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Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.

Entre Pai e Filho

Inquieto, sempre quis um pouco mais do que a vida
pudesse oferecer. Por esta vez, dou-me satisfeito,
entrego-me aos pequenos eventos de cada dia.

Por aqui estou; eis-me, a certa altura do solo,
nos braços da nostalgia ainda distante,
pendurado em um sorriso que se insinua.

Ei-lo, devendo-me a mim mesmo,
permitido na primavera que se inicia,
guiado por luz irregular; devagar, divagando...

Em paz, eis-me, a certa altura do solo,
tendo por vaidade, a esperança concebida,
tocado pelo doce curso da existência.

- Cedo te busco, daqui a pouco, trago-te ao colo.
Bastarás. Bastaremos. Fosse este o último ato...
Que te abram portas, os menores sonhos, meu filho!

Rubens Delfino

Se hoje eu chutei uma pedra, amanhã eu sou ciente de que posso tropeçar nela. Por isso, já vou ciente e preparado para o tombo, pensando como me levantar e me limpar.

Inserida por RubensRB

O tigre nunca recua.

Inserida por rodrigopinheiro

O conhecimento da vida é infinito. Sabe mais quem conserva a tradição.

Inserida por rodrigopinheiro

já não sei se acredito na mágica de um pensamento. Não sei se o tempo transforma a fé em realidade. Isso muda muito o meu rumo, me lançando a outras prioridades, me afastando deste mar de emoções confusas , incompreendidas que alimentavam minha expectativa de um futuro lúdico, estereótipo que nunca alcanço. Não posso mais confiar no que sinto, reduzindo o amor dedicado que com sua força supera defeitos, reclama direitos e toda hora escapa sem ecplicação. O bom da vida terá outro gosto, que não salobro de lágrimas secas, de mente formatada que já não espera notícias suas, que pouco se importa com esta batalha do teclado que ousa continuar a teclar deletado por vc que para sempre irá se esconder das verdade que nunca ei de conhecer enquanto o orgulho dominar seu voração.

Inserida por rumello

Que o amor esteja em em nossos coracoes sempre.
Que Deus seja soberano em nossas vidas, assim com O e sobre o Universo.
Que sejamos tolerantes, e clementes aos erros alheios.
Que sejamos exemplos de coragem, humildade e generosidade desde
agora.

Inserida por RubensDelfino

Os acontecimentos em nossas vidas sao como devem ser, e nao como a gente pleiteia, como a gente quer.

Inserida por RubensDelfino

Quando você estiver com crianças e ver algo que aparentemente é inútil, recolha-o, pois nuca se sabe quando ele pode ser útil.

Inserida por FamiliaFavacho

⁠Você é uma "âncora" ou "uma vela de barco" na vida de alguém? 

Inserida por RubensViannaFilho

O caminho vem a nós.

Inserida por rodrigopinheiro

⁠" Ame quem te ama, ore por quem te odeia, perdoe quem te ofendeu, deixe um legado de paz no mundo."

⁠Esperança, semente da vida,
Que em nossos corações germina,
Nos faz acreditar que há saída,
E que o amanhã será mais divina.

Rubens Alves nos ensinou,
Que a esperança é como um vento,
Que sopra forte e nos conduz,
Para além do nosso sofrimento.

Mesmo em meio à escuridão,
A esperança é luz que brilha,
Mostrando-nos a direção,
E nos dando a força que precisa.

Pois acreditar no amanhã,
É ter a certeza de que é possível,
Transformar a dor em alegria,
E viver uma vida mais incrível.

Então, sigamos firmes na jornada,
Com a esperança a nos guiar,
Pois o amanhã nos trará,
Um mundo melhor para se habitar.

Inserida por romeufelix

ANDROGINIA DE ESPELHOS

Osculei-te os lábios virginais,
ó pródiga porcelana!
Gotejavas o encanto.
Tudo o que disseras, fora, sobre nó,
um punhado de estrelas.
Depois, sorrias fausta em sonhos e reinos, sorrias arco-íris e beleza.
E eu, maior felicidade que as tuas,
via-nos reverberados em teus olhos, acariciados por quatro borboletas .

