Teus Olhos têm uma Cor

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Seus olhos são como dois rios profundos que busco encontrar, mas que ao mesmo tempo, tenho medo de que se mergulhar em teu leito nunca mais consiga voltar para respirar, tenho ainda mais medo de me encantar por este teu sorriso, que ofusca até o sol, que assim recusa-se a sair de entre as nuvens, por saber que não brilha tanto assim. Com tudo isso tenho medo de te perder por inteiro, de perder teus abraços, teu aconchego, de saber que por estes meus medos, mesmo com tantas oportunidades, deixei esvair de minhas mãos todo este sonho reluzente.

Mas tudo passava agora demasiado depressa diante de seus olhos turvos, e ele sentiu que perdera para sempre uma parte de tudo aquilo — a parte mais fresca e melhor.

CANTIGA PRA AMAR

Quando o coração de amor chora
os olhos no olhar se tornam breve
embora, cada gota, a alma deve.
Não me leve!
Se acaso a ilusão for senhora
e carregar na mão a emoção
deixe-me ir embora
pois, vazio vai estar a paixão.
Então, me leve por aí afora
e me ensine como recordar:
como o amor tem a sua hora
e amando é que se deve amar...
Assim, quimeras terei no pensamento
no corpo, a pele a arrepiar
e não o terei no esquecimento.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
15 de março de 2018
Cerrado goiano

"Seja a sombra no meio dessa claridade que cega seus olhos"

Um mundo coerente só existe aos olhos de Deus, porque Ele sabe a solução de todas as contradições. Para os seres humanos, buscar a verdade é aceitar contradições insolúveis.

Fé, renovação, paz e a certeza de que Deus está no controle de tudo, abrindo os olhos e o coração das pessoas de boa-vontade. Bom dia!

"A mãe da mãe"

Enquanto os olhos do mundo estão no bebê que acaba de nascer, a mãe da mãe enxerga a filha, recém-parida. O papel de avó pode esperar, pois é a sua menina que chora, com os seios a vazar.

A mãe da mãe esfrega roupinhas manchadas de cocô, varre o chão, garante o almoço. Compra pijamas de botão, lava lençóis sujos de leite e sangue. Ela sabe como é duro se tornar mãe.

No silêncio da madrugada, pensa na filha, acordada. Quantas vezes será que foi? Aguentará a manhã com um sorriso? Leva canjica quentinha e seu bolo favorito.

Atarefada, a mãe da mãe sofre em silêncio. Em cada escolha da filha, relembra suas próprias. Diante de nova mãe, novo bebê, muito leite e tanto colo, questiona tudo o que fez, tempos atrás. Tempo que não volta mais.

Se hoje é o que se tem, então hoje é o que é. Olha nos olhos, traz pão e café. Esse é o colo, esse é o leite. Aqui e agora, presente.

A mãe da mãe ajuda a filha a voar. Cuida de tudo o que está às mãos para que ela se reconstrua, descubra sua nova identidade. Ela agora é mãe, mas será sempre filha.

Toda mãe recém-nascida precisa dos cuidados de outra mulher que entenda o quanto esse momento é frágil. A mãe da mãe pode ser uma irmã, sogra, amiga, doula, vizinha, tia, avó, cunhada, conhecida. O fato é que o puerpério necessita de união feminina, dessa compreensão que só outra mãe consegue ter. O pai é um cuidador fundamental, comanda a casa e se desdobra entre mãe e filho, mas é preciso lembrar que ele também acaba de se tornar pai, ainda que pela segunda ou terceira vez.

❤️

“Algumas pessoas trazem o sol nos olhos, outros a lua na expressão, já esse moço, ah esse moço, traz um eclipse raro nos lábios, quando sorrir.”

E quando transborda, é porque não cabe mais dentro do peito...Os olhos cintilam...as mãos transpiram, o coração dispara!
Rompe-se o silêncio de todo um tempo guardado a sete chaves...Aí bate a angústia, o medo de errar o tiro e perder tudo...
Mas é assim que a vida é...Como um tiro que pode ser certeiro ou errado, é como uma flexa lançada que pode ou não acertar o alvo...É um risco no qual ganhamos ou perdemos.
Diante dos desafios que nos impõe, o ideal seria batermos de frente, vestir a armadura e enfrentar nosso medo, as fraquezas, fazer jus à realidade e dizer a nós mesmos: tô aqui nesta luta, tô de pé e vou vencer...Mas, não é assim. E quando vemos quão distante estamos daquilo que queremos, vagarosamente nos recolhemos ao nosso casulo e ali, na nossa frente, tornamo-nos meros expectadores da vida que sorrateiramente, passa.

Tem dias em que meus olhos só querem enxergar um mundo perfeito, mas cansados de verem tantas imperfeições nos quatro cantos do mundo, eles fogem da realidade e só enxergam o mundo dos sonhos.

Moça, os seus olhos são tão lindos e arregalados. Não se prenda nesse mundo. Nesse mundo de ilusões, no qual o tempo passa e nem lembranças boas serão o bastante para te fazer bem. Chega minha flor, já passou da hora de se libertar, de recomeçar. Se permitir florir. Seu sorriso é tão lindo, pra que força-lo? Deixe que ele se estampe em seu rosto naturalmente... a vida é bela e linda como você, como os seus olhos.

Saga Nordestina
Da vida do meu pai pouco sei.
Mas pelos seus olhos pude ver toda alegria e tristeza
e sobre essas contarei.

Por disputas de terras nos anos trinta,
mais uma família brasileira seria extinta.

De linhagem pequena devastada pela saga nordestina
Os Melo se foram em uma chacina,
Ficando para a vida, somente o menino e a menina.

Criado com mais uma dúzia de outra família, fez do sonho sua rotina.
Já que a realidade era perversa e até ali a vida lhe foi cretina.

