Texto de Amor Ensinamentos de Vida

Cerca de 140240 frases e pensamentos: Texto de Amor Ensinamentos de Vida

⁠Não existe uma maneira certa de amar.

Cada um tem um jeito de amar que nem sempre coincide com o nosso.

Declarações de amor podem esconder mentiras;

Carícias podem esconder malícias.

Não convém usar "parâmetro único de amar" para acreditar ou desacreditar no amor de alguém.

Inserida por I004145959

⁠Poema - És



És qual cantiga de ninar
a um sepulcral descanso;

O sopro frio de inverno
em secas folhas de outono ...


És do jardim da solidão,
pétala, e caíra ...

Assim pálida de adeus,
de abismos esculpida!


És raio de sombra de um sonho
e não se sonha em trevas;

Como descarnado abraço
que o amor desaconchega ...


És aos campos-santos
poesia de epitáfios

Pútrido coração
e deformada paixão não igualo ...


És a beijos de distância
folha a fio levada

Íris cadente alinhada
a luar em febril lábio ...


És das lágrimas mais puras,
desnuda não cairá

Comum brinde de corpos
por tênue sopro de amar! ...


Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Paimon

.

Ó andarilho —
Conquistador
da torre negra!
Senhor bastardo
que Serpenteia
e deus herdeiro
das Areias! —
Sopra a ampulheta
entre os meus olhos
que marca o tempo
de tua estrela:
Vem, anuncia
o aluvião!
Não silencia
a tempestade
que percorrendo
o meu Deserto
é um império
até então! —
Vem, andarilho,
reinar o pó
de minhas mãos —
elas são duas!
Vem, e confunda,
e ruja as mãos
e essas palavras,
elas são tuas!
Vem, andarilho,
veja o teu filho —
e como Dário,
como Alexandre
ou como Ciro
Ouve o meu Verso
entre o alaúde,
o dromedário
e o nosso Exílio! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Pássaros

.

Tenham pena,
suas Asas,
dissecadas
De pancada
debatidas
Por Canção —
se elas partem
meu telhado
se elas caem
Separadas
se elas chovem
Solidão:
Sacrifícios
de silêncio
artifícios
do Deus tempo,
pra tingirem
de tormento
pra escreverem
de vermelho
Na entrelinha
dessas mãos —
tenham pena
suas Asas
Arrancadas
como as minhas
costuradas
Na Canção,
se os meus Versos
são gaiolas
se a Minh'alma
nunca chora
porque a delas
foi embora —
é que as aves
estão mortas
e eu roubei
a Canção! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Gárgula

.

Eu vi um santo
muito feio
Se sentar
aos pés
De uma Cruz —
Se chovia
suas asas
Lhe estendia
como taças
e bebia
água benta
aparada
de Jesus:
Era alado,
tinha um falo
Parecia
ser Diabo,
mas chorava
aos pés
De uma Cruz! —
Tinha garras
tinha presas,
Eram chifres
a tiara
que o adornava
e adorava —
abaixava
a cabeça!
Eu vi um santo,
dava medo:
Vi no topo
de uma igreja
e ele ria
sem sossego,
Com esgar
e incertezas —
Ele ria
quem olhasse
para o trono
das estrelas! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Vodu

.


Dois botões
de um casaco,
duas cores
— O olhar dela —
Seu cabelo
arrancado
de almas mortas,
cheira a terra:
Com seus pontos
de remendo
( sendo pano
Empoeirado )
Seu vestido
nem os ventos —
quem ousou
Soprá-lo?
Maquiada
pelas traças,
Costurada
por aranhas —
É mestiça
é de palha
e também
porcelana!
— Das costelas
dela, um fio
Se soltando
é sombrio:
e vê caindo
das entranhas
tristes ossos
Estridentes,
Recheada
com agulhas
com unhas
E até dentes —
mais assombro
causa o nome
da boneca
De presente! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Montanha

.

O que és
quando a Lua
a teu lado
Se põe Nua
e nublada
tu te escondes
Só — Temendo
a volúpia?
O que és
quando a Noite
por ti passa —
Como pôde
a deixar
no horizonte?
O que és
como as nuvens
entre as fontes
Quando os homens
nunca olham
pras alturas?
O que és
junto as árvores
não conjuras
que declarem
Pelas brumas
deste vale —
bem mais plenas
pela tarde
Quando as sombras
são só uma?
O que és
para o Sol?
De ti nasce,
de teu colo —
Sangra longe
de teus olhos
e só volta
por vê-la
enlutada
entre estrelas!
O que és
para os deuses? —
nem mulher
e nem homem!
Se estás triste
és cachoeira
e os seus corpos
só te acolhem —
Mas se te ergues
até eles,
treme a terra,
Todos fogem! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Gaia

.

Costurei
ó criança,
Em meu ventre
o teu irmão —
Ele chora
tempestades,
ele arranca
tuas árvores
Toca os galhos
como mãos —
quando o vento
lhe balança,
Traz o raio
e o tufão!
Quem o nina,
nina tarde,
tem a morte
por compadre —
tem o abismo
por canção!
Tem no passo
os nevoeiros,
treme a terra
treme os lagos —
tem os rastos
desordeiros
Como rastos
de vulcão!
Também olha
como as vespas,
come as flores —
boca seca,
Depois bebe
do trovão:
Ele inunda
quando impera,
ele chove,
Desespera —
e faz guerra
por paixão! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Cramulhão

.

