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Desejar profundamente Deus continuará sendo apenas um anseio até experimentarmos sua presença e comunhão continuadamente!
À maluquice dos outros damos o nome de “loucura”.
À nossa própria maluquice damos o nome de “certeza”.
É justamente quando está no escuro, soterrada, isolada, solitária, incerta, esmagada e em meio ao esterco que a semente brota. Somos sementes. É precisamente a partir da tenebrosa escuridão sufocante que fertilizamos nosso renascimento. Acate esse momento, sabendo que seu lugar é mais vasto, mais alto e ensolarado. Germine-se.
O choro retido, o choro não chorado nos envenena.
Autorize-se chorar.
Talvez seja justamente isso que faltava.
Deixe a criança ferida que habita em ti chorar tudo o que nunca foi permitido para que, aí sim, ela possa te ajudar a gargalhar infinitamente.
Sejamos humanos, apenas HUMANOS.
Se a realidade te faz sofrer, não se iluda brincando de Deus, tentando transformá-la e nem tampouco banque o egoísmo vitimista para atrair piedade.
Se a realidade te faz sofrer, mude a si mesmo.
Aprendamos com a natureza, que não tenta usurpar o lugar de Deus e também não regride a bebê chorão diante de uma adversidade: frente a um parasita, a ostra produz uma pérola; sob intensa pressão, o grafite vira diamante; solo pobre e clima seco produzem os melhores vinhos.
Talvez num nível mais profundo, nada de fato nos pertença. A imensa maioria das coisas que tentamos controlar ou possuir tendem a ser meras correntes de ilusão. Mas somos, nós mesmos, “posse” do Amor. Sair do papel de “proprietário de ilusões” para o de “propriedade do Amor” não é fácil nem indolor, mas talvez seja libertador.
Que eu fosse ar para soprar ânimo em ti.
Que eu fosse água para verter teu sofrimento em lágrimas.
Que eu fosse fogo para aquecer-te de Amor.
Que eu fosse terra para semear seus sonhos.
Todavia, que você seja, acima de tudo, você.
Existe luz no fim do túnel?
Não há nenhuma luz “lá” no fim do túnel. Só pode existir luz aí dentro de você mesmo.
Se você não iluminar o caminho, pode acabar descarrilando na escuridão antes de chegar ao “fim”. Se houver alguma luz vinda de fora ótimo, ajudará a reforçar a tua própria. Caso contrário, ilumina-te a ti mesmo.
Ao conseguir fazê-lo perceberá que, na verdade, não existe túnel algum.
Onde esconderam a lógica?
Combatemos, mas não queremos ser combatidos.
Devoramos, mas não queremos engordar.
Atacamos, mas queremos ser deixados em paz.
Machucamos, mas queremos ser amados.
Melhor avisar quem escondeu a pobre coitada que a conta não está fechando.
Das incompletudes
Riqueza sem liberdade é escravidão.
Amizade sem compaixão é conluio.
Prazer sem felicidade é vício.
Família sem perdão é bando.
Conhecimento sem sabedoria é especulação.
Discurso sem ação é incoerência.
Notoriedade sem paz é histeria.
Sucesso sem gratidão é engodo.
Fé sem amor é crendice.
Eu sem você é nada.
Dois corpos não ocupam o mesmo lugar simultaneamente. Isso se chama física.
Mas duas mentes podem estar no mesmo espaço ao mesmo tempo. O nome disso é Amor.
Quando nada existia, mamãe-do-Céu me deu uma alma.
Quando precisei de abrigo, mamãe-Terra me acolheu.
Quando estive pronto, mamãe-mamãe me deu a vida.
Quando tive curiosidade, mamãe-professora me ensinou.
Quando tive medo, mamãe-sentinela me protegeu.
Quando tudo era regra, mamãe-vovó me deu liberdade.
Quando me feri, mamãe-doutora me curou.
Quando me entediei, mamãe-amiga brincou comigo.
Quando chorei, mamãe-colo me abraçou.
Quando quis amadurecer, mamãe-esposa me tornou pai.
Eu percebi que maternidade é Amor disfarçado de presente.
Todas as nossas mães, em todos os seus disfarces, entregaram-nos tudo o que há de mais importante.
Cabe-nos agora aprender que nada de relevante nos falta. Talvez o único que falte seja compartilhar esse infindável oceano de Amor que nos foi presenteado por todas elas.
Seu corpo lhe foi emprestado. Você não o criou. Honre esse empréstimo cuidando bem dele.
Não bastasse isso, sua mente também lhe foi generosamente concedida. Não é uma criação sua. Honre esse presente produzindo bons pensamentos.
Além disso, você foi agraciado com uma alma. Não foi você quem a concebeu, mas o controle dela foi gentilmente cedido a ti. Seja grato a essa dádiva, iluminando-a e compartilhando-a com Amor.
Das minhas pedras
Algumas pedras me machucaram,
Outras pedras me atrasaram,
Algumas pedras me desviaram,
Outras pedras até me derrubaram.
Com as minhas pedras eu não fiz poesia como Drummond e nem construi castelos como Quintana.
Com as minhas pedras eu APRENDI A ESCALAR.
Das minhas pedras...Ah, das minhas pedras eu me fiz.
Nosso tempo é sagradamente finito. Que aprendamos a usá-lo com sabedoria portanto. Se o desperdiçamos com medo da morte, não sobra para amar a vida.
Amadurecer não é o mesmo que envelhecer. O último é inevitável e o primeiro, opcional.
Maturidade está nas cicatrizes da alma e não nas rugas do corpo.
Não, nem o tempo nem os outros tem poder sobre a alma. Compete a cada um o processo íntimo de cura, cicatrização, evolução e amadurecimento.
A biologia diz: somos todos descendentes de um ancestral comum (corpos irmãos).
A física diz: somos todos feitos da mesma matéria primordial (partículas irmãs).
A Bíblia diz: somos todos filhos de Deus (almas irmãs).
As religiões orientais dizem: somos todos Um, partes inseparáveis de um mesmo corpo Universal (espíritos irmãos).
Se somos todos irmãos (quer sob a perspectiva científica ou religiosa), a pergunta que fica é: qual parte disso ainda não entendemos (ou preferimos negar)?
