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Nunca deixe de ser sincero por medo de ser rejeitado.
Nunca deixe de elojiar com medo de passar por puxa-saco.
Nunca deixe de amar por medo de se decepcionar.
Nunca esconda seus erros por medo de demonstrar fraqueza.
As pessoas gastam aquilo que
tem de mais valioso, o tempo,
em busca daquilo que atribuem
ter mais valor, o dinheiro.
Aproveitar o fluxo da vida às vezes requer momentos de meditação sobre o que estamos fazendo com ela.
O nosso reencontro
Sabe que,
A única certeza que se teve,
Que se tem,
E Que eu sempre terei?
O meu mundo sempre foi acinzentado,
Sempre caminhei com tanto fervor e esperança,
Porém,
Eu,
Jamais me atentei ao fato de que,
A vitalidade não residia em minha vida retrô.
Não.
Eu equivocada,
Jamais estive.
Ao permitir,
Que ela,
A receosa dúvida,
Nos afastasse,
Mesmo vivendo,
O meu corpo,
Inconscientemente sempre demonstrou sinais de infelicidade,
A razão tentou amenizar os constantes lapsos de tristeza,
Mas, quando as lágrimas envolviam os meus olhos,
A minha consciência era acessada,
Desta forma,
Despertada, e eu procurava por você,
Te observar,
Me transmitia a falsa sensação de paz,
Como eu poderia imaginar?
Que somente ao seu lado,
Era exatamente aonde a minha alma sempre almejou ficar.
Em 28/11/2018 ás 12:58 – Santos - SP
Escrito por C.M.G.C. ‘’Madam Avizza”
O pássaro preto assobia de per si com sua garganta gregoriana a regência do cântico das aves, à traição do sol desfacelado em sombras pois já se avista o cume da Catedral, Catedral de Pássaros, a Catedral dos Pássaros, aves de asas cadenciadas.
"É preciso mais que um belo sorriso com dentes cerrados e brancos tal qual o luar, um corpo escultural ou um olhar hipnotizante, quando o assunto é cantar. Gogó não se enquadra em nenhum dos itens citados."
A sabedoria de um sábio não se compara à sabedoria da Palavra do Sábio que criou a sabedoria do sábio.
Comunhão
Ao me afastar de Jesus, já sinto saudade,
tudo é tão lindo e novo Contigo que nem parece verdade.
Há tanto o que aprender e ouvir que o tempo aqui na Terra não é o suficiente,
leva-me para morar Contigo e Te adorar eternamente.
Senhor, Teu amigo quero ser,
mas tudo aqui me distrai e vejo Teu rosto entristecer.
Não me vejo sem o Senhor, não existo sem o Senhor,
que tristeza querer estar em Seus braços enquanto meu corpo rejeita o Bom Pastor.
Lágrimas escorrem de Tua face e tudo volta a ficar cinza de repente,
preciso ajoelhar, quebrantar o coração para que tudo tome cor novamente.
Poema no Ônibus
Menina dos olhos lindos
Que esconde um universo
Mas o que a faz tão especial?
Ouça, enquanto confesso.
Presente de Deus
Uma escolha certeira
De onde vem este encanto?
Dizem que lá da fronteira
A admiração precede o amor
E seu sorriso a minha alegria
Tudo muda em sua presença
E ofusca o meio-dia
Como o por-do-sol
Palavras limitam a definição
Chegou tão de repente
E ganhou meu Coração
Que mistério é esse que se fez?
Até parece novela
Não escondo sua identidade
Yenni é o nome dela
Não por acaso
Não por acaso, vieste a morar em tua rua
Não por acaso, minha vida cruzou a tua
Não por acaso, chamaste a atenção do rapaz que escreve
Não por acaso, ele a admira e te acha única
Não por acaso, tua voz tornou-se minha música
Não por acaso.
A escada da vida
O coração, que amava tanto, já não ama mais e nada mudou.
As ideias, que pareciam geniais, nem sequer existem.
Os amigos são trocados como em uma liquidação qualquer.
E o tempo já não parece mais ter qualquer conexão com a vida.
Vivo a sós comigo para que eu saiba com quem estou lidando.
