Talvez eu Esteja Precisando de Voce

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ao pé da janela
dormimos no chão
eu e o luar

Voa bem-te-vi,
enquanto o sol é promessa
e eu tenho as janelas.

Não quero saber em que língua a ópera será cantada - desde que seja em uma língua que eu não entenda

Se eu tivesse encontrado mais dificuldades na minha juventude, eu teria conhecido mais alegrias.

Chuva cai lá fora
No batuque das goteiras.
Eu durmo tranqüilo.

Eu acredito em geral em um dualismo entre fatos e as idéias destes fatos nas mentes humanas.

Eu limpo meus óculos
mas vejo que me enganei.
É lua nublada.

Os espíritos valem conforme aquilo que exigem. Eu valho aquilo que quero.

Entre as ruas, eu,
e em mim, eu em outras ruas,
sob a mesma noite.

Sem eu’s nunca existirá nós. O nós é feito de eu’s.

Dez anos atrás eu rachava uma pedra de gelo ao meio com o jato do mijo. Hoje não empurro nem bola de naftalina.

Recife. Ponte Buarque de Macedo.
Eu, indo em direção à casa do Agra,
Assombrado com a minha sombra magra,
Pensava no Destino, e tinha medo!

Na austera abóbada alta o fósforo alvo
Das estrelas luzia... O calçamento
Sáxeo, de asfalto rijo, atro e vidrento,
Copiava a polidez de um crânio calvo.

Lembro-me bem. A ponte era comprida,
E a minha sombra enorme enchia a ponte,
Como uma pele de rinoceronte
Estendida por toda a minha vida!

A noite fecundava o ovo dos vícios
Animais. Do carvão da treva imensa
Caía um ar danado de doença
Sobre a cara geral dos edifícios!

Tal uma horda feroz de cães famintos,
Atravessando uma estação deserta,
Uivava dentro do eu, com a boca aberta,
A matilha espantada dos instintos!

Era como se, na alma da cidade,
Profundamente lúbrica e revolta,
Mostrando as carnes, uma besta solta
Soltasse o berro da animalidade.

E aprofundando o raciocínio obscuro,
Eu vi, então, à luz de áureos reflexos,
O trabalho genésico dos sexos,
Fazendo à noite os homens do Futuro.

Augusto dos Anjos

Nota: Trecho de "As Cismas do Destino": Link

Eu me chamo Zé Limeira
De Lima, limão, limança
A estrada de São Bento
Bezerro de vaca mansa
Valha-me Nossa Senhora
Tão bombardeando a França!

Fim de estação. Eu continuei a viagem
Para além do fim da estação.

Quantos eram? Quatro,
Cinco, poucos mais.

Casas, caminhos, nuvens,
Enseadas azuis, montanhas
Abrem as suas portas

durante o teu sonho
eu brinco com as nuvens
e tu não sabes de nada

É simples: se Deus existe, eu serei a primeira a ser informada.

gato no galho,
bem-te-vis na janela,
e eu no telhado

Eu escrevo para libertar o meu cérebro, não para atravancar o dos outros.

Eu sabia que o meu filho era mortal.

Não exibas tanto o esplendor dos teus dentes. Eu sei que são postiços. Mas há quem não sabe, dizes. Pois. Mas ainda que eu não soubesse, sabia-lo tu. Fecha a boca.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

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