Terminou vai ser Melhor assim

A verdade pode ser interessante, mas não é indispensável.

Querer ser do seu tempo é estar, já, ultrapassado.

O homem é o único ser que, ao nascer, nu sobre a terra nua, é abandonado ao vagido e ao pranto; e nenhum animal é mais propenso às lágrimas do que ele, desde o início da vida.

Se nos é impossível permanecermos puros, não tentemos ser artistas.

É mais fácil ser-se amante que marido, pela simples razão de que é mais difícil ter espírito todos os dias do que dizer coisas bonitas de quando em quando.

A felicidade é como o sol, e a sombra tem de ser, para que o ser humano se sinta bem.

A vida é uma coisa muito complicada. E toda a questão de ser ou de não ser consiste em encontrar-se nesta confusão.

O embaraço parece ser a única possibilidade de compreensão entre pais e filhos.

Um tapinha nas costas, apesar de ser apenas algumas vértebras de distância de um chute no traseiro, está quilômetros adiante em resultados.

O poema deve ser como a estrela que é um mundo e parece um diamante.

O tédio é de certo modo o mais sublime dos sentimentos humanos. O não poder ser satisfeito por nenhuma coisa terrena nem, por assim dizer, pela terra inteira. Por isso o tédio é pouco conhecido dos homens sem importância, e pouquíssimo ou nada dos outros animais.

Quase se poderia dizer que só existo na medida em que existo para o outro e, no limite: ser é amar.

O ser, o ter e o fazer são como triângulo, no qual cada lado serve de apoio para os demais. Não há conflito entre eles.

Pois bem, que é que o autor coloca nos seus livros? O que ele não é e gostaria de ser, como nos sonhos. Os livros são desejos recalcados, atos falhos.

Não existe prazer que não diminua ao ser conhecido.

Aquilo cuja existência pudesse ser demonstrada não seria nem poderia ser Deus.

Preferia ser o primeiro nesta aldeia do que o segundo em Roma.

O papel do marido atraiçoado continuará a ser ridículo até o dia em que a sociedade reconhecer que a honra é uma propriedade como qualquer outra, e que, roubado esse património, o desprezo, como punição do delito, deve cair não no que sofre, mas sim no que perpetrou o roubo.

Mais vale ser-se parvo do que morto.

O desejo transforma o ser de que nos aproximamos num monstro que não se parece com ele.