Inserida por rubens_delfino

Carta ao Mestre

Tenho medo. Muito medo. Mas este medo não é maior que a vontade de ser um pouco melhor a cada dia, de ser uma versão melhorada da própria pessoa. Eu não permito que este sentimento bloqueie o meu potencial. Eu me desafio e enfrento cada obstáculo, superando-o não por mim, porque estou espiritualmente maduro e despido dessa vaidade; luto pelos mais próximos e por aqueles que trago comigo. Brigo com todas as forças, com as mãos calejadas e a alma ferida. Luto para honrar a memória dos mestres. Luto pelo meu semelhante e por todos aqueles que de alguma forma dependem de mim, ainda que não saibam disso, ou ignorem. Luto com as minhas limitações e as limitações deste mundo quase honesto. Luto como bicho do mato. Caio. Choro. E levanto quantas vezes se fizerem necessárias, porque sou filho de Deus e senhor dos meus pensamentos e ações. Luto por mim e por você, por cada pessoa a quem tenho amor e respeito.
Por isso, continuemos nossas lutas, vencendo nossos fantasmas, impondo, pela permissão de Deus, o nosso sucesso sobre as adversidades, o nosso estado pleno de felicidade, a nossa consciência tranquila, a paz e a bondade que habita em nós. Porque isto não é para quem quer, mas para quem se esforça, para quem merece por direito.


Rubens Delfino.

Brasília, 12 de agosto de 2017.


Dedicado ao grande amigo Aparecido Tavares.

Inserida por rubens_delfino

O Vate de Itabira

Adido a meados... Não importa a que tempo histórico ocorrem os fatos, todavia interessa saber que o personagem se encontra ali, vestindo a biografia. Aldo da Costa. Mulato, pele bronzeada, alto, olhos castanhos à cor do mel, braços fortes; pernas compridas – como as de avestruz. Assim o era.
Cidade de Itabira.
Tinha a sua fama, e modéstia. Dizia ele que em sua pequena propriedade rural, de tudo prosperava um pouco. Havia cultura de hortaliças, abóbora, quiabo, vinagreira, abacate, manga, pitomba, cana-de-açúcar, etc... Ainda disputando o mesmo espaço, as criações de galináceos, e reses – dois bácoros, quatro bodes e cabras, um boi, e duas vacas leiteiras. Destas, conseguia extrair o leite matinal; o que excedia, sua mãe utilizava no preparo de coalhada, queijo e doce. Assim, seguia sob influências de homem do campo, com costumes e práticas que lhe ocupavam boa parte do tempo. Após isto, dedicava-se, acanhado, à leitura de alguns autores conhecidos da literatura brasileira – por este ato, compreendia a necessária higiene mental. Não à toa, lançava luz aos pensamentos.
Suas aspirações vinham desde cedo. Chamavam-no de poetinha. Embora não aceitasse bem a alcunha por não se tratar de Vinícius de Morais. Entretanto, as suposições populares sinalizavam para o fato dele sempre ser visto carregando papéis e livros de poesia; entre eles, trazia seus próprios versos. Mas raramente os mostrava a alguém, recitava-os só mesmo aos amigos próximos, que se incumbiam de perpetrar seu talento.


Rubens Delfino.

Inserida por rubens_delfino

Divagações


A minha alegria de estar aqui é maior que qualquer felicidade.
Às vezes, espero em alguém a promessa de existir.
Às vezes, chego bem perto de tocar o céu.
E quando às vezes é sempre e sempre não basta,
fico sem saber o que pensar,
sem experimentar o sabor das cores.
Ficarei onde estou pelo tempo além imaginado;
embora, agora, dedique às coisas do mundo a observância.
Os lampejos que surgem, são relâmpagos e trovões.
A chuva que cai, é tempestade interior.
Nos olhos, o brilho, a esperança de vida.
Uma música triste toca ao fundo de uma lágrima,
tem o peso de uma pena caída de muito alto.
Estou aqui, a este momento vazio e silencioso.


Rubens Delfino.

Inserida por rubens_delfino

CÉU DE ESTRELA

Tive saudades do que haveria de ser mais importante, tive o tempo na palma da mão,
as cores exatas de cada memória,
e uma vontade esmagadora de ficar isolado do mundo, em cima do muro, apoiado no medo, pequeno em minha sina.

