Reflexão sobre o tempo e o amor
AINDA QUE O TEMPO
Ainda que o tempo passe
E desligue da minha memória
Dissipando todo entendimento
Do instante, do agora
E apague a lembrança
De tudo que vivemos um dia
Meus olhos haverão
De externarem felizes
Os mais lindos momentos vividos
De amor, carinho, harmonia.
Porque ninguém nessa vida
Viverá mais feliz que nós!
O tempo passa, a velhice chega
E nos pega de surpresa
Sem conveniência, sem cabimento
E apaga da nossa memória
O ontem, o hoje, cada momento.
Portanto, ainda que o tempo
Desgaste minha memória...
E QUANDO O TEMPO
E quando o tempo
soberbo zombar de mim
sei que não será preciso
encobrir o rosto para disfarçar
marcas e cicatrizes adquiridas
ao longo dos dias, dos anos
imutáveis a essa evidência
porque na verdade minh'alma
já protagonizou as (in)perfeições
desta minha existência!
O passado de algum tempo atrás realmente é um passado, mas o passado ontem ainda é mais recente que qualquer presente.
Quando você disse que me amava eu achei que fosse sério
Que era certo.
Mas o tempo passa e você ver
Que o amor mesmo é incerto.
Dividir palavras em silêncio.
Em momentos que só quem ama pode entender.
sei que eu posso tá levando a sério
Mas porque você não ver,
No meu olhar
Ao te ver passar
eu me rendo e te prendo aonde que que eu vá.
E na instancia eu vivo e morro ao te procurar.
No pensar
Ao te ver dormir
Tenho certeza ao acordar
você volta pra mim.
E na instancia eu vivo e morro ao te encontrar.
Lembro de um tempo atrás.
Um tempo na qual éramos nós, um tempo que era nosso.
Um tempo mágico em meio ao caos do dia a dia.
Como uma melodia suas promessas e desejos construíram uma alta torre de esperança no meu coração.
E lá no alto eu me vi preso com você, preso em um amor ao qual me mostrou que era real.
Eu fechei os olhos e não me importei de ficar ali, era confortável.
Eu lembro daquele tempo.
Assim, mais uma vez mudou a estação, nuvens carregadas apareceram encobrindo o sol, ventos fortes começaram a soprar uma nova estação movida por suas mãos.
Estação de medo, insegurança ou imaturidade, até hoje eu não sei...
E os seus ventos me levaram para longe, e eu fui...
Lembrando daquelas velhas melodias interrompidas por seus risos e gemidos fortes, intensidade marcada na pele.
Lembranças as quais não sei se não passaram de lembranças.
Por mais que eu queira dar um passo, você se mostra sempre atrás.
Sua insegurança fere a minha esperança.
Você até se aproxima sem movimentos bruscos, mas sempre acaba perdido nos seus próprios anseios antes mesmo de qualquer coisa.
Eu não sei se posso esperar.
Eu não sei se posso continuar.
Eu não sei como vai ser.
Eu só faço uma prece e peço, se existe alguém lá em cima, o qual senti nossas emoções e desejos, que faça você perceber, o quanto você mesmo se fere e não consegue ver o quanto eu ainda amo você!
EIS-ME AQUI OUTRA VEZ
Depois de algum
tempo passado
eis-me aqui outra vez...
Se estou aqui de volta
é porque o próprio tempo
trata de apagar cicatrizes
se naquela época
não podemos ser felizes
por que não hoje?
Hoje talvez quem sabe
você me compreenda
e depois do tempo decorrido
tudo possa mudar
inclusive, a história, o lugar
e agora fazer sentido.
Vem, vamos recomeçar...?
EM CERTA OCASIÃO
Em certa ocasião
me perguntaram:
de que é feito teu tempo?
Respondi com precisão:
de alegria, paz e sorte
pois, se no meu norte
só existe amor, carinho
e uma imensa ternura
provinda por tanta gratidão!
TEM HORAS QUE O TEMPO
Tem horas que o tempo
parece ser eterno...
é quando meu pensamento
voa e faz lembrar você.
Faz lembrar seu sorriso
abraços sentidos, repartidos
beijos ardentes, enlouquecidos
por tanto amor, tanto querer!
Tem horas que o tempo
parece ser passageiro...
é quando sem pensar em nada
me sinto perdido, aturdido
E as breves recordações
misturam-se alheias ao amor
que de tanto dissabor
perderam-se no tempo sem explicações.
ENTRE UM SUSPIRO E OUTRO
Entre um suspiro e outro
nós nos perdemos no tempo
no tempo que de tanto amar
não sabíamos distinguir
se o que vivíamos no momento
era presente, passado, vindouro
e ali permanecemos atentos
atentos, despertos, vibrantes
perdidos ao nosso alheamento
porque de tanto querer, desejar
nós não sabíamos distinguir
melhor tempo para nos amar!
