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⁠HAIKAI ROSA



como a rosa
a sua beleza vem
da natureza

⁠Na ampulheta
O tempo vai caindo
Na areia se deita

⁠Mude! Porque o que muda, floresce.

Céu azul invernal —
Pra cerejeira despida
também chega a idade

Breves folhas secas,
maduras, quase a cair —
Caminho do templo

Manhã de neblina —
Ah, o cheiro de palha úmida
paira pela casa

Frente fria chega —
Roupas ainda molhadas
secam no varal

Os ventos do inverno
chegam por baixo da porta —
Esquento o café

"As vezes, dependendo dos que nos cercam, é melhor ser o louco do que o sábio"

“Quando encontramos a confiança para sermos quem queremos ser, a mágica acontece.”

"Elogios são facas de dois gumes"

O cheiro do café constrói personagens.

A flor saudosa:
_Te espero meu beija-flor.
Sobra-me néctar!

Descalço

Lá onde Judas perdeu a bota
Me descobri descalço
Perdido no espaço que me sabota

Contrato

Deus me fez exatamente teimoso assim
E o que é feito tem copyright
Ou encontraste vaca sem comer capim?

A Nega na gaveta

A minha morena amada é sim Nega Preta
- Ah, mas ela até é branca!
Nenhum larápio opina na minha gaveta

Toda uva
Como o tempo
Também passa

Haikai "Natureza"

Natureza
Até o teu silêncio
fazem-nos meditar

Haicai

Gotas da chuva
Afogam-se nas ondas
Kamikazes... paz

As casas cinzas
E correntes frias
Vem mil fitas.

Se é pro bem que mal têm

E a dor mece
A saudade...
Em canto teu

Em terreno seco
Não brotará plantação...
Apenas tristezas!

Ritmo

O trem risca o trilho;
eu risco as pautas do bloco;
você, estribilho.

(Verônica Marzullo de Brito)

Clima

Sol. Entretanto,
tu, avesso ao acalanto;
eu, chovendo em pranto.

(Verônica Marzullo de Brito)