Tempo Devagar

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“A Vida Possível”


Estou aprendendo, devagar, a doer do jeito comum,
sem catástrofe, sem desespero
apenas essa dor doméstica
que todos carregam e ninguém confessa.
E quando a chuva finalmente der trégua,
quando eu me acostumar a esse mal-estar que não mata,
talvez eu encontre o caminho de volta:
não para a vida de antes,
mas para a vida possível.


Isaac Ordous

Eu sei que a pressa me empurra pro fim, e só de pensar já pesa pra mim,
por isso eu beijo devagar, amo forte, sem medo, porque viver correndo é partir mais cedo...

“Arrogância não mata devagar. Mata quando você acha que já venceu.”

O sábio caminha devagar, mas chega fundo.

Veem-me cinzento.
Mas não é por falta de cor —
é por não pintarem devagar.

Não sou o que mostro.
Sou o que seguro para não cair.
O que calei para não ferir.
O que deixei por dizer
quando me disseram que já não havia tempo.

Aprendi a vestir sombras
com a dignidade de quem sabe
que até a noite tem camadas.

Ergui castelos no ar
com mapas rasgados.
Com linhas tortas, sim,
mas desenhadas com silêncio aceso.

Procurei luz sem a pedir.
Preferi arder por dentro
a que me apontassem o fogo.

E quando me disseram que o mundo era
preto ou branco,
guardei as cores no bolso.
Não para esconder —
mas para que alguém as quisesse ver.

Sou feito de todas as coisas
que não se veem à primeira.
De silêncios que gritam.
De memórias que ainda não aconteceram.
De palavras que nasceram antes da boca.

Não preciso de ser lido.
Mas se me lerem, que não me distorçam.
Procurem a cor, não as trevas.
As que tremem.
As que resistem.
As que sou.

“Eu te quebro devagar, mas reconstruo do jeito que eu quiser.”


“Tiro a tua paz sem levantar a voz. É assim que começa a sedução.”


“Eu não minto… só conto a verdade no momento exato para te desarmar.”


“Se eu quiser, te prendo sem te tocar. Sedução não é toque, é controle.”

"Eu só quero que o dia passe bem devagar e que a noite não corra tanto."

Tudo na vida é morte, mas há quem morra devagar, tentando ainda viver um pouco mais.

Enquanto o dia infinito sem sol se arrastava, eu piscava devagar para o teto rachado, onde aranhas teciam teias preguiçosas como minhas próprias desculpas. "A banda parar de tocar", murmurava para mim mesmo, ecoando aquela frase quebrada que o usuário jogara, talvez um erro de digitação, talvez um grito abafado de uma mente cansada como a minha. Mas que banda? A orquestra invisível da vida, com seus violinos desafinados e tambores surdos, que nunca parava de martelar na cabeça, mesmo quando eu implorava pelo silêncio?

Sozinho no sofá que cheirava a mofo e memórias podres, eu rolava para o lado, evitando o esforço de acender a luz. Amargo era o resíduo do café na língua, misturado ao gosto metálico da derrota autoimposta. A preguiça me ancorava, uma âncora enferrujada no fundo, de um mar de nada, onde peixes mortos flutuavam como promessas quebradas. Por que me mexer? O mundo lá fora, com suas corridas e risos forçados, não sentia minha falta e eu, solitário rei de um reino vazio, não sentia falta dele.

Deixei os pensamentos vagarem como nuvens cinzentas, preguiçosos demais para chover. O tigre flamejante?
Agora era só um gatinho ronronando debilmente, sua fúria dissipada no ar úmido. A morte, ah, ela demorava, preguiçosa como eu, talvez deitada em seu próprio sofá eterno, esperando que eu a chamasse. Mas eu não chamava. Somente esperava, no vazio que se expandia, engolindo horas como um buraco negro faminto. Continuei assim, ou melhor, parei de continuar porque no fim, o que era a história senão uma sucessão de nadas, amargos e solitários, ecoando até o silêncio final.

Já acabou o verão,
mas ainda sinto
no meu peito
os nossos poentes
a derreterem devagar.

