Texto com a Palavra Ouse Ousar Ousadia Alma

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⁠Novamente me vejo caído, uma tristeza na alma, o desejo de ficar sozinho.
As madrugadas silenciosas refletem o vazio em meu coração, o escuro do meu quarto se torna meu aconchego e os sentimentos tornam-se meus maiores medos.
Ah, querida madrugada porque não és eterna assim como o inverno que existe em meu coração? ter que voltar a realidade é tão duro assim? O frio, o silêncio, a chuva, é como uma orquestra de lindas canções que se completam e se formam criando algo divino e de resplendor.
A sensação é de satisfação, mas é triste a ilusão de que tudo passa num piscar de olhos. A magia é temporária, e os sentimentos ganham vida novamente, dia a pós dia, um como ciclo sem fim.

⁠Sob o céu vasto e estrelado,
Sou sagitariana, alma errante,
Busco o infinito, o desconhecido,
Com um coração vibrante e amante.

A flecha que dispara em sonhos distantes,
Persegue horizontes e novas visões,
Com uma paixão que não se apaga,
Explorando mundos e emoções.

A liberdade é meu guia constante,
O vento, meu fiel companheiro,
No caminho das estrelas cintilantes,
Sigo em busca do verdadeiro.

Em cada passo, uma nova aventura,
Em cada curva, um mistério a desvendar,
Meu espírito é uma chama pura,
Que nunca se cansa de sonhar.

Sou sagitariana, e no meu ser,
Arde a chama do sonho e da luz,
Com coragem para sempre viver,
E a esperança que em meu peito reluz.

⁠Frankenstein: Combustão da Alma

Na solidão que em mim atinge, ecoa,
Um ser melancólico, um mar em mim que entoa.
Frankenstein, meu nome, carrego com pesar,
Aberração ou não, quem pode julgar?

Uma mistura de emoções a escrever,
Palavras entrelaçadas, meu ser a se perder.
Orgulho, meu tormento, que queima e fere,
Mas é também a chama que em mim persiste, austero.

Quero ser o melhor, mas o preço é alto,
Uma batalha constante, um caminho exaltado.
Desistir, às vezes, parece tentador,
Mas meu orgulho é forte, um leão em meu interior.

A combustão do orgulho me faz sentir vivo,
Uma labareda ardente, um fogo que incentiva.
Dor de ser queimado vivo, consome-me devagar,
Espelho, espelho meu, quem mais pode igualar?

Nessa busca por sentido, na trama da existência,
A dualidade persiste, uma eterna resistência.
Entre a melancolia e a busca pela excelência,
Teço versos de uma vida, de uma essência.

A incerteza paira, até quando suportarei?
Como um poeta perdido, meu destino desvendarei.
No espelho, busco respostas, um reflexo de verdade,
Na dança das sombras, descubro a minha própria realidade.

Alma Velha, Coração Novo

Nas costas curvadas, a dor dolorida,
Um fardo pesado, a alma oprimida.
Carrego um mundo, qual Atlas cansado,
Quanto tempo suportarei, ao peso ligado?

Sussurros ao lado, demônios ou anjos?
Quem julgará esses seres estranhos?
Sou um demônio com sorriso encantador,
Ou um anjo de coração podre, sem fulgor?

Em versos perdidos, noite após noite,
Peço socorro, na escuridão açoite.
Será que alguém vê, entre rimas e letras,
O ser que sofre por trás destas feridas abertas?

Um poço sem fundo, ou alma profunda,
Cada verso um grito, uma ajuda profunda.
Enxergará alguém meu ser aflito,
Através das palavras, meu sofrimento descrito?

Meu maior pecado, talvez seja a fraqueza,
No diálogo interno, a dualidade que atravessa.
Desculpa aos que esperam força em mim,
Alma velha, sangue novo, caminhando assim.

Em busca de descanso, de ombro amigo,
Entre sorrisos, risadas, meu fardo antigo.
Reconheça, por favor, meu pedido sincero,
Em cada verso, há um coração verdadeiro.

⁠Nas sombras da tristeza, meu coração pesa,
A depressão, silenciosa, na alma trespassa.
No teatro da vida, palcos despedaçados,
A ex-mulher partiu, deixando sonhos perdidos.

Caminhos desfeitos, versos entrelaçados,
O amor que foi, em lágrimas afogado.
Lembranças como pássaros em voo,
No céu da memória, traços do adeus.

