Reflexão sobre o tempo e o amor
Cometi o erro de abraçar fantasmas,
aquele tipo de abraço que sufoca a alma.
Pedi perdão ao tempo, por nunca o ter deixado partir,
por prendê-lo demais, assim como prendo a fumaça do cigarro em meu pulmão, êxtase.
Vivi em um labirinto de memórias, onde cada curva me levava ao mesmo ponto: o que poderia ter sido? Corredores vazios, sussurros do passado.
Se soubesse antes o que sei agora, teria feito do amanhã o meu refúgio, a certeza da incerteza, cada novo dia uma forma diferente de ver as coisas, sem pressão, sem arrependimentos.
Mas aqui estou, um pouco mais cansado, um pouco mais sábio, e percebo, enfim, que o passado é um livro já lido, e o futuro, ah, o futuro é a página em branco onde eu posso finalmente escrever minha história.
Soltar a fumaça presa no pulmão, me libertar dessa ilusão.
𝖯𝗈𝗂𝗌 𝖾́…
𝙽𝖺 𝗏𝖾𝗋𝖽𝖺𝖽𝖾 𝗇𝖺̃𝗈 𝗌𝖺𝖻𝖾𝗆𝗈𝗌 𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗇𝗈𝗌 𝖾𝗌𝗉𝖾𝗋𝖺 𝖽𝗈 𝗈𝗎𝗍𝗋𝗈 𝗅𝖺𝖽𝗈
𝖤𝗇𝗍𝖺̃𝗈 𝗏𝗂𝗏𝖺 𝗂𝗇𝗍𝖾𝗇𝗌𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝖾
𝖯𝗈𝗋𝗊𝗎𝖾 𝖽𝖺𝗊𝗎𝗂 𝖺 𝗉𝗈𝗎𝖼𝗈 𝗉𝗈𝖽𝖾𝗆𝗈𝗌 𝖾𝗌𝗍𝖺𝗋
𝙾𝗎𝗏𝗂𝗇𝖽𝗈 𝗇𝗈𝗌𝗌𝖺 𝗎́𝗅𝗍𝗂𝗆𝖺 𝗆𝗎́𝗌𝗂𝖼𝖺
𝖫𝖾𝗇𝖽𝗈 𝗇𝗈𝗌𝗌𝗈 𝗎́𝗅𝗍𝗂𝗆𝗈 𝗅𝗂𝗏𝗋𝗈
𝖥𝖺𝗓𝖾𝗇𝖽𝗈 𝗇𝗈𝗌𝗌𝖺 𝗎́𝗅𝗍𝗂𝗆𝖺 𝗏𝗂𝖺𝗀𝖾𝗆
𝖥𝖺𝗅𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖺𝗆𝖺𝗆𝗈𝗌 𝗉𝖾𝗅𝖺 𝗎́𝗅𝗍𝗂𝗆𝖺 𝗏𝖾𝗓
𝖣𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗈 𝗎́𝗅𝗍𝗂𝗆𝗈 𝖺𝖻𝗋𝖺𝖼̧𝗈 𝖾𝗆 𝗇𝗈𝗌𝗌𝖺 𝖿𝖺𝗆𝗂́𝗅𝗂𝖺
𝖭𝗈𝗌 𝗇𝗈𝗌𝗌𝗈𝗌 𝗉𝖺𝗂𝗌 𝗈𝗎 𝖾𝗆 𝗇𝗈𝗌𝗌𝗈𝗌 𝖿𝗂𝗅𝗁𝗈𝗌
𝖤𝗇𝗍𝖺̃𝗈 𝖾𝗌𝖼𝗈𝗅𝗁𝖺 𝗆𝗎𝗂𝗍𝗈 𝖻𝖾𝗆 𝖼𝗈𝗆𝗈 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝗀𝖺𝗌𝗍𝖺 𝗈 𝗌𝖾𝗎 𝗍𝖾𝗆𝗉𝗈
𝖠𝖥𝖨𝖭𝖠𝖫 𝖲𝖮𝖬𝖮𝖲 𝖳𝖮𝖣𝖮𝖲 𝖬𝖮𝖬𝖤𝖭𝖳𝖮𝖲 𝖤 𝖤𝖫𝖤𝖲 𝖯𝖠𝖲𝖲𝖠𝖬 𝖬𝖴𝖨𝖳𝖮 𝖱𝖠́𝖯𝖨𝖣𝖮
Para ser feliz e grato pela sua vida aqui na Terra, você precisa tentar viver sempre o agora, o momento presente. Pois, quando vivemos no passado, algo que não podemos mudar, caímos em depressão. E quando vivemos no futuro, algo que ainda não aconteceu e não sabemos se ocorrerá da forma que gostaríamos, ficamos ansiosos, agitados e sem paciência. Por isso, viva o agora com gratidão e amor, pois é no presente que você define o momento de sorrir ou chorar.
