Temerei pela minha Espécie
Há, por exemplo, entre as mariposas, certa espécie noturna da qual as fêmeas são em número muito mais reduzido do que os machos. As mariposas se reproduzem da mesma maneira que todos os outros insetos: o macho fecunda a fêmea, e esta põe ovos. Quando se captura uma dessas fêmeas (e numerosos naturalistas já comprovaram o fato), os machos vão dar ao lugar onde ela se encontra prisioneira, depois de voarem vários quilômetros de distância, viajando horas e horas através da noite. Presta atenção! A vários quilômetros de distância os machos sentem a presença da única fêmea existente nas imediações. Tentou-se buscar uma explicação para o fato, mas é muito difícil de explicar. Talvez os machos tenham o sentido do olfato extraordinariamente desenvolvido, como os bons cães de caça, que conseguem achar e seguir um rastro imperceptível. Compreendes? A Natureza está cheia de fatos como este, que ninguém consegue explicar. Mas imagino que se, entre essas mariposas, as fêmeas fossem tão freqüentes quanto os machos, estes talvez não tivessem um olfato tão fino. Se o têm é porque se viram na necessidade de exercitá-lo a tal ponto e a intensificar sua sensibilidade. Quando um animal ou um homem orienta toda a sua atenção e toda a sua força de vontade para determinado fim, acaba por consegui-lo. O mesmo acontece com o que antes dizíamos. Se observarmos uma pessoa com suficiente atenção, acabaremos por saber mais a seu respeito do que a própria pessoa.
(...) É necessário perguntar-se sempre, duvidar sempre. Mas a coisa é muito simples. Se uma dessas mariposas noturnas de que falamos pretendesse orientar toda a sua vontade em direção a uma estrela ou a outro fim semelhante, é claro que nada conseguiria. Mas nem sequer pretende isso. Busca apenas o que tem para ela um sentido e um valor, algo que lhe é necessário e de que não pode prescindir. E é então precisamente quando consegue também o inacreditável: desenvolver um sexto sentido, que só ela possui entre todos os animais. Nós, os homens, temos um campo de ação muito mais vasto e interesses mais amplos do que os animais. Mas também nós nos achamos inscritos num círculo relativamente pequeno e não conseguimos ultrapassá-lo. Posso imaginar muitas coisas, imaginar, por exemplo, que meu maior desejo seria chegar ao Pólo Norte ou algo semelhante; mas só poderei querer isso com suficiente intensidade e realizar esse desejo quando ele realmente existir em mim e todo o meu ser se achar penetrado por ele. Quando isso acontece, quando intentas algo que te é ordenado de dentro do teu próprio ser, acabas por consegui-lo e podes atrelar tua vontade como se fosse um animal de tiro. Se eu me esforçasse agora no sentido de que, por exemplo, o nosso pároco não usasse óculos, não haveria de conseguir nada. Seria apenas um jogo. Mas, quando no outono passado, surgiu em mim o firme propósito de mudar de lugar na classe, tudo aconteceu maravilhosamente. Logo apareceu um aluno, que até então estivera doente e cujo nome começava por uma letra anterior à inicial do meu, e como alguém devesse dar-lhe o lugar nos primeiros bancos, fui eu, desde logo, quem lhe cedeu o lugar, precisamente porque minha vontade já se encontrava preparada para aproveitar a primeira ocasião.
(Demian)
Reproduzimos a nossa espécie estabelecendo contato entre os genes do pai com os genes da mãe. Estes fatores hereditários podem ser dispostos num número quase infinito. Física e mentalmente, cada um de nós é exclusivo. Qualquer cultura, que no interesse da eficácia, ou em nome de qualquer dogma político ou religioso, procura padronizar o indivíduo humano, comete um ultraje contra a natureza biológica do homem.
(Admirável Mundo Novo)
Todos os homens são aptos a perpetuar a espécie;
mas a natureza forma e escolhe
aqueles que são dignos de perpetuar uma idéia.
Quando enfim eu nasci minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré
Estou com fome de alguma coisa que nem sei o nome, uma espécie de mistura mágica que possa anestesiar o estômago e alimentar a alma.