Eu vi um homem
empalhando
o Diabo —
Sangrou um bode,
deu lhe o casco
Serrou os chifres
coroados —
Costurou asas
de morcego,
Deu lhe as unhas,
deu lhe pêlo,
Deu focinhos
perfurados,
Deu lhe as barbas
por cabresto —
E da crista
de dois galos
fez lhe o rabo
mais vermelho!
De um de briga,
degolado
Tirou lhe olhos
e esporões —
Seus três pés
espetados
bem servidos
de aguilhões —
Um bastardo,
só bastando
Dar lhe a língua
de nações! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Senhor Escuro

.

O canto
das sombras
é meu —
Atrás
da Cruz
Capaz
de Deus —
Componho
o sonho
e a estrela,
A noite
é minha
e sempre
é negra —
Sou feito
clareiras
de lua,
Um verbo
obscuro
e o muro
às nuas,
Sou as mãos
de árvore
na fresta
— Tremendo
a chama
das velas!
Nem mesmo
a luz
— Ciúme
o dela —
Sem mim
ousou
seguir
as trevas! ( ... )

- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Ensaios de uma Rosa e um Cadáver

.

Profundezas
ferrugíneas —
Nosso leito
conjugal,
Que perfumes
não declina —
Só os une
a odor mau! ( ... )

"Pouco importa
minha sina,
Estou morta
e o vermelho
É o sangue
de teus dedos —
só ferindo
meus espinhos" ( ... )

Teu caminho
de tristezas —
Teu desprezo
me venerem
Se uma lágrima
não caiu —
Se uma lágrima
há que reste —
Se por ti
sou outras mil! ( ... )


"Pouco importa
o teu amor
Contrapor —
ser meu fim,
Sou flor murcha
e ainda flor —
Entre vermes
e cupins!" ( ... )

Meu caixão
sendo adubo,
Serei teu
jardim de ossos —
E um casulo
só de moscas
Selaria
beijos nossos! ( ... )

"Há lá fora
tantos anjos,
Todos pálidos
e sem súplica —
Só reinando
a irmã morte —
Tem por trono
covas fundas!" ( ... )

Pois de inferno
farei céu —
Teus espinhos
a cercando —
Serão vasos
de caveira
E mais lindo
teu descanso! ( ... )


"Ouço um sino
badalar"

— É a igreja!

"Pouco importa"

— Silencia
tua voz

"Todos nós"

— E então chora? ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Zéfiro

.


Com galhos

e janelas

se tocando

ele cessa.

Com a sombra

na parede

Pelo fio

do alfinete,

ele cessa.

Entre as teias

e o telhado

— as aranhas,

o terraço —

ele cessa.

Segue a chuva

pela fresta,

toca a pele

bem mais frio.

Ele cessa

o arrepio

Ele cessa

meu silêncio —

Só não cessa,

triste folha,

teus caminhos

pelo vento! ( ... )



- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Oráculo

.

São rosas de gelo
cada um de teus beijos,
És a tempestade
que assombra os outeiros
Com as folhas que caem
ouço os teus lamentos,
Fui o vendaval
quem os afugento!
Quem persigo as noites
rangendo as janelas
"Sê rios de sangue,
sou chamas de vela ...
Quem por eras e eras
eras o arrepio
És o quarto escuro
e eu em ti silencio
Eu, simples telhado,
fostes minha chuva
Nunca foram lágrimas,
era a espera tua! ...
Campos neblinosos,
de amor nuvens negras
E o amor, flor dos olhos,
'úmido de estrelas!
Sou hoje a madrugada
serei os teus fantasmas
e até o anjo negro:
Tudo serei, amada,
amando em segredo! ...


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Mulambo

.

Lua tão linda
o que ilumina?
O que ilumina
junto às velas?
Quem será ela
vestindo a treva?
Quem será ela
a lady andarilha,
bruxa perversa?
E será dança
ou será trilha
o que seu passo
nunca revela?
Que é a noite
senão uma saia?
O que são rosas
se anda descalça?
Trapos de linho
manchas de vinho
suas pegadas
Domínios seus
são por onde ando
sombras que avisto
seda que visto
e ela Mulambo
Desde a sarjeta
à silhueta —
É meretriz
será donzela!
Por tantas bocas
feita bitucas
A tantas línguas
que, amor, iluda
nenhuma soube
de seu mistério,
Deixo a critério:
"quem será ela?" ...


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Sete

.

Ela espalha
sete passos
pela sala:
Sete danças
Sete Saias
para cada
Os seus olhos
são feitiços
Os seus lábios
duas taças
Ela chove
pelos cantos
Sete flores
são seu pranto
Se sorri
Sorri estrelas
( Estou escuro
de vê-las! )
Sete vezes
me chamou
Sete vezes
me calei
Para ouvir
sua voz
Sete amores
decifrei
Fui encruza,
cemitério
Alma errante,
bode velho
Fui a gira
e a canção
Dos humores
que a cercam
( Divisores
da paixão )
Se as cortinas
anoitecem
Seu mistério
me confina
Se andarilha
segue os ventos
Eu respiro
seus amores:
Suas dores
meus delírios
( Bem versados
de magia! )
Pela pele
seus suspiros
E a palavra:
"Pombagira!" ...


