
o meu coração!
O meu país
retirou da lista
de credenciais
a embaixadora
nomeada pelo
autoproclamado,
Um rock 'n' roll
que ninguém
dançará mais.
O General é
inocente
e você sabe
bem que sim,
Está na hora
do penar
dele ter fim;
Onde ele
está nesse
instante agora?
Sinal de paz
vindoura
e duradoura,
Sonho parar
de reclamar,
Podem falar
que é utopia,
que ninguém
me fará deixar.
Não vi mais
sequer uma
imagem nova
do General,
Não saber
de mais nada
tem me feito
muito mal,
Não quero
nunca mais
ver situação
tão frágil
quão um cristal.
O meu coração
está onde
o povo está,
Por isso te peço
contra o povo
não me estenda
mais a mão para
praticar qualquer
tipo de agressão,
Para a mulher
amada peço
só compreensão.
Acredite ou não,
as melhores
pessoas já
passaram
pela prisão
sendo na vida
militares ou não,
O Filho de Deus
já foi preso;
Tens motivos
de sobra para
não fazer
um calabouço
no teu coração.
Para que nunca
mais se repita
compartilho
essa trágica
recordação:
"2017: Centro
de Detención
Amazonas
39 presos
asesinados.
2018: PoliCarabobo
69 asesinados.
2019: Acarigua
30 asesinados."
Afaste com
sensibilidade
a possibilidade
desse tipo incidente,
Já deu para ver
Que não é pela
força que se obtém
a pacificação,
É preciso cuidar
do povo com
amor no coração.
Anteontem, mais
uma audiência
foi adiada
para o Coronel,
A rota do dia 23
de janeiro dividiu
o movimento,
Não critico,
Cada um siga
o seu caminho,
Cada tem o seu
entendimento.
O meu caminho
é o da poesia,
Para pedir
um pouco
de compaixão
onde está
fazendo falta;
Porque me
incomoda
saber que
para o General
não há nem
perspectiva
de justiça,
esperança
ou alguma fresta,
E só absurdo
que infelizmente resta:
ele se encontra preso
em Fuerte Tiuna
sem ter nenhuma culpa.
Bocaina do Sul
Tu sempre será o meu
Rio Bonito de ensinamentos,
do teu povo amigo orgulho
não nego que tenho, louvo
e poemas eu à todos dedico.
Nos Aparados de Piurras
reabro o livro da tua vida,
das origens carijó e jê,
Bocaina do Sul, ternuras
mil devoto todas à você.
Na Cachoeira Morro das Pacas
releio todas as páginas
de crescimento que te fizeram
na vida uma cidade erguer,
Bocaina do Sul és alegria de viver.
Nas cachoeiras e no Rio
na localidade de Campinas
agradeço a sua existência linda,
Bocaina do Sul, minha querida,
filha da Bela e Santa Catarina.
Na Pedra da Boca eu marquei
um encontro escondido com
você porque és tudo que amei,
amo e sempre na vida amarei:
Bocaina do Sul em ti me amarrei.
Nas tuas grutas e no teu memorial
de devoção rezo por mim,
por ti e por tudo que és,
Bocaina do Sul, minha amada,
não há ninguém que não se renda
aos teus pés diante de tanta beleza.
Meu bem,
a vida ensina
quem se permite
o discipulado,
e não se omite
de vivê-lo;
porém, existem
sempre aqueles
que não querem
o aprendizado,
e vivem julgando
sem consequência
e sem prova a tropa.
Não é suficiente
a complexa
exigência de
clareza necessária
na comunicação
direta porque
ela pede que
a mensagem
seja exata
como a tabuada.
Para que essa
insana rotina
não nos castigue:
deixo nas sagradas
mãos da poesia
que da linguagem
figurada se encarregue,
mas não esqueço
de se objetiva
ao dizer o sofrimento
que o General vem
passando na pele.
Ir ao quê interessa
levo como sempre
como regra absoluta
e excelência para
não deixar dissipar
o quê deve ser dito
em nome do que
sempre há o quê
comunicar quando
o bom senso falta,
e o quê é de verdade
se cala na multidão.
Olha, meu bem,
tenha cuidado,
porque corrupção
espiritual anda
produzindo
até condenação,
é uma re-edição
desgostosa
de 'O pecado
mora ao lado',
uma paródia
de mau gosto
'à beira de um
ataque
de nervos'.
É linguagem
poética feita
para rir quando
o tempo se
encontra fechado,
porque o quê
importa é ir
tocando o barco.
Um mistério que
não nasceu para
se explicar,
mas se você
me sente como te
sinto ficará fácil
de me interpretar:
o quê vale nessa
vida muito além
de agradar é
sentir no coração
a dança do universo
em sua plenificação.
Porque eu quero
saber do General
e da tropa,
porque onde eles
se encontram é
o endereço do
inferno institucional,
e como resposta
assumo como
tatuagem zodiacal
o compromisso de ser
o sonho de liberdade.
O meu coração
mora onde
o povo está
nesta noite
de agonia
privado
de proteção
e amparo;
pois falta luz
deixando-me
em todos
os estados,
em milhões
de pedaços
e preocupada
com quem
está preso
e com quem
está solto
passando por
essa covardia.
Não há como
ir descansar
tranquila,
Alí em estranhas
circunstâncias
morreu vítima.
O calvário
da tropa
e do General
injustiçado
não faço ideia
até hoje
quando termina.
Enquanto não
libertarem
o General
e a tropa
O meu coração
vai seguir
aborrecido,
E a minha
alma injuriada.
Silenciosas as
asas do condor
sob Abya Yala,
A minha canção
você não cala,
Porque falo
o quê precisa
sempre ser dito.
Ressoam as
vozes nas ruas,
O povo grita
com brio,
Induzido a um
enfrentamento
sombrio,
Culpa de um
Império maldito.
O patriotismo
da região foi
estrategicamente
afastado para
que o povo
achasse normal
todos os dias
ser roubado,
e o povo
mutuamente
se fazer agredido.
Abertamente
tudo isso me
preocupa porque
na minha terra
nem chargista
é respeitado,
Querem fazer
da Venezuela
a porta de entrada
para o desconhecido.
Perseguido
o povo em
diáspora
no Equador,
e o meu
coração
segue partido
sem poder
de ajudar
e doendo
de tanto
se indignar.
Gostaria
de ter a
unção
para com
todo esse
sofrimento
terminar,
mas estou
por aqui
com os meus
poemas para
semear a glória.
É aniversário
do General,
chora o cuatro
venezuelano,
não há o quê
comemorar,
manter ele
preso é um
amargo engano,
está na hora
de libertar.
Não adiantou dizer
Por mais de duas
Vezes que não
Quer o meu mal:
Nada tens a querer.
Quem diz ter
Causa na vida
Deve olhar
Bem adiante
Sem pausa
Buscando a
Real chance.
O seu egoísmo,
Que não deixa
Enxergar o 'porquê'
Da bandeira erguida,
Virou uma tentativa
De me fazer retraída.
Quem diz ser em prol
Da liberdade não
Deve escolher
Seletivamente
A quem defender,
E ainda mais
Se o motivo
For o mesmo
Em nome da Pátria
Não deve se render.
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