Texto de Encorajar
Nos campos de batalha, um soldado cansado,
Coração exausto, o olhar esmaecido,
Espera solenemente o momento fadado,
Quando seu peito encontrará paz, sereno e atingido.
Imagens das lutas o assombram, como sombras,
Marcas de dor profundas, em sua alma entranhadas,
Anseia pelo instante em que as batalhas se escondam,
E em asas da fé, suas dores sejam abrandadas.
Cansado das batalhas, das feridas da vida,
Ele busca nos céus, alívio e guarida,
Seu desejo, tão puro, é descansar nos braços,
Do Pai Celestial, onde os medos são escassos.
A dor é um fardo que ele carrega, pesado,
Mas, mesmo assim, ele segue, ao lado do Amado,
A força da graça o mantém em pé, persistente,
Caminhando com Deus, na jornada tão intensa.
Em meio à fadiga, a esperança não morre,
Pois ele confia no Deus que o socorre,
E mesmo quando as lágrimas lhe banham o rosto,
Ele encontra conforto no abraço do Altíssimo, tão disposto.
Nos campos de batalha, um soldado prossegue,
Caminhando na fé, embora a carne fadigue,
Ele sabe que, ao final, há descanso prometido,
Nos braços do Pai, onde o amor é sentido.
Então, com o coração erguido, ele avança,
Na força da graça, na esperança que alcança,
Em Deus encontra forças, e a dor que o assola,
Transforma-se em poema, onde a paz o acolhe e consola.
O Amor tudo crê
Tudo é muita coisa
O Amor tudo espera
Tudo é muita coisa
O Amor tudo suporta
Tudo é muita coisa
Ser pleno em qualquer um desses requisitos
Exige fracassar miserável nos demais
Tudo é muita coisa
E ser humano é pouca coisa
Concluo,
Amar não é humano,
É dom de Deus
" QUEM SERÁ QUE TEM MAIS AMOR, O HOMEM OU A MULHER? ”
Ao falar de uma palavrinha tão pequena, apenas quatro letras, palavra esta, que traduz num sentimento que nos leva a certo emaranhado de caminhos, ora longínquos, ora tão perto. E por falar nesse sentimento, não poderia furtar-me, e expor sua extrema importância.
Por falar em “amor”. Façamos uma pergunta: Quem será que tem mais “amor”, o homem ou a mulher? Não me digam, logo saberemos!
O intuito dessa explanação não é oprimi-los ou tão-pouco os deprimir, mas sim, exortar-lhes no sentido de incitar, aconselhar, para uma reflexão.
Nos não somos perfeitos, mas um desejo deveríamos de ter, em sermos transformados!
Sabemos que tudo na vida começa com um sonho, e é na realização desse sonho que precisamos chegar.
Esse “amor” em Lucas, 6:45 conjugado com Mateus, 6:21 quando diz: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o homem mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração. Porque, onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.
O que vou expor é único, exclusivo, vem direto da fonte. Para alguns é o limite da abstração, o limite do pensar, do sentir e do intuir. Já para muitos é a fonte de toda inspiração.
Eu venho falar do valor que você tem, porque você é um ser, você é alguém, muito importante para esse “amor”!
Mas, para vocês sentirem esse amor, ele precisa de sua ajuda, porque esse amor é sensível, ele não entra sem que você consinta. Para senti-lo você precisa permitir, você precisa convidá-lo, por isso, gostaria de contar com a sua compreensão.
Por um só momento, esqueçam de tudo que você já viu ou sentiu, pelo menos, até expor essa mensagem, depois você comparará:
Imagine que você segura um copo. Olhe para ele. Imaginem que dentro dele está todo seu conhecimento, toda sua sabedoria, seus preconceitos, seus dogmas, sua crença, seus conceitos, sua ideologia e sua cultura.
Para sentirem esse “amor” você precisa simplesmente de uma atitude, que envolve ação, pela qual, é necessário, que simplesmente: " VIREM O COPO ". É difícil? Eu sei, mas tente, você não perdera nada, pelo contrário, esse “amor” contemplará você com significados inexprimíveis. Não importa se seu copo está cheio ou vazio, se ele é pequeno ou grande, o importante é que você tenha coragem, vire o copo!!!
