Terra
Amigos de verdade... Que amigos?
Os únicos amigos que tenho são dois, minha Mãe aqui na terra e Meu Grande Deus acima da gente a nos proteger.
Quando Matam Um Sem Terra
Quem contar tráz à memória,
sabendo que dor existe,
quando a morte ainda insiste
em calar quem faz a História.
Pois quem morre não tem glória,
nem tampouco desespera.
È um valente na guerra,
tomba em nome da vida.
Da intenção ninguém duvida,
quando matam um Sem Terra.
Foi assim nesta jornada,
quando mataram mais um,
o companheiro Elton Brum,
não teve tempo prá nada.
Numa arma disparada,
o Estado é quem enterra
e uma vida se encerra
em nome da covardia.
Toda a nossa rebeldia,
quando matam um Sem Terra.
È o desatino fardado,
armado até os dentes,
até esquecem que são gente,
quando estão do outro lado.
E vestidos de soldado,
todo o sonho dilacera,
violência prolifera,
tiro certeiro, fatal.
Beiram o irracional,
quando matam um Sem Terra.
Quem és tu torturador,
que tanta dor desatas,
desanimas e maltratas
o humilde plantador?
Negas a classe, traidor,
do povo tudo se gera,
te esqueces deveras,
debaixo de um capacete.
Dá a ordem o Gabinete,
quando matam um Sem Terra.
Em algum lugar da pampa,
Elton deve de estar,
tranquilo no caminhar,
jeito humilde na estampa.
E algum céu se descampa,
coragem se retempera,
outras batalhas se espera,
dois projetos em disputa.
Não se desiste da luta,
quando matam um Sem Terra.
(Para Elton Brum MST/RS, assassinado covardemente pelas costas, em 24.08.09)
VIDA REDONDA
A terra é redonda,
nossa vida em círculos,
nossa caminhada,
parábolas.
Alianças são elos.
Tudo que vai, volta.
Tudo que gira,
volta ao início.
Meia volta dia,
meia volta noite.
Um princípio e um fim.
Mesmo que nossa vida,
sejam de muitos rodopios,
façamos de cada ida,
uma volta diferente,
desviando do que for ruim.
Desejo a todos as Almas Amigas o perfume precioso do Amor.
Este que brota da Terra e que desce do Céu.
Este que aquece o coração como um Sol.
Este que a brisa traz no farfalhar das asas das Fadas.
SOLITUDE
Meus dias parecem noite
Ninguém me enxerga
Ninguém me ouve
Ninguém me abraça
A terra não me rala
A chuva não me molha
O fogo não me queima
Perdi a fome de viver
Estou aos pedaços
Mas sigo me alimentando
Com pedaços de amor
Pingos de esperança
E pitadas de boas ações
E com meus passos mancos
Ando errante
Subo aquela mesma...
Escada abatida
Atravesso aquela mesma...
Rua aborrecida
Sou quase atropelado
Pelos zumbis desenfreados
Pelo stress que me rodeia
E quase não me enxergo
Quase não me ouço
Quase descanso em paz
Mas permaneço quase vivo
Dormindo quase acordado
Nos braços da solitude.
Mistérios nunca me impressionaram, porque sempre respeitei os limites do céu e da terra, me preocupo em escutar a voz que sai de mim, principalmente na calada da noite, posso escuta-la com perfeição no mais profundo silêncio, mas isso não me torna a mais ou menos perfeita na comunicação interior, com a força do meu eu, sei que tudo posso e nada temo, porque busco a mim mesma sempre!
Não perco o meu tempo desejando mal a ninguém, meu tempo é tão curto e tão precioso nessa Terra, que nenhum mal, saíra de minha boca ou dos meus pensamentos.
Sou 70% água, 30% terra e 100% emoção, por isso às vezes me evaporo para habitar nuvens, depois renasço e frutifico, e tantas vezes a chuva me salga os olhos.
A nostalgia pode gerar um comportamento anormal em indivíduos que foram afastados da sua terra natal ou separados da sua família. É um sentimento semelhante à saudade mas tende sempre a aumentar.
Dizem que os homens românticos foram banidos da terra.
Eu pergunto será ? e ao mesmo tempo deixo minha opinião ou resposta.
Digo que existe sim,são homens que procuram ficar atrás do seu computador,as vezes sozinho em seu quarto,
aqueles mais discretos no meio da multidões os famosos tímidos poetas modernos nascidos em época errada.
Quem sou eu ? sou apenas mais um sonhador que ainda acredita no amor verdadeiro.
Quando se afirmou pela primeira vez que o Sol é imóvel e que a Terra gira em torno dele, o senso comum da humanidade declarou falsa doutrina; mas o velho ditado "Vox populi, vox Dei", como todo o filósofo sabe, não se admite em matéria científica.
Mais sujeira que tem na rua, tem de seres humanos
E mais poluente que a sujeira da terra
É a língua do ser humano
"Nenhuma religião há, em toda a terra, que ensine esta doutrina da justificação; eu mesmo, ainda que a ensine publicamente, com grande dificuldade a creio em particular."
Terra dos Sonhos
Por uma rota obscura e solitária, Assombrado apenas por anjos doentes, Onde um Fantasma, chamado Noite,
Em um trono negro, reina erguido,
Eu alcancei essas terras há tempos,
De uma escuridão completa de Thule-
De um clima selvagem e estranho que está, sublime,
Fora do Espaço -fora o Tempo.
Vales sem fim e cheias sem limites, E abismos, cavernas e bosques tităs,
Com formas que nenhum homem pode descobrir Pois os orvalhos pingam de todos os lados; Montanhas ruindo cada vez mais Em mares sem costas; Mares, que aspiram inquietos, Ondulando em céus de fogo; Lagos, que se tendem infinitamente Suas águas solitárias solitárias e mortas Suas águas paradas paradas e geladas Com as neves do lírio. Perto dos lagos que então se espalham Suas águas solitárias, solitárias e mortas – Suas åguas tristes, tristes e frias Com as neves do lírio caido Nas montanhas – perto do rio, Murmurando humildemente, murmurando eternamente Perto dos bosques cinzentos – perto do pântano, Onde o sapo e a salamandra acampam
Perto dos lagos sombrios e piscinas Onde habitam os Espíritos, – Em cada pedaço, o mais maldito - Em cada canto, mais melancolia – La o viajante encontra, horrorizado, Lembranças cobertas do Passado – Formas cobertas que se assustam e suspiram Ao passarem pelo errante - Formas cobertas de vestes brancas, de amigos que se foram, Em agonia, para a Terra - e para o Céu. Para o coração, cujos infortúnios são incontáveis É uma região pacifica e calmante – Para o espírito, que caminha em sombra E- ah, é um Eldorado! Mas o viajante, atravessando-a, Não pode – não ousa - olhar abertamente; Nunca seus mistérios são expostos Ao frágil olho humano; Assim deseja o seu Rei, que proibiu Que se abrisse a tampa; E assim a triste Alma que aqui passa Suporta através de vidros escuros. Por uma rota escura e solitária Assombrado apenas por anjos doentes Onde um Fantasma, chamado Noite, Em um trono negro, reina erguido, Voltei para casa há muito tempo Desta completa escuridão de Thule.