CORAÇÃO PERDIDO
Meu coração
batia tão forte
descompassado
que em determinado
tempo, momento
parei pra poder respirar...
Respirei fundo
contei até dez vinte...
e voltei a olhá-la
com olhar disfarçado
era tudo que eu queria
mas não podia acreditar:
sentada à mesa
com as pernas cruzadas
olhava-me de soslaio
como bicho traiçoeiro
louco (a) pra me atacar.
Pensei ainda aturdido:
não tem mesmo jeito
este coração perdido
ainda sofre por tanto amar!
"Ela é como um passarinho que pousou em minha mão, ela saiu por um tempo, ao retornar ela escolhe ficar. Assim deve ser o amor, algo que não prende ninguém, algo que faz com que se sinta livre, apesar de preferir estar em um só coração."
E QUANDO O TEMPO... (POEMA)
E quando tempo
insofismavelmente
zombar de mim...
a ele, nada direi
apenas deixarei
que as cicatrizes
falem por si só
e ele sem pena nem dó
haverá de tripudiar-me
alegando que nada
quando criança reclamei
É certo! E por ser verdade
verdadeira, absoluta
mostrarei a ele que
em toda minha vida
durante o decorrer da labuta
a única coisa compensável
que fiz e sempre adorei
foi que amei, amei, amei!
E QUANDO O TEMPO...
Insofismavelmente, o tempo chegará. Chegará da mesma forma que nos foi dado um dia o privilégio se sermos contemplados com o milagre da vida. Muitas vezes o tempo passa tão depressa que nem percebemos que ele passou mais depressa que nós. Significa dizer que, se o tempo passou depressa demais, é porque a vida é curta. E assim, num piscar de olhos quando paramos pra analisar nossas vidas, temos a sensação de não a termos vivido na sua plenitude. Porque o corpo físico já começa a dar sinais de velhice. Os cabelos começam a envelhecer de forma que todas às vezes que os penteamos, vamos diagnosticando cada vez mais, mais cabelos brancos. As rugas, vão aos poucos, se apoderando da pele lisa, brilhosa dos nossos rostos. Nossas mãos começam a ficarem enrugadas. Começam também as dores nas articulações. São os chamados problemas da idade, em que as metamorfoses do corpo começam a nos incomodar. No homem, o hormônio da testosterona, começa a dar sinais de que alguma coisa não anda bem e já não funciona com a mesma potencialidade. Nas mulheres, em dado momento, os hormônios ficam desorientados é quando a mulher percebe que perdeu o período certo da ovulação. Aí, perguntamos a nós mesmos, e agora? Agora pode ser tarde demais pois, a velhice já se encontra alojada dentro de nós.
O que certamente minimizará a culpa das nossas vaidades é se durante esse período, no plano terrestre, tivermos plantado a semente do amor. E, sobretudo, se o amor não foi desperdiçado ao longo do tempo, com leviandades, então haverá uma razão contundente para que vivamos os restos dos nossos dias com mais coragem e determinação para enfrentarmos os desafios que a velhice proporciona.
DEPOIS DE TANTO TEMPO
Depois de tanto tempo
vivido, passado
nós continuamos assim...
como se fosse o agora
a’quela nossa primeira vez
nada mudou, muito pelo contrário
tudo em absoluto
permanece estável, resoluto
e somos felizes!
Somos felizes como quem
transborda alegria, felicidade, paz
sem contar no tempo hora, dia
e com a mesma satisfação, alegria
nos amamos cada vez muito mais!
A PRINCÍPIO
A princípio nada falei
deixei apenas que o tempo
repensasse vagarosamente
sobre tudo que fora dito
assim, deliberada e silenciosamente
refletindo palavra por palavra
resolvi me despedir
mas antes de partir
decidi expressar meu pensamento:
Dize que amar não é nada?
Então, de que te serve a alma?
De que te serve esse corpo insano?
Deverias repensar teus desenganos!
Agis como quem incredulamente
renega o próprio ser existente.
Mas, se foste tu mesmo
que escolheste ser gerado e nascer
do ventre daquela mulher
que com seu amor incondicional
te fez o mais perfeito e digno mortal?
Continuas a duvidar?
PRESENTE DE ANIVERSÁRIO
Era tempo das vacas ainda mais magras. Não haveria festa muito menos presente, porém aquele aniversário não passaria despercebido, com certeza haveria um amiudado bolinho e nele quatorze palitos de fósforos enfiados, seguido de um vibrante e caloroso parabéns pra você, nesta data, Querida... porque era assim que todos os irmãos a chamavam carinhosamente.
Noite do dia 13de outubro do ano de 1971, passava das nove da noite e ali estávamos todos em volta da larga mesa, aguardando ansiosamente o grande momento.