"Racistas só podem ser alguma espécie inferior aos Homo sapiens, que aflora, infelizmente em dias
atuais como um vírus incrustado na demência pior: a burrice! Herança Maldita!
Até hoje não sabem o que é adaptação ao meio, o por que da porcentagem e a existência da melanina na nossa pele, dentre outras características fenotípicas, piorou entender o momento genótipo. Coitados! É o unico prazer/orgarmo, que tem na vida... Triste vida... Eu não posso ter pena!!"
Os animais quando atacam os seres humanos ou outros animais da sua espécie, se baseiam na auto defesa ou na cadeia alimentar. Relativo ao instinto!
Mas e os seres humanos, atacam baseados em quê?
Na ganância?!
Pensem o que quiserem a meu respeito, eu não ligo. Sou uma espécie rara, sou liberto, sou desapegado, sou pleno e aceito a minha vida como ela é. Enquanto muitos buscam um amor sincero, amigos verdadeiros e uma consciência tranqüila, eu estou aqui, à sombra do sossego e desfrutando há tempos de todas essas conquistas. E nem venham me dizer que é apenas sorte. Na verdade, pra ter o que se quer, a gente tem que merecer. Quer também? Então faça por onde.
Eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém.
A sátira é uma espécie de espelho onde aqueles que o fitam descobrem a cara de toda a gente, menos a sua.
Universidade da Vida
Precisamos aprender que a vida é uma espécie de balança, onde de um lado colocamos as alegrias e de outro as tristezas.
No lado alegre acumulamos todos os bons momentos, as risadas, os amores e tudo que nos faz revigorar a alma. Já do outro lado colocamos nossas decepções, erros, despedidas e amarguras.
Agora a grande questão é saber o que pesa mais: As alegrias ou as tristezas?
Temos a mania de dar um peso muito maior as alegrias nos momentos de muita felicidade, aí a balança desequilibra levando o lado alegre lá pra baixo e o triste fica no alto se exibindo. Mas no meio de tanta felicidade esquecemos que ele existe, e deixamos de nos preparar para os maus momentos da vida. Que vão sempre existir.
Talvez isso explique porque quando as tristezas aparecem damos tanto peso e tanta importância, como se o lado da alegria se esvaziasse por completo.
O segredo de tudo na vida está no meio termo, ninguém é 100% feliz, da mesma forma que ninguém é 100% triste.
Então mude o nome dos lados da sua balança e talvez isso facilite as coisas!
Vamos chamar a o lado triste de “Aprender” e o lado feliz de “Ensinar”.
Encare o “Aprender”, olhe todas os erros, decepções, amarguras, tristezas, perdas e desamores, ali depositados. Não olhe para eles tentando revive-los, ou para achar culpados e muito menos pra se autopunir.
Olhe como um aprendiz e extraia de cada momento lições de vida, ensinamentos de como agir, como cuidar do amor, como não ferir as pessoas.
Faça o mesmo com o “Ensinar”, com a óptica das alegrias que você deu para aqueles que ama e o que recebeu de felicidade. Lembre-se de quando seu filho aprendeu a escrever e o quanto você o ajudou a conquistar aquele feito.
Mudando essa forma de enxergar a balança mudamos também o peso dos bons e maus momentos da vida, pois entendemos que em todos eles estamos continuamente aprendendo e ensinando. Então percebemos que por mais que tenhamos a mania de valorizar mais um lado. A balança da vida está sempre em equilíbrio, com leves subidas e descidas. Que são momentos onde estamos precisando aprender ou ensinar mais.
A universidade da vida é isso, cada dia uma aula, sem roteiro predeterminado, onde as suas decisões é que vão definir as próximas lições a serem aprendidas ou ensinadas.
Grande parte dos seres humanos apenas existe e não vive, passando seus dias numa espécie de estágio vegetativo devido à falta de consciência de si mesmo e do mundo.
A atividade da leitura não pegou na nossa espécie.
Às vezes, um casal é uma espécie de caos e ambos estão perdidos. Às vezes lutamos juntos, às vezes lutamos sozinhos, e às vezes lutamos um contra o outro, isso acontece.
Aos zés-ninguém é que cabe a função de propagar a espécie, aos outros, a de contribuir para o desenvolvimento intelectual, para a felicidade dos seus semelhantes.
