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A tecnologia é algo que anda lado a lado com o tempo e, desde que surgiu não parou mais de evoluir. O que a 50 anos atrás nós só víamos em filmes de ficção hoje tem se transformado em realidade. Primeiro veio a televisão e o caos se instalou entre as famílias. Agora é a internet e os seus celulares sofisticadíssimos. Desde a sua invenção ninguém tem mais tempo para ninguém. Se por um lado é uma benção, por outro a internet tem se tornado uma verdadeira praga cibernética. Basta pensar que tudo que cura também traz em sim a semente da morte. Hoje, onde quer que alguém vá, o celular vai com ele, seja na rua, no carro, na academia, na hora das refeições e pasmem, até mesmo quando vão fazer suas necessidades fisiológicas. A dependência pelo celular aumenta à medida que novos modelos vão sendo lançados no mercado e esse processo é tão rápido que o aparelho já chega em nossas mãos ultrapassado e claro com obsolescência programada. E quanto mais os aparelhos evoluem mais as relações inter-pessoais e familiares se deterioram. Sem perceber estamos nos tornando verdadeiros escravos cibernéticos, estamos esquecendo que tudo tem um limite e mais que esquecendo, nós estamos ignorando esse limite.
Toda a tecnologia que envolve a humanidade não é causa de mentiras que se consolidam em notícias falsas; em verdade, a mastodôntica congregação virtual de indivíduos é apenas a singela ferramenta de que hoje nós dispomos. Ferramenta poderosa, porém, arriscada e imprevisível quando ao alcance dos que são burrinhos: um AK-47 carregado e destravado, amparado por um desastrado orangotango.
A Terra era um símbolo de vida. O espaço, de morte. Agora, graças ao milagre da tecnologia, podemos pescar num riacho acima do céu. As crianças podem perseguir borboletas em imensas áreas verdes.
No Brasil, tão logo se adota um avanço tecnológico para facilitar a vida do cidadão, a notícia sai das páginas de tecnologia e passa a ser tratada na página policial. Está aí o PIX que não me deixa mentir.
Em meio a pressa do mundo moderno, o homem se perdeu de si, pois em seu caminho, passou a enxergar apenas o externo.
O "ponto cego" da Inteligência Artificial é que a consciência não emerge do pensamento; é a fonte dele.
Queria viver no futuro, só pra saber o quanto de tecnologia terá nos humanos, e o quanto de humanidade terá nas máquinas
Se o cavalo diminuiu o mundo e as viagens de barco aumentaram o mundo, o motor de combustão interna tornou o mundo mágico.
Se a única coisa que vibra em você é o celular no seu bolso quando chega uma mensagem, pode ter certeza que algo precisa ser mudado.
Na espúria vida através do feed
E na vacuidade das relações através dos comentários.
A sociedade embebedou a alma de vazio e cultivou afetos inexistentes através dos likes.
Esqueceu que likes, não constituem afeto, independente do algoritmo.
Algoritmo do hedonismo contínuo, incessante busca por deleite, a fim de evadir da solidão.
Numa realidade que tudo conecta, mas nada solidifica.
Gradualmente aniquila a capacidade de desfrutar, sentir e viver aquilo que é real
Seriam os “likes” o feitiço de auto contemplação como com Narciso?
Vaidosos na busca por validação, perdem o fôlego em suas timelines, e a percepção sobre si mesmo, com seus mosaicos de alegria, avesso a vida real, a vida sem filtro.
Cordel: sobre a tecnologia
Titulo: olhando para baixo
Olhando pra baixo o dia inteiro
Navegando no rápido e fácil de encontrar
Hipnotizados pela tela de um aparelho
perdendo a capacidade de se aprofundar
É um ritual procurá-lo ao acordar
Se não encontrar dá até no corpo um tremor
Você quer ver uma família inteira brigar
É na disputa por um carregador
Os conectados solitários
Livres em uma prisão
Independentes e autoritários
Mas Incapazes de fazer uma desconexão
de baterias e mentes viciadas
Depressivas, extressadas e ansiosas
com insônia passam a noite conectadas
O dia com dor de cabeça, cansadas e desatenciosas
Procuram ao maximo ficar Isoladas
desfocadas dos rostos, focadas no visor
De relações supérfluas, inconstantes e rasas
Fecham e abrem laços como abas do navegador
Mesmo o dia inteiro ocupados
Com sensação de ineficiência
de seguidores e amigos rodeados
Carregando sempre mil K de Karência
De filtros, perfis e fotos editadas
Esperando curtidas e compartilhamentos
Ambiente de likes e cutucadas
E de incertezas nos sentimentos
Nos perguntemos quem está no comando?
Quem está na mão de quem?
O celular toca toda hora só na mente
Porque a mente infelizmente já virou Refém
Tá na hora de na play store baixar
Um aplicativo antigo de comunicação
Chamado boca pra conversar
Abraço demorado pra dar
E um aperto bem forte de mão
Lembre da live mas não esqueça a life
Esteja com o bate-papo cara a cara sempre aberto
Seja conectado não perca a vibe
Mas ligue o Wi-Fi do coração pra quem está perto
Estar com os de perto seja a maior satisfação
Mudemos de prioridades, tenhamos empatia
E que seja a mais importante notificação
Estar com a família no dia-a-dia
Esperemos o mundo inteiro acordar
E de certa forma retroceder
Levantando a cabeça pra enxergar
Que tudo que se está na tela a procurar
Está bem aqui, em tamanho real, bem a frente pra viver.
A tecnologia de deuses, ídolos e estrelas, faz da cabeça dos homens inteligentes caminhar para a autodestruição.
Poesia da Informática (14/01/2001)
Acordei um dia pensando,
porque a noite estive sonhando,
com a tal de informática,
que mundo é este moderno
apesar de ser eterno
com essas coisas fantásticas!
Antes se admirava
o que a natureza criava
não tinha coisa mais bela
os campos cheios de flores
e gente com muito amores
e uma vida singela!
Mas a tal de tecnologia
trazendo progresso e magia
quis destruir o poeta,
não tem mais rima e trova
acabou a anedota e a prosa,
acabou também a seresta?
Mas você poeta valente
não se entregue de repente,
escreva seus pensamentos
aproveite o computador
e agradeço o criador,
que a seu autor deu talento!
Não esqueça os campos fluidos
um mundo belo e querido,
a pesar de tanta violência,
peço paz ao bom Deus
para amigos seus
e para todos clemência!
Mesmo com a chegada da 5G o Brasil do século XXI, ainda tem cerca de 13 milhões de analfabetos, são necessárias politicas publicas culturais e educacionais mais abrangentes mas ao mesmo tempo é necessário resistir ao empobrecimento de currículos.
O aumento da produtividade dependerá cada vez menos de "homens fazendo" e mais de "homens pensando"
já ouviram falar da teoria do QUEIJO SUIÇO? Quanto maior o queijo, maior os buracos que ele tem dentro. Isso é uma paralelo muito triste sobre a solidão, quanto mais temos possibilidade de aumentar nossos contatos e relacionamentos através da tecnologia, maior o nosso vazio, maior a nossa sensação de estar só.
