Texto de Autor Desconhecido
O verdadeiro amor não faz exigências, ele doa gratuitamente e segue viagem. O amor não prende. Se outro coração quer ficar livre desse amor, tudo bem, o amor não depende do que outra pessoa quer ou não quer dele, e também não marca seu território.
O amor não deve custar para ninguém, e não devemos cobrar por ele. O nosso coração pode não ser importante para outra pessoa. Talvez o outro deseje o nosso coração para satisfazer certas condições. Talvez o outro exija certos padrões para o nosso coração, mas o nosso coração não pode ser mandado, e não podemos mandar no coração dos outros. Nenhum coração deve ser aprisionado e nenhum coração deve aprisionar ninguém.
Vamos deixar o amor guiar nossos passos na vida, sem cobranças, sem expectativas, sem ilusões, vamos seguindo nossa trajetória humana com uma consciência divina e expandir a luz por onde passarmos…
Arte e Polícia Militar. E daí?
Nos cursos de formação da PM uma coisa fica clara, pelo menos para aqueles que observam o processo de modo um pouco mais crítico. É visível que a cultura organizacional que nos é imposta nos obriga a passar por um processo de dessensibilização. Desde o internato que nos tira do convívio dos familiares, amigos, vizinhos, a uma estimulação constante à indiferença para com os outros. Faz parte do imaginário popular — talvez nem tão popular assim — que o bom militar não pode sentir. Aliás, quem sente, não resolve, se desespera. É o que dizem. Não é incomum que ao se perguntar a um miliciano novato se numa situação extrema, em que ele precisasse matar alguém, se ele o faria, e ele, sem pestanejar, dizer: “Entre eu e o bicho, eu corto no aço”.
Tal afirmação sai com tanta facilidade que quem ouve imagina uma pessoa que, ou já refletiu muito sobre o ato de matar alguém, ou é um policial antigo e experiente, que muitas vezes passou por esta situação. O interessante é que estas colocações são feitas normalmente, tão comum quanto qualquer outra no dia-a-dia da corporação. É o Superior que fala com o subordinado sem olhar nos seus olhos, o “bom dia queridos alunos”, tão automático quanto nossas continências, a obsessão pela forma que passa por cima de angústias, vontades, doenças, direitos. Toda instituição obcecada pela forma, pela liturgia, pela ritualística, passando por cima dos seus membros enquanto indivíduos, enquanto personalidades complexas e subjetivas.
Nietzsche disse que “Temos a arte para que a verdade não nos destrua”. E esta assertiva se torna mais verdadeira, ainda, dentro da Polícia Militar. Esta é a minha percepção quanto ao papel das artes na corporação. Não é um mero momento de descontração, mas um possível instrumento de desconstrução de uma série de valores cavalheirescos, anacrônicos, medievais, para construção de uma polícia sensível, educadora, libertadora. Afinal, a polícia existe não para controlar e reprimir, mas para garantir liberdade plena à sociedade; a lógica de construção destes raciocínios é díspar. Quem não sente, não muda, precisamos nos sensibilizar. Enaltecer a razão em detrimento da emoção, como é comum em nosso meio, é enaltecer a robotização e a dessensibilização. Mais arte, mais sentimento, mais subjetividade, mais percepção. Não podemos mais sufocar nossos sentidos.
Uma singela homenagem a todos os Policiais Militares!
POLÍCIA: Nós acreditamos!!!!!!!!!
Nosso universo é diferente dos demais. Somos forjados a ferro e fogo. Como as melhores espadas, são necessárias muitas pancadas para estarmos prontos para tudo. Mas não desistimos. Escolhemos isso todos os dias. SER POLÍCIA é nosso sacerdócio.
Mesmo com a correnteza contrária, navegamos com a certeza de que fazemos o certo. Muitas vezes, na busca de cumprir nosso papel, cometemos erros. Mas na maioria absoluta das vezes, para a maioria de nós, erramos na ânsia desenfreada de acertar.
Nossas POLÍCIAS estão repletas de pessoas de valor. E um número ainda maior de valorosos homens e mulheres desejam todos os dias mergulhar nesse universo.
Vemos o mundo de um modo diferente. Olhamos diferente, aguçamos nossos ouvidos, medimos o mundo a nossa volta, buscamos posicionamento tático até para fazer uma simples refeição.
SOMOS ISSO: POLÍCIA.
Independente de cargo.
