Texto de Saudade Profunda
Salmos 70
Apresentação dia 10/07/2021
Los Angeles.....
1 Apressa-te, ó Deus, em me livrar; SENHOR, apressa-te em ajudar-me.
2 Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram a minha alma; voltem para trás e confundam-se os que me desejam mal.
3 Virem as costas como recompensa da sua vergonha os que dizem: Ah! Ah!
4 Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: Engrandecido seja Deus.
5 Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; Senhor, não te detenhas.
a vida é um livro sendo escrito.
entra dia e chega noite e não sabemos qual será o próximo capítulo, é importante aproveitar cada minuto, cada momento, principalmente ao lado da família, somos como uma vela acesa que a qualquer momento pode se apagar, neste livro da vida seu presente não apaga o seu passado, seja no amor ou na dor, estará sempre lá guardado nas lembranças do pensamento.
A MUTILAÇÃO DO TEMPO
No poema “O Tempo” Carlos Drumond de Andrade tinha razão, especialmente no que diz:
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos”.
Os povos antigos de todos os territórios do planeta tinham muito claramente a inteireza do todo. Quando o mundo não era retalhado em fatias, a humanidade vivia dentro de um todo, ou seja, o passado, o presente e o futuro eram partes de um corpo inteiro, consistente e com respostas para se observar as coisas e senti-las profundamente.
Com a retaliação, perdeu-se essa inteireza e todos os recursos necessários para se observar as coisas ficou incapaz de responder ou de vibrar conforme a necessidade de se observar essas coisas como elas realmente são.
O tempo áion era o tempo único, onde as coisas se revelavam também na sua inteireza.
As quatro ervas sagradas, as quatro direções, os quatro elementos e por aí vai...
Perdemos a capacidade de mergulharmos no passado porque fomos decepados de um membro importante desse corpo do qual também fazemos parte – o passado.
Se o que vivemos – o presente, não é capaz de sentir o que diz o passado, então, neste caso, não somos capazes de sentir o que este passado é capaz de ainda nos ensinar no presente para que o futuro seja uma resposta melhorada de todos esses órgãos do corpo sensorial.
Penso que talvez o rompimento com o fio ancestral – o cordão umbilical que nos liga às nossas origens é o que nos possibilita o desatino nessa grande caminhada.
Não somos capazes de sentirmos reverberação desses componentes que deveriam ser a nossas sustentações, e por isso não nos sustentamos psicologicamente o suficiente para que sejamos capazes de honrarmos qualquer sabedoria, por mais que elas nos sejam tão óbvias no tempo em que estamos aqui.
Os maias os astecas, incas, os highlanders, os bantus, os fenícios e tantos outros, todos eles viveram momentos de extremas dificuldades e fizeram grandes descobertas ou invenções, exatamente por terem essa inteireza que lhes permitia sentirem as vibrações do que era natural, do que era possível de ser descoberto e de fazer sentido lógico com os rumos da caminhada da humanidade.
Eles conheciam as quatro ervas sagradas, nós também as conhecemos (talvez), mas não sabemos quais são os poderes ou as capacidades que essas ervas têm para o alinhamento da nossa própria espiritualidade.
Não conhecemos nem mesmo a cruz que interliga essas quatro ervas, que interliga as quatro direções e os quatro elementos. Se não conseguimos compreender o alinhamento na horizontalidade, não seremos capazes de verticalmente nos afirmarmos como seres evolutivos e muito menos seremos capazes de honrarmos esses ancestrais no nosso modo de construirmos um mundo melhor.
Quando perdemos o fio de conexão com alguma vibração, não teremos condições de nos comunicarmos com o que foi amputado em nós.
a industrialização do tempo serviu apenas para que nos tornássemos corpos mutilados de partes tão importantes que serviriam como estruturas que nos levariam a uma liberdade capaz de também libertar essa inteireza dos tempos.
É a esse corpo mutilado que nós pertencemos, como células que constituem essas partes mutiladas.
A industrialização nos obriga a romper, mutilar diariamente alguma parte de nós mesmos que está lá, e que por ser mutilada, não há mais como contarmos com essas partes de nós mesmos. Sem falar que muitos de nós acabamos sendo mutilados também, porque estamos muito atrelados exatamente à essas partes mutiladas.
Morremos assim...
Vivemos assim...