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - A quatro paredes negras

.

Oh meu telhado!
O quanto geme
de ventanias
o meu telhado?
Minhas paredes
hoje mais frias
que a chuva fria
quem as deteve?
Minha janela,
por quem rangias
por que te abrias
a noite e trevas?
E a minha cama?
Sozinha dorme
nua dos corpos
dos que se amam!
Diz, madrugada,
cada fantasma
é no silêncio
em que se guarda?
Sou solidão
quarto vazio
porta trancada! ...


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Minha elegia

.


Emudecida
pelos meus dedos
como me sinto,
não mais escrevo —
Sou dominada
pelas palavras
cheias de medo:
Minhas mãos tremem —
tocam a folha
como o meu espelho,
rabiscam a alma
que não desejo:
Minhas mãos mentem,
mentem pra mim
tudo o que leio —
mentem meu nome,
o meu silêncio,
Mentem meus olhos,
os meus tormentos:
Minhas mãos sentem,
minhas mãos sabem,
sabem que mentem
( Falam de mim
como mão estranha —
tão monstruosas
quanto as mãos frias
nos pés da cama )
Falam de mim
como vizinhas
divorciadas
da solidão,
ainda sozinhas —
Falam de mim
com as palavras
esquartejadas
de quem Canta
a própria história,
de quem Conta
as próprias mágoas:
Minhas mãos tolas —
Elas acham
que ainda acredito
que os meus fantasmas
São esses, Escritos
Esses seus versos
de meus "Achados",
nunca perdidos! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Asmodeu'

.

Em Sodoma
há um Rei —
Três coroas
de Gomorra
sobre o alado
de uma roupa
Ostentadas
pelo Rei!
Cospe fogo
de uma boca,
Seu dragão
entre as outras —
Assim é
o seu Rei:
Em Gomorra
há um Rei —
Dois calçados
de Sodoma
pés cobertos
com a escama
e as peles
de outro Rei! —
Ele corta
o inimigo
e as cabeças
de seus filhos
Só usando
da ciência
dos saberes
do destino
e a distância
dos mil Sóis:
Esse rei
é perverso
Com as artes
que corrói! —
Tem na palma
o universo
que ele forja
fúria e ferro
tanto o quanto
pesa em ouro!
Usa a lança
como escora
nadadeiras
Tem por fora
de onde contem
Seu tesouro —
e donde eu ouço
Feros feitos
que ele ensina
Como somem! —
das mulheres
tira o feto,
Come os restos
de seus homens! ( ... )


- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Nergal

.

Ruje, oriente!
Quem as sementes
frias de Nero
Sequer poupou! —
Quem vocifero
como as cabeças
dos próprios corpos
que separou! —
e eis o evangelho
Escrevendo ossos
pro meu Senhor:
São gloriosas
as pestes, rastos
de tua espera —
Quem contou do homem
que bebeu o rio
sedento que era?
Quem contou do homem
sangrando o outro homem
fazendo rios
Cheios de guerra?
Ele disse antes
Serem de sangue,
as mesmas águas,
O mesmo rio?
Sol de Meslam!
Quem sorriu
para as estrelas
que fulgiam
aos teus pés?
Quem contou do homem
como Meslam
Cruzando abismos,
Sem seu revés?
Quem conjurou
próprios demônios
que cercam Ela —
Ereshkigal?
Quem rugiu —
Leão abismal —
que até de Enlil
Cessou-se o sopro? —
Quem contou do homem
como Nergal? ( ... )


Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

⁠Poema - Abraxas

.

Eu Catei,
Catei os dias
Eu Cantei,
contei os dias
como um Galo
do amanhã:
Sou a manhã
sem irmãs!
Meus caminhos
de Serpente
percorri
Sós, e Enfrente —
vá em frente,
Sê Capaz!
( Ou nem tente,
eu nem Sempre
Estarei
de ti atrás! )
Seus temores —
quando mentem —
meu veneno
Lhes compraz!
Como eu nunca
tive a sorte
de me Amar
Amei a morte
e aprendi:
Sou o Diabo
na Criança —
não abro mão
da Esperança
de fugir!
Também rios
Inimigos
Minhas águas
São os Sentidos
do porvir —
Eu passeio
entre os mundos
e entre sangues
vagabundos
Convivi —
E vi heróis
& desditas,
Reescritos,
realistas
de palavras
e pegadas
que eles nunca
Seguirão:
Percebia
como e quanto
Só me dói
o Eu Vilão! —
Percebia
que as tragédias
egoístas
De si próprias
de Si sempre
falarão —
Percebia
eu também
Sendo um Sim
e o outro Não:
A surpresa
foi saber
que nunca houve
a questão! ( ... )



- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa

Inserida por Christopher_Bennett

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