Nossa sociedade tem nos inculcado valores que não são seus, fazendo-nos acreditar que são. Então, em oposição a uma realidade verdadeira poderíamos ter uma falsa realidade, que impõe a todos os valores políticos, sociais, culturais e principalmente econômicos, os conceitos dessa classe. Fazendo com que nossos concidadãos se desqualifiquem, se minimizem não tendo iniciativa de transformação. Os homens de maior originalidade e de temperamento mais vigoroso não tem como sobressair acima da multidão.
Nossa sociedade nos vê assim:
Imagine que em suas mãos há duas bananas. Na mão direita está a mais bonita, ela é linda aparentemente, é bem granada, é amarelinha. Já na mão esquerda, a outra é feia, escura, quase preta.
Para a 1ª, a mais bonita, está todas as atenções, pois apresenta mais saudável, com se fosse alguém de nós. Usam as melhores roupas, carros de última geração, os melhores empregos, dinheiro, casas, apartamentos, frequenta os melhores lugares, usa tudo da moda. Já para a 2ª banana, a impressão que se tem é que ninguém a compraria. Ela é insignificante perto da outra.
Em um gesto simbólico. Experimente as bananas, será que elas fazem jus ao que parecem? Descasque a 1ª banana, aquela amarelinha, a mais bonita, lembra? À morda! Literalmente, ou será que você esqueceu como se faz ao degustar uma banana? Hum! Não tem doce, está empedrada e amargando. Assim são pessoas que tanto a sociedade preza? Pessoas amargas de coração duro, vivendo de aparências, pessoas que só tem prazer na luxuria, pessoas que proferem palavras com lábios lisonjeiros, mas de coração dobrado?
Se a 1ª foi assim imagine a outra? Será que é igual ou pior? Vamos ver? Dscasque e mordam-na: hum, oh! Que delícia! Ninguém imaginava! que sabor! Como é doce, muito diferente da outra!
Assim somos nós. Esse “amor” não quer saber de sua aparência, de sua casca, de seu status, do seu dinheiro, do seu carro, etc. Esse “amor” quer dizer para você, que dentro de seu interior existe algo que te faz transformar, como se fosse uma fonte de água viva, que lava todas suas amarguras, cura suas feridas, te faz renovar todo dia, fazendo o dia valer à pena.
Você lembra quando era criança? De quando tinha seus 4, 5 anos de idade ou mais? De quando brigava com alguém? Ou quando seus pais lhe corrigiam, você chorava outrora você sorria, mas no final do dia, mágoa nenhuma você sentia. Naquela época esse “amor” estava em você, mas nós não sabíamos o que era amor. Hoje você sabe o que é amor, mas poucos sentem esse “amor” porque esse “amor” é verdadeiro, é sensível, é puro, ele só entra em você se você deixar. Muitos de nossa sociedade se acham grandes, só por que cresceram! Ficaram poderosos, inteligentes e que esse negócio de amor é coisa antiga, que não precisa dele.
Eles acham que vêem tudo, mas não enxergam nada; acham que ouvi tudo, mas não escutam nada; acham que falam tudo e não dizem nada; acham que sabem de tudo, mas não fazem praticamente nada.
Se você quiser sentir como aquela criança que você foi um dia, onde o mais puro amor você sentia, você terá que pedir, e esse “amor” fará morada em sua vida. Ele transformará seu coração, curará suas feridas, irá fazer você enxergar tudo aquilo que você jamais viu; escutará o mais singelo soar, tudo que jamais ouviu; nunca mais você sentirá vazio, oprimido, deprimido, porque esse “amor” é a verdadeira essência da vida, como fonte que ti renova todos os dias. Você será como aquela criança, mesmo quando você chorava, brigava, apanhava, mas no final do dia você perdoava e ainda sorria. Para esse “amor”, você será sempre uma criança aos seus olhos.
