Tag horizonte
É notório que todos estão no mesmo barco, mas apenas alguns olham para o horizonte. A maioria anda pelo convés a esmo e a reclamar da instabilidade do navio.
Conselhos
Busque o que não quer
e acabarás achando o que não tem
Busque o que não vê
e acabarás alcançando o que não pode tocar
Busque aquilo que está no alto
e acabarás alcançando as glórias aos vossos pés
Busque aquilo que apressa ao coração
e acabarás sentindo algo verdadeiro
Busque percorrer um caminho ao sol
e acabarás achando seu lugar à sombra
Busque olhar seus lados
e acabarás contemplando o horizonte
Só não busque aquilo que brilha
pois acabarás achando a escuridão
Não calabreie seu horizonte, não o afronte. Quanto mais primoroso for, melhor será seu epitáfio. Aqui jaz uma máquina do tempo quebrada. Vivi o pretérito, o contemporâneo e nunca o amanhã, pois ele nunca chegou. Jamais saberei como é. Mesmo que o tempo acabe, o sonho permanecerá de pé
O Mundo se acabava por de trás do horizonte, e o calendário envelhecia na parede; A distinta noção de tempo e espaço de uma criança a um adulto
E de repente, você se pega olhando para o horizonte em um estado de transe. Não! Não se preocupe, você não está tendo um momento de surto. É apenas sua alma, dando espaço para sua consciência reparar seu estado emocional
Certo dia, eu escrevi que para se estar aqui é preciso ir a outros lugares, buscar novos horizontes para não se frustar com poente sol cotidiano que a vista de cá me apresenta. Cansado do joguetes pueris dessa gente tão descolada, resta-me ir para poder ficar, esquecer de sonhos desejados, das noites em claro, dos lábios tocados, do frio arrepio que sua presença causa ao meu corpo. Extasiado com o medo da partida, nem adeus procurei dar, aos poucos você perceberá a doce ausência da minha presença em seu dia a dia, até lá terei caminhado pelos meus pensamentos, redesenhando os caminhos que só me levavam a você, embaralhando mais o confuso sentimento que me liga a você. Terei que suportar a estranha sensação de saber que você está nos braços de outrem, acalentando os desejos de moços esguios, prematuros, rasos, como quase tudo em sua vida. Quando der falta de mim, poderei não mais encontrar as velhas estradas que me levava diretamente a você. Meu velho e cansado corpo buscará aconchego em outros bares, outras esquinas, em outros copos de cerveja. No entanto, sei que conservarei o antigo desejo de compartilhar novamente com você os cigarros no meio da madrugada e o indireto beijo negado será mais uma vez partilhado sob a névoa da nicotina. Meus dedos tocarão os seus, meus olhos procurarão os seus e o fogo que incendiava meu peito novamente será aceso. Mas eu já não serei mais aquele, você não me reconhecerá, porém eu sempre serei seu.
E quando seu pior inimigo é a sua imaginação? A gente passa a sentir o que não se sente e tudo vira de cabeça pra baixo, do avesso. Tenho aversão a esse descontrole, a essa situação. Quem me dera poder passar incólume aos dias frios de inverno e lançar-me aos sonhos quentes de verão. Sem pensar, sem revirar-me, sem ter a certeza de que não dará em nada. Voar baixo nos assegura uma queda menos dolorosa, mas descobri que não tenho medo de altura e por isso sonho cada vez mais alto, porém ainda nutro o medo de cair. A única vantagem nisso tudo é a linha do horizonte infinito... que me distraí e faz-me voltar a imaginar.
LINHA DO HORIZONTE
Cabisbaixo caminhando para encosta desta terra firme para ver o oceano. Terra esta tão firme que me canso de sua dureza. Já é fim de tarde, minha sombra sempre a um passo adiante de mim, enfim, apressada alcança o atlântico antes do que eu. Mergulha mais não goza do prazer que o mar de graça lhe ofereceu, diferente-mente, eu aos lamentos desta terra que não me deu os frutos do quais me prometeu. Não alcancei, não foi porque não luto, a batalha foi grande e o que tenho alcançado não me satisfaz. Por muito que tenho lutado talvez só no meu luto haja de encontrar paz. A linha tênue do horizonte leva meu pensamento à reflexão, pois nela se esconde duas grandes ilusões. Como tão comprida de milhares de quilômetros em extensão e ao mesmo tempo possa caber esta linha em minha tão pequena e fadigada retina que contempla esta visão? Honrosa linha que esconde outro segredo. Como no mar tão agitado como um toro embravecido e assim elevam-se ondas com sinuosas curvas valentes; Entretanto, na visão profunda essa maravilhosa linha se demonstra reta com perfeição? São segredos que aquietaram meus pensamentos que fugiram de minha atual situação e com isso aprendi mais uma lição.
Nem tudo que parece é, pois meus olhos tão fortes apesar de pequeno venceu o horizonte e sua extensão. Talvez não pudesse reconhecer a pequenez dos meus problemas e amedrontado me tive por perdedor. Tremendo como fraco me mostrei prostrado em vez de reto como a linha do horizonte em pleno mar agitado.
Nesse entardecer dei a costas para o mar, o sol ainda não havia se escondido e como raramente a lua já começava a se mostrar, os astros ali reunidos, para o meu retorno contemplar. Minha cabeça já estava levantada, meu espírito renovado. Vi que na frente de meus passos só havia luz que brilhava o meu caminho e atrás de mim a sombra de minha silhueta mostrava-se gingante em torno de dez metros pelo menos, fosse pelo ângulo do sol ou refletindo o que já sentia por dentro. O vigor da reflexão que observando o mar que com compaixão compartilhou comigo seu conhecimento.
