Texto de Tristeza
E a vontade surge sem explicação. Toda aquela profusão de sentimentos forçando para sair. Ela respira fundo tentando controlar-se, tentando ilusoriamente passar para si mesma a sensação de estar no comando. Mas não esta. Já faz algum tempo que perdeu o controle de si e do resto. Enfim, a maré enche de vez e transborda, alagando tudo e lavando lhe a alma.
É uma força forte. Pois chega destruindo o preconceito, queimando a indiferença, afastando a desunião, anulando o desrespeito, eliminando a tristeza e fazendo parar a aspereza. E ao mesmo tempo, é uma força suave. Porque arranca os espinhos, colore o céu, floresce o caminho, estende as mãos, nutre o coração e faz a gente se encantar. Não há como não sentir a força e o poder do amor.
Não se deixe confundir, viver e Sobreviver são palavras bem diferentes que nunca serão vistas como sinônimos, assim como "existir" e "desistir" nunca serão encontrados de mãos dadas na mesma reta. Existe mais formas Mentais e espirituais de matar alguém e ainda assim, o ser humano, réles, insiste em apenas explanar as quais são físicas. Quando um corpo morre, ele não pode mais sofrer, é essa a única forte semelhança com a alma, que quando se perde(morre) á semelhança da morte física, também não mais pode sofrer. Pois uma alma com tantos espinhos encravados sobre ela, não se não iria perceber que se picou uma vez num roseiral onde outra outras mil derramou seu sangue sobre.
Universo em crise, lembro-me dessa utopia sempre que me vejo defronte a um problema de dimensões continentais. Hoje, posso constatar - empiricamente - que a confiança é uma das virtudes extintas entre os meus. Postergar o inevitável é como tentar mudar o curso natural das águas de um rio, prostro-me sob meu calvário e, agora, diante da senhora experiência, sem tergiversar, acolho o sombrio sabor da realidade.
...Só estou sozinha, eu odeio quando eu não consigo aguentar minha solidão, esse choro vem acontecendo muitas vezes, o que as pessoas normais fazem quando ficam tristes? Elas conversam com a família ou amigos, eu acho... Mas isso não é uma opção. Eu tentei me matar algumas vezes... Eu me odeio, mas ainda tento. Pensei que isso era uma fraqueza por um longo tempo, então percebi que isso era meu poder, as pessoas andam por ai, agindo como se soubessem o que significa ódio, mas não. Ninguém sabe até você... odiar a si mesmo, realmente se odiar, isso é poder.
"Minha cidade foi minha história e ela teve o tamanho, mesquinho, de minhas ambições. (...) O dilúvio salgado escapava com tamanha fúria dos olhos, que achei que fosse arrancar meus glóbulos. Fiquei feliz por isso. Nunca mais enxergar seria imensa bênção. Mas o destino é tão cruel que a partir dali comecei a enxergar ainda mais. Vi o passado, vi o futuro, vi o distante e vi o não dito; vi o que se soterrou debaixo dos tapetes da memória e vi o que se quis dizer, mas não foi possível nos tempos mortos. Tornei-me curva pelo peso de toda verdade que acumulei em minhas costas. Uma luz intensa fez me lúcida. Estava morrendo? Um jaó cantando longe. Um adeus? Do tempo que já se foi. "Ouça o mar." Não existem, já, jaós por aqui. "Ouça o mar!" Mas nunca fomos apresentados. Um dia o sertão chega lá. O canto do jaó. Raro. Pai? Se alguém achasse um. Sagrado seria. Ou maligno. Despedida.", Fred Di Giacomo, "Desamparo"
Às vezes a realidade nos engole, consome toda sanidade que temos ou a que nos resta, o improvável é possível mesmo que seja inacreditável. É bem difícil olhar para a situação atual e não desanimar, ou se entristecer, às vezes parece ser um ciclo vicioso e que nada pode acontecer para quebrá-lo, fazendo o desânimo tomar conta. Uma batalha entre esperança, força e coragem contra os desvios que o destino e a vida fazem.
Sou condenado a sucumbir diante de tudo que acreditei, ela entrou na minha vida, fez morada aqui no peito, ao menos se quer pediu licença pra entrar, me fez sonhar acordado, e agora onde eu vim parar ?, por ela eu já até quis sair de mim, esquecer de quem sou, apenas respirar por ela, no fim ela continua nos meus sonhos é pesadelos, ela me assombra todas as noites frias é escuras, ela está em todo canto, estive nas mãos da morte por duas vezes, também por duas acordei e queria acreditar que tudo foi só um sonho ruim, que aquilo não era verdade, mas a verdade estava despida na minha cara esse tempo todo, a verdade liberta como diz alguns, realmente pois libertou minha alma do meu próprio corpo, me sinto um fantasma vagando por essa casa, eu não tenho mais esperança de alguma coisa boa existir dentro de mim, cada segundo que vai passando, só dá mais vontade de acabar minha fracassada estadia por esse mundo cruel, com certeza, isso seria um favor imenso na vida de cada um que vive ao meu redor.
O Espelho Reflete os Olhos e os Olhos Reflete o Coração Hoje Olho por Espelho e Vejo o quanto deprimente me tornei a Depressão É Como Uma Bala Que Te Acerta E Derruba até você sangrar todos Os seus sentimentos e não sobrar mais nada e com isso fica um buraco no seu peito que apodrece e te mata.
