Tag metáfora
O pôquer simula a vida. Às vezes você perde, às vezes você ganha, mas o negócio é manter-se lá, jogando.
A prática intensa se assemelha um pouco a explorar uma sala escura e desconhecida. Você começa devagar, esbarra na mobília, para, pensa e recomeça. Lentamente, e um pouco dolorosamente, explora o espaço repetidas vezes, prestando atenção nos erros, estendendo um pouco o alcance para dentro da sala cada vez mais, construindo um mapa mental até que você possa se mover de forma rápida e intuitiva.
"O mito da caverna é uma linguagem simbólica ou uma metáfora, pois o que sai da caverna é a nossa consciência e não o corpo físico, aliais o corpo físico permanece interagindo com os outros, mas como criar estratégicas para despertar os outros? Só com muita sabedoria - luz da razão."
A humanidade é como um jardineiro que, ao cultivar o seu jardim, destruiu grande parte da vegetação e da matéria-prima da natureza. Ao longo dos anos, evoluiu e aprendeu muito, mas também causou muitos danos irreparáveis. Agora, muitas coisas foram destruídas e extintas, e nós mesmos somos responsáveis por isso. À medida que continuamos a evoluir, nossas ações afetam diretamente o meio ambiente, como se estivéssemos tirando o ar que respiramos.
Até um vira-lata que faz cocô em tudo acha que tem classe quando o deixamos correr pela casa.
Às vezes isso é um amigo: a silhueta de um dinossauro que atravessa um pântano e que não podemos agarrar nem chamar nem advertir de nada. São raros/estranhos os amigos: desaparecem. São muito raros/estranhos: às vezes, ao cabo de muitos anos, voltam a aparecer.
Todos nós lemos a nós mesmos e ao mundo a nossa volta para vislumbrarmos o que somos e onde estamos. Lemos para compreender ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, quase tanto como respirar, é uma de nossas funções vitais.
"Se somos galinhas aguardamos a visita do criador ao menos uma vez ao dia, se somos águias buscamos nosso próprio alimento ( pois acaso não possuímos tal capacidade?)".
Um dia a Linguagem Literal foi substituída pela figura de linguagem.
Quando bolso pesar, lembre-se que antítese alivia. Se metáfora faltar, não adianta vir com onomatopeia.
Quando o modelo resolver priorizar DITADURAS amigas, dissimula e trabalha em dobro que passa.
No caso de as contas PÚBLICAS fecharem no vermelho, põe hipérbole, jamais Comparação.
Em que incompetentes comissionados se façam presentes, prosopopeia na frente.
Basta a catacrese sentir uma sinestesia pra tomar uma antonomásia.
Aí vai bater a saudade da linguagem real e direta, que diziam doer, que diziam ser de ódio, que diziam...
Só não vale repetir que foi GOLPE, porque é ironia do destino.
Seu instrumento é como o seu lápis. Com o lápis, o artista desenha algo. E esse é o meu lápis. Esse instrumento. É a minha alma saindo.
...
Metaforando e viajando do nefasto ao fausto.
Divaguei de olhos cerrados.
Percepção do reverso.
De fora para dentro.
Descortino o cerne.
Ultrapasso dermes.
Transcendo artérias.
Excedo o que me mantém vivo.
Vislumbrei a essência.
Estou no caminho certo.
Interiorizo demasiado.
Reprimo a ânsia de externar.
Continuo em frente.
Quero beber na nascente.
Fonte que banha minha alma.
Que desvenda o imaginário.
Amigos ordinários.
Que cunharam moedas da discórdia.
E sabotaram meu triunfo.
Tudo clarificando.
No âmago, abençoando.
Cavaleiro de espada.
Tormenta estirpada.
Hora de retornar.
Sem as sombras da inveja alheia
Livre, alforria assinada in loco.
Guiei de olhos espertos.
Percepção do anverso.
De dentro para fora.
Se tivesse que usar-se de uma metáfora para definir a vida, diria que ela se assemelha a uma onda de mar. Um dia calma, leve e mansa; outro, violenta, desafiante e perigosa. O que se espera do homem é preparo constante para enfrentar as vicissitudes da vida diante de suas variações.
Enlouquecer é como voltar de viagem e encontrar a casa vazia, a despensa revirada e as camas desfeitas, porém, jamais saber quem dormiu na sua cama, quem comeu sua comida.
Máquina de escrever
Entender, sem ser entendido
Entregar tudo, sem receber nada
Acabou a tinta da máquina de escrever
E os papéis não tem nada para ler
É um loop infinito
Onde nos machucamos
E achamos bonito
Por isso ainda insistimos
Em um fogo cruzado
Um amor proibido
Cheio de obstáculos
Talvez com dias contados
Almejam que até os cento e quatro
Mas se assim não for
Aos cento e três
Provável que ainda vivam um conto inventado
Um lugar sombrio
Onde determinam sua felicidade
E dizem que você errou o caminho
Trilhando contra vontade
No peito, a inutilidade
Mas o que o incentiva
A lutar contra a humanidade
Se não resta mais uma gota de tinta
As teclas nunca param de verdade
Mas os papéis continuam em branco
Pra onde trilhou a felicidade?
Se olhar bem, ainda há muita tinta
Mas nada será escrito
Nada será eternizado
Enquanto o caminho não for encontrado
Só que o que fazer se já o acharam?
Ainda há tinta na máquina de escrever
Mas como escrever com as mãos atadas?
A tinta vai escorrer
E as mãos não poderão ser resgatadas
Outras coisas cairão no papel
Numa poça d’água salgada
Toda felicidade
Será rasgada
Se debruçar sob os pedacinhos de papel
Não farão com que aquela folha volte
Se arrependerão de terem a deixado sem tinta
De forma tão cruel
Mas porque deixar a tinta escorrer
Ainda há papel
Na máquina de escrever
Por favor, desamarre essas mãos
Mãos sedentas pelas teclas
Teclas estas que não podem tocar
Pois sua felicidade
Não está para o lado de lá
Ainda há tinta na máquina de escrever
Ainda há papel na máquina de escrever
Ainda há teclas na máquina de escrever
Mas talvez não tenhamos mais mãos
Para trilhar nossa felicidade
De verdade
Na nossa eterna
Máquina de escrever
A riqueza, como uma árvore, cresce a partir de uma simples semente. A primeira moeda de cobre que economizar será a semente a partir da qual sua árvore da riqueza crescerá. Quanto mais cedo plantá-la, mais cedo a árvore crescerá. E quanto mais fielmente alimentar e regar essa árvore com economias constantes, logo chegará o dia em que poderá abrigar-se em pleno contentamento embaixo de sua sombra.
Um bom jardineiro não deve permitir que ervas daninhas cresçam na sua plantação, muito menos que se estabeleça e prospere, do contrário, tornar-se-á passivo de ser condenado igualmente a erva daninha pelo mal causado a sua plantação.
Sabe por que o barco flutua e a pedra, não? Porque a pedra só olha para baixo. A escuridão da água é imensa e irresistível. O barco também percebe a escuridão, que tenta a todo momento dominá-lo e afundá-lo. Contudo, o barco tem um segredo. Ao contrário da pedra, seu olhar é pro alto, não pra baixo, fixo na luz que o guia, que promete maravilhas que a escuridão desconhece.
