Tag militar
Logo após ao almoço
Deparamo-nos, ao sairmos do almoço, com um senhorzinho aparentando os seus quarenta e cinco anos; acho que um pouco mais; ah, vá lá, beirando a casa dos cinquenta. Vinha ele ao beco onde ficava o restaurante, digo, a comedoria onde costumávamos almoçar, que localizava-se em um lote comum a um conjunto de apartamentos; sua entrada abria-se à rua Dom Bosco e a saída dava-se para a Av. Conde da Boa Vista, quase que formando esquina com os logradouros; assim não era porque um posto de gasolina já fizera-se cunhal destes. Lá vinha ele, porém antes do CB João Luís, que alcançava-lhe a uns quinze passos. Ao avistar o CB João Luís, o de mesma patente, Costa, que acabara de acompanhar-me no almoço, enquadrou-se na posição de sentido em sonoridade infante/militar, em “honrarias cínico-pueris” ao miliciano que aproximava-se, anunciou-lhe a chegada: - atenção! Quando, de repente, tomando para si as atenções, respondeu-lhe com altiva firmeza e garbo de operário da construção civil, o senhor franzino, equidistante quase aos milicianos; apresentou-se vibrante: “soldado 23732-0 Nobre, Batalhão de Cavalaria Mecanizada da 7ª Região”, e antes que concluísse sua apresentação, tomado o espírito pela emoção que lhe trouxe um embargo à voz: “desculpa, fiquei emocionado ao lembrar do tempo em que servi”, conteve-se em postura esguia e reiniciou sua apresentação militar com mais fôlego ainda, e nós, em posição de sentido como manda o regulamento, honramos seus préstimos com grandeza de espírito e orgulho.
A flâmula, já mínima em mim, acendeu-se em lume voraz...
Aquela lembrança, carregada em nostalgia, traz uma bagagem pesada, de alegrias e tristezas (sofrimentos) quais que só um soldado conhece e emociona-se ao contemplá-la, como um filme que passa à mente, que se sente como combatente, soldado! Soldado que foi unido com solda, colado, ligado, preso ao ofício que lhe orna...
Mas ao mesmo tempo fico a debater-me em raciocínio: será que o tempo em que serviu ao Exército foi o único momento que serviu à(na) vida?
Será que sua emoção foi posta como um espelho à nossa frente, por aquele homem sofrido, naquele momento, encarar-nos como se ele fosse um de nós? Ou sua emoção consternada na ideia de seus brios simplórios, afetados pelo tempo e pela falta oportuna de oportunidade ao crescimento?
Oportuna, digo eu, para a engrenagem social, que sempre demanda pessoas responsáveis fustigadas em suas vaidades, suas ambições, ao ponto de submeterem-se, de corpo e alma, às intempéries sórdidas e torpes que a vida nos impõe “oportunamente”.
Que não nos esqueçamos disso: existe de fato um ser humano dentro da farda dos soldados de ambos os lados da guerra.
Bombeiro: entra onde todos estão saindo. Contra o racional humano, no contra fluxo natural do perigo.
Afirmo que qualquer pessoa consegue ingressar numa carreira acadêmica, mas numa academia militar não se pode afirmar.
É uma honra servir e proteger a sociedade, com o privilégio de ostentar na alma, o orgulho de ser mulher, mãe, policial militar.
Quem não está disposto a aguentar a dor da disciplina por um tempo, terá que aguentar a dor da derrota para sempre.
Quando ocorre uma crise em Washington, não é por acaso que a primeira pergunta que surge aos lábios de todos é: "Onde está o porta-aviões mais próximo?".
A nossa farda não abafa o ser humano que a traja;
choramos, sangramos, temos sonhos, frustrações!
Verdadeiramente unidos por uma fé inabalável,
uma vontade incorrigível de viver por um ideal!
Amo a sociedade que sirvo
e ainda, se for preciso,
por ela morrerei!
Quem já perdeu amigo, irmão, ente querido,
imagine-se aqui, e quantas vezes já chorei!
Senhor,
Tu que disseste ao infante,
“Dominai sobre todas as criaturas”,
Fazei-me forte de corpo e alma,
Dai-me a graça de saber lutar com lealdade,
E vencer com justiça,
Mas se não merecer a vitória,
Morrer com dignidade,
Infantaria! Brasil!
Nós éramos prisioneiros dos militares mas, num certo sentido, éramos também prisioneiros de nossa lógica.
É preciso uma forte espiritualidade e um excelente trabalho psicológico para que nossos heróis soldados da polícia militar se mantenham equilibrados diante de um labor tão arriscado e temerário que enfrentam no dia a dia.
ORAÇÃO POLICIAL MILITAR
Senhor, obrigado pela prerrogativa de que me deste, de servir e proteger a sociedade.
Sei que a jornada que escolhi me trará uma vida difícil e tortuosa,
do básico serei privado;
sangrarei e não serei reconhecido;
sei também que viver significa lutar, e disso não tenho medo!
Mas quando meu sofrimento passar, que minha glória seja eterna!
Que a minha arma, embora letal, seja a espada da sua justiça;
Que a minha viatura embora chegue em tempo, traga esperança àqueles que necessitam;
Que eu acredite na minha missão!
Que eu tenha um espírito livre e a sensação de dever cumprido;
Que o bem sobreponha o mal;
E como instrumento de sua providência,
eu possa realizar o impossível!
Pelo simples fato de acreditar que é possível fazê-lo!
Amém!
Já lemos sobre os falsos profetas, falsos mestres, falsos pastores, falsos Cristos e Messias, mas somente em nossos dias vemos todos eles juntos em um só propósito!
REGIME MILITAR
Não vou generalizar ,mas tolos são como uma praga, se está sol quer chuva, se está calor quer frio, se está no céu ainda prefere o inferno!
Não entendo como estes maus informados não buscam a profundo saber o que ou o que foi o regime militar antes de abrirem a sepultura e soltar os seus mortos.
Nada é pior do que um militar,
a não ser um político;
Nada é pior do que um político;
a não ser um juiz;
Nada é pior do que um juiz,
a não ser do que eles todos juntos.