Há dias em que eu me sinto totalmente fora de mim. Ou talvez, o mais próximo de mim que eu consigo chegar. Nesses dias eu perco o controle dos meus sentimentos. Choro por propagandas de cartão de crédito. Choro com filmes que não possuem cenas para chorar. Choro por injustiças que acho que aconteceram com alguém mas nem tenho certeza. Choro por lembranças que passeiam por minha mente, choro de medo do futuro, medo do passado e medo do presente. Uma matéria no jornal policial me faz chorar. Às vezes choro sem um motivo específico, aliás, parece que sempre choro sem motivos, mas nesses dias fica pior.
Você tem o direito de sentir seus sentimentos com força e intensidade, as vezes a gente se sente malzona, e isso é normal, o outro nos diz: "para parar com isso" "não se sinta assim" "isso não é verdade" "isso passa" "deixa de besteira" mas às vezes precisamos parar para sentir a nós mesmo e com isso respeitar o nosso próprio sentimento, por mais que não seja assim, por mais que seja diferente, mesmo que um dia passe eu aprendi que a vida é como a gente sente e não como o outro tenta nos mostrar. Precisamos ter intimidade com a nossa dor, não podemos acreditar apenas no otimismo do outro, a alma grita o corpo ouça atentamente. A dor é do tamanho que você sente, e fora de você tudo é como o outro ver, mas dentro é você quem manda.
No seu corpo plantei confiança, colhi desconfiança. Planei carinho, colhi ingratidão. Falei de amor, esperando ouvir o mesmo, porém apenas escutei suas arrogâncias. Eu plantei tanto em ti, que me dê desfolhei, me desfiz. Fiz de mim alguém para quem olhasse, mas apenas recebi desamor. Queria eu ter ficado apenas em mim, plantando e florescendo para em meu eu.
Eu acho que meu coração nunca aprende não adianta encontrar as palavras certas você não me ouve, não adianta chorar se você nunca está aqui quando dói, eu mereço a verdade, mas você mente, eu não sei porque estou tão surpreso não importa o quanto eu tente, se sou apenas uma piada esperando o mesmo final de sempre.
Simples, a felicidade não compensa. Você pode ter dezenas de momentos maravilhosos na sua vida guardados na sua memória, em fotos, vídeos ou em texto. Mas quando estiver só, em um momento de reflexão, vai se pegar pensando e revivendo os seus mais infelizes e tristes momentos. Não é por não gostar de ser feliz, mas é que só a tristeza nos mostra que estamos vivos.
Em que Universo te escondes? Onde? Em que astro tu pisas distraído? O que há ao teu redor? O que foi feito de tudo que foste? De tudo o que desejaste, sonhaste? Tuas tristezas e alegrias, onde as carregas agora? Se nada se perde, tudo se transforma, em que foram transformados teus planos, teu amor? O som da tua voz agora é silêncio...
Triste o tempo em que a única coisa que eu sentia era uma dor profunda, que me consumia, me botava para baixo mesmo em momentos que tudo ia bem, triste tempo em que a tristeza reinava sobre meu ser, com o desânimo forte e devastador, triste tempo que eu só sentia a dor. Ainda mais triste tempo em que vazio me encontro, sem vestígios de sentimentos, sem vestígios de dor, apenas uma vasto e sombrio vazio.
Relacionamento é como um prédio em construção, passado pelo estágio inicial de definir a base, chegará momentos que não haverá materiais para a construção e com isso, vem o desgaste natural do tempo, mas isso não impede que busquemos recursos para terminar a obra. Após o término, têm-se a estabilidade e devemos simplesmente mantê-la.
E eu até que estou bem, não sou feliz, mas ainda tenho momentos de felicidade, e sei reconhecer isso. Um dia quem sabe eu descubra a felicidade, ou descubra que sempre fui feliz, não sei, por enquanto estou vivendo, e está bom assim. Digo isso porque eu me encontro em momentos de plena felicidade, outras tenho vontade de sumir, desaparecer, e em outros momentos, esses que são passageiros e repentinos, tenho vontade de estar só ao lado de alguém que me faça bem, ao menos um bem que não me deixe esquecer daquele momento. E por isso descubro, se ainda serei feliz, ou se sou assim, como sou, feliz com minha infelicidade.
Um caos baseado em uma antítese. Quente, frio. Coragem, medo. A cada dia que acordava viva mais morta se sentia. Sentada no chão do chuveiro, sentindo a água gélida queimar contra toda a extensão de seu corpo frágil, apenas queria paralisar o sangue que corria fervente em suas veias. As lágrimas invadiram seus olhos junto com uma queimação nas bochechas. Quanto mais seus olhos vazavam, mais vazia ela se sentia, como se estivesse pondo para fora tudo o que a fazia completa, toda a sua essência. Chorou. Chorou até seus olhos incharem e seu rosto todo ficar vermelho, até suas cavidades nasais entupirem, não mais deixando o ar passar. Então ela sorriu. Era isso o que queria, não era? Mesmo que por um segundo, ela apenas queria parar de respirar.
E é tão bom que existe o outro dia! É no outro dia que o sol volta a brilhar, engavetando o anterior dia nublado. É no outro dia que as flores florescem mais perfumadas, livrando-se do anterior dia cheios de espinhos. É no outro dia que os sorrisos voltam a sorrir de fato, enxugando o anterior dia de tristeza. É no outro dia que a gente quer mais a presença, quando elimina o anterior dia de solidão. E é nesse dia que a gente se reconhece, se encontra e se permite, tornando infinitos os outros dias que virão.