Eis que o amor,
o brilho nos olhos, o sol no espírito novo;
eis que irradia fora de mim a verdade mais sincera que tanto quero bem
- e não sou dono -,
a verdade que me revela e liberta,
a forma pura e honesta, tangível e bela.
Certamente, o maior gesto de generosidade Divino,
a maior prova de amor,
a melhor razão para lutar e morrer,
de estar e viver, de ter e de ser,
de ver e de crer, de fazer e se encher de esperança,
de voltar a ser criança todos os dias.

Rubens Delfino

Inserida por rubens_delfino

Bem e Mal

De onde me trazem, para aonde me levam
estes caminhos tortos,
estas idéias fecundas que combato em mim.
Entre sóis, sempre estas,
colhidas de própria lavra,
aquilatando a qualidade das estrelas.

Mal sabes dos phantasmas que me causam assombro;
o tamanho esforço que faço, contrário a si,
de bem silenciar,
de cerrar os olhos e ouvidos,
de gritar o que começa e se encerra
de forma inesperada,
o sussurro, o sofrer,
e trazer cada diálogo aos apontamentos,
cada orvalho que te agrade saber.

Inserida por rubens_delfino

O MELHOR DE SETE MUNDOS

Seguindo os reflexos em cada espelho d'água,
espero a brevidade com a liberdade reduzida,
com os desejos guardados na mala,
com os sonhos protegidos em outra vida,
um lugar aonde não sinta a meia presença
de mil palavras em minha direção.
Finalmente, aonde eu possa me encontrar
com os próprios pensamentos, com os afãs
secretos de minha individualidade,
distante de sofrimento, deste algós que me
aprisiona às suas vontades, à sua vigilância hostil,
à sua natureza perversa, imprópria a si.

Tenho uma certeza que me importa,
a alma gasta e mal vestida
carregando as dores do mundo sozinha,
o grito mais alto preso na garganta,
a emoção sacudida às plantas dos pés.
Também tenho a palavra inventada,
a melhor versão de mim,
os primeiros raios de sol sobre a face ,
toda a esperança para expirar,
todo o verbo para jogar ao vento.

Sim, terei um canto onde eu posso cantar,
experimentar a fantasia mais simples
e gostosa, onde o pouco me contenta
e o pequeno me cabe.

Inserida por rubens_delfino

João e Maria


João vai sair e gastar o seu ócio à rua,
ser jovem tanto quanto queira,
sentar à praça, à sombra de coqueiros,
ver passar as senhoritas, e as senhoras,
apresentar-se a uma delas e saber sua graça,
declarar o seu amor à primeira vista,
dizer uma única vez que deve casar.

João vai acordar cedo de sono mal-dormido,
andar pelo passeio e pela madrugada;
subir, altivo, as ladeiras;
virar, de repente, nas esquinas;
descer com os santos as escadarias;
correr e se esconder no beco,
culpado de medo por vultos delinqüentes;
atravessar a ponte,
cruzar a cidade,
andar léguas de distância;
encontrar a casa de Maria pelo floreio,
bater à sua porta,
surpreendê-la e dar todas as respostas,
aceitar o convite para o doce lar.

João de Maria o atrevido amor;
fazê-la feliz, lado a lado;
dedicá-la os hábitos da vida;
povoar dos seus sonhos o melhor.

Inserida por rubens_delfino

FÔLEGO

Se um dia for preciso que eu corra,
que me vá sem demora ou atrasos,
que não haja quem me pertube por nada,
quem me turve os passos e a reserva,
quem ainda moleste meu tempo roto e parco.
Que me descanse ao espaço abaixo de todo ego.
Que morra!

Inserida por rubens_delfino

Presentes à luz

Perceba-se quão vulgar é celebrar a vida,
a todo momento e detalhe,
e o quanto renovamos os votos,
e nos repetimos em alegres estimas,
felizes pelas experiências, pelas trocas gentis;
tamanhas as nossas fraternidades,
as emoções seguras de calor arrefecido,
as incontáveis cores de cada primavera.

A obra incompleta importa a todo ente,
fica impressa na história,
constroe-se em memórias a cada vela acesa,
de onde se contempla a força das vidas contente.

Inserida por rubens_delfino

''O maldoso castiga com vara,o bondoso castiga dominando sua raiva.''

Inserida por RUBENSPARANHOS