Te Curto de Montao
Alunos solicitam mais aulas de espanhol, porque a professora é bonita. A falta da beleza será uma barreira à inteligência? Se os professores forem concursados pela aparência como modelos fotográficos, poucos alunos prosperariam para o magistério. Sou feio, mas não como você!
Talvez seja esse o motivo dos alunos não se dedicarem aos estudos! A beleza de quem os ensina não é inspiradora! Não sei o que será, se o sistema é feio e burocrático, aberto a abusos e aberrações, está cheio de professores velhos e feios que não morrem nunca e com a aposentadoria dificultada.(CiFA
A falta da beleza sempre foi inimiga da ignorância. E a feiura do líder torna feia a beleza da gente. 'Em que espelho ficou perdida a minha face?'
O rio e a flor
Eu sou o rio que passa
Que encantado se espanta
Com a beleza da flor
Que me observa e canta.
Oh não deixes, mim leva!
Não quero ser prisioneira
Do galho que me segura
E me mantém na ribanceira.
Tão livre e solto a passar
Tanto chão a percorrer
O vento te acariciando
E o sol a te aquecer.
E eu aqui vou ficando
De saudades definhando
Vou murchando até morrer.
E como rio que sou
Não posso parar meu curso
Não quero me estagnar
Para não perder o pulso
O meu destino é o mar
Contornar os obstáculos
E adiante passar.
Aprendi com o Éric Weil, e nunca esqueci: Em política, ou você se coloca na posição do governante e julga as coisas nessa escala, ou cala a boca e não enche o saco.
Diálogo antigo (1986):
Rama P. Coomaraswamy: -- Em esoterismo, toda questão tem duas respostas: Sim e Não.
Olavo: -- Isso é verdade ou não?
Uma história ter um sentido profundíssimo, valioso, revelador, não significa que ela tenha acontecido realmente. A verdade da Poesia não é a verdade da História. Nunca conheci um aficionado de história esotérica que entendesse claramente essa distinção, ou que pelo menos não se esquecesse dela com frequência.
E a vida se esvai, aos poucos, e viventes em letargia, insensíveis no acaso, seguindo lento ou acelerado passo, não percebe em seu marrasmo, como passa leve brisa, ou nefasto vendaval, extingue se vida, vivida ou indiferente, segue a sina ante todos, pois quais, somos sim vapores, manifestamos neste mundo e tão logo esvaecemos.
"'Excelle, et tu vivras', ensinava Joubert -- o escritor que ilustrou pessoalmente a sua máxima, sobrevivendo a si mesmo pela pura excelência do seu estilo.
Até os anos 60 ou 70 do século passado, o poder incomparável da excelência era não só uma obviedade patente para todos os escritores brasileiros, mas um princípio orientador de toda a sua atividade.
Hoje em dia esse princípio parece que simplesmente desapareceu das consciências, tal a intensidade crédula com que os pretendentes a escritores e intelectuais apostam em outras coisas: o apoio grupal, a solidariedade militante, as boas relações, o emprego universitário, etc. etc., tentando insuflar um simulacro de vida em algo que já nasceu morto."
Resposta
Até hoje, ninguém foi capaz de medir seu tamanho...
Ora, como medir a imensidão do seu olhar celeste
E tempestuoso, e calmo, cujo tesouro tramo?!
Poderia rumar para todos os lados, para leste, oeste
Ainda, não seria capaz de medir seu tamanho
Quando o primor da admiração no peito crepita
Acesa pelo encanto de fitá-la bem vinda
Acredite, não é preciso mensurá-la
Apenas, compreendê-la em sua imensidão
De síntese de furacão, do caos ao coração.
Como desvendá-la se é mulher infinita?!
Um universo em expansão....
Só o livre debate entre intelectuais independentes pode criar uma atmosfera na qual a verdade tenha alguma chance de prevalecer, mas esse tipo de debate tornou-se impossível a partir do momento em que, na segunda metade do século XX, toda atividade intelectual foi cada vez mais monopolizada pelas universidades. A classe acadêmica tem muita consciência de que o seu poder de pressão sobre a sociedade depende da existência de um consenso acadêmico, de uma opinião dominante que possa ser apresentada em público não como convicção pessoal deste ou daquele indivíduo, mas como convicção geral da classe. Todo debate, dentro dessa comunidade, torna-se assim apenas um momento dialético na formação do consenso destinado a absorver as opiniões divergentes numa conclusão final representativa da classe acadêmica como um todo e investida, portanto, de 'autoridade científica'. O critério, aí, só pode ser o mesmo do 'centralismo democrático' leninista, no qual a troca de opiniões é livre somente até o momento em que se forma o consenso; a partir daí, cada participante do debate tem de abdicar da sua opinião própria e tornar-se um porta-voz do consenso.
OUÇO A MELODIA DAS PALAVRAS
As qualidades sonoras das palavras são inegáveis; seus poderes, indiscutíveis. E seus rítimos são diversificados, sedutores e, para todos os gostos.
A musicalidade que procede das palavras é doce e audível; às vezes amarga e pode ferir os ouvintes. Mas no geral acalanta as almas e enche o mundo de beleza. Quando bem ordenadas.
Busco constantemente, nas palavras, os sons que me fazem bem ou me aprazem. Nelas, ouço os ruídos do meu corpo, em movimento ou inerte.
No momento em que tudo se cala a minha volta, lá estão elas se fazendo ouvir. Nas batidas e no compasso do meu coração.
Somente por um pouco de tempo; depois se vão de mim, cumprir outras funções. Sonorizar outros ares e cair na graça de outros ouvidos. Até que em outro momento as ouvirei em novas versões. As palavras são vivas e mutantes: umas vão e outras vêm.
No enredo de minha história, o som das palavras me acompanha. E quando as escrevo e leio em alta voz, canto com elas a melodia do amor. E em grande estilo me refaço e me revejo como um cantor.
O timbre das palavras e a modulação da voz, de quem as cantam, me acalmam imensamente.
A música está presente em minhas narrativas e tiro proveito disso, quando as ouço em minha escrita.
Portanto prosseguirei ouvindo belas canções das palavras que cruzam meu caminho. Ao serem rebuscadas ou, vindo a mim, espontaneamente.
(22.05.18)