"Perca mais do seu tempo com quem ri das suas piadas bobas e se interessa por seus assuntos inúteis.
Mas não perca nunca mais o seu tempo com quem deixou de te levar a sério"
Se eu pudesse voar, estaria ao chão, pois o medo de cair me faria esquecer que o céu sempre foi meu porto seguro. Porém, hoje me vejo como um animal terrestre sem liberdade alguma para seguir, pois atolado nessa área movediça, nada mais me resta que não seja o sucumbir inevitável do meu ser, pelo simples fato de achar que estava em terra firme ao me imaginar voando sobre o céu que me cercava enquanto caminhava sem medo.
O coração é capaz de suportar tudo e ao mesmo tempo nada. Algumas pessoas se renovam quando feridas sangram e revelam cicatrizes, outras são capazes de se prenderem na dor por não resistirem o processo movido pela cura... algumas pessoas escolhem se perderem mesmo quando a saída parece tão clara, outras criam em meio aos espinhos novos caminhos que a levará em diversos lugares.
Para seguir enfrente precisamos, apenas de alguém que nos ame, sem precisarmos nos preocupar que precisamos seguir enfrente.
Minha consciência se parte, em mil pedaços quentes,
Invasora das minhas noites, dos meus dias ardentes.
Como posso amar, se amor nunca recebi?
O que é o amor, se nunca o senti em mim?
Espero olhares, atenção, mas o silêncio impera,
Ninguém me vê, ninguém me espera.
Sou múltiplo, sou visões de cada ser,
Fragmentado, difuso, difícil de se perceber.
Quando me ergo, logo sou roubado,
Quando conquisto, sou invejado.
Tenho medo de mim, da minha própria mente,
Ela pode me ferir, me fazer inconsequente.
Temo a felicidade, essa névoa passageira,
Que pode ser falsa, efêmera e traiçoeira.
E o amor? Ah, o amor, uma dor que não entendo,
Feito de mentiras e interesses, um jogo que não defendo.
Verdadeiro amor é o que liberta,
Mas também acolhe quando a volta é incerta.
Felicidade, ilusão que o tempo tece,
Existe e não existe, como o tempo que nos enlouquece.
Não sei se sou feliz, se sou amado,
Mas sei que estou, em mentes espalhado.
Cada um cria uma imagem de quem sou,
Mas a verdade, essa ninguém alcançou.
Sou mistério, sou sombra, sou eco no ar,
Ninguém sabe quando vou, quando vou falar.
E para descobrir quem sou, quem me tornei,
Somente eu, talvez, jamais saberei.
Como posso amar, se nem a mim eu pertenço?
Me saboto ao ver o ideal, meu próprio cárcere imenso.
Por que amar, se amor nunca conheci?
Se ninguém me tocou, se ninguém surgiu para mim?
Eu sou do silêncio, da solidão confortável,
Poucas palavras, uma vida impenetrável.
Feliz estou quando estou só,
Mas se alguém invade, sinto-me em pó.
Cada um me vê de um jeito diferente,
Alegre, triste, bravo, indiferente.
Sou o reflexo do que sentem por mim,
Mas eu, no espelho, nunca me vi assim.
Vivo nas sombras, sem me encontrar,
Espero, um dia, pela gratidão chegar.