Existem Agentes, Detetives, Inspetores e Investigadores que não são policiais de verdade. Consideram o trabalho um mero emprego.
Assim como existem Soldados e Delegados que têm o coração explodindo de gana de fazer POLÍCIA.
A sociedade precisa entender.
Que apesar de amarmos nossa função, estamos muitas vezes de pés e mãos atados. Numa estrutura dependente de ânimos políticos. Somos conduzidos pelas marés de humores de meia dúzia, que julgam ser nossos "Senhores". Precisamos de INDEPENDÊNCIA.
Precisamos de celeridade, para não perder o "ponto".
Estamos aqui, prontos, todos os dias do ano, 24h por dia. O chamado da sociedade nos coloca em movimento sem relutância. Mas essa sociedade PRECISA SABER o que somos nós de verdade. O que passamos. O que necessitamos.
A todos os que sonham com isso, em vestir fardas e camisetas pretas, com nossos coletes balísticos, sejam nossas vozes aí, enquanto não tomam posse e entram em exercício.
Não podemos mais ficar à mercê de alguns, que por conta de vaidades desmedidas e mentiras governamentais, subutilizam todo o potencial de instituições que poderiam ser referências unicamente positivas para o mundo.
Aos amigos e colegas imersos em nosso Universo Policial, tenhamos a certeza que nossa guerra pela verdade e pela justiça vale à pena o tempo todo. NÓS ACREDITAMOS!
Uma realidade que sempre chamou a atenção dos filósofos e cientistas é a capacidade de atração que existe em nosso mundo. Antes do período clássico grego já havia essa constatação.
Atração que não esmaga, mas gera harmonia. Atração que não prende, mas deixa livre. Atração que não aniquila, mas gera personalidade.
Não temos mais um ao outro...
Mas não posso evitar
os momentos em que relembro,
como foi bom o tempo que durou...
Vai ser difícil encontrar alguém
que me faça tão feliz quanto
você me fez.
Terei que aprender a conviver
com a sua ausência.
É preciso aceitar o fim,
e tentar entender porque
já não me ama mais.
Os nossos pensamentos e ideias momentâneas nem sempre nos levam à verdadeira realidade dos fatos e muitas vezes são causadores de julgamentos precipitados e suspeitas infundadas. Nem sempre eles se transformam em verdades absolutas.
Nunca devemos julgar e nem suspeitar de alguém sem antes analisar profundamente e imparcialmente o problema ou no fato acorrido.
MAR
A brisa do mar
Tocou em meu rosto
Como um carinho teu
E fez meus cabelos voarem
Como pássaros em bandos
Mar
Praia
Onde me sento e medito
Na minha solidão
Que vai para lá do horizonte
Onde não tem medida
Nem peso
Mas que dói
Dentro do peito
Atiro conchas ao mar
Mas ele devolve-me saudades
Que guardo nas lágrimas que não choro
Nem nas palavras que não digo…
Por Rumos
Através do tempo
Uma palavra,
Um coração,
Um sonho,
Um pensamento.
Através da distância,
Uma mão,
Um abraço,
Um corpo,
Um desejo.
Através dos sentidos,
Uma alma,
Um beijo,
Um querer,
Um desaparecer.
Ah,como é que através de tudo,
A nossa Alma sente a distância,
Mas mesmo assim está presente,
No bem-estar do amor ausente...
(Um dia qualquer)
O dia surge sempre com aquela impressão de que está faltando algo...
Parece faltar nuvens coloridas no céu.
Ou será passarinhos no ar?
Uma linda árvore frondosa
Ou um bem-te-vi a cantar?
Não sei...
Não está lá.
Falta uma gota de orvalho
Um Carvalho!!!
Um guarda chuva enorme no céu
Gotas de mel!
Glítter trazido pelo vento.
Um colorido e enorme cata-vento.
Falta um sol sempre sorrindo
Mas vejo a alegria daquele menino
Brincando sozinho!
Que nem sente...
Que falta alguma coisa lá.
Falta um mar de todinho
Um barco de guloseimas
A flutuar
Por este mar.
No céu
Arco-íris sem chuva
E eu lá...
Bebendo o mar de Canudinho.
Falta uma estrela da noite
Vir morar neste dia
Pense que seria uma alegria
Coisa linda!!
O sol pela estrela se apaixonar.
Nascerão estrelas maiores
Sol menores!!
Céu também teria festa de dia
Não mais apenas choraria...