Não posso imaginar que vida foi aquela,
Mas sei o cenário, pois tudo se passou em Pernambuco,
Exatamente em Casa Amarela.

Mas homem de fé não desanima,
É o que reza a lenda e conto em rima.

Para servir a sua pátria mãe gentil
Aos 18, rumo a uma nova vida partiu.

O recomeçar veio divino, em uma ilha de esplendida beleza,
Mais que uma nova vida, amigos encontrou na fortaleza.

Foi soldado onde não havia guerra,
Serviu ao Brasil
no maior paraíso já visto na terra.

Em Noronha, entre peixes e tartarugas viveu
Foi tão feliz que até das mazelas da infância esqueceu.

No quartel era soldado,
na igreja era fiel,
nos bares para um brinde esperado
e as noites acabavam no bordel.

De pesca e Futebol ele gostava
Mas segundo minha mãe, ofício nunca aprendeu.
Ele dizia que na Ilha tinha tanta coisa boa
Que apesar de passar anos, o tempo não deu.

Ainda na casa dos 20 percebeu,
que na sua porta, uma nova prova bateu
Para febre amarela, os cabelos e amigos perdeu
e mais uma vez quase morreu.

Queria uma nova chance
Precisava de um novo sonho que estivesse ao seu alcance

Tomou uma atitude que julgou vitoriosa,
Trocou o canto das sereias
Pelo mito da cidade Maravilhosa.

Das sereias e seus encantos já sabia de defender
Das dificuldades de um emigrante na cidade grande,
teve que aprender.

Procurava trabalho e uma vida boa sob o sol da Guanabara
Alegria até encontrou, mas a felicidade foi o preço cobrado por Iara.

Na estiva trabalhou e sob o sol suava
Pelo dinheiro pouco que ganhava
Para a pinga até que dava,
E para nada mais sobrava.

Voltar não era opção,
tinha que seguir em frente,
trabalhando para comprar o pão,
assim conheceu muita gente.

Se foi certo ou errado, não cabe a mim julgar
Um pouco dele vive em mim, no meu modo de sonhar

Do jeito dele me amou,
não há o como duvidar
Se foi real tudo o que se passou,
não tenho como provar

Um repente fraco sobre a vida de gente forte
Que mostra que para sobreviver à saga Nordestina,
precisa ter mais que força, precisa ter sorte.

Para fazer valer a sua estrada e deixar uma história,
Mesmo que seja após a sua morte.

Como disse, se tudo é verdade não tenho certeza.
Mas isso não tira da história a sua beleza

Pois não fala do sonho de um homem
e sim da saga de um povo e da sua grandeza.

A vida é um incrível instante entre um abrir e fechar de olhos. Viver é o que você consegue fazer nesse intervalo de tempo.

Ela aparece todo dia

Sempre linda fria.

Mas quem ela é?

E o que ela quer?

Seus olhos tenebrosos

São atraentes e misteriosos

Como um verso inverso

Feito para o universo.




Sua presença é encantadora

Ao mesmo tempo em que é perturbadora.

Mas quem ela é?

E o que ela quer?

Será ela a sorte?

Ou quem sabe a própria morte.

Querendo me avisar

Que esta querendo me levar?




Ela sempre fica a me encarar

Como a imagem de um anjo sobre o altar.

Mas quem ela é?

E o que ela quer?

Com sua veste longa e escura

E no semblante a mais pura doçura

Que eu podia imaginar,

Em um dia encontrar.




Cabelos pretos soltos ao vento noturnal

E um singelo rosto de imortal.

Mas quem ela é?

E o que ela quer?

Noites e noites, sempre no mesmo horário

Como um triste solitário

Esperando alguém que não vai voltar...

...Alguém que jamais ressuscitará .




A noite acaba levando com ela:

Escuridão, estrelas e ela.

Mas quem ela é?

E o que ela quer?

Mais uma noite passei sem dormir,

E mais um dia passarei sem sorrir.

Em fim a noite retornar, trazendo com ela:

Escuridão estrelas e elas.




Meus olhos negros e sonolentos

Estão atraídos por seus movimentos.

Mas quem ela é?

E o que ela quer?

Será ela um anjo sem asa?

Ou um demônio sem casa?

A grande verdade...

...E que eu não sei a verdade.

" Se eu pudesse voar, faria dos teus olhos meus infinitos.
Se pudesse mergulhar, mergulharia em tua alma,
em tua essência, mas se plenamente eu pudesse te amar,
te amaria para ser aquele que receberia sorrindo,
o melhor do teu coração...

Mesmo quando você tinha dois olhos, você apenas enxergava metade do todo.

Há pessoas que creem ser muito hábeis naquilo que a sociedade lhes conferiu, porém aos olhos técnicos nunca realizarão determinada tarefa com perfeição.

Moleca faceira.

Lá vem ela, linda, moleca faceira... De pele clara, olhos castanhos, cabelos avermelhados jogados ao vento que me insendeiam.
Para onde ela vai? Não sei! Mas de onde vem talvez, pode ter vindo de um profundo solo, pois parece uma pedra preciosa que todos querem ter ao colo, ou dos altos céus, pois parece um anjo de rosto perfeito e pura como mel.
Quem ela é? Não sei! E você saber não queira, mas é linda, moleca faceira.
Sérgio Veríssimo.

Aos olhos da Divindade todos temos nossas particularidades que nos tornam únicos, Ela respeita nossa individualidade e quem somos. Então porque insistimos em querer moldá-La para que seja como queremos que seja?
Porque, em vez de querer exibir um Deus pessoal que subjuga outros pela fé, apenas não nos fixamos no amor?

Quando penso em você, fecho os olhos de saudade.