O ventre enorme, pois, já passava de nove meses de gestação, dificultava as passadas de nossa mãe, que encaminhava-se lentamente com óbolo na mão e uma sensação inquieta de dor em seu semblante, seguia para saudarmos a aniversariante. Acendem-se as velas (palitos de fósforos), apagam-se as luzes, começa-se o canto que interrompe-se brevemente, ao nossa mãe anunciar a ruptura da bolsa. Sempre fora uma mulher valente, corajosa, boa parideira, destemida, porém terna e muito meiga.
Naquele momento, o extinto de mãe estava interrogativo, pressagiando o futuro. A essa altura, Teresa não se controlava, transferia o sorriso escancarado, pelo choro lacrimoso. Permanecia naquela aflição, até nossa mãe ao consolá-la, falar-lhe: "Não chore, eu preciso muito de você e de sua ajuda, essa criança que está prestes a nascer será sua, e dela você cuidará, será seu presente de aniversário."
Então, Teresa novamente mudava seu aspecto fisionômico, agora era toda sorriso, felicidade.
As pernas longas e ágeis, encurtou o caminho e pouco tempo depois, Teresa já esbarrava-se a nossa porta com o taxi previamente acertado, uma rural Willis de cor azule branco de propriedade de seu Zé-maleiro, motorista dos mais antigos de nossa cidade, hoje falecido.
Enquanto o carro encobria-se na primeira curva ficávamos os sete irmãos daquela época na calçada com a mão direita acenando enquanto a esquerda segurava ainda a fatia do bolo, amparados por nosso pai, que naqueles dias encontrava-se enfermo.
Teresa a partir daquele momento seria não só a acompanhante de nossa mãe, mas também porta voz de toda família. E não a largou mais...passou a noite, o dia amanheceu, veio a tarde as dores multiplicavam-se e prolongavam-se até que concomitantemente com um grande blecaute em nossa cidade neste exato momento, nascia um belo garoto no apagar das luzes, nossa mãe decidiu colocar o nome de André Luís, puro espírito de luz.
Teresa estava radiante, teria ganho um belo presente, nossa mãe adormeceu, mais pela exaustão, que propriamente sono. Aquela noite seguiu angustiante com o bebê que não cessava um segundo aquele choro e Teresa sem saber o que fazer... Decidiu coloca-lo ao seu lado da cama de acompanhante, ele gostou tanto do quentinho do corpo, agora de sua nova mãe, que se acalmou, adormecendo. Pela manhã, a enfermeira ao chegar para cuidar de nossa mãe, perguntava pelo bebê. Onde está? Teresa acordou com a voz apreensiva de nossa mãe, também a perguntar: "Teresa, onde está o nosso bebê?". E Teresa acordando sonolenta e assustada sem saber o que estava acontecendo, só descobrindo com o choro mingado, que vinha por baixo dela, teria dormido por cima dele, quase sufocando seu presente de aniversário!
"Apagou a Luz do dia, pra a Lua entrar e o Sol ficar na janela do Tempo, no silêncio da Noite escutando o riso das estrelas e sentindo os beijos do universo..."
Vivemos em uma sociedade descartável, deixamos de ser homens faz tempo. Estamos tão atolados em nossos afazeres, em demonstrarmos o quanto somos bons e poderosos que esquecemos das coisas mais simples que nós cercam, o sorriso da sua mulher, um abraço de um filho, um eu te amo sincero e aquele abraço seguido de um ''estou com você''. Brincamos com sentimentos, destruímos pessoas, construímos nossos sonhos utilizando pessoas como degraus. Nessa ânsia de provar masculinidade, destruímos a nos mesmos. Esquecemos quem somos, perdemos o caráter de Cristo que deveria refletir em nós sentimentos totalmente opostos do que demonstramos no decorrer dos dias, amor, respeito, perdão. Estamos com a mão na porta da maçaneta de saída disso tudo, mas insistimos em olhar para trás e o nosso coração pecaminoso deseja voltar para os prazeres carnais, a ordem é: QUEIME TUDO ! Apague o seu passado, peça desculpas a todos que você feriu, se reconheça inferior a todos e sinta a necessidade de se humilhar. Siga os passos de Jesus, imite Jesus, se preencha nele. Eu te entendo, muita das vezes quando somos confrontados e determinadas situações doí, machuca, pedir perdão doí muito mais do que perdoar na maioria das vezes. Seja mais que um discípulo, seja amigo de Jesus, frequente os lugares que ele pode ir com você, esteja com pessoas e converse assuntos que ele pode conversar. Ria das coisas que ele acharia graça e chore com aqueles que ele choraria. Impregne o cheiro dele em você, conviva com ele ao ponto de olharem para você e não conseguirem distinguir, seja um imitador de Cristo ! Mas antes, mate a sua carne e coloque um fim nas relações com o mundo, QUEIME AS PONTES, se reconheça fraco e busque ajuda em Deus, só assim você se tornará forte.