A chuva cairia quentinha
A gripe nem existiria
Seríamos todos infantis
E o som de todos os clarins
Anunciariam...
Que eu
Eu era feliz...
Não adianta...
Falta!!
Alguma coisa falta
No lado esquerdo da paisagem
Ninguém nota
Mas falta...
Mesmo que tudo o que na imaginação surgisse
criasse
Mesmo aparecendo
Tudo o que uma criança imaginasse
O dia, ainda assim,
alguma coisa ainda faltaria...
Mesmo se eu pudesse escrever nas nuvens
Andar de bicicleta sobre o mar
Cantar, Cantar
Bem alto cantar
E o mundo inteiro poder me ouvir
Mesmo assim...
Mesmo assim.
E se eu pegar carona com o vento?
Dar asas ao meu pensamento?
Fazer exalar a minha imaginação?
Será?
Que deixaria de faltar?
Será que se eu cometesse um delito
Cortar os mapas
Encurtar os trilhos
Será?
Que esta falta acabaria?
Se eu criar uma ponte
Que una as nossas vontades
Os nossos sonhos
As nossas verdades
Sob medida
Cheinha de lindos detalhes...
Ou se eu criar uma linha gigante
Que ligue os nossos horizontes?
E se VOCÊ puder me ajudar?
E se eu te pedir...
Descobri!!!!
O que falta, falta dentro de mim!
Falta um pedaço do meu coração!!!!!
Meu Príncipe
Um cavalo alado
Você ao meu lado
Alegria sem fim!
Assim...
Tudo de Belo existiria
Felicidade não acabaria!
Se você, segurar a minha mão.
Ela tem uma mania de olhar fixamente para céu
É sempre assim quando ele não está...
Talvez seja para não esquecer o infinito que ela encontrou nos olhos dele...
Talvez seja apenas para ter a companhia da lua e das estrelas... E não se sentir tão sozinha.
Talvez ela só precise da presença dele... E nada mais.
Condenada
Por céus! Onde tu estás a entoar teu canto
Onde andas tu que já não te encontro
Escureceu-me os olhos!
Pareço não escutar a décadas a tua voz.
Atroz! Tão atroz me foste tu!
Já Não caibo em minha procura
Meu timbre entoa eterna amargura
Tua ausência me consome, me enclausura!
Foste tolo, descabido, quando desejaste ir...
E me foste tu!
E deixaste a mim!
Partiste e me deixaste perdida, diminuta
Vagando pelo mundo feito espectro imundo
Pálida, desfigurada, desnuda.
Ninguém te amará, como amo a ti
Ninguém será capaz!
Fora eu a condenada a viver assim
Sempre fora de mim, Numa eterna tortura
Pelos sepulcros da vida, vagando...
Sempre, e sempre, e sempre...
A tua procura.
Ano passado, na festa de despedida de uma amiga, ouvia calada e com atenção seu dolorido discurso sobre o quanto ela se preocupava com a decisão de ir embora. Dizia se preocupar com a saudade antecipada da família, com a tristeza em deixar um amor pra trás e com a dor de se afastar dos amigos. Ela iria embora para Londres com tantas incertezas sobre cá e lá, que o intercâmbio mais parecia uma sentença ao exílio.
Dentre dicas e conselhos reconfortantes de outras amigas, lembro-me de interromper a discussão de forma mais fria e prática do que gostaria:
“Quando você estiver dentro daquele avião, olhar pra baixo e ver todas estas dúvidas e desculpas do tamanho de formigas, voltamos a falar. E você vai entrar naquele avião, nem que eu mesma te coloque nele.”
Ela engoliu seco e balançou a cabeça afirmativa.
Penso que na época poderia ter adoçado o conselho. Mas fato é que a minha certeza era irredutível, tudo que ela precisava era perspectiva. Olhar a situação de outro ângulo, de cima, e ver seus dilemas e problemas como quem olha o mundo de um avião. Óbvio, eu não tirei essa experiência da cartola. Eu, como ela, já havia sido a garota atormentada pelas dúvidas de partir, deixando tudo pra trás rumo ao desconhecido. Hoje sei que o medo nada mais era do que fruto da minha (nossa) obsessão em medir ações e ser assertiva. E foi só com o tempo e com as chances que me dei que descobri que não há nada mais libertador e esclarecedor do que o bom e velho tiro no escuro.