A dança da saudade, passos lentos,
Na coreografia da dor, sombras em movimento.
No oceano do passado, ondas a quebrar,
Em cada lembrança, uma lágrima a rolar.

Busco refúgio na penumbra da noite,
Entre estrelas, busco algum açoite.
Labirinto de sentimentos, teia de emoções,
Onde a ex-mulher permanece em canções.

Pôr do sol, horizonte a desvendar,
Esperança tímida, a se revelar.
Luta persistente contra a maré,
Na poesia da vida, busco renascer.

Entre sombras e luzes a bailar,
A jornada da alma, persistir, amar.
Cicatrizes que contam histórias,
Versos que encerram antigas glórias.


A filosofia do corpo dela, é reflexo da alma que carrega: livre e quente.
É como aqueles versos de Camões, que falam sobre o amor e arder,
sobre o nunca contentar-se de contente.
Ela não se perde em qualquer chama, nem queima em qualquer cama,
porque no fundo, meu bem,
é o abrasar da liberdade que ela ama.

⁠ UM MUNDO MELHOR!

Minha alma não tem objetivos que não sejam a preservação dos animais da natureza. Nasci com esse objetivo .Defendo de unhas e dentes aos que praticam o mal aos indefesos .Sou apaixonada pela natureza. E desvio de seres que talvez possam feri-los. Pois eles estão em seu habitat. O homem que interfere, matando e destruindo....
Eu me preocupo com tanta maldade com esses seres. Destroem suas casas ,seus habitat para construir palácios Que .Um dia será só carcaças. E uma foto desmerecida na prateleira.
Ame seus animais, que estão ao seu lado. Não deixem no sol, nas chuvas acorrentados com fome, sede ou trancados. Não larguem os abandonos para poder viajar. Se não puderem levá-los, existem casas que cuidam até voltar.
Eu sinto saudade e muita quando perco um q ficou velhinho e partiu .Choro muito até em olhar as fotos..Não entendo como tem ser humanos tão cruéis a ponto de amarrá-los em estradas ou abrir a porta do carro ,abandonando-os .Eles irão te procurar a vida toda. E você conseguirá dormir tranquilo por esses atos?? Seria a maldade ao extremo....
Leis podre que não colocam em prática o que dizem os quem fizerem isso! Pensem que não são eternos assim como você que pratica o mal .E o filme da maldade passará em sua mente. Meu pedido a todos que fazem isso. Mudem e procure psiquiatras para o tratamento da maldade .Não abandonem por favor! Aos que têm ama sem exigir nada, apenas amor de você o necessário para a vida juntos .Vamos mudar esse mundo de destruição .MAIS AMOR POR FAVOR..

⁠" Eu vejo gente morta
Não no corpo que se perde
Eu vejo gente morta
Na alma que perece
Eu vejo gente morta
Não na falta de pulsar
Eu vejo gente morta
Na ausência do pensar
Eu vejo gente morta
Não na falta de respirar
Eu vejo gente morta
Quando esta deixa de amar"

⁠Passeia o teu olhar pelos meus recantos...
E se assim o desejas...
Dou-te a alma inteira...

Tudo fiz para ti...
E ingrato fostes...
Pagando-me com a ingratidão...
Sem fim...

Que importa?
Ninguém sabe...
Nem tu mesmo o sentes...

Entreguei-me em tuas mãos o que escondo dentro...
E foste indiferente...
Nada sentistes...
E ainda nada sentes...

Procuro-te por dentro da noite...
Ponho-me no silêncio nas horas duvidosas...
Morto é o contentamento...
O engasgo tão grande...
Que aperta-me o coração...

Não sei se fiz mal, se bem....
Mas fiz...
O dia e a noite são iguais por dentro...
E sigo com a ilusão...
Alimentando esse redemoinho de estranha situação...

Peço-te em pensamentos...
Não me atrevo a dizer-te...
Não me esqueças...

Embora ouça o eco do amor há muito soterrado...
Mas o que tem de acontecer que aconteça...
Triste escolha...
Triste fado...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠O bailar…
O som da sua respiração…
Que me tocava a alma
O toque musical encantava-me
O encanto despertava emoções
De te sentir em uma simples melodia
Te ouvir você a perder-se completamente em mim
O silêncio se manifestou
Na melodia da paixão,
Suavemente você,conseguiu me seduzir
Na mais linda canção

⁠Entre o Ser e Ler

Entre folhas de papel, a alma se perdia,
Uma adolescente sonhadora, entre linhas se escondia,
Nas páginas de um livro, um refúgio encontrava,
Realidades paralelas onde a vida desenhava.