Esvaímo-nos e assistimos essa mutilação de nós mesmos.
O tempo áion é uma condição onde o tempo não passa, não se fragmenta e as coisas são eternas, pelo menos no instante em que elas ocorrem, como um abraço de duas pessoas que se completam, por exemplo.
Um grande abraço!
Pedro Alexandre.
Palavras
De um simples tom
Caos
Que se toma
Forma
Explodindo amorfa-mente
Delegando forma insípida
A uma única essência cabal
De uma dualidade em um lago
Deuses viram flores
Lagos viram pedras
E sal é o que resta
Mas de uma forma
Me contento
Aprendendo com calento
Em egoísmo a dualidade, se separa
Da sociedade se aparta
Assim lhe conto
Duas, belas histórias
Que a terceira venha há equilibrar
Com o sumo de dois
Em prosas tortas
Amassa a mente
Assim dividindoos, debatendo
De debates, sem acalento
Para o fim resta.
O terceiro.
O fato.
Imponente ao se forma.
De todas as vertentes a palavra é...
E sempre será o poder
De criar.
Att. Aurora Naomi Serra de Mendonça
Possibilidade Em Ações
De toda previsão
As inconstantes
És tu.
Que me arrebata?
Que me toca?
Que, me tens e suga...
Perdendo-me em constante
Fins de sua boca
Suma de mim, o desejo que dói
Sumos que se desvaem
Dando espaço de estrelas se chocando
Em seu suco, com sons brutos de amor?
Desejo de findar?
O fim, é o começo
De trêmulas belas peles
E no começo, desejo mais
Embaraçado pensamento em si
De ser.
O valor, de validar
O momento
O toque
Intrépida palavra
Que por detrás da nuca
És blasfemado
Se toque, em vozes, em harmonia
Hã, com si, de fins firmados
Em massas, em toques
De rubra rosada
De vapores, de suor
Se tudo isso pudesse permanecer
Em eras,
Só milésimos
De se's
Puro amanhecer
Já faria
O dia valer
O Poeta
Att. Aurora N. Serra de Mendonça
Embarque imediato a 2023!
Última chamada! Seja bem vindo!
Uma nova viagem vai começar. Precisamos fazer as malas.
O que vamos levar?
Primeiro se despir da arrogância, do preconceito e do medo. E se vestir de fé e gratidão. Ótima combinação.
Casacos? Primeiro doar as velhas peças dos maus julgamentos, jogar fora as máscaras da falsidade e os véus da ignorância. E usar o perdão e se cobrir de verdadeira sabedoria. Pura leveza!
O que calçar? Primeiro esquecer os saltos altos da prepotência e das ilusões. E calçar as sandálias da humildade ou só manter o pés no chão.
Que perfume usar? Primeiro pare de lavar as mãos com omissão e borrifar o cheiro da hostilidade. E use a fragrância da solidariedade, da caridade. Se banhe de luz e espalhe nos ambientes o aroma da confiança.
Esqueçamos tudo que é supérfluo, nada de bolsas de tristeza, mochilas de mágoas, carteiras recheadas de frustração e as bijuterias do ódio. Dê valor aos sorrisos francos, às joias do amor e às pedras preciosas da amizade.
Abandone as capas da solidão. São muito pesadas. Troque-as pela sedosa paz que obrigatoriamente deve cobrir seu coração.
Entre nessa nova jornada deixando para trás tudo que de ruim te acorrenta ao passado e se liberte para viver melhor ou ser melhor a cada 365 novas paisagens que virão.
Use todas as coisas boas que a vida te presenteia a cada amanhecer durante sua jornada. Afinal é um vai e vem. Ida e volta. Mas mesmo assim quero te desejar: Boa viagem!
Estamos todos no mesmo mar debaixo do mesmo céu e vivendo ao mesmo tempo. Entretanto, não é como se estivéssemos em um mesmo navio e vivendo a mesma vida. Com certeza as pessoas estão navegando em navios tão luxuosos e magníficos e lindamente grande, enquanto outros estão apenas se agarrando em madeiras ou qualquer coisa que se pode mantê-las vivas e flutuando. Uns estão em barcos, outros em lanchas, uns em Canoas...
