Texto de Amor Ensinamentos de Vida
Palavras para quê?
Toca-me
Beija-me
Abraça-me
Sim!
Descreva com a palma macia da sua mão
Cada contorno do meu corpo quente
Esfregue a tua pele na minha…
Isso!
Agora faça-me vibrar
Com o seu alarme sedutor
Adivinhe o meu ponto fraco
Aí não,
Também não,
Hai céus!
Que prazer, que satisfação!
Se fores a massajar-me com a língua
Juro que te compro o vestido mais caro da loja das damas
Não!
Não faças isso
Ponha-te na posição inicial
Toca-me
Beija-me
Gostei de te amar!
As vezes
Sinto-me inerte
Nos meus agitados movimentos
Vagueio na imaginação
Perco-me sem me ter encontrado
Penso na desgraça que sou
E lamento por ter sido obediente
No dia e momento que,
Aceitei viver na vida
Arrependo-me por nada
Sim. Nada.
Nada por vezes também sou
Mas quando não sou
Também não penso em nada
Vezes e vezes
Busco alento
No grande vazio do meu ser
Mas quando percebo que sofro
Apenas digo: as vezes!
Porque as vezes nem, é sempre
O que significa que tudo passa
E se hoje sou infeliz
Espero no “As vezes” do amanhã.
Primeira reflexão
Quando paro e analiso as coisas
Concluo que nem tudo tem lógica
Por exemplo; nem todas as moças
Na hora H despregam quem só faz cócegas
É complexa a estrada dos que vivem
Duma ou doutra forma vamos todos em contramão
Enquanto uns bendizem outros maldizem
Nota-se em ambos falta de comunhão
Há momentos que acredito que existo
Mas quando a certeza me enche de dúvidas
Duvido da certeza que me torna esquisito
Começo a subir para baixo pelas descidas
É estranho, o sol me molha e a água me suja
Me molha de tanto suar e me suja por molhar
Isso alguma vez te aconteceu? É claro que já
No sol causticante que aos pássaros faz assar.
Mais reflexões
No farfalhar das folhas dos tempos
E no canto dos pássaros aos ventos
Sinto a enfadonha música da vida
Marrabentando numa melodia dançante
Acusticamente mergulho na batida
E me desligo desta vida stressante
Quem sou eu quando sou eu
Morri quando nasci do pai meu
Não escolhi ser maluco e poeta
Tudo é fruto dos dias bons e maus
E da pressão que nem o morto aguenta
Pois viver é um autêntico caos
Muitos dizem: se eu pudesse escolher
Pois não sabem: viver, não viver, tudo é morrer
Esse é o lado bom da vida descansar
Não ser quando o deveria
Ficar inerte no excitante movimento do dançar
Desviver tristemente na própria alegria
Viver é isto viver é aquilo
A questão não é não querer dificuldades
Porque sem elas não seriámos o que somos
Essas são as adversas realidades
Quer queiramos, queiramos não. Tristonhos vamos.
Meu talento
Tenho amigos que me desacreditam
Fingem que não elogiam o que faço
Os que assim fazem são os que acreditam
Que o seu desapoio é apoio e avanço
Fico feliz por saber que não mereço
Nem me ficam os versos que escrevo
É verdade que até eu me desconheço
Nos rabiscos poéticos que me descrevo
O que me alegra em todas estas acusações
É que nem um verso dos meus pobres textos
Acharás em alguma obra de todas as edições
Vós sois meus fãs não sei porquê pretextos
Os de longe sem recreio me apoiaram
Com prazer saborearam as minhas cruzadas
E vocês cheios de ódio só censuraram
Tão pouco me aquece o vosso calor de bradas.
Poema para Mondlane
Na terra onde nasci há um só arquitecto
E esse poema é prova da sua existência
Quando escrevo, é com liberdade
Com que ele me libertou
Quando amo
É com amor que ao povo amou
Esse arquitecto és tu, ponte da unidade
Nacional
Tu, imortal Mondlane
Fundador da Frente de Libertação de Moçambique
Orgulho de Mocuba, Nagande e filho de Moçambique
Tu, gigante a sonhar, rua da liberdade
Onde os Moçambicanos fazem ninho.
Ingratidão total
Olha só,
Como me devolveste o coração!?
