Tag negros
Desejo aos meus amigos paz e serenidade para entender e conviver com os desiguais. Desejo, também, a perspicácia de um guerreiro para enfrentá-los quando estes se rebelarem contra a liberdade, as mulheres, os negros, a natureza, a humanidade.
Não existe mais espaço para se jogar futebol nas grandes cidades. Os jovens negros são as primeiras vítimas desse fenômeno.
[...] É para mim justo,
por sua morte não farei luto.
Eu a odiava, era recíproco.
Fez mal aos meus irmãos
mas passou como vulto,
não vou cantar canção,
Não lhe prestarei culto.
O cafetão que a usou,
cruel ladrão, astuto.
Feriu, engravidou[...]
Matou, tudo oculto.
Seja por ele, ou por ela,
não falarei, não farei tumulto.
Não terá traço em minha conduta
Ainda que veja em alguns, a sombra
Seu olhar não me assusta
Sua voz não me assombra.
Em mim, habita o perdão
É o núcleo da minha religião
O sonho agora tem direção,
Preto, índio ou branco, é tudo meu irmão.
Estou saudando o Atlântico negro, para que me traga notícias de lá, eu quero meu sobrenome Africano da minha linhagem familiar, pois sinto que não sou daqui, pra casa eu quero voltar
Quebrar a lógica da história das relações entre brancos e negros no país é algo complexo.
O milagre é, dadas as esmagadoras chances contra as mulheres ou negros, que muitos destes ainda tenham conseguido alcançar absoluta excelência em territórios de prerrogativa masculina e branca como a ciência, a política e as artes.
Enquanto a gente [a população negra] continuar se mostrando frágil, a gente vai continuar se colocando no canto.
O nosso grande problema não é só na questão dos negros. O nosso grande problema é a demanda.
Tentam calar meu povo, dizendo que nada faz, não querem pretos em Universidades públicas, muito menos Federais, mas o negro segue lutando e os espaços ocupando porque sempre foi capaz
PELOURINHO
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Bate na palmeira o vento
E o negro por um momento
Julga ser a brisa do mar
Mas percebe muito tarde
Que são brancos covardes
Que vieram para lhe buscar.
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Sem se despedir da família
Sob gritos que o humilham
Vê distanciarem-se os coqueiros
E num barco com outros tantos
Prisioneiros em pleno pranto
É levado ao navio negreiro.
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São centenas de nativos
Transformados em cativos
Homens, mulheres e crianças
Que no porão do navio
Passam calor, fome e frio
E perdem a noção da distância.
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Os que se mostram valentes
São presos com correntes
E obrigados a se calar
Pois com crueldade desmedida
Não relutam em lhes tirar a vida
Os lançando ao frio mar.
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Ao serem tratados feito bichos
Não entendem a razão do sacrifício
Pelo qual estão passando
Será maldição dos orixás
Ou os demônios vieram nos buscar
E para o inferno estão nos levando?
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Depois da árdua viagem
Os de maior força e coragem
Chegam ao porto estrangeiro
E aquela estranha gente
Falando numa língua diferente
Os troca por algum dinheiro.
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Vão para lugares variados
Os de sorte se tornam criados
Mas os demais que a elite avassala
Têm como destino os açoites
E as delirantes noites
No duro chão das senzalas.
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O cepo, o tronco e a peia
Lhes tiram o sangue das veias
E a sua resistente dignidade
Os grilhões e máscaras de flandres
Lhes derrubam o semblante
E eles sucumbem à saudade.
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Muitos veem nos pelourinhos
A única alternativa e caminho
Para fora da vida trágica
Pois o escravo que é forte
Encontra na própria morte
A chance de voltar à África.
Disseram que tudo ia melhorar.
Pois bem, não mentiram
Só não falaram para quem.
Não importa o século, a história só muda o cenário. E assim continuamos a mendigar serviços por meras migalhas...
Amor é como um buraco negro... Te cega da realidade dentro dele, ao redor é lindo e brilhante, e uma vez dentro dele, é difícil sair.
A dias que sei que já cheguei por este mundo como velho e que não nasci como a maioria, menino. Por isto, talvez, que tenham me colocado por nome de batismo, Abdias. O nascimento, a vida e a partida, ocorre bem diferente para certas pessoas.
Minha querida mãe me ensinou muito, através do seguinte ditado:
_O que seria das outras cores se todos gostássemos do azul?
Pois bem...
Fica nítido que somos diferentes.
Cada pessoa possui uma história única.
Por mais que passamos por situações parecidas, a forma como lidamos com isso é diferente para cada um.
Exercemos reações diferentes perante a vida (ou a morte).
Não devemos ensinar as crianças a respeitar o branco ou o negro. O correto é educar para que respeitem a todos, assim não criaremos distinções.
Querer que as pessoas possuam a mesma forma de pensar ou gostos, é normal. Porém a magica está na loucura de sermos diferentes, de podermos discutir sobre assuntos variados. Essa é a porta do conhecimento.
A única coisa que devemos ter sempre para com o outro, é o RESPEITO.
Entenda...
Voce não precisa gostar do que julga diferente, mas respeitar é teu dever.
_Catherine Andrade
Algum dia a humanidade vai saber que certos cavalos voam e mesmo sem asas...que a figura mítica do "pegasus" negros tem um fundo de verdade.
A pedagogia infantil deve promover a inclusão e ampla divulgação de uma cartilha de nossos heróis históricos nacionais brancos, indígenas e negros. A época dos heróis nacionais só esbranquiçados, já passou. A nova pedagogia deve se alinhar a nossa atual realidade brasileira.
A cabeça que me guia
é a mesma que sufoca na ignorância do homem.
As mulheres que me criaram
se envergonham das irmãs que as traem.
Os lugares por onde passo
se elevam pelo brilho que carrego.
São fotografias de um passado de dor:
retratos de sorrisos mortos,
marcas de dias tristes,
buracos de dentes tortos.
Cicatrizes da alma,
defeitos de cor,
a beleza da pele
e o desejo de amor.
É a vida negra que luta pra brilhar,
pra sair na foto,
onde o contraste da pele
é um alvo na mira.
Minhas fotografias não são preto e branco.
São preto escuro