Vemos a realidade da vida quando descobrimos que não é só sonhar com que as coisas aconteçam, mas sim correr atrás e fazer com que possamos conquistar tudo aquilo que desejamos com sabedoria de saber que estar ao nosso alcance.
A vida é um constante balanço entre bons e maus tempos, entre alegria e sofrimento, e cabe a nós buscar os momentos de luz.
Ela se revela no atrito das circunstâncias, onde experimentamos tanto o frio quanto o calor.
Pulsa em nossa incessante busca pela felicidade e na nossa resiliência diante da adversidade.
Viver é a arte de se equilibrar no fio fino da existência, buscando intensamente cada momento
No passo que vem e que vai,
No passo que se enche de energia pela vontade.
Que passos são estes?
Que passos, que passaram, ficaram marcados na areia?
São os passos daqueles que caminharam procurando o sentido da vida,
Caminham como se não caminhassem, mas os passos ficaram retidos na areia.
As marcas que vão e que vem, mostram a história não contada, os segredos não revelados;
São como um mapa de destino, são o conto contido nas entrelinhas de um livro,
Memórias que ficaram presas em um momento, mas que voltam a reviver neste tempo;
O tempo não apagará nossa história, pelo caminho encontramos nestas pegadas o nosso próprio destino.
Se o mundo promove a desunião, promova união.
Se o mundo promove a guerra, promova a paz.
Se o mundo promove ódio, promova amor.
Se o mundo promove egoísmo, promova solidariedade.
Se o mundo promove superficialidade, promova profundidade.
Se o mundo promove materialidade, promova a espiritualidade.
Não importa o que faz a maioria, faça a diferença!
"Diálogo das escolas filosóficas e seus ilustres representantes:
Megárica: Sócrates, Platão e Aristóteles. Epicurismo: Epicuro de Samos e Diógenes de Enoanda; Estoicismo:Sêneca, Epiteto e Marco Aurélio; Racionalismo: Emanuel Kant e René Descartes
Sócrates: Meus caros colegas, que alegria é compartilhar este espaço de reflexão filosófica convosco. Iniciemos nosso diálogo com uma questão fundamental: a busca pela verdade. Platão, fale-nos sobre essas formas ideais que tanto menciona.
Platão: Sócrates, meu caro, as formas ideais são a essência de tudo o que conhecemos. Aquilo que vemos no mundo físico é apenas uma sombra imperfeita das verdadeiras realidades. A caverna de sombras não passa de ilusão!
Aristóteles: (Coçando a cabeça) Platão, Platão, sempre com essas formas ideais. Prefiro estudar o mundo real, o aqui e agora. Mas e você, Sócrates, qual é sua opinião sobre tudo isso?
Sócrates: Aristóteles, meu amigo, penso que a verdade está no conhecimento de si mesmo. A vida é uma jornada de autodescoberta, e somente ao conhecermos nossas próprias limitações podemos buscar a virtude.
Epicuro: (Aparecendo com um sorriso) Autoconhecimento, Sócrates? Eu prefiro a busca pelo prazer e a ausência de dor. Epicurismo, meus amigos, isso sim é viver bem!
Diógenes: (Rindo) Prazer? Eu prefiro viver como um cão, sem luxos, sem complicações. O prazer está nas coisas simples da vida!
Sêneca: (Com um olhar sério) Diógenes, a verdadeira riqueza está na virtude. Devemos viver de acordo com a natureza e sermos impassíveis diante das adversidades.
Epiteto: Concordo, Sêneca. Devemos aceitar o que não podemos mudar e focar no que podemos controlar. Afinal, a paz interior é o verdadeiro tesouro.
Marco Aurélio: (Refletindo) Sim, devemos viver de acordo com a natureza, aceitando nosso destino. A vida é curta, e devemos aproveitar cada momento.
Descartes: (Entrando com um ar pensativo) Mas como podemos ter certeza do que é real? A dúvida é a base do conhecimento verdadeiro. "Cogito, ergo sum."
Kant: Descartes, a dúvida é válida, mas a razão pura é o caminho para a certeza. Devemos examinar as categorias mentais que moldam nossa experiência.
Sócrates: (Sorrindo) Meus amigos, cada um de nós tem uma abordagem única para a busca da verdade e da felicidade. No final, o importante é questionar e aprender uns com os outros. Concordam?
Todos: Concordamos!
