Tag urbana
Não use a Palavra de Deus como vestes para esconder sua vergonha pois são as primeiras que caem ao chão na hora de nossos pecados
A arte urbana é a oportunidade que o artista tem de expressão;
É aquela arte de que vem do coração.
A inspiração vinda dos periféricos;
É uma criação única, ao invés de algo genérico.
Com as cores vibrantes do grafite nas cidades;
Os olhos dos apreciadores ver a arte.
Contrastópolis (poesia)
A cidade que me adoece e cura.
Que me machuca e afaga.
Me afugenta e acolhe.
Me odeia e ama.
Me corrompe e educa.
Me toma e dá.
Me endurece e sensibiliza.
Me rouba e enriquece.
Me desumaniza e empodera.
Me amaldiçoa e bendiz.
Sem ressentimentos.
São Paulo é o Templo Divino dos Contrastes e entre seus altares quero morrer e viver.
Minha poesia é para poetas, o restante são apenas pessoas que acham que enxergam tentando ler em braille!
Quem me dera
Ao menos outra vez
Ter denovo aquele abraço
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que a nossa amizade
Valia mais que tudo que eu tinha...
(Inspirado em uma música indígena)
Como é bonita a cidade que me abriga, muito verde entre os cruzamentos das cidades satélites, quadras projetadas por grandes artistas da arquitetura e paisagismo... Um ar que soa cultural. Ipês floridos na temporada, enfeitando esquinas, trajetos, florestas e lindos campos.
Uma capelinha na pracinha, uma rua gastronômica que preserva a arte, é um quadradinho cheios de mitos, daqui saíram algumas lendas do rock nacional. Aqui é um museu a céu aberto, e por falar em céu, o grande Mar, é o mais belo. Do norte ao sul das asas, tem um lago verde, o Paranoá, que reflete toda essa riqueza azul em suas ondas arrasar.
Como é bonita nossa cidade, tão pequenina mas encanta a quem visitar, então venha cá, um tour apreciar, em cada esquina desse lugar, você vai poetizar.
todos os dias de manhã, quando o sol quiser raiar, estarei lá para te encontrar, celebrando a beleza simples de compartilhar a vida ao seu lado.
mas, é madrugada e o sol ainda não raiou. e eu já estou aqui, esperando por você. todos os dias, quando o dia começa, estou aqui para te encontrar, para celebrar a beleza simples de compartilhar a vida ao seu lado.
no silêncio da aurora, o mundo parece parar. é como se o universo conspirasse a nosso favor, unindo-nos em um instante mágico e intocável.
é nesse momento, entre o despertar da natureza e a expectativa do dia que se inicia, que nossos caminhos se entrelaçam. ali, na quietude que precede a agitação do mundo lá fora, encontramos o refúgio um no outro.
não importa quais desafios ou obstáculos o dia possa trazer, saber que estaremos ali, nesse encontro diário, traz uma paz incomparável.
o sol, testemunha silenciosa de nossa conexão, desperta a cada manhã como cúmplice dessa história que se renova a cada amanhecer. e eu estarei lá, inabalável na promessa feita, pronto para dividir sorrisos, sonhos e a eternidade de um momento que se tornará infinito na singela grandiosidade de estarmos juntos.
@26Dez023
"Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua e se entregar é uma bobagem"
Preciso de oxigênio, preciso ter amigos
Preciso ter dinheiro, preciso de carinho
Acho que te amava, agora acho que te odeio
São tudo pequenas coisas e tudo deve passar
Acho que gosto de São Paulo e gosto de São João
Gosto de São Francisco e São Sebastião
E eu gosto de meninos e meninas
A POLIFONIA DAS GRANDES REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS
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“Algo interessante de observarmos, quando avaliamos as grandes revoluções tecnológicas, é que uma revolução não costuma cancelar as conquistas das revoluções precedentes, mas se sobrepõe a elas e as incorpora. Assim, o mundo humano após a Revolução Urbana, demarcada por cidades que começavam a mudar mais uma vez a face do planeta, não eliminou o mundo trazido pela Revolução Agrícola, mas o incorporou. As sociedades humanas prosseguiram sendo sociedades agrícolas, embora agora também fossem – em pontos importantes do espaço habitado – sociedades urbanas. Na verdade, a Revolução Urbana não teria sido possível sem a Revolução Agrícola. Podemos entender a sucessão e coexistência das duas a partir de uma imagem musical: Contrapondo-se ao mundo nômade do paleolítico, a Revolução Agrícola do neolítico introduz uma nova forma de organização social – baseada em aldeias sedentárias, exigidas para a prática da agricultura, como se fosse uma melodia que começa a soar na história humana por volta de 10.000 a.C e dali se estende para o futuro. Mas entre 4.000 e 3.000 a.C surge uma nova melodia que a esta se sobrepõe – a melodia introduzida pela Revolução Urbana – e que passa a compor com a sociedade que já existia antes uma nova música”
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[BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2022. p.17-18].
