Tag jéssica

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Mofo
Esta frio, úmido e sem previsão de calor. E bem aqui no canto mofa.
Há muito espaço para uma mente cheia,e o mofo, mofa.
Nas curvas de cada parede a um pouco dele, inofensivo, não morde, mas sua intensa cor verde se alastra. É como se fosse algo que se alimentasse do que é ruim, mas sem acabar com agonia, ele só as esconde. Ele é um resultado quando não se faz nada, quando acumula sujeira, quando se mantém parado, ele conquista sua maneira de crescer e ganhar vida, ganha vida consumindo a sua, porque o mofo? Mofa, se passar a mão ele sai, mas deixa sua raiz. Não tem outro sentindo a não ser isso, e a gente mofa o coração mofa, a vida mofa e fazemos questão disso, e além do mas, jogaremos a culpa em nosso próprio destino.

O que tem dentro de um nada? Tem muito do nada, tem muito silêncio, tem muita falta de ar. Tem horas que o coração é como o sol, que gira em torno da terra, só que ele gira em torno da razão, onde liga o modo on de sentir e deixa em off o pensar, o refletir e o questionar. Desligar a razão nos deixa extremamente vulneráveis, alguns ainda acham que ter sentimentos é o caminho para a felicidade, mas não é, ao contrário, é o caminho para a infelicidade. É a emoção que não te deixa ver o erro nítido, é a emoção que te faz amar como se fosse a última coisa a se fazer, é a emoção que faz você encher um mar de expectativa e também é dela que surge uma onda que quando vem, vem na mesma proporção, destruindo tudo o que acreditava ser bom. A emoção é traiçoeira, ela te faz viver os melhores momentos, indo de encontro com os piores, é tipo CD pirata, funciona no início, mas depois perde a qualidade, quem ama muito quebra a cara na mesma medida, não é tao bom assim ser do bem, se o bem não vem de quem só olha alguém que um dia lhe deu amor, emoção não é sistema de recompensa e nem uma lei do retorno, afinal não tem retorno, porque o retorno depende do outro e por hora ele pode ter migalhas emocionais, que só devolve o suficiente para matar a fome, mas sua fome é bem maior do que ele doa! Quando a razão tenta se meter nisso tudo, ela vem em formato de loucura, onde você parece ser a exagerada e realmente se mostra sem razão, quem solta o fio pouco em pouco, não entende quando você deixa seu carretel a disposição, e lá vem a razão que espera você se danar para então aparecer, bela utilidade. Porque o certo vem sempre depois? Porque o que é para ser, será? E o que é para ser meu ninguém vai tirar? Porque tudo esta sempre lá, bem longe? Estamos sempre contando com alguma coisa e até chegar nessa coisa, há, tem muito a se despedaçar, sabe, eu nem sei, mas acho que no nada se encontra muito mais coisas do que eu procurei em vocês.

Bem me quer
Malmequer
A muito querer dentro de si, a muitas coisas que nos faz sempre buscar outras.
Com uma linda margarida na mão, mal resisto e vou tirando pétala por pétala, pensando naquela pessoa, e torcendo para a última pétala ser bem-me-quer, isso não significa nada, uma voz dentro de mim diz; mas da um certo sentido pra mim. Como se ao cair no bem-me-quer, a pessoa estando onde estiver vai logo acabar me querendo. Engraçado, que quando a ultima pétala diz que malmequer, fico frustrada e pego outra margarida e assim vou até pegar uma que diga o que quero ouvir, ah essa obsessão, porque então continuo na busca ou até inicio a brincadeira se vou sempre tentar ouvir o que quero?
Deve ser essa vontade de bem si quer, pois nem mesmo sei o que é isso, vou esperar então, o efeito das pétalas acontecer, assim, o meu bem vai me dizer.