Hoje a minha amiga não tem mais dúvida. Celebra a vida que ela criou pra ela mesma lá na terra da rainha, onde eu mesma descobri tanto sobre minha própria realeza. Ironicamente – e também assim como eu – ela aprendeu que é preciso (e vai querer) muitas vezes uma certa distancia do ninho. Aprendeu que nem todo amor arrebatador é amor pra vida inteira. Que os amigos, aqueles de verdade, podem até estar longe, mas nunca distantes. Hoje ela chama o antigo exílio de lar, e adora pegar um avião rumo ao desconhecido. Outras, como eu, e como ela, fizeram o mesmo. Todas entenderam que era preciso ir embora.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você pra seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua pegada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre deste mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversario, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudades de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te mandando esse áudio”; ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe não vai dar certo. Vá embora “da galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quanto voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesmas como elas realmente são – do tamanho de formigas.
Nunca brigue com ti mesmo,e sempre um começo para brigar com tudo . Tentar- se abortar do mundo , e o primeiro passo de um questionamento assumido que todos os seus valores viraram apenas lixo.Valores , não são palavras , valores , e caminhar sem medo , levando consigo um só sentimento..." eu sei que vou me amar,por toda a minha vida " só assim , sentiras que tudo no mundo ,tudo na vida e uma grande dança de cadeira , você pode ate mesmo se perguntar ,..Deus existe? Eu não vou poder te responder,pois o Deus que existe em mim , só existe , por que deixei ele conduzir a minha vida.Mas pode ter a certeza que Deus ama todos os seus filhos e não nos trouxe ao mundo para nos ver sofrer, o sofrimento e um estagio, e lembre-se ,para nos torna grandes ,seja como profissional , na fé ,temos que passar por todos os estagio da vida , arranque de dentro de você amargas lembranças, entregue a Deus,siga o seu caminho e seja feliz, jamais esqueça,Deus quer você sorrindo.
Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias.
Esbarrei com um sonho
Desencantado e choroso
De um metro e quarenta
Pele preta
Cabelos desgrenhados
Corpo magro
Roupas rasgadas
Sujo feito o asfalto
A sujeira do vento
A calçada em que morava
Feito um cão abandonado
Perdeu o caminhão da mudança
Seus pais o deixaram
Quando ainda era uma criança
Sentia fome
Sentia sede
Mas nada disso importava
Sentia saudades
De quem nem mais se lembrava
Apesar da tristeza abafada
Sorridente
Insistia em mostrar os poucos dentes
Feito um Pivete
Corria pelas ruas
Batia sua bola
Um coco seco
Feito uma vida que pulsa
Cantava mesmo sem motivos
Gritando pra quem passasse
“Sou Feliz”
Em seus ombros um caixote
Engraxava alguns sapatos
Ganhava algum trocado
Se alimentava de pouco
O necessário
Era o preço do abandono
Como se tivesse escolhido
Nascer
- Pivete, o que você quer ser quando crescer?
- Tio, se eu crescer... Quero ser vivo.
- Tem medo de morrer, Pivete?
- Tio, por aqui os sonhos custam caro, e a minha vida vale pouco.
Nem todo garoto foi esperto.
Nem toda criança teve estrutura.
Nem todo mundo nasceu virado pra lua.
Queria ter sido apresentado pra outra vida,
mas a minha foi dura.
Desestimulado desde Pirralho,
não me dava bem na escola.
- “Vai acabar sendo palhaço”.
Era o conselho que a Diretora me dava.
Acabei ficando revoltado!
Com o currículo nas mãos fui correr atrás,
cai no mundão.
Todas as empresas de Telemarketing sabiam o meu nome.
As redes de fast-food então,
até meu codinome.
Queria ter sido Martin,
Malcolm X,
mas de King,
só me restou o Burger!
Não que fosse degradante,
mas não aguentava mais ser humilhado
por um bando de burguês que nunca tinha trabalhado.
Tá fácil!
Ser branco,
e não ser operário.
Não fazer parte da classe que só sai no noticiário!
Acha que é normal:
- Só ter preto algemado?
Isso deve ser o seu racismo te deixando embriagado.
Infelizmente foi isso aí.
Desde criança desacreditado.
Que eu não podia muito mais do que alguns centavos.
E que eu tinha que ficar contente,
de ter um emprego,
e de sorrir,
mostrar os dentes.
Era o que esperavam da gente,
dos favelados.
Pois é assim que a gente é mostrado na novela.