Historicamente, tenho errado mais do que acertado,
Porque existe mais oportunidade no futuro do que no passado.
E sem adversidade, todo homem se torna lúcido e comum.
Nunca tive sonho de valor que fosse impossível.
Há sonhos tão grandes que só podem ser realizáveis.
Por ter nascido com tão pouco, tudo nunca me foi muito.
Sempre fui criativo, até mesmo em orações.
O prazer que encontram no essencial, eu encontro no caos.
Nada me parece pior do que a tranquilidade e os seus tranquilos.
O medo de viver nos faz iguais aos outros.
Prefiro moldar o meu caráter pelo futuro do que pelo passado.
Quando você cresce sozinho, sendo o espelho de si mesmo,
O mundo está sempre prestes a fechar-se contra si.
Deformando sua visão do universo e de si mesmo.
Às vezes, você se torna impiedoso, até mesmo em orações.
A vida é repleta de falsidades,
Porque viver parece mais um fardo do que uma bênção.
Depois de perder tudo, você descobre que nunca perdeu nada.
Porque o homem paciente é que é feliz.
Idéias
Estou hoje no meu quarto, deitado à cama,
Diferente daquele exposto nos jornais de ontem.
Hoje, o interesse de toda gente é o mesmo.
Descrever-me naquilo que não se há descrição,
Ao longo dos anos tentam, sem sucesso, explicar como é existir sendo eu.
Sendo louco, eu nunca precisei dar explicações a ninguém.
Quem se explica demais está sempre a se confundir.
Eu sou prático e desconexo, mas não me confundo.
Existo nos pensamentos da maneira que deveria existir.
Quanto mais eu transcrevo ideias, criam-me novas ideias.
Sou sempre hoje o que não fui ontem, estou a renovar-me sempre.
Talvez eu seja o que sou, porque não há nada de diferente em ser eu.
Acendo um charuto!
Acendo-o pelo prazer de exibir na fumaça; ideias.
Ideias que, como a fumaça, se desfazem sem rumo.
A minha vida tem sido uma baforada desconexa de tudo que existe.
Tenho sido a exceção até mesmo dos sem exceções.
Tenho sido mais diferente do que aqueles que são indiferentes.
Tenho me destacado aonde ninguém se destacou,
No melhor e no pior...
Construí sozinho e ainda assim, por vezes, dividi o que construí.
Hoje eu olho para trás e não vejo ninguém.
Todos aqueles que hoje estão aqui não estavam quando eu comecei.
No início da minha construção, muitos tentaram prejudicar a edificação.
Passado um tempo, todos os pilares já estavam sustentados sem risco de desabamento.
Os meus amigos desfilavam com o meu sucesso estampado ao rosto como sendo o seu.
Construí sem cimento algum, castelos memoráveis.
Todos os meus sonhos foram edificados sem ideais,
E depois compartilhados com o mundo que me bateu a porta na cara.
Hoje estou de costas para o mundo,
Arquitetando portas aonde não há portas,
Para que passem felizes os que me abandonaram.
Hoje
Ah, pudera eu saber ouvir um elogio com a mesma atenção que ouço uma ofensa,
Sabendo segurar dentro de mim uma resposta pronta;
Mesmo que com ela eu vença!
Quisera eu não saber brigar, para poder ignorar e sorrir,
Discursar ao falar; sem xingar; sem partir.
Quem me dera acordar pobre em meio a tanta riqueza,
E ao terminar o dia, me sentir um homem! - Com a biografia perfeita.
Quem me dera ser melhor ao invés de querer ter tanto,
Poder causar alegria nas pessoas ao invés de espanto,
Esquecer os milhões e todas as mulheres famosas,
Não usar mais terno em reuniões e ainda assim: Ser foda.
Quem me dera saber comprar ao invés de sempre vender tudo,
Aprendendo que não adianta economizar só quando não se tem um puto,
Poder ser feliz morando em um lugar modesto,
Cujo único custo é a água e a luz e todo o resto é resto.
Mas a minha vida não é essa,
Vivo em uma angústia infinita,
E quem passa pela mundo dessa forma,
Sabe mesmo o que é viver a vida.
Tinteiro decrépito
Ah! Distância afamada das preocupações do mundo,
Calmaria sem consequências ou arrependimentos.
