Tag existencialismo
Sim, somos estranhos,
Porém,
São apenas diferenças,
Somos únicos,
Ambíguos,
Isso me desperta amor,
Inspira,
Faz-me transbordar,
Tudo que não conhecemos à fundo,
Estranheza nos gera,
E,
Pensando bem,
Questionável é,
Até mesmo o autoconhecimento,
Somos mutáveis,
Uma construção,
Onde os tijolos,
São nossas escolhas.
Resumo do meu pensamento
É difícil a maioria entender que não somos nada, literalmente nada, sem alma, sem espirito, nada metafísico, apenas um animal com o corpo bