Texto de Amor Ensinamentos de Vida
DE NOVO...
Ednaide Gomes de Paiva
Mais uma vez estou no meu deserto,
Mais uma vez estou perdida,
Volta e meia entro nessa escuridão,
Qual razão? O que me atrai?
Estou falecendo,
Aos poucos não restará nada,
Vou ter que ficar em vão.
Não quero mais a beleza,
Não quero a juventude,
Não quero ser independente,
Inteligente... Quero só ser gente.
Grito e ninguém escuta,
Não consigo fazer ler meu ser,
Algo forte demais abate-me,
O que há de errado? O que fiz?
O ar que respiro falte-me,
A dor persiste.
E como pequenas gotas de água,
Vai secando o meu mar...
Estou a me afogar,
Asfixiando-me na profunda tristeza.
Pedir socorro, levantar do chão,
Sorrir, recomeçar...
Tudo de novo... Não dar!
Assim... Só me resta chorar.
Medo de Amar
Petrópolis
O céu está parado, não conta nenhum segredo
A estrada está parada, não leva a nenhum lugar
A areia do tempo escorre de entre meus dedos
Ai que medo de amar!
O sol põe em relevo todas as coisas que não pensam
Entre elas e eu, que imenso abismo secular...
As pessoas passam, não ouvem os gritos do meu silêncio
Ai que medo de amar!
Uma mulher me olha, em seu olhar há tanto enlevo
Tanta promessa de amor, tanto carinho para dar
Eu me ponho a soluçar por dentro, meu rosto está seco
Ai que medo de amar!
Dão-me uma rosa, aspiro fundo em seu recesso
E parto a cantar canções, sou um patético jogral
Mas viver me dói tanto! e eu hesito, estremeço...
Ai que medo de amar!
E assim me encontro: entro em crepúsculo, entardeço
Sou como a última sombra se estendendo sobre o mar
Ah, amor, meu tormento!... como por ti padeço...
Ai que medo de amar!
Olá! Passando para confirmar o desejo de um Natal iluminado para você e os seus, e que o espírito natalino esteja sempre presente no seu lar.
Quanto a esta reles mortal, saiba que continuo com a mesma consideração de antes... rss por isso, "Não precisa mudar", da Ivete Sangalo, continua sendo uma sugestão. Adoro essa música... assim como quem ela me faz lembrar. Beijos.
IMPOTÊNCIA
Eu odeio quando sinto essa sensação
de estar vivendo num pesadelo sem estar dormindo
que a vida parece mais real do que já é
que o gosto dessa realidade não é nada refrescante e agradável
Eu odeio quando sinto isso
esse tormento,esse pecado que quer me derrubar e me fazer sentir mais impuro do que já me sinto
mais impotente..
isso em atormenta
Eu que amo heróis,sou incapaz de muitas coisas,
inclusive de encarar o meu própio destino
Heróis não existem?
vivo na escuridão desse sonho
estou com medo dessas sensações
tudo de novo !
Eu que acredito guiar as pessoas para o caminho do bem,
sou impotente nessa batalha
não posso fazer nada,
apenas assistir as pessoas se matarem,
enquanto eu agonizo de impotência
Término:perto das duas da manhã
Ao Doce Ângelo:
"Jamais haverá um tempo semelhante a este...
...as nossas canções jamais soarão tão lindas como agora...
...nossos olhos jamais brilharão com a mesma intensidade do hoje! do agora!
...nosso sorriso largo jamais transmitirá tanta ternura um pelo outro como agora!
...Apenas o brilho das estrelas vistas do meu quintal e que um dia quis lhe mostrar...continuarão a brilhar sem sombra de variação...
Em um Julho encantado de 2014
O sol se poe no horizonte,
entristece-me saber que ele se vai,
ainda assim, contemplo seu ocaso meu companheiro.
Sei que agora, a escuridão da noite
me fará companhia.
Sinto seu temível galopar se aproximando,
Contudo, com ela espero a lua a me iluminar,
Agora somente esta ira me acompanhar
nesta longa e soturna espera,
talvez queira me ouvir e, eu introspecto não queira falar:
Pode ser que ela queira me entender,
mas como entender se eu talvez não queira explicar!!!
O amor acabou se afastando, tenho essa culpa toda pra mim
Saber disso é uma lástima
Agora quem me faz companhia é a escuridão da noite e, claro....a solidão...
Ventos me sopram num destino bem certo
Finalmente, pensa ele
Que a muito vem me guiando por caminhos tortuosos
Mas agora eu vejo que todas as direções sempre tem um fim
Fim esse que veio, tão belo e negro...como os lindos cabelos de uma moça
Tão frio e macio, como o rosto que esbanja seus labios perfeitos
Tão esperto e delicado, como a mente de um anjo
E tão vivo...quanto uma manha de primavera, que valeu a pena esperar
Não quero entender, não desejo parar e não quero que você vá
Sua imagem vou sempre levar... assim como o brilho no seu olhar
Hoje nasce um novo dia... não pretendo acordar
Afinal, nesses sonhos eu sempre serei o que você quiser que eu seja...
[...] E somos todos iguais, a unica diferença é que termos rosto diferentes . Mas todos temos mãos,braços,pernas, personalidades diferentes entre outras coisas.
Mas todos quando partimos iremos para o mesmo lugar que é de baixo da terra. Ninguém é exatamente perfeito. Acredito que uma formiga tem mas chances de vida do que nós seres humanos
pois a qualquer momento algo pode nos abalar,somos tão pequenos e nem notamos como somos tão frágeis.
Tem gente que não entende que o macho, quando é bem macho, nem que o mundo venha abaixo não dispara e não se rende.
Essa é a gente que se ofende com o meu ar de liberdade e por inveja, e maldade das suas mentes macabra batizam de boca braba quem tem personalidade.
Me chamam de boca braba, não sabem me analisar de gênio eu sou uma cachaça, mas de alma um guaraná. Só não me péla com a unha quem pretende me pelar e depois que eu fico brabo não adianta me adular.
Me chamam de boca braba, mas eu nem brabo não fico, não desfaço quem é pobre nem adulo quem é rico. Quando eu gosto, eu elogio, quando eu não gosto, eu critico e onde tem galo cantando eu vou lá e quebro-lhe o bico.
O meu jeito? Ah, o meu jeito, conforme tenho dito pra uns é muito bonito, pra outros é meu defeito mas talvez seja o meu jeito.
Me chamam de boca braba essa gente tá enganada, eu tenho é boca de homem e tenho opinião formada. Sei qual é a boca que explora, sei qual é a boca explorada... E é melhor ser boca braba, que não ter boca pra nada!
(...) E assim eu sou.
Não gosto de andar em círculos, passando sempre pelo mesmo território e voltando para os mesmos problemas, as mesmas frustrações, os mesmos erros e mesmas limitações. Não quero me tornar calejada, endurecida de coração, amarga, implacável e ansiosa, impaciente, desesperada e indócil. Não quero acabar tendo uma atitude negativa diante da vida. Quero romper qualquer círculo vicioso de derrotismo, de padrões de comportamento e hábitos, e ser capaz de ir além de mim mesma, minhas limitações e condições. Quero ser mais que uma sobrevivente. Não quero ser só fechada, sem conteúdo. Só perfeição, sem nenhum amor. Só julgamento, sem misericórdia. Só autoconfiança, sem nenhuma humildade. Só palavras, e nenhuma lágrima. Só vida, sem poder e sem consentimento, e nenhuma esperança de verdadeira transformação. E, sem transformação, como posso algum dia ultrapassar minhas limitações e ser instrumento de Deus para alcançar o mundo ao meu redor? E é isso que significa viver de verdade! Quero ser vencedora! Quero estar ligada àquilo que Deus está fazendo aqui na Terra de forma a dar frutos ao Seu reino. Quero abundância de amor e bênçãos de Deus. Quero o pacote completo! Tudo o que Deus tem para mim. No entanto, e apesar de tudo, tenho consciência de que jamais serei capaz de alcançar essa qualidade de vida fora do poder dEle, e só conseguirei se orar muito!
Barrow-on-Furness
I
Sou vil, sou reles, como toda a gente
Não tenho ideais, mas não os tem ninguém.
Quem diz que os tem é como eu, mas mente.
Quem diz que busca é porque não os tem.
É com a imaginação que eu amo o bem.
Meu baixo ser porém não mo consente.
Passo, fantasma do meu ser presente,
Ébrio, por intervalos, de um Além.
Como todos não creio no que creio.
Talvez possa morrer por esse ideal.
Mas, enquanto não morro, falo c leio.
Justificar-me? Sou quem todos são...
Modificar-me? Para meu igual?...
— Acaba lá com isso, ó coração!
II
Deuses, forças, almas de ciência ou fé,
Eh! Tanta explicação que nada explica!
Estou sentado no cais, numa barrica,
E não compreendo mais do que de pé.