(O diálogo continua, mesclando reflexões profundas com momentos descontraídos, mostrando que mesmo os maiores pensadores podem apreciar a diversidade de ideias e a riqueza das discussõesfilosóficas.)"
Quando eu fechar meus olhos pela última vez espero estar olhando o mar e para linha do horizonte para sempre navegar
E para você que me mostrou o que é o querer, o que é sorrir e me ensinou a sonhar,
a saudade mora no entardecer e é lá que vou estar.
E para a linha do horizonte para sempre navegar.
Pccmagdalena
Existem áreas da nossa vida que podem ficar estagnadas, assim como um aluno que é reprovado por muitos anos e ficou no primário escolar. Talvez seja a área relacional, financeira, profissional, espiritual ou emocional. Os muitos anos sem a resolução deste problema indica que este ser humano ainda não obteve a capacidade de assumir a responsabilidade sobre esta área, pelo que vive preso por um trauma, dor ou ferida que fora encampada de forma ingênua pela mente, o dirigindo para uma generalização capaz de paralisar a sua evolução nesta área. Assumir isto é o primeiro passo para uma mudança, pelo que os sentimentos (culpa, vergonha, raiva, ódio e etc) que se formaram a partir disto devem ser também eliminados por meio de uma ressignificação. Neste novo tempo, esta área terá prioridade de resolução, toda a energia será canalizada para que haja novos aprendizados, outros pontos de vista, mudanças precisam ser engendradas para que novos resultados aconteçam. Quando isto ocorre, uma nova energia pulsa sobre o seu corpo, uma energia capaz de atrair aquilo que sempre fora impossível, mas que agora se tornará uma realidade, tirando todo o atraso e o colocando em sintonia com o universo.
JOSÉ LUIZ DE SOUSA NETO
PSICANALISTA
Deus só ajuda quem se esforça! Muitos desejam bons empregos, cargos públicos e oportunidades, isto é bom e saudável, mas só serão uma realidade com muito esforço! Assim como construir uma boa base de uma casa requer esforço e ao final ninguém a verá, também devemos nos esforçar, e os resultados virão sob a ajuda de Deus! Da mesma maneira funciona nos relacionamentos, estes só permanecem na vida se tiverem uma base sólida advinda do esforço e da ajuda de Deus!
Existência e Vida: Dois irmãos. Dois destinos. Duas decisões.
O encontro de Esaú e Jacó marca a revelação de dois modelos de vida diferentes, pelo que ao procurar a paz seguindo a orientação de Deus, envia presentes ao seu irmão, a qual rejeita e diz que já tem muito; ao que no receber a mensagem, pede a reconsideração ao mesmo, pois já tinha tudo. O tudo está para a vida, o muito está para a existência.
O tudo indica a completude, o encontro da paz na imaterialidade, o descanso da alma e o seu deleite na plenitude da eternidade. O muito é incapaz de se saciar, é incompleto e totalmente material e terreno.
A jornada do herói de Abraão, marcava a saída do modelo da existência para a vida, ter levado o sobrinho que vivia a existência seria um grande erro. Para selar a paz o fazemos com todos, para caminhar junto devemos aprender a dizer “não” – ter critérios – pois quem anda na vida encontra se em outra margem dos que andam na existência.
O desamparo e a insuficiência do ser humano são experiências profundamente enraizadas na condição humana, frequentemente exacerbadas pela procrastinação e pelo vazio existencial que muitos enfrentam ao longo de suas vidas. Essa dinâmica é complexa e pode ser melhor compreendida à luz das teorias psicanalíticas, em particular a relação entre o superego, o ego e a busca por significado.
O superego, que representa a internalização das normas sociais e morais, muitas vezes impõe uma série de expectativas e objetivos que parecem inatingíveis. Esse conjunto de exigências pode criar um estado constante de insatisfação e autocrítica, levando o indivíduo a sentir que nunca é suficientemente bom. A procrastinação, nesse contexto, frequentemente se torna uma resposta defensiva a essa pressão. Em vez de enfrentar as demandas do superego, a pessoa pode se ver presa em um ciclo de adiamento, evitando a ansiedade que surge ao tentar cumprir essas expectativas.