Cada frase lida, um mundo repleto de cor,
Um portal para sonhos, para um outro fervor,
Histórias que a levavam para além do horizonte,
Onde as dores reais jamais eram fronte.

Mas ao fechar o livro, a verdade a cercava,
A vida cinzenta, dura, nela se entranhava,
Cada retorno ao real era um golpe profundo,
Como se a luz das histórias se apagasse no mundo.

Ela queria ser aquelas heroínas, viver aquelas paixões,
Mas em seu cotidiano, só haviam desilusões,
Os livros eram abrigo, mas também uma prisão,
Onde o desejo de ser mais trazia frustração.

Decidiu então fechar as páginas, deixar de fugir,
Encarar a realidade, tentar resistir,
Mas a família, alheia ao peso que ela carregava,
Não compreendia o porquê de sua paixão que se apagava.

Julgada por não mais mergulhar nas histórias,
Sem saberem das lágrimas, das noites sem glórias,
Ela calava a dor, em silêncio e solidão,
Buscando forças em sua própria razão.

Mas dentro dela, as palavras ainda viviam,
Os sonhos e esperanças, silenciosos, resistiam,
Talvez um dia, o equilíbrio encontraria,
Entre o real e a ficção, onde a felicidade emergiria.

E então, voltaria a ler, não para escapar,
Mas para se inspirar, para o mundo abraçar,
As histórias não seriam mais um refúgio distante,
Mas um complemento à vida, um toque constante.

Assim, a jovem sonhadora seguiria seu caminho,
Carregando em si a força, e um destino alinho,
Entre livros e vida, encontraria sua verdade,
Num abraço profundo, de eterna dualidade.

⁠Risos que ecoam como sinfonia celestial,
Melodia pura que a alma faz vibrar.
Em cada nota, um raio de luz a brilhar,
Sorrisos radiantes que o rosto iluminam.

Um rio de alegria transborda sem cessar,
Lavando a alma em júbilo sem igual.
Certezas e esperanças a florescer no olhar,
Um ser completo, em plena realização pessoal.

Autoestima elevada, farol que guia o ser,
Amor próprio que nutre a força interior.
Conquistas que celebram o triunfo a cada passo,
Marcas de sucesso que jamais se apagarão.

Coragem e confiança, asas que impulsionam o voo,
Navegando em mares de esperança e gratidão.
Um mundo acolhedor, porto seguro e aconchegante,
Onde a alegria floresce e a paz reina absoluta.

Vibrante, inspirado, energia contagiante,
Corpo em harmonia, mente iluminada.
A vida, um presente a ser desfrutado com fervor,
Mergulho na felicidade que preenche cada poro.

Como pássaro em ascensão, livre e sem amarras,
O futuro se abre em um horizonte radiante.
Otimismo contagiante, força que impulsiona o caminhar,
Abraçando a realidade com entusiasmo e amor vibrante.

Vida nova, renascimento angelical,
Asas da esperança abertas para voar alto.
Cântico de gratidão e celebração a ecoar,
Alma que irradia amor e alegria em cada passo.

Mas em meio à luz, um brilho de profunda gratidão,
Amor que transcende a própria felicidade.
Será a alegria a única resposta a buscar?
Ou há um caminho além, a ser desvendado com sabedoria?

Talvez seja hora de compartilhar a alegria com o mundo,
Estender a mão e espalhar amor por onde for.
Vencer desafios e explorar novos horizontes,
Lutando por uma vida plena de encantos e emoções.

A jornada será banhada por luz e calor,
Com esperança e gratidão, o coração a celebrar.
Nutrir a alma, cultivar a paz interior,
E abraçar a vida com a alegria contagiante do amor.

Este poema é um convite à felicidade plena,
Um abraço caloroso para todos que celebram a vida.
Que a alegria os inspire, que o amor os guie,
E que juntos possamos construir um mundo mais luminoso e belo.

Mas a profundidade da felicidade vai além da superfície,
É um estado de ser que transcende a emoção momentânea.
É a gratidão pelas bênçãos recebidas,
A compaixão pelos que sofrem,
A busca por um propósito maior na vida.

É a alegria que vem de dentro, imune às intempéries do tempo,
A paz interior que nos torna fortes e resilientes.
É o amor que nos conecta a tudo e a todos,
Que nos faz sentir parte de algo maior.