Afinal, valores de mercado, dinheiro, poder, aparência, ou quando você estiver velho, cansado, que dirás: não tenho mais prazer, pois, a vista escurecerá as pernas e braços que outrora fortes, hoje estão trêmulas; os moedores da boca por serem poucos a voz diminuirá e quando te perecer o apetite, onde buscarás refugio?
Esse “amor” não quer saber quantas vezes você tropeçou ou quantas vezes você caiu, ele quer saber quantas vezes você vai querer levantar. Se você caiu mil vezes ele irá levantá-lo mil e uma. Não existe copo vazio que esse “amor” não o encha, e copo cheio que fiquem cem por cento cheios, Ele pode te completar.
Se ainda você não sentiu esse “amor”, ou se não conhece o suficiente esse “amor”, será que não está na hora de rever seus conceitos, suas ideologias e recomeçar tudo de novo?
O aprendizado sem AMOR é cinismo;
A grandeza sem AMOR é tristeza;
O prazer sem AMOR é desapontamento;
O trabalho sem AMOR é ódio pela vida;
A filosofia sem AMOR é vazio;
A eternidade sem AMOR é falta de realização;
A vida sem AMOR é depressão;
A religião sem AMOR é medo;
A riqueza sem AMOR é tribulação;
A existência sem AMOR é frustração;
A sabedoria sem AMOR é desespero;
Nós sem esse AMOR é tudo vaidade.
Pense nisso!
Se você ainda não sentiu esse “Amor” nessa plenitude, gostaria de lhe apresentar, JESUS CRISTO!!
O Rei dos Reis, o Consolador, o JUSTO, onisciente, onipresente.
" Quando as noites são vazias
A mente transborda
O corpo faz uma prece
Querendo carícias
E as vezes se perde, e pede
Um gole de brisa
Daqueles de se arrepiar a pele
Para ver se ameniza
As questões mal resolvidas
Das quais o coração padece..."
Dormir as vezes não é fácil quanto parece
"O vício da BEBIDA E DO CIGARRO pode se comparar a tuberculose, no início é difícil de perceber e fácil de curar , a medida que o tempo passa é fácil de perceber e DIFICIL DE CURAR" Ademar de Borba
Não contribua para engordar os lucros da indústria de BEBIDA E DO CIGARRO, dar trabalho aos MÉDICOS e talvez um dia deixar a sua família CHORANDO pela sua perda e falta de recursos para sobreviver"
Um sorriso irradia alegria
E faz o coração aquecer
Ainda que desconhecido,
Seu sorriso me fez florescer.
Seus lábios se abriram em doçura,
Seus olhos brilharam com ternura,
Um instante que se tornou eterno,
Meu dia se fez mais sereno.
Não sei seu nome ou sua história,
Mas seu sorriso me trouxe glória,
E eu agradeço por este presente,
Um sorriso belo e envolvente.
É comum olharmos para o céu e desejarmos contemplar um sinal extraordinário da parte de Deus; de igual forma, diariamente, os olhos do Senhor estão sobre nós desejando contemplar alguém que o busque.
"Todos se desviaram e juntamente se coromperam; não há quem faça o bem, não há um sequer."
PESADELOS
Enrolam-se como áspides
Serpentes venenosas
Pela calada do meu sono
Em mono
Por falta de estéreo
Neste mistério
De horrorizar
O som dos medonhos.
Enfiam máscaras de mortos
Idos,
Absortos,
Sem perdão
De alguma salvação.
Depois, no filme, entre flatos
De cus abstratos,
Caricatos,
Talvez de gatos,
Aparecem então os vivos
Cativos
Já de morte anunciada,
Malignos seres na encruzilhada.
Fazem-me suar,
Transpirar
A estopinhas
Molhar a roupa do corpo
Vivo e não morto!
Mais eis que, no final,
Há sempre um vencedor.
Surge alguém que já está
Lá,
Na terra verdade e me salva a recato.
Depois, vem aquela estúpida
Vontade de mijar
De duas em duas horas
E eu acabo de matar
O pesadelo
Ao afogá-lo na água
Que brota,
Abundantemente,
Sem piedade,
Do autoclismo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-04-2023)
PERNAS
Era nas tuas pernas
Macias
Morenas
Espelhando desejos
Que eu encostava a cabeça minha
Quando não tinha
Aconchego nem beijos.