Que na favela tá todo mundo contente,
que não existe tristeza,
mas não olham de perto a história da gente!
127 anos de escravidão,
e a gente continua sendo escravo, irmão.
Apenas a colocação mudou,
agora é diferente,
carteira assinada,
senzala da mente.
Estamos fadados,
e cansados.
Revoltados!
E aí tenta culpar,
o menor que desacreditado começou a traficar.
Já foi ver os benefícios da empresa do crime?
Aposto que ficaria tentando...
Se tivesse tido a mesma vida que eu tive.
Eu sei, eu sei...
Não é todo mundo que aceita.
Mas se todo mundo fosse igual, irmão.
A gente tava bem,
ou não.
Eu sei é da minha realidade,
sai porta afora do shopping,
não tinha mais vontade.
Daqui 20 anos talvez eu fizesse uma faculdade,
ou fosse nomeado gerente.
São 20 anos de esperança,
e a gente cansa.
Lá na Boca a felicidade é muito menos latente.
Pode me chamar de fraco,
eu não ligo.
Porque quando olho pra história da minha vida,
eu justifico.
Não fui ensinado a esperar,
muito menos a acreditar,
até porque...
O que mais podiam me oferecer?
Eu tinha que aceitar, né, não?
Que nem todo pobre é ladrão,
então aceita sua condição,
tem arroz,
feijão?
Então fica feliz, meu irmão.
Porque é isso que a gente merece.
SER LIMPINHO E NÃO PASSAR FOME.
Porque só rico pode desejar.
A gente tem que acreditar numa tal:
meritroc
meri,
me...
cracia...
- Deixa pra lá.
Não consigo imaginar, me emociono em pensar
Que o teu amor, por mim alcançou
Me justificou e naquela cruz meu pecado ficou
O aguilhão se quebrou e o véu se rasgou
Por tua causa, ó Senhor, mais uma vez posso sorrir
E eu corro, corro para o alvo, pois tu me esperas
E nem o vento, as tempestades e as feras
Podem mudar a esperada primavera
Possuo a chave, que a muito eu conquistei
Querem tomar ela de mim, mas a ti eu clamei
Que me persigam! Jamais fraquejarei
Pois eu amo, então há quem eu temerei?
Sinto meus pés sendo puxados
Mas tuas mãos me livram do carrasco
Tentem, tentem, mas já está prometida
A minha salvação já é garantida!
Tu és comigo
E em ti eu prossigo...
PARA O ALVO!
Somos feitos de saudades do que deixou de acontecer.
Somos lembranças das promessas não cumpridas. Somos uma palavra inventada e arquivada para dizer no momento oportuno que ainda esperamos. Somos o enfrentamento do silêncio que alucina o nosso desejo de felicidade.
Somos qualquer tolice afetiva que não encontra tradução. Somos sobretudo o desejo de esquecer o que não foi ofertado. Somos até amor.
"" Decifra-me
Decifra-me com teu olhar
Decifra-me com teu toque
Decifra-me com teus lábios
Decifra-me na minha lúcida loucura
Decifra-me na incerteza de ser ou não ser
Decifra-me e nem minhas trevas te serão escuras
Decifra-me em meus versos
Decifra-me e serás meu universo
Decifra-me
E serei tua
Maria...""
Quero alguém só pra mim, pro meu mundo.
Quero alguém por inteiro...
Quero sentir que no cheiro também há o meu.
Que na saliva há meu gosto...
Na pele meu suor..
Quero a toda hora ... mas respeitando as diferenças...
Quero os sorrisos, e enxugar as lagrimas...
Quero dar colo quando estiver com medo
Quero o respeito quando o medo for meu...
Mesmo o de perder...
Mas haverá também a compreensão...
Não quero metade sua, nem metade minha.
Quero que sejamos um só!
E quero, mesmo que seja estranho...
Quero...
Sem invadir territórios...
Sem causar dor...
Quero o amor
Inteiro
Arteiro...
Verdadeiro...
És meu poema inacabado
decifro-me em versos
e declaro meus sentimentos
Disfarço minhas magoas
nas fantasias
mesmo perdida sou poesia.
Choro a beleza do encanto
do ser amado
que entre linhas dos teus
versos
se fez em prantos
amargando tristeza
neste universo onde mora a
saudade.
Do medo descoberto que
aumenta o prazer
que consome a fissura e
efetiva o desejo
Que me joga em seus braços
no flutuar das emoções da
explosão deste amor.