Que a alegria dos anjos radiantes nos inspire a buscar essa felicidade profunda,
A construir um mundo mais justo, fraterno e amoroso.
Que este poema seja um lembrete de que a verdadeira felicidade está dentro de nós,
Esperando para ser descoberta e compartilhada com o mundo.

⁠⁠⁠⁠Não entendo, como é possível amar alguém se dedicar de corpo e alma, dar carinho, sendo fiel, respeitando, sendo companheiro, dando conselhos, falar palavras que a motiva, compartilhando sorrisos em seus bons momentos, cuidando, apoiando quando a mesma não se sentia capaz, proporcionando diversões e lazeres, dar seu colo como consolo, fazer se sentir segura, trocar carícias, ouvi-la diz, eu te AMO e do nada ela diz.
Me deixa em paz, você não me faz bem!
Só queria entender?! 😔💔

Sim do nada, pois qualquer coisa comparado a todos os bons momento e ao AMOR é nada.❣️

⁠todas as formas que pude te conhecer
seu lindo rosto e alma elétrica
que me criavam a memória de ver você pra mim tocar no seu show
dias quentes, rock n' roll, perfume doce e lençóis bagunçados
como nosso interior
mas era impossível nos separar, mesmo quando começava a machucar
ele faria de tudo por mim e eu por ele
e então parei de temer desde que que peguei em sua mão nunca mais soltei.

⁠Todo o trabalho de evangelização deve trazer calma e serenidade para aflorar o que há na alma...
O destino de um homem deve desabrochar como uma flor na terra, sem que ninguém interfira no desenvolvimento.
Ajudar alguém é dar o seu melhor, sem segunda intenção. sem interferir em sua decisão..
Embora as aparências sejam relativas o que trazemos na alma nunca é igual e, é o momento em que FINALMENTE descobrimos quem somos e porque estamos aqui, que acontece a cura da alma.
A ausência de julgamentos nos ajuda a enxergar a beleza da natureza divina que cada ser traz na alma ,por mais complicado que a pessoa possa parecer.
Muitas coisas que julgamos ser errado ,podem ser mal interpretado, porque não procuramos conhecer o contexto da vida do outro.
O não julgamento nos faz entender e entendendo vamos ter compaixão e, quando temos este sentimento no coração tocamos o intimo de uma alma. Isso é a verdadeira salvação!
Viemos trabalhar juntos a imperfeição, cordialidade ,reciprocidade entre todos os habitantes da terra.
Doar á relação universal a nossa sincera generosidade em cada ato que praticamos ,para que todo o coletivo esteja conectados em mesma sintonia ,vivendo em harmonia.
Eu reverencio com a minha existência e me alinho com as fontes da vida. Agradeço por viver sobre a forma humana e a todos que causaram alegria e a decepção ,pois contribuíram na minha caminhada de evolução.
Entrego me a verdade maior para que a minha verdade seja a mesma de Deus. E em estado de amor e gratidão compartilho com os irmãos tudo o que é bom ,harmonioso e bonito ,eu vivo na beleza do meu espirito.

⁠Amar

Amar é a liberdade da alma
sentir o fremir dos corpos

Amar é sorrir com as cores despertadas em nós

Amar é ter paciência em esperar

Amar é sentir o coração disparar em apenas lembranças

Amar é falar com os olhos, e ser ouvido pelos lábios

Amar é viajar no finito, tendo a certeza do infinito

⁠Entre a bruma da incerteza,
onde o amor se oculta e surge,
navega a alma inquieta,
carregando o fardo do desejo,
sem regras a seguir, sem mapas a traçar,
ele simplesmente acontece,
como uma canção silenciosa,
tecendo laços invisíveis,
no carinho mútuo que floresce.

Oh, linda canção,
declaração infinita,
tua melodia é o ar que respiro,
e o momento sempre juntos,
a paixão que permanece,
um sentimento eterno,
raízes profundas,
alimentando o amor que cresce,
cada verso um anseio,
cada nota um suspiro.

Escrevi-te, amor, em dias de paixão,
quando o coração ardia,
tratando da dificuldade,
de me entregar plenamente,
sentindo o peso da incerteza,
desejando a plenitude.

O primeiro verso é um reflexo,
do desejo mais profundo,
muito mais um sonho que realidade,
lembranças de um tempo,
onde a tristeza era companheira,
a mais triste canção que já escrevi,
ecoando em meu ser.