Pernas não são eternas
Fraquejam
Perdem brilho
E cor.
Depois resta a saudade
De um tempo de ardor
Que alimentava o amor
Nas tuas pernas
Fraternas
Quentes
Que guardavam cavernas
Ferventes
Ardentes
No tição
Da paixão.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-04-2023)
No silêncio profundo da noite, onde tudo é mistério e sombra, minha alma de perde em devaneios, e meus pensamentos de desdobram.
Na profundidade do meu ser, sinto o universo inteiro.
Sou um oceano a transbordar, e não sei se quero ou se espero.
As palavras escapam de mim, como pássaros livres no ar. E eu me perco nesse labirinto, sem saber como voltar.
Mas é nessa imensidão de mim que encontro a minha verdade. E percebo que a vida é assim, uma busca sem fim, sem idade.
Eu sou o que sou, sem definição, sou a soma do que vivi.
Mesmo que a vida seja escuridão, é preciso olhar além do que se vê. A beleza está nas coisas simples, que as vezes não sabemos ver. É preciso olhar com os olhos da alma para verdadeiramente viver.
E hoje eu escrevo essa poesia, com a alma cheia de você.
LAURO O INFELIZ
Lauro morava debaixo de chapas pobre
Tinha as mãos encardidas de ranho e sol
Já foi senhor e estupor de graveto nobre
Antes de ter o cabelo com baba de caracol
Lauro batia ao bicho de hora em hora
Seduzido pela erva queimada em cenoura
Depois adormecia co'a coisa de fora
Deprimida encardida e tão redutora
Lauro tinha quem por ele rezasse
Ao longe numa luz que já foi dele
Algum teso também agora sem classe
Mas que tinha sido figura como ele
Lauro cansado de viver sem planos
De tanto cismar na córnea da vida
Arranjou um corda já em pedaços partida
E enforcou-se de pernas no dia dos anos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 17-04-2023)
A vida me ensinou aos dez anos, que eu deveria apenas viver
aos vinte anos ela provou que a realidade era bela e estava na melhor fase
aos trinta, que seria interessante sonhar, traçar planos
aos quarenta novamente a vida indica que viver deve ser prioridade
aos cinquenta ela mostra que os sonhos ainda podem se realizar
aos sessenta tudo que se quer é paz e viver um pouco mais
aos setenta entende-se perfeitamente o que é lucro, pois cada dia é um ganho
aos oitenta começa a provar que assim como aos dez anos de idade viver é a melhor coisa que existe, porém com aquela sensação de dever cumprido....
Até hoje...
Após uma troca de olhares passei acreditar no que seria real e fantástico em nossas vidas,
embriagado pelo saber sem ainda ter vivido, me apaixonei completamente pelos sonhos realizados que vi através do espelho dos teus olhos,
segurei firme nas tuas mãos, sussurrei no teu ouvido e a partir daquele momento o que parecia uma fantasia impossível tem sido realidade até hoje.
ROSA RECALCADA
Rosa formosa dos seios grandes
Com cheiros de mar nas axilas
Trazias em ti almoços de sandes
E no coração memórias de pilas.
Nas tuas pernas feitas almofadas
De sal ao sol já tão crestadas
Alapavam outras de estofadas
Peles e espumas contaminadas.
Rosa enjeitada rameira sem nada
Objeto abjeto corpo de diversão
Em que tornaram o teu destino coitada
Mulher viva e tão morta de ilusão.
E um dia na campa ao lerem o teu jazer
Hão de estar sem arrependimento
Todos os que exploraram o sofrer
Do teu corpo de fora para o de dentro.
(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever, em 18-04-2023)
Dura verdade!
Sempre fui duro na queda, chamado pelos colegas de "o último moicano aventureiro ou de o homem de gelo".
Porém em um dado momento percebi que continuo gostando da minha liberdade mas uma coisa te digo, você está amarrando os meus pensamentos e mostrando aos meus sentimentos diariamente o quanto és insubstituível.
Nossa igreja não é uma simples construção, não se trata de um espaço fechado, onde nos reunimos em oração.