O desgosto é um silêncio pesado dentro da alma. Não grita, mas corrói devagar. É o choque entre o que esperávamos e o que a vida entregou, uma ferida que não sangra por fora, mas exige do coração uma força que ele nem sempre estava pronto para dar. O desgosto não é apenas um sentimento — é um peso que o corpo inteiro aprende a carregar.

Quando seu coração parecer que está saindo pra fora é porque ele está pedindo calma, vamos devagar ou simplesmente fique e fique sem tarefas, apenas, fique.

Vivemos com pressa, mas a alma respira devagar. Quando tudo parecer agitado demais, abranda. O que é essencial não grita — sussurra. Para ouvi-lo, é preciso silêncio por dentro. Hoje, escolhe caminhar com leveza. O que for teu virá no tempo certo. O que não for, partirá sem dor. Confia no ritmo da vida.

Vejo pessoas por aí
andando bem devagar
você acabou de entrar e já vai sair
mesmo você não estando no mesmo lugar
que todas essas pessoas .


Me libertei de tristezas
desviciei de fraquezas
e todas as minhas fortalezas
agora estão se acumulando.


Tenho muitos sonhos
mas não sonho nada
de noite no meu quarto
eu fico parada
na imensidão da noite.

Quando o Amor Espera na Porta


Ela caminha devagar pelos dias,
como quem ajeita o coração antes do passo.
O amor lhe bate à porta — suave, paciente —
mas ela, com medo de abrir, gira a maçaneta do tempo
e posterga o instante que poderia ser abraço.


Guarda na bolsa desculpas pequenas,
nas mãos, incertezas que tremem.
O primeiro encontro é um barco ancorado,
pronto para partir…
mas ela ainda revisita marés antigas
para ver se pode confiar no vento.


Ele espera do lado de fora,
não como quem exige,
mas como quem reconhece a beleza
de um jardim que floresce no seu ritmo.
E ela, mesmo sem admitir,
registra em silêncio a presença dele
como quem anota um sonho que talvez aconteça.


Ah, se ela soubesse —
o amor não pede pressa,
pede coragem.
A vida não exige certezas,
exige passos.


Talvez amanhã…
ou no próximo suspiro…
ela abra a porta.
E descubra que, às vezes,
o encontro que mais tememos
é exatamente o que o destino
sempre quis entregar.


Escrito por Clayton Leite

Há um brilho que dança em seus olhos,
um tremor doce nos lábios,
uma paixão que arde devagar,
como fogo que nunca se apaga.

A bênção sem obedecer é como comida envenenada, parece boa, mata devagar.

Te conhecer foi como ouvir uma canção inédita, dessas que entram devagar, mas tomam conta da alma num segundo.


E quanto mais eu te descobria,
mais notas surgiam —
um solo de ternura,
um compasso de paz,
um silêncio bonito que só existe
quando dois corações se entendem.


Hoje, quando penso em nós,
é como deixar essa música
tocar no repeat:


não canso, não enjoa,
porque foi você quem virou
a minha melodia favorita da vida.


P.silva3

Ando bem devagar, mais não paro.
Meus pés estão calejados, minha
alma se sente desprotegida, mais
sei que mesmo com toda dor, mesmo
com toda perda e dificuldades que
estou enfrentando, Deus esta no
controle, e hoje apenas junto minhas
mãos em sinal de oração, e me coloco
nas presença daquele que me conhece,
me acolhe e me ampara.
Senhor esta noite a única coisa que te
peço, é que me faça ser Forte, para
aguentar esta dor que invade minha
pequena Alma.

GOTINHAS DE AMOR 🌈
por Rosana Figueira


Gotinhas de amor caem devagar,
tocam o peito, fazem cuidar.
No olhar da criança, um mundo a brilhar,
e cada gesto simples ensina a amar.


Na escola, no abraço, no jeito de ouvir,
é que a infância aprende e começa a florir.
Porque amor pequenininho, quando cai no coração,
vira rio de ternura…
e acolhe qualquer mão. 💛