Sujo, húmido e pestilento
Nem parece que nos amamos
Com emoção
Vejo que te esqueceste de tudo,
Juras docemente proferidas
E hoje? Promessas viraram feridas
Me amaste de corpo e boca
E culpas a vida por ser como tu; louca!
Não soubeste conservar o sentimento
Buscaste achar nos outros
O que eu não dispunha no momento
Fizeste de mim idiota e eu fui
Nada mais posso fazer
Senão reabilitar o coração
Quem sem ínfima piedade me destruíste
Buscarei um novo amor
Sincero, amável, que ame
Porque um amor igual ao seu
Tenha certeza; nem você merece.
Voar sem voar
É dar asas ao pensamento
Ir longe, mas sem sair do lugar
É ser pássaro por um momento
Voar! Sem terra para alcançar
Voar sem voar
É aceitar que eu posso lá chegar
Caminhado pelas ruas do meu querer
Ruas sem transito nem polícia a controlar
Voar sem voar é o que estou a fazer
Há um voo em cada verão ou inverno
E quem disser que pode voar para sempre
É porque assemelha o paraíso ao inferno
Só podemos voar no momento exacto
Porque uma vida sem voo é um abstracto
Voar sem voar é amar sem amar
Porque quem ama sem amar ainda pode sonhar.
Este poema
Este poema é meu
De tão simples que é
Só podia ser meu
Adicionei o La e o Guna
É por isso que este poema
De ninguém mais pode ser
Senão de Laguna
Sim! Laguna sou eu
Sou eu laguna
Tão virgem na poesia
Que este poema de ninguém mais seria
Senão da minha própria autoria
Se não o julgo melhor
Também não o tomo por pior
Pois, apesar de serem versos simples
O fiz por amor.
Coitado de mim
Sempre fui amado
Mas nunca subi retribuir
Vagabundo incorrigível
E causador do sofrimento alheio
Eu sou bicho, me assumo sem receio
Quantas vezes me quiseram amar
E eu fingi que já amava sem razão
Magoando inocentes sentimentos
Acabando com sonhos do coração
Se eu pudesse ser outra pessoa
Invento sorrisos para enganar, e consigo
Vivo inventado cores sem sentido
Um dia irei pagar. Coitado de mim
Não estou a saber viver a própria vida
Sou ironia de mim mesmo, é!
Enquanto eu semear esta semente
Ela não vai parar de crescer
E quanto menos tardar, irei colher
Porém, amargos serão os seus frutos
Como mudar?! Coitado de mim.
Imaginação
Quando o sabão acariciava,
O seu corpo apoiado na palma da mão
E eu em pensamentos te via
Suava e o desejo me molhava o rosto
Me sentia inútil por nada poder fazer
Mas a esperança adormecida despertava
E eu desacreditado acreditava em mim
E não via a hora nem o dia de possui-la.
O destino é sempre justo
Na hora oportuna
Sabe sempre juntar;
Lábios,
Gémeos nascidos um para o outro
Assim aconteceu
Quando naquela noite, eu laguna
Associado num beijo ruidoso de prazer
Assinando o contrato do meu amor por você
A combinação biológica e química
Se deu para nunca mais chamar outra mulher
De meu amor senão você meu amor.
Mulheres montagem
Enquanto umas
Preferem trabalhar deitadas
E descansar em pé
Umas outras
Gastam o suor do sangue velho dos pais
Na compra de beleza em “Dumbanengues”
Compram cabelos
Cujos verdadeiros donos
Vão apodrecendo em sarcófagos
Compram unhas
E agem como onças
Nas noites em que vendem e não são pagas
Vestem-se erudita e artisticamente
Mas nem se quer
Nas suas próprias línguas
Me podem definir “Arte”
Elas montam-se de princesas
Para ludibriar coitadinhos
Que roubam o salário mísero
Que a adúltera da vida
Vomita em cada final do mês
Como ganho dos pobres pretos dos pais.
Miséria dourada
Tal maravilhoso e meigo bom dia
Sai misturado com o brilho de ouro
Mas é tudo fruto da putaminosa estadia
Na famosa e frequentada casa do matadouro
Dantes o pim pim pedia que saísse da estrada
Mas esse de hoje é para o dono ser visto
O volante lhe fica, mas a lata foi emprestada
É talento que possuem os que vivem nisto
Sempre atrás da mulher do vizinho
Quer provar ser macho onde nem fêmea é
Ele te dá para chupar e faz com carinho
E sempre vais chupar porque és bebé
Calças, sapatos e cabelos sempre novos
Se formos a ver a saúde está despida
A vossa vaidade é sensível que 2 ovos
Já são horas, divorciem-se desta desvida.