Estou assim, semelhante a um tinteiro velho; sem préstimo,
Tendo os outros a consumirem-me aos poucos,
A usarem-me de um lado e do outro.
Estou farto de ser um tinteiro velho.
Queria ser um tinteiro novo em forma de caneta.
Ou uma caneta nova em forma de tinteiro.
Ah! Coração; rabisca-me em um papel qualquer.
Por que não sou igual aos meus conhecidos?
Despreocupados e estúpidos.
Muito mais estúpidos do que despreocupados.
Quero esquecer e lembrar quando esquecer,
Dormir e esquecer o que é dormir.
Depois acordar e olhar ao lado e ainda estar ali,
Estúpido e despreocupado a tentar esquecer porque existo.
O que é existir senão sermos conscientes de que somos nós mesmos?
Eu não quero consciência alguma!
Nem comigo e nem com o mundo.
Quero estar inconsciente como um mendigo adormecido ao pé de mim,
que há muito se esqueceu da casa que viveu e dos que viveram com ele.
Quero relembrar do meu passado de sonhos e conquistas,
Marcando-o como restos de sonhos e conquistas.
Depois quero adormecer novamente e turbilhonar com o destino
Ao sonho de que entre ruas e calçadas me esqueceram.
E de que do fundo de um poço emergi em turbilhões.
Ah! Este monte de terra vermelha que sempre fui.
Por que em mim nunca se plantaram flores?
Estive sempre fértil no universo da minha consciência.
E sempre estéril na consciência defasada do mundo.
Como a qualquer mendigo, também não tive onde morar.
Tive na vida os cuidados opostos ao que merecia, por ser eu.
Por estar despreocupado à vida passou. Eu envelheci...
Hoje aos 21 anos tenho mais alma do que um senhor de oitenta.
Porque quanto mais eu vivo, mais eu deixo de viver, por dentro.
A vida me reservou, por covardia; um destino de preocupações.
Obrigou-me a fugir para um lugar de tintas e papeis.
Tendo sentado o destino ao pé de mim, junto ao mendigo.
Recordamo-nos de que ambos seguimos pela vida afora;
Conscientes de que em certa altura; teremos de virar.
E talvez por isto, o mundo todo se vire a favor de nós.
Digressão
Estou envelhecido de viver. – Para mim, a vida basta!
A minha alma é um relógio sem cordas
Cuja única função é a de marcar lamentações
Semelhante a um cachorro, repouso ao pé da cama
Deitado, eu ouço a chuva como quem ouve a um trovão
Todo homem deveria ter a sensibilidade auditiva de um cachorro.
Certa vez, conheci um homem que me ensinou sobre a velhice Por horas, tentou convencer-me de que era bom envelhecer Eu dizia-lhe: Desejo viver até os meus setenta anos e me basta! Viver até os setenta é doloroso, quando se tem sessenta e três. Desejar isto aos vinte e seis é simples! – Tudo é filosófico.
Se eu tivesse uma filosofia de vida: Seria a de não ser filósofo.
Faria tudo pela aptidão de não se ter instinto algum.
Impulsionei-me para a inspiração de nunca se ter sido nada.
Por isto nunca tive nada e para todos sempre tive o que não tinha.
Mas quando precisei do que não tinha: Abandonaram-me.
Tenho sido eu um declínio temporal de idéias!
Tenho andado na mesma direção que circula a moral
E tenho circulado na mesma direção aonde se perde a razão.
Sou um barco resignado, olvidado ao mar.
Perculso pelo vento: Sempre a seguir!
Entregando-se por completo ao nada
Esquerda – Direita! – Avante!
Navego como o tempo em minha vida.
A que preço estaria eu liberto?
Deixo-me quedar-se na beleza de quem não sou.
Enquanto as minhas flores embelezam a morte.
Eu me embelezo na vida distraída de tudo quanto amei.
Sempre sozinho: Familiares? – Nunca soube o que é isto.
O meu espírito esta perculso e a minha alma conspurcada.
A certa altura, depois de muito sacudir.
Desço da cadeira e decido partir para o universo.
Levo comigo alguns versos, que não são versos.
E antigas idéias de se construir novos versos.