Não me acostumo sem teus beijos,
sem teus abraços, não sei viver,
aprendi que o tempo é relativo,
meu mel, por um momento ao teu lado,
faria qualquer coisa nesta vida,
para sentir-te mais uma vez.

Amor, tu és a canção inacabada,
que ressoa em meu peito,
esperança persistente,
de que o desejo se torne realidade,
um amor pleno e verdadeiro,
que supera a incerteza,
e nos une para sempre.

Transição


E nos bosques de minha alma


Se esconde o tempo


Onde um dia eu fui feliz


Em que não havia marcas


Não havia cicatriz





Eu era inteira e segura


Não temia a solidão


Que hoje me tem como prisioneira


Sem carinho e sem razão





Oh alma sofrida venha aqui


Me dê sua mão


Não deixe a nostalgia roubar seu brilho


Tirar sua fé e ferir seu coração





O passado é só história


Que mora apenas na memória


Cuide então do seu presente


não deixe que ele passe em vão


Ele é sua semente que irá colher alí na frente


Olhe adiante , pise no chão





E quando o “ontem” na porta do “hoje” bater


Seja firme não se deixe amolecer


Diga Adeus e agradeça pelo que te fez crescer


Mas não se envolva, feche a porta e se abra para um novo amanhecer.

⁠ABANDONADO

As minhas horas de tristezas
Aumentam cada vez mais
O desespero em minha alma
Não me deixa viver em paz

Não tenho amor de ninguém
Sou como uma ave perdida
Longe dos meus amigos
E distante de meus pais

Abandonado, vou vivendo
Neste mundo de solidão
Onde há trevas e desenganos
Sem ouvir uma palavra amiga...
Preciso ser eu como antes
E reconquistar o que eu perdi
Se eu continuar desse jeito
Será o fim de minha vida