AS NOVAS ERAS TECNOLÓGICAS INTRODUZEM NOVOS PADRÕES COGNITIVOS E NOVAS FORMAS DE SOCIABILIDADE
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“Uma nova era tecnológica, como a das sociedades agrícolas do Neolítico, não é obviamente caracterizada apenas pela concretude dos instrumentos materiais, mas por toda uma tecnologia igualmente abstrata, por toda uma capacidade cognitiva que é introduzida e da qual os instrumentos são apenas a face mais visível. Os humanos neolíticos não são apenas construtores de instrumentos afiados e precisos de pedra polida e de vasilhames aptos a guardar os grãos produzidos pela prática agrícola. Eles desenvolvem novas capacidades, como a de compreender os processos cíclicos e naturais e, a partir daí, tornam-se aptos a aplicar uma nova capacidade de planejamento que envolve a semeadura, o cultivo e a colheita. Os humanos da sociedade agrícola são dotados de novas virtudes que se tornam imprescindíveis para a mobilização dos novos recursos tecnológicos que foram desenvolvidos, como a virtude da paciência de aguardar e respeitar os ciclos da natureza, e a empatia necessária para transformar lobos em cães.
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De maneira análoga, os humanos que teriam a incumbência histórica de criar as primeiras civilizações urbanizadas precisarão estar aptos à divisão de trabalho, a uma multiespecialização que incluía funções diversas a serem desempenhadas por diferentes grupos como os dos guerreiros, comerciantes, artesãos, sem contar a permanência daqueles que seguiriam desempenhando as tarefas agrícolas típicas da era anterior. Era ademais um mundo que exigia grandes aglomerações e impunha trabalhos coletivos, muitas vezes obtidos de forma compulsória com a introdução do sistema escravocrata. Viver em cidades, ademais, traz novas implicações, e um contraste possível entre a cidade e o campo. As moradias distanciadas do campo passam a ser confrontadas por um novo padrão de sociabilidade instituído por habitações urbanas próximas umas das outras. Ter um vizinho de porta requer outras habilidades sociais e estratégias de bem-viver que, como os camponeses, residir a léguas da família vizinha. Ademais, os espaços mais abertos dos campos passam a ser contrastados com os muros que se tornam necessários nesta nova forma de sociedade tipificada pelas cidades. A própria cidade, aliás, precisa ser alimentada pelo campo e estimula neste último a produção de excedentes agrícolas, de modo que podemos ver como se retroalimentam as duas melodias, a que canta as singularidades de um antigo mundo agrícola já estabilizado na era anterior, e a que faz ressoar os novos acordes das civilizações urbanizadas da Antiguidade. Por fim, há muitas práticas que fazem a ligação entre as duas eras: o uso dos metais – primeiro o cobre, depois o bronze e por fim o ferro – é introduzido ao final do Neolítico, mas se tornará realmente imprescindível para as civilizações urbanizadas”
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[BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2022. p.19-20].
A POLIFONIA DAS REVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS
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“Até aqui, a polifonia de revoluções vai se completando e se entrelaçando de maneira a integrar estes três ambientes – o rural, o urbano e o industrial – ao mesmo tempo em que adentramos decisivamente esta que ficou conhecida como Era Industrial. Por outro lado, sempre é preciso se ter em vista que a introdução de uma nova revolução no cenário do desenvolvimento tecnológico humano não cancela de forma alguma as revoluções anteriores. Ao contrário, uma nova revolução transversal até costuma impulsionar as linhas relacionadas às revoluções anteriores em novas direções. Assim, os desenvolvimentos da revolução industrial no século XIX renovaram em novas bases a velha revolução agrícola, pois trouxeram a mecanização ao campo – tanto sob a forma de invenção de novas máquinas, como os tratores (1890), como através da produção de novos insumos e materiais, como os fertilizantes, sem contar a dinamização do comércio e abastecimento agrícola que se tornou possível a partir dos novos meios de transporte proporcionados pelo desenvolvimento industrial. Da mesma forma, os efeitos da violência imposta pelas transformações da revolução agrícola são reeditados em novas bases pela agricultura mecanizada das sociedades industriais, incidindo sobre suas mais tradicionais vítimas: os animais.
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Enquanto isso, esta mesma revolução industrial também permitiria que a revolução urbana se reeditasse em novas bases. As cidades se redefinem no mundo industrial: tornam-se extraordinariamente populosas, ampliam-se até o limite das conurbações. Concentradoras de gentes – e particularmente de trabalhadores – elas interagem muito apropriadamente com o emergente mundo das indústrias. Os trabalhadores são convidados a habitar as áreas periféricas menos valorizadas ou os guetos de todos os tipos; as fábricas encontram seu espaço no centro, na periferia ou no espaço de intermediação com o campo, de acordo com o que produzem e com suas demandas específicas de matéria prima e de trabalho humano. A violência da revolução urbana se redesenha: as cidades industriais abrigam agora multidões de trabalhadores vivendo em condições ainda mais questionáveis do que nas cidades antigas, medievais ou da primeira modernidade.”
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[BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital. Petrópolis: Editora Vozes, 2022. p.24-25].
Após esta ser marginal, jamais alguém vai te excluir de um grupo, de um partido, do poder, de colocá-lo à margem. Ostracismo será abolido.
Dezenove milhões de excluídos que cumpri todos os dias, sem saber se é bom ou ruim, seu dever e direitos civis e políticos de um Estado, sendo subordinados em funções iguais ou piores dos tempos de escravidão.