Ela é mais do que possamos imaginar, não são apenas pedras, monumentos construídos por tradição.
Nossa igreja é infinitamente superior ao que criamos e tornamos físico neste mundo de ilusão.
Nossa igreja é viva e está em toda parte, não é somente uma opinião, não é brincadeira e tão pouco imaginação...
Nossa igreja não precisa ser estudada, ela precisa ser vivida, pois a salvação virá dela, mas de forma unitária, pessoal, íntima.
Minha igreja não é uma construção de granito, minha igreja é Rocha firme e se chama JESUS CRISTO!
Em cada olhar há um segredo, em cada gesto, um mistério escondido.
No teatro da vida, somos atores, vivendo um enredo de amores e dores, mas não se engane, caro espectador, nem tudo é o que parece ser.
Por trás das cortinas, há verdades cruéis, que a alma humana não quer ver.
A vida é um palco de ilusões, onde a realidade é uma farsa, e o amor, tão louco e intenso, étambém uma forma de trapaça.
Assim como o trágico e o cômico, se misturam nas nossas vidas. Oamor e a dor, alegria e tristeza, são faces da mesma moeda perdida.
Então, abra bem os olhos, eencare a vida como ela é. Porque, no final das contas,
Tudo é ilusão, tudo é teatro.
Não há mais espaço para as antigas máscaras, que um dia eu usei para me esconder. Hojeeu sou livre, não há mais amarras, enada do que fui pode me prender.
Sou um livro em branco pronto para escrever, um jardim a desabrochar, uma história a contar, enada do que fui pode me deter, nada do que fui me veste agora. Pois a alma que habita em mim é outra, é diferente, é capaz de sentir novas emoções, de amar de formas inéditas, de enxergar a vida com mais cores, e de vivê-la de modo mais autêntico.
Assim como as roupas se desgastam, também meus antigos padrões foram se desfazendo, se desmanchando, e dando lugar a novas sensações, poisagora eu sou livre para me reinventar, para encontrar um novo agora. A beleza está nessa evolução, em se permitir mudar, em se permitir ser outra versão.
A vida é um eterno renascer, uma metamorfose que não para, e a cada dia que passa me torno mais eu. Livre, autêntico, fiel somente ao meu eu. As águas que fluem nunca são as mesmas. E é na dinâmica do vir a ser, que encontramos a nossa verdadeira razão de viver.
Um dia amei, sem medo ou reserva, com todo o coração. Você apareceu, com seu sorriso inocente, e eu me vi, de repente, em sua rede quente. Seus olhos castanhos me fizeram enxergar que o amor não é um jogo, mas sim um lugar. Sem romantismo barato, eu sentia que tudo estava certo, que enfim estava no lugar certo. Os risos eram mais intensos, os momentos pareciam imensos, e eu me sentia um ser verdadeiro. Amei com toda a minha alma, como se o mundo inteiro fosse nosso, como se a lua só existisse para nos ver juntos. Um dia amei com toda a minha força, como se nada pudesse nos deter, e os ventos sopravam a nosso favor, a vida parecia uma eterna primavera. Deveras enganado, amar é uma espécie de jogo de azar, ainda mais quando há amizade, pode-se acabar perdendo tudo, inclusive a própria sanidade.
Um dia amei, como um animal ferido, à mercê do amor, sem saber o que seria permitido.
Foi um amor que me tomou de assalto, não importava mais o mundo lá fora, impossível, algo que simplesmente acontece, sem aviso ou motivo. Eu só queria estar com você, jamais duvidava. Não tinha um elixir, assim como as juras que não pudemos cumprir. Então eu caí, e caí tão fundo, que achei que nunca mais ia sair, mas com o tempo eu me recuperei, e aprendi que o amor pode doer, mas também pode curar.
E sigo proferindo de forma veemente que fui ao inferno e voltei sorrindo, aquele amor me ensinou que eu posso amar novamente.
O amor me ensinou a ser livre, a ser forte e também a ser frágil. Amar é um risco, um ato de coragem. Mesmo quando tudo acabou, e eu me vi sozinho novamente, eu sabia que aquele amor tinha me mudado profundamente.
