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VERACIDADE VORAZ
Grandiosa sensação de impotência
Vendo estouros aqui acomodado
A situação anda "russa" pra paz
A guerra já não está na iminência
E o pior que são todos eslavos
Na ambição essa luta voraz
É preciso invocar muita clemência
Na inércia nos tornamos escravos
Em frente a essa fúria mordaz
Que se possa ver na resiliência
Homens mais justos num único brado:
De que o fraterno seja o veraz!
Tem coisas que, de tão imensas, nos passam aquela proporcional mas imprecisa consciência de nossa pequenez para minimamente compreender um pouco do que ela realmente é. Shakespeare é uma dessas obras que me passam a estranha sensação de estar diante de uma jóia tão além da minha capacidade de absorver – devido à descomunal dicotomia entre nossas dimensões – que minha ignorância jamais me permitirá usufruir dela como deveria, ou ainda chegar perto da riqueza que representa.
Somos uma fina película com a imaginação de uma robusta rocha, que criamos a falsa ideia de solidez dentro de uma infinita impotência diante da finitude da vida.