Por que o havia de compreender?
Pois sim, mas também por que o não havia?
Águia do rio, correndo suja e fria,
Eu passo como tu, sem mais valer...
Ó universo, novelo emaranhado,
Que paciência de dedos de quem pensa
Em outras cousa te põe separado?
Deixa de ser novelo o que nos fica...
A que brincar? Ao amor?, à indif'rença?
Por mim, só me levanto da barrica.
III
Corre, raio de rio, e leva ao mar
A minha indiferença subjetiva!
Qual "leva ao mar"! Tua presença esquiva
Que tem comigo e com o meu pensar?
Lesma de sorte! Vivo a cavalgar
A sombra de um jumento. A vida viva
Vive a dar nomes ao que não se ativa,
Morre a pôr etiquetas ao grande ar...
Escancarado Furness, mais três dias
Te, aturarei, pobre engenheiro preso
A sucessibilíssimas vistorias...
Depois, ir-me-ei embora, eu e o desprezo
(E tu irás do mesmo modo que ias),
Qualquer, na gare, de cigarro aceso...
IV
Conclusão a sucata! ... Fiz o cálculo,
Saiu-me certo, fui elogiado...
Meu coração é um enorme estrado
Onde se expõe um pequeno animálculo
A microscópio de desilusões
Findei, prolixo nas minúcias fúteis...
Minhas conclusões Dráticas, inúteis...
Minhas conclusões teóricas, confusões...
Que teorias há para quem sente
o cérebro quebrar-se, como um dente
Dum pente de mendigo que emigrou?
Fecho o caderno dos apontamentos
E faço riscos moles e cinzentos
Nas costas do envelope do que sou ...
V
Há quanto tempo, Portugal, há quanto
Vivemos separados! Ah, mas a alma,
Esta alma incerta, nunca forte ou calma,
Não se distrai de ti, nem bem nem tanto.
Sonho, histérico oculto, um vão recanto...
O rio Furness, que é o que aqui banha,
Só ironicamente me acompanha,
Que estou parado e ele correndo tanto ...
Tanto? Sim, tanto relativamente...
Arre, acabemos com as distinções,
As subtilezas, o interstício, o entre,
A metafísica das sensações —
Acabemos com isto e tudo mais ...
Ah, que ânsia humana de ser rio ou cais!
APOSTILA (11-4-1928)
Aproveitar o tempo!
Mas o que é o tempo, que eu o aproveite?
Aproveitar o tempo!
Nenhum dia sem linha...
O trabalho honesto e superior...
O trabalho à Virgílio, à Mílton...
Mas é tão difícil ser honesto ou superior!
É tão pouco provável ser Milton ou ser Virgílio!
Aproveitar o tempo!
Tirar da alma os bocados precisos - nem mais nem menos -
Para com eles juntar os cubos ajustados
Que fazem gravuras certas na história
(E estão certas também do lado de baixo que se não vê)...
Pôr as sensações em castelo de cartas, pobre China dos serões,
E os pensamentos em dominó, igual contra igual,
E a vontade em carambola difícil.
Imagens de jogos ou de paciências ou de passatempos -
Imagens da vida, imagens das vidas. Imagens da Vida.
Verbalismo...
Sim, verbalismo...
Aproveitar o tempo!
Não ter um minuto que o exame de consciência desconheça...
Não ter um acto indefinido nem factício...
Não ter um movimento desconforme com propósitos...
Boas maneiras da alma...
Elegância de persistir...
Aproveitar o tempo!
Meu coração está cansado como mendigo verdadeiro.
Meu cérebro está pronto como um fardo posto ao canto.
Meu canto (verbalismo!) está tal como está e é triste.
Aproveitar o tempo!
Desde que comecei a escrever passaram cinco minutos.
Aproveitei-os ou não?
Se não sei se os aproveitei, que saberei de outros minutos?!
(Passageira que viajaras tantas vezes no mesmo compartimento comigo
No comboio suburbano,
Chegaste a interessar-te por mim?
Aproveitei o tempo olhando para ti?
Qual foi o ritmo do nosso sossego no comboio andante?
Qual foi o entendimento que não chegámos a ter?
Qual foi a vida que houve nisto? Que foi isto a vida?)
Aproveitar o tempo!
Ah, deixem-me não aproveitar nada!
Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!...
Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
O pião do garoto, que vai a parar,
E oscila, no mesmo movimento que o da alma,
E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.
Pessoa que muda seu estado emocional conforme as companias, pode-se saber que é indeciso no que pensa e no que age, pois apenas estará criando situações comoventes para que seja percebido e receba atenção.
Pessoas que estão felizes não quer somente compartilhar com uma pessoa mais com todas, os que estão tristes compartilhão somente com amigos não com qualquer um, os que estão bravos não prescisam compartilhar com ninguém a não ser que o motivo esteja ali... emfim. Há pessoas que são capazes de fingir interesses, fingir atitudes, fingir até sentimentos, tudo afim de conquistar a atenção da pessoa, pena deles é que existem outros que conseguem enxergar tudo e também "fingem" acreditar nas palavras e atitudes.Bobo é quem pensa estar enganando, esperto
é aquele que finge ser enganado.
“Simplesmente Mestre Chico”
Falar de Chico Xavier, é ir de encontro com além, assisti ao filme que retratava a vida dele. De fato existem questionamentos que devem ser levados em conta, mas cientificamente a fé é algo que jamais a ciência vai poder explicar, não sei de fato qual é minha missão neste mundo sé e que existem outros mundos, mas o certo que a caridade é essencial para compreendermos o outro, assim como Emanuel, Jesus Cristo, Buda, entre tantos outros, devemos esta sempre aberta aos novos conceitos que de fato traga luz para os outros, afinal sem fé é impossível o ser humano se evoluir como gente e pessoa, o maior de todos os mandamentos estar prescrito no sentido de amarmos o nosso próximo, este é, e será sempre o desafio da raça humana, em compreender o seu próximo, o ir de encontro, consigo mesmo, o mundo só será melhor, quando um dia deixarmos para traz todo nosso egoísmo,egocentrismos, todos os ismos de nossas vidas que nos atrapalhar em sermos de fato o que Grande Arquiteto do Universo projetou sua imagem e semelhança por isto viva a vida e sejamos felizes com o que somos e com que queremos ser.
A que talento alimentado de lágrimas viremos nós ainda a dever a mais comovedora das elegias, a pintura dos tormentos sofridos em silêncio pelas almas cujas raízes ainda tenras só encontram duros abrolhos no solo doméstico, cujas primeiras florescências são dilaceradas por mãos hostis, cujas flores são queimadas pela geada no momento em que desabrocham? Que poeta nos dirá as dores da criança cujos lábios sugam um seio amargo, e cujos sorrisos são reprimidos pelo fogo devorador de um olhar severo? A ficção que representasse esses pobres corações oprimidos pelos entes colocados a seu lado para favorecerem os progressos da sua sensibilidade, seria a verdadeira história da minha mocidade.
(O Lírio do Vale)
SETE PASSOS PARA DEUS
01)-Não tenha vergonha da sua fé.
02)-Possua uma poderosíssima esperança.
03)-Saiba viver em qualquer circunstância.
04)-Glorifique a Deus, mesmo atravessando dificuldades.
05)-Que nada o separe de Deus.
06)-Viva para Deus sempre.
07)-Seja mais que um vencedor, vença a si mesmo.
VOCÊ JA SE PERGUNTOU PORQUE CRIAMOS DEUSES E FANTASIAS, MITOS? PORQUE TEMEMOS A MORTE?
Nos primórdios da existencia humana, eramos obrigados a enfrentar a crueldade, a morte e a fria realidade da natureza de frente, não havia supermercados, geladeiras, enlatados, conforto, eramos obrigados a lutar com animais mais fortes e ágeis, nossos companheiros de batalha eram mortos sem piedade na frente dos nossos olhos, a morte, medo e sofrimento era companheira diária, mas em troca, eramos mais fortes, não havia espaço para ilusões, fantasias, amigos imaginários, sabiamos que a natureza era cruel, não havia como inventar um deus pai protetor, conheciamos a realidade da maneira mais cruel, mas com o passar dos tempos, com a evolução mental aliada a capacidade de raciocinar, começamos a domesticar animais, cultivar lavouras e plantações, criamos o comércio, ferramentas, tudo ficou mais fácil, nos distanciamos da realidade, e como consequência nos tornamos "fracos" escravos de nossa própria inteligência, começamos a criar mitos, deuses, fantasias pra preencher o vazio de estar longe da realidade da natureza, hoje tememos a morte pois não convivemos com ela, somos considerados evoluídos, mas somente em alguns quesitos, em outros somos mais ignoranteS que os animais selvagens, somos a única espécie que oramos pra amigos imaginários, adoramos estátuas, consideramos as pessoas em pecador e não pecador, julgamos o próximo pela sua crença, pelos seus atos, somos a única espécie preconceituosa e materialista, e sem querer exagerar, chegamos a um ponto onde até uma vaca pode nos considerar "ridiculos
OS PÍNCAROS DO ABISMO
Ao sucumbir ao sono,
Perco-me na viagem
Á espiral de dimensões intoleradas, insones:
Lá,
Digladio-me com antigos demônios
Que, até então,
Pensava pairar sobre o céu
Do crepúsculo dos íntimos infortúnios hediondos.