Esse adiamento não é apenas uma questão de falta de disciplina; muitas vezes, é um reflexo de um conflito interno entre o ego e o superego. O ego, que busca equilibrar os desejos pessoais com as demandas da realidade e as normas sociais, luta para encontrar um espaço seguro onde possa agir sem ser dominado pela culpa ou pela vergonha. Quando o superego é excessivamente crítico, o ego se sente impotente, levando a um estado de desamparo e a uma sensação de vazio existencial. O indivíduo pode se sentir perdido, incapaz de encontrar propósito ou direção em sua vida.
Esse vazio existencial é alimentado pela falta de ação e pela incapacidade de alcançar os objetivos que o superego impôs. O tempo passa, e a sensação de insuficiência se intensifica. O que deveria ser um caminho de auto descoberta e realização se transforma em um labirinto de frustrações e incertezas. O desamparo se instala, refletindo a luta interna entre o que a pessoa acredita que deveria ser e o que realmente é.
Para romper esse ciclo, é necessário um processo de autocompreensão e aceitação. Reconhecer que a procrastinação é uma resposta comum a pressões externas e internas pode ser o primeiro passo para a mudança. A construção de um diálogo interno mais gentil, que acolha as imperfeições e valorize as pequenas conquistas, pode ajudar a aliviar a carga do superego. O ego precisa encontrar um espaço onde possa agir sem medo do fracasso, permitindo-se explorar novos caminhos e definir objetivos que sejam mais alinhados com suas verdadeiras aspirações e valores.
Assim, ao confrontar o desamparo e a insuficiência inerentes à condição humana, é possível cultivar uma nova perspectiva sobre a vida. Em vez de se deixar levar pela procrastinação e pelo vazio, o indivíduo pode se permitir experimentar a vulnerabilidade e a autenticidade. A compreensão de que a busca por significado é uma jornada contínua, repleta de altos e baixos, pode ajudar a transformar o desespero em esperança, permitindo que cada pequeno passo se torne uma afirmação de vida e um movimento em direção a um futuro mais pleno e significativo.
A vida é uma jornada emocionante que nos desafia a evoluir constantemente. Desde o momento do nascimento, somos convidados a experimentar a luz, o prazer das brincadeiras e a satisfação de desejos básicos, como a fome. Guiados por nossos sonhos, somos impelidos ao trabalho com o objetivo de criar e transformar o mundo. À medida que transformamos as coisas e o mundo, somos transformados, tanto objetivamente quanto subjetivamente.
Insônia
Em meio ao excesso de tarefas, demandas criam demandas desenfreadas, sem trégua causam insônias desesperadas.
Dopar para repousar é buscar alívio imediato de horas sem dormir, um dilema constante entre solucionar o sono e uma dependência causar.
Num mundo em confusão, onde o descanso é luxo mal visto, mentes sobrecarregadas deixam a alma em iminente desequilíbrio.
A tirania dos ponteiros simboliza o império do tempo, nas noites em claro, enquanto suplicamos encontrar nos braços do sossego o sono almejado.
Vida plena
A cada momento, uma nova cena se move, e a vida, em sua complexidade, alegra, assombra, comove.
Por mais que busquemos a plenitude encontrar, o tempo nos leva a lugares que não podemos evitar.
Apesar das lágrimas e das dores sofridas, é nessa sina do tempo que encontramos nossas vidas vividas.
Mas ainda assim, inutilmente anseiamos encontrar a plenitude, nesse ciclo eterno da vida, em toda sua magnitude.
Uma pena, mais a vida nunca será plena.
Rótulos
Entre lençóis, murmúrios, queixas no ar, cônjuges se rotulam, sem receio de julgar.
Um de 'acomodado', contente com o pouco, outro 'obcecado', buscando sempre mais um pouco.
Nas entrelinhas do amor, as expectativas divergem, entrelaçadas na teia que o tempo tece e transfigura.
Um busca o simples, o outro anseia pelo demais, enquanto a vida, entre suspiros, se esvai.
Ah, as diferenças, emaranhadas na convivência, enlaçam sonhos, desejos, na sinfonia da existência.
Mas no palco do amor, onde os papéis se revezam, encontram-se almas unidas, onde o entendimento se faz.
Que o 'acomodado' aprenda a sonhar alto, e o 'obcecado' encontre na simplicidade seu encanto.
Nas diferenças, está a riqueza do viver e no amor verdadeiro, todo rótulo se dissolve, até desvanecer.