Sentimentos que sinto
A tinta vai peando
E a folha servindo de chão
A mente vai exprimindo
Belos sentimentos do coração
Floresço-me em cada verso
E desconheço-me no mesmo
E já não é em terceto disperso
Que a quadra me vê com sarcasmo
Sou artista de mim próprio
Sinto poesia circulando na veia
Assim como alguém se embriaga com ópio
Poesia e mais poesia, sempre a mesma ideia
Alegro me quando me exprimo
São sentimentos que eu sinto
É por isso que o que sinto é esquisito.
Minda
Minda!
Só para dizer o quanto és linda
Sem receio 1000 versos como estes faria
Versos iguais ao teu rosto cheio de alegria
Embora não penses o mesmo de mim
Com versos e rimas te elogio mesmo assim
Tu mereces, ainda que consideres pouco
Aceite o elogio deste vadio, poeta e louco
Até podia te oferecer um vestido de marca
Mas não seria mais belo que a sua anca
És doce no falar e excitante no desfilar
És preta e negra com isso deves te orgulhar
Não te ofereci flores porque és uma delas
Nem me foi necessário te oferecer estrelas
Tu brilhas, alegras os olhos do apreciador
Resumindo todo poema; Minda és um amor!
Não acredito
Embora fosse o que sempre quis;
Me deitar no seu corpo como morto
Desfalecendo os meus músculos virís
E ressuscita-los no aconchego do seu porto
Embarquei na loucura de dissuadi-la
Organizei mil dúzias de caprichados versos
E os recitei docemente para comove-la
E se uniram em mim sentimentos dispersos
Para a minha espantosa alegria, me aceitaste
Não acreditei! Era um sonho ouvir de ti um “sim”
Quase enfartei quando amorosamente me osculaste
Na hora esqueci da vida, por conseguinte, de mim
Estou infinitamente feliz por tê-la ao meu lado
Alegras-me os momentos e viabilizas-me os sonhos
Embora não acredite, mesmo por ti sendo desejado
A verdade é que os meus dias já não são tristonhos
Reflexões da mente
Tanto esforcei a mente
E na efervescência dos miolos
Rapidamente conclui, infelizmente;
Na minha cabeça mais do que piolhos
Tem o que atemoriza muita gente
Tenho muito tempo para pensar
Acredito esta ser a maior riqueza do pobre
Tempo, suficientemente, para lastimar
Mas o que eu concluo é simples e nobre
Embora tão difícil num poema se revelar
Trago nesta meia dúzia de versos
Um segredo, a chave para se ser feliz
Embora já tenha vários escritos dispersos
É neste que revelo o que se sabe e não se diz
Eu e todos, infelizes, pela vaidade submersos.
Estrela minha
Nunca te elogiei
Mas sempre reconheci tua beleza
És linda, incomparavelmente, com certeza
É por isso que sempre te amei
Aprecio te ver sem extensões
Não que tenha algo contra elas
É que de cabelos com as sobrancelhas
Só de te olhar se me alegram emoções
És a melhor flor do meu imaginário jardim
Adora mais que tudo em ti, pois é lindo
Ainda que um dia esqueça-me a mim
Pensar sempre em ti é bem-vindo
Nada me alegra longe de ti
Porque a tua presença me motiva
Do que me magoaste esqueci
Por ti só sinto amor, minha diva.
Mistura dos tempos
Chorei rios de saudades e nostalgia
Pois despertaste a infância em mim
Voltei a ser criança, lembrei o que não devia
Ó vida nefasta! Porque me maltratas assim
Porque não me deixas viver o presente
Tão sem graça como sempre foi
Me recordas o passado mísero e indigente
Sem ao menos dizer; passado, oi!
Não me mistures as minhas tristezas
É suficiente o fardo que diariamente levo
Lhe afirmo isso e mais, com todas certezas
Conheço a paz mas somente a observo
Agora vida, basta de lamúrias
Não sei qual é a sua real intenção
Se é me treinar para viver nas luxúrias
Ou eternamente me magoares o coração.
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