No entanto,
Pungentemente,
Descubro que,
Em mim,
Eles jazem,
Latentes, silente
E continuamente diurnos:
Esperando pachorrentamente
O átimo conciso
Para que me induzam
A ir á sua arena do sodômico
Feitiço.
Porém,
Para meu próprio espanto,
Suplanto-os a todos os meus endógenos inimigos indômitos:
Contemplo-lhes impávida e destrutivamente
O fundo dos olhos que destilam
O veneno pérfido da naja
--- Mortífera! Mortífera! ---
E com o êxito,
Uma sucessão
De vagalhões de êxtase
Acomete-me e me transmuda
Em altaneiro arvoredo,
Tsunami de néons, orvalhos
E perpétuas neves do nirvana
Fazendo aflorar-me
Na soturna face
A quietude, a fleuma,
O saber caminhar e atravessar a difícil embocadura
Que não me deixa cair no abismo do ermo
E me leva direto ao lendário reino
Onde mora a benfazeja sabedoria de Buda.
Ah, não mais que subitamente,
Acordo deitado no chão da varanda
E debruço meu olhar sobre o sol
Além das nuvens guarnecendo o céu,
Além da cadente chuva:
Aí, deslindo o segredo
Para me manter imune
Ao inexorável poder
Da sua chama voraz
A arder frações opulentas da vida
Em molde de onipotentes rochedos
Á natureza da indissoluta sílica.
Posso drapejar sem comedimento,
Mas sinto ânsias de remorso
Por estar sobre o senhor dos píncaros
Da infinita felicidade insubmissa, arredia;
Enquanto a maciça maioria
Fica ao jugo do malsão sabor
Do interminável oceano de esquizofrenia,
Tornando pensantes vidas
Em miserandos chapados, cativos da larica
Da mortuária alegria.
Embora tente contumazmente
Alertá-los, fazê-los,
De todas as maneiras
filhas da poção da dinâmica
Da dialética lógica, sempre perfeita,
Enxergar a emancipadora centelha,
Eles, enleados nas malhas
Do engenhoso sortilégio maléfico,
Confinam a sua visão em lentes
Herméticas do desdém.
Afinal,
Sob o efeito desta tétrica epifania,
Decido voltar á arena
Do malévolo feitiço
A fim de me entregar,
Espontaneamente,
A meus dianhos,
Eternamente famintos:
Loucos para devorar-me
A suculenta ruína do idealismo.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
ESPERANÇA.
Abra as janelas,
Puxe as cortinas,
Veja o que há,
Por trás das retinas,
Reflita quando a lua grita,
Vê que o sol aparece,
Explodindo reações,
Brasas aparecem,
Liberdade,emoções,
Caminhe na praia,
Escreva na areia,
Diga não às amarguras profundas,
Não deixe passar despercebido,
Um dia de sol,um dia de chuva,
Uma noite de luar e estrelas,
Ou uma noite vazia e fria,
Deixa o sol nascer,
Deixa o sol entrar,
Não morra assim,
Como num dia triste.
Enredos do Meu Povo Simples
Lendo os enredos
Do meu povo que é tão simples
Ouvindo histórias
E seus nobres contadores
Eu vejo estradas construídas
Na minh'alma
Por onde passa o mundo inteiro por ali
São retirantes, seresteiros, viandantes
E cada qual com sua história pra contar
Eu abro as portas
Da minha alma pra que eles
Nos surpreendam
Com seu jeito de falar
São tradutores
Dos sentimentos do mundo
Bem aventuram
Que não sabe aonde chegar
Constroem pontes de palavras
Pra que volte
Quem está perdido
Sem saber como voltar
São artesãos
Que tecem fios de histórias
Que nos costuram numa mesma direção
Enredos simples, rebordados de violas
Canções antigas pra alegrar o coração
Ê viola violando livre
Viola vibrando triste
Nas cordas do coração
Ê poetas, portões do mundo
Por onde Deus acha o rumo
Pra tocar meu coração
Ê retalhos de vida e morte
Poetas que escrevem forte
A história que somos nós
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