Ajudo sem esperar nada em troca,
Mas a alegria deles me faz sentir mais forte.
Quando sorriem, sinto-me leve,
Quando choram, o peso em mim se atreve.
Ser bom ou ruim, já não sei discernir,
Só sei que a pena eu não quero pedir.
Queria que entendessem quem sou de verdade,
Mas como, se em mim, também há essa dualidade?
Subo, mas querem me manter no chão,
Quando conquisto, olham-me com estranha visão.
Comemoro suas vitórias, com o coração aberto,
Mas quando é minha vez, o olhar é deserto.
Percebi, querem que eu permaneça pequeno,
Subordinado, preso no mesmo terreno.
Falam que desejam meu crescimento,
Mas na verdade, temem o meu alento.
Inveja, essa planta que cresce no escuro,
Amar é complexo, e o respeito é tão duro.
O amor, agora entendo, é ilusão,
Ninguém ama, ninguém com devoção.
Neste mundo, dor e sofrimento imperam,
Os pequenos momentos de luz logo se encerram.
Damos o melhor, com o que nos foi dado,
Oportunidades raras, conhecimento moldado.
E no fim, talvez seja melhor assim,
Sozinhos, em paz, sem esperar o "fim".
Sem reembolso
Não falta energia para iluminar a nossa relação, talvez ande faltando um golpe de vento mais forte.
Mesmo num show do outro lado do mundo eu sentiria sua vibração e encontraria você.
No fundo, no fundo nós sabemos que não existe reembolso de tempo para dois corações com o mesmo ritmo de batidas.
Na balança do amor existe de um lado o peso e do outro o incentivo, então devemos escolher entre o que nos fará bem ou o que nos deixará loucos.
Um Encontro de Lembranças Ardentes
Na quietude da noite, uma lembrança tua veio como um sussurro suave, despertando em mim uma mistura de saudade e desejo. Recordo-me da nossa primeira vez, quando o tempo pareceu desaparecer, e apenas nós dois existíamos no calor da paixão.
A noite estava envolta em mistério, e nossos corpos ansiosos dançavam ao ritmo da luxúria, como se fosse a primeira e a última vez. No silêncio do quarto, tua voz sussurrava desejos, teus olhos refletiam o fogo da paixão, e eu me perdia na profundidade do teu ser.
Lembro-me vividamente do toque suave da tua pele, da forma como teus lábios buscavam os meus em busca de um amor ardente, e da maneira como te entregavas sem reservas, explorando cada canto do meu ser com ternura e paixão.
Na penumbra do quarto de motel, nossos corpos se entrelaçaram em um ballet de prazer e emoção, onde cada movimento era uma sinfonia de gemidos e suspiros, e cada carícia era uma promessa de amor eterno.
E naquele momento de êxtase, quando nossos corpos se uniram em uma dança divina, o mundo exterior desapareceu, deixando apenas o eco dos nossos corações batendo em uníssono, como se fossem uma só alma apaixonada.
Hoje, ao relembrar aquela noite de paixão desenfreada, sinto-me tomado por um desejo intenso de reviver cada instante ao teu lado, de mergulhar novamente nas profundezas do teu ser e de me perder nos labirintos do teu amor.
Que essa lembrança avive em ti a mesma chama de desejo e paixão que arde em mim, e que possamos nos reencontrar em um novo capítulo dessa história de amor que transcende o tempo e o espaço.
Com amor e saudade,
Ítalo do Couto Ferreira.
Não me faz surpresa, quando tua voz se transforma em música.
Uma hora, sou recém chegado. Em outra, estou partindo.
Também posso estar no meio do caminho ou em qualquer lugar, entre o começo e o fim.
Sempre estarei.
Não importa meu tamanho, meu colorido, meu material ou imaterial.
Meu conhecer ou não conhecer.
Hoje, como sempre, nada importa, mesmo o que importou.
O que foi, não mais será. O que será, será.
Meus pés ainda caminham no chão do tempo.
Sozinho ou acompanhado, continuarei, até mudar o rumo.
Aprenda a deixar ir
O tempo.
Os amigos.
As conversas.