O animal ferido agora só é um cão sem dono,
porque ainda acredito, que um dia encontrarei um amor sem abandono.
Olho para trás e vejo o quanto amar me transformou, foi um fogo que queimou e purificou, que me iluminou.
Eu sabia que seria um caminho difícil e solitário, mas mesmo assim eu decidi seguir sem nenhum itinerário.
Mesmo que doa lembrar, do amor que um dia acabou por escapar, como doeu partir sem poder levar comigo o cheiro da tua pele e o brilho do teu olhar. Agora só me resta
a lembrança daquilo que foi e a certeza de que nunca mais será. Mas com confiante, que um amor imperfeito pode nos ensinar tanto, sobre nós mesmos e sobre o mundo, e sobre como seguir adiante.
Por amor você também erra, o amor não nos tornam infalíveis, pelo contrário, ele nos torna vulneráveis. Coloque tudo a perder, eu não tenho medo de perder, porque amar é perder.
Nesse sistema eu sempre serei um fracasso, porque eu não quero aderir a ele, eu quero estar do lado dos que perdem, eu detestaria estar do lado dos que vencem. Para os outros, deixem que me enxerguem como um coadjuvante apagado, meio louco, meio morto, sem lugar para chegar, andando por aí sem rumo, sem sonho pra agarrar.
Eu não busco vitória, busco fidelidade. Só quero ajudar a descer da cruz os crucificados. E afirmar que pra ser solidário não precisa ser religioso, só tem que ser humano. A minha luta também é para que o culto da morte proferido pelos religiosos não assumam o controle. Eles odeiam a vida. Abertamente dizem que amam mais a morte do que a vida, que o por vir é melhor do que o aqui. Eu odeio todos, por isso sou um indigente da alma, um desajustado, um estranho no ninho, um marginalizado, uma eterna promessa, um renegado.
Não importa quantos diplomas eu tenha, quantos títulos eu possua ou quantas façanhas, não há lugar para a minha essência, nesse mundo que se guia pelas barganhas.
Sou um sonhador em um mundo pragmático, um idealista em um mundo caótico, um romântico em um mundo automático, um poeta em um mundo tão patético.
Não vou deixar que me tornem o que não quero ser. Que me coloquem como fracasso personificado, um homem que nunca chegou onde queria, um sujeito que vive no submundo, sem forças pra lutar, mas nunca poderão dizer que sucesso ou glória eu vim buscar.
Pouco importa, enquanto eu puder colocar minhas palavras no papel, eu não serei completamente derrotado, porque na minha escrita, eu sou livre, e não importa o sistema, eu sempre terei minha voz.
Eu devo a mim mesmo, e a todos os outros, continuar sendo curioso, em enxergar o mundo com a curiosidade de uma criança. O que me incomoda é que eles estão tão satisfeitos com essaa respostas, que não tem mais a curiosidade de aprender como as coisas acontecem. É o tipo de resposta que uma criança não ficaria satisfeita. Onde estaríamos se esse entendimento de mundo, de fato dominasse o mundo?
Podem dizer que sou fraco, mas fraco são eles que querem ser heróis antes de serem guerreiros.
A máquina que me engole, sem compaixão, devora minha essência, minha alma e meu coração. Não há espaço para sonhos ou emoção, só existe o trabalho e a produção.
Um mero grão de areia no infinito, tentando alcançar o topo. Me esforço, mas a cada passo, mais longe parece estar, como se o universo conspirasse ao inverso, e o fracasso fosse meu único lugar.
Luto por minha humanidade, não aceito ser reduzido a uma lista, ou uma simples produtividade. Minha vida não se resume a um renome banal, e minha alma não se vende por um preço.
A mediocridade é a norma, a excelência é para poucos. A minha alma se transforma, em uma máquina sem foco.
Eu sou meu próprio juiz, e mesmo que tente, não consigo alcançar a excelência de mim mesmo.
Um ideal que me foge, um dilema.
Com a humildade de quem sabe que erra, pois sei que a busca em si é nobre, e eu não preciso dessas algemas, são só dilemas que a cada passo me torna mais consciente.
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