Edvaldo José / Mensagens & Poesias

Compaixão da Virgem na morte do filho

Por que ao profundo sono, alma, tu te abandonas,
e em pesado dormir, tão fundo assim ressonas?
Não te move a aflição dessa mãe toda em pranto,
que a morte tão cruel do filho chora tanto?
O seio que de dor amargado esmorece,
ao ver, ali presente, as chagas que padece?
Onde a vista pousar, tudo o que é de Jesus,
ocorre ao teu olhar vertendo sangue a flux.
Olha como, prostrado ante a face do Pai,
todo o sangue em suor do corpo se lhe esvai.
Olha como a ladrão essas bárbaras hordas
pisam-no e lhe retêm o colo e mãos com cordas.
Olha, perante Anás, como duro soldado
o esbofeteia mau, com punho bem cerrado.
Vê como, ante Caifás, em humildes meneios,
agüenta opróbrios mil, punhos, escarros feios.
Não afasta seu rosto ao que o bate, e se abeira
do que duro lhe arranca a barba e cabeleira.
Olha com que azorrague o carrasco sombrio
retalha do Senhor a meiga carne a frio.
Olha como lhe rasga a cerviz rijo espinho,
e o sangue puro risca a face toda arminho.
Pois não vês que seu corpo, incivilmente leso,
mal susterá ao ombro o desumano peso?
Vê como a dextra má finca em lenho de escravo
as inocentes mãos com aguçado cravo.
Olha como na cruz finca a mão do algoz cego
os inocentes pés com aguçado prego.
Ei-lo, rasgado jaz nesse tronco inimigo,
e c'o sangue a escorrer paga teu furto antigo!
Vê como larga chaga abre o peito, e deságua
misturado com sangue um rio todo d'água.
Se o não sabes, a mãe dolorosa reclama
para si quanto vês sofrer ao filho que ama.
Pois quanto ele aguentou em seu corpo desfeito,
tanto suporta a mãe no compassivo peito.
Ergue-te pois e, atrás da muralha ferina
cheio de compaixão, procura a mãe divina.
Deixaram-te uma e outro em sinais bem marcada
a passagem: assim, tornou-se clara a estrada.
Ele aos rastros tingiu com seu sangue tais sendas,
ela o solo regou com lágrimas tremendas.
Procura a boa mãe, e a seu pranto sossega,
se acaso ainda aflita às lágrimas se entrega.
Mas se essa imensa dor tal consolo invalida,
porque a morte matou a vida à sua vida,
ao menos chorarás todo o teu latrocínio,
que foi toda a razão do horrível assassínio.
Mas onde te arrastou, mãe, borrasca tão forte?
que terra te acolheu a prantear tal morte?
Ouvirá teu gemido e lamento a colina,
em que de ossos mortais a terra podre mina?
Sofres acaso tu junto à planta do odor,
em que pendeu Jesus, em que pendeu o amor?
Eis-te aí lacrimosa a curtir pena inteira,
pagando o mau prazer de nossa mãe primeira!
Sob a planta vedada, ela fez-se corruta:
colheu boba e loquaz, com mão audaz a fruta.
Mas a fruta preciosa, em teu seio nascida,
à própria boa mãe dá para sempre a vida,
e a seus filhos de amor que morreram na rega
do primeiro veneno, a ti os ergue e entrega.
Mas findou tua vida, essa doce vivência
do amante coração: caiu-te a resistência!
O inimigo arrastou a essa cruz tão amarga
quem dos seios, em ti, pendeu qual doce carga.
Sucumbiu teu Jesus transpassado de chagas,
ele, o fulgor, a glória, a luz em que divagas.
Quantas chagas sofreu, doutras tantas te dóis:
era uma só e a mesma a vida de vós dois!
Pois se teu coração o conserva, e jamais
deixou de se hospedar dentro de teus umbrais,
para ferido assim crua morte o tragar,
com lança foi mister teu coração rasgar.
Rompeu-te o coração seu terrível flagelo,
e o espinho ensangüentou teu coração tão belo.
Conjurou contra ti, com seus cravos sangrentos,
quanto arrastou na cruz o filho, de tormentos.
Mas, inda vives tu, morto Deus, tua vida?
e não foste arrastada em morte parecida?
E como é que, ao morrer, não roubou teus sentidos,
se sempre uma alma só reteve os dois unidos?
Não puderas, confesso, agüentar mal tamanho,
se não te sustentasse amor assim estranho;
se não te erguesse o filho em seu válido busto,
deixando-te mais dor ao coração robusto.
Vives ainda, ó mãe, p'ra sofrer mais canseira:
já te envolve no mar uma onda derradeira.
Esconde, mãe, o rosto e o olhar no regaço:
eis que a lança a vibrar voa no leve espaço.
Rasga o sagrado peito a teu filho já morto,
fincando-se a tremer no coração absorto.
Faltava a tanta dor esta síntese finda,
faltava ao teu penar tal complemento ainda!
Faltava ao teu suplício esta última chaga!
tão grave dor e pena achou ainda vaga!
Com o filho na cruz tu querias bem mais:
que pregassem teus pés, teus punhos virginais.
Ele tomou p'ra si todo o cravo e madeiro
e deu-te a rija lança ao coração inteiro.
Podes mãe, descansar; já tens quanto querias:
Varam-te o coração todas as agonias.
Este golpe encontrou o seu corpo desfeito:
só tu colhes o golpe em compassivo peito.
Chaga santa, eis te abriu, mais que o ferro da lança,
o amor de nosso amor, que amou sem temperança!
Ó rio, que confluis das nascentes do Edém,
todo se embebe o chão das águas que retém!
Ó caminho real, áurea porta da altura!
Torre de fortaleza, abrigo da alma pura!
Ó rosa a trescalar santo odor que embriaga!
Jóia com que no céu o pobre um trono paga!
Doce ninho no qual pombas põem seus ovinhos
e casta rola nutre os tenros filhotinhos!
Ó chaga que és rubi de ornamento e esplendor,
cravas os peitos bons de divinal amor!
Ó ferida a ferir corações de imprevisto,
abres estrada larga ao coração de Cristo!
Prova do estranho amor, que nos força à unidade!
Porto a que se recolhe a barca em tempestade!
Refugiam-se a ti os que o mau pisa e afronta:
mas tu a todo o mal és medicina pronta!
Quem se verga em tristeza, em consolo se alarga:
por ti, depõe do peito a dura sobrecarga!
Por ti, o pecador, firme em sua esperança,
sem temor, chega ao lar da bem-aventurança!
Ó morada de paz! sempre viva cisterna
da torrente que jorra até a vida eterna!
Esta ferida, ó mãe, só se abriu em teu peito:
quem a sofre és tu só, só tu lhe tens direito.
Que nesse peito aberto eu me possa meter,
possa no coração de meu Senhor viver!
Por aí entrarei ao amor descoberto,
terei aí descanso, aí meu pouso certo!
No sangue que jorrou lavarei meus delitos,
e manchas delirei em seus caudais benditos!
Se neste teto e lar decorrer minha sorte,
me será doce a vida, e será doce a morte!

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