O caminho que você julga
ser o certo, pode ser o certo
só pra você... Não imponha
a sua opinião a ninguém,
como sendo a única opção
correta a se seguir...
Cada qual, com a sua estrada...
A mesma estrada que abre o
horizonte pra um, pode ser sem saída
para outro.
Só temos o hoje
meu amor,
não existe, ~
nem amanhã
nem depois
há um vazio no horizonte,
não sabemos o que virá...
Mas o hoje é nosso
e estamos juntos
para o que der e vier.
Estrada sinuosa
Ser barro pisado p'ra vida ser.
A beira da fonte escondido dos Céus ao Pé do gigante.
Imponente viveste no tempo antes passado..
Tempo que te resta, conhecido e esperado, não aceita.
A sublime mão do destino te apresentou a jovem, que aos teus pés debruçou.
Com suavidade te abraçou e, da vida, te deu vida - fez raiz.
Teu equilibrado - sustento.
Hoje vives a olhar o horizonte imberbe, acolhido e suportado, amor da natural vida.
Viva à "Gameleira" que de ti também faz vida.
Em teus ombros sustenta a Luz que do horizonte te embeleza.
De tuas rasas raizes corre a seiva da vida, em direção ao mar.
Nascente, num filete, rio se transforma.
Essa sinuosa vida, do Barro vida se faz.....
Quem acolhe quem.
A Gameleira ao coqueiro ou, o coqueiro te faz, ainda Gameleira.
Ivan Madeira
A procura.
Deus me enviou para esta vida para encontrar meu grande amor, pois eu me encontrava muito triste, no paraíso. Cruzei mares. Cruzei rios. Subi montanhas. Cheguei até a linha do horizonte, dali fui por estradas, muitas estradas desconhecidas, enfrentando chuvas, sol, frio. Eu não media distâncias para encontrar a mulher amada. Sempre em busca de um sonho e de uma esperança, de encontrá-la. Aquele anjo azul, distante, a beira da estrada, que cada vez que eu me aproximava ia para mais longe, era uma miragem, fantasia de minha imaginação. Atravessei desertos tentando alcançar esta miragem, hoje já cansado e sem forças, resolvi escrever estas palavras simples, mas que poderão alcançá-la. Encontro-me aqui a sua espera.
Que os ventos me levem,
para terras distantes, que eu possa voar
sobre árvores frondosas, estradas.
rios e igarapés; Que eu consiga ir além
dos meus sonhos, ultrapassando os
limites das linhas do horizonte,
só pra te encontrar, sorrir e
amorosamente te abraçar.
O nosso caminho não é tão simples como queremos, mas não é tão complicado como imaginamos.
Chega um certo momento de nossa vida,em que precisamos voar,
deixando para trás uma vida que não se acabou, e sim que irá continuar.
Avante!
pra iluminar o horizonte,
cruzar a ponte,
E colorir o dia.
Seja pássaro (semeador),
seja amor,
seja amante,
Da alegria.
Todos os entes têm futuro. Mas vincular o próprio ao alheio, às vezes é (con)sentir a troca de horizontes por limites.
Em um passado não tão distante
Onde brilha o horizonte
Eu vivia lá, ainda quando menino.
Franzino e traquino volto a recordar!
Embreava-me nos verdes campos do lugar
Onde eu vivia feliz a cantar
Hoje estou grande perdido na cidade grande
Sem vontade de ficar, fujo de tudo volto ao meu mundo.
E volto a recordar que Deus me ajude
Que um dia eu volte para o meu lugar
Esquecêreis-me de tudo
Renascerei como uma nova criança
E reviverei tudo o eu que deixei por lá
Pato selvagem:
Era uma vez um bando de patos selvagens que voava nas alturas. Lá de cima se via muito longe, campos verdes, lagos azuis, montanhas misteriosas e os pores de sol eram maravilhosos. Mas voar nas alturas era cansativo. Ao final do dia os patos estavam exaustos.
Aconteceu que um dos patos, quando voava nas alturas, olhou para baixo e viu um pequeno sítio, casinha com chaminé, vacas, cavalos, galinhas… e um bando de patos deitados debaixo de uma árvore.
Como pareciam felizes! Não precisavam trabalhar. Havia milho em abundância.
O pato selvagem, cansado, teve inveja deles. Disse adeus aos companheiros, baixou seu voo e juntou-se aos patos domésticos.
Ah! Como era boa a vida, sem precisar fazer força. Ele gostou, fez amizades. O tempo passou. Primavera, verão, outono, inverno…
Chegou de novo o tempo da migração dos patos selvagens. E eles passavam grasnando, nas alturas…
De repente o pato que fora selvagem começou a sentir uma dor no seu coração, uma saudade daquele mundo selvagem e belo, as coisas que ele via e não via mais: os campos, os lagos, as montanhas, os pores de sol. Aqui em baixo a vida era fácil, mas os horizontes eram tão curtos! Só se via perto!
E a dor foi crescendo no seu peito até que não aguentou mais. Resolveu voltar a juntar-se aos patos selvagens. Abriu suas asas, bateu-as com força, como nos velhos tempos. Ele queria voar! Mas caiu e quase quebrou o pescoço. Estava pesado demais para o voo. Havia engordado com a boa vida… E assim passou o resto de sua vida, gordo e pesado, olhando para os céus, com nostalgia das alturas…
(Ostra feliz não faz pérola)