Inclusive os amores platônicos,
O almoço em família,
O jogo de futebol,
Assim como as folhas das árvores.
Quem sabe até o metrô,
Sua atual música favorita,
Tua velha mochila de alça quebrada
E seu sapato tão especial?
Nada é pra sempre,
Nem mesmo você.
Aprenda a deixar-se ir,
Mas nunca se esqueça do essencial.
A vida é sobre memórias,
Amar e ser amado,
Contar histórias
E pensar no destino inato.
Mesmo que, no fim,
Tudo, tudo mesmo,
Também, um dia será esquecido,
Sem nenhuma importância ou intensidade.
Portanto, ria.
Chore.
Diz que ama
E seja legal.
Por que não?
Ser extraordinário não é surreal.
É fazer o ordinário todo santo dia.
Seja apenas uma pessoa real.
Não Trate Alguém como um Curativo 🩹 para preencher um buraco vazio, se não a ama deixe a ir, Curativo se desprende da Ferida com o Tempo. ⌛
Em uma tarde silenciosa, onde os raios dourados do sol dançavam suavemente pelas cortinas entreabertas, eu me encontrava perdido em minhas lembranças. Os ecos do passado ecoavam em minha mente, cada riso, cada lágrima, cada momento compartilhado contigo.
Meus olhos se perdiam no horizonte, buscando a calmaria que só a lembrança do seu sorriso me trazia. Era como se você ainda estivesse ali, entre as sombras suaves da tarde, sussurrando palavras de conforto e promessas de eternidade.
Eu me via envolto em uma mistura de amor e dor, uma sinfonia de sentimentos que parecia nunca ter fim. Cada batida do meu coração era um eco do passado, uma melodia que só nós dois conhecíamos.
Seu sorriso, eternizado em minha alma, era a luz que me guiava através das sombras da saudade. Mesmo na ausência física, você permanecia viva dentro de mim, como uma chama que nunca se apaga.
E assim, na quietude da tarde, eu descobria que o verdadeiro amor transcende o tempo e o espaço, deixando uma marca indelével no meu coração. Seu sorriso, seu amor, sua presença, seriam para sempre minha fonte de inspiração, minha razão de ser. E assim, eu seguia adiante, carregando comigo a esperança de que, onde quer que estejamos, nossos destinos estão entrelaçados para sempre.
Às vezes, a vida se revela tirânica, despertando em nós a vontade de não prosseguir. No entanto, vida é jornada constante, onde mesmo quando paramos, ela persiste no fluxo ininterrupto do tempo.
- Silêncio e Solidão
O silêncio e a solidão são como dois amigos,
que nos acompanham em momentos de quietude. Eles nos convidam a olhar para dentro de nós, e encontrar a paz e a luz que existe em nossa plenitude.
No silêncio, podemos ouvir a voz do nosso ser,
que muitas vezes se perde no ruído do mundo.
Podemos sentir o bater do nosso coração e encontrar respostas para as perguntas mais profundas.
Na solidão, mergulhamos em nosso próprio mundo, podemos encontrar a tranquilidade que precisamos. Somos livres para viajar por nossos pensamentos, e descobrir novas maneiras de nos expressarmos.
O silêncio e a solidão são dois amigos que jamais falham, que sempre estarão ao nosso lado quando precisarmos.
Eles nos dão a coragem para enfrentar nossos medos, e a sabedoria para seguir em frente com paz e amor no coração.
TEMPO DE ENCANTOS
Mostram-se belos versos com exaltação
Cá no soneto de afeto e aura dourada
Cheio de canção e de perfumada toada
Que compassa o agrado e a sensação
A prosa se veste de esplendor e paixão
E em derradeira sedução, fica gravada
No sentimento, no tempo, pela estrada
Bailando na alma em graciosa emoção
Inesquecíveis poéticas, tão atraentes
Divinamente, às lembranças vertentes
Prozando excessivas distintas alegrias
Enquanto o ardor dorme sua realeza
Tempo de encantos, cordial singeleza
Ornando com amor a desejada poesia.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 fevereiro, 2024, 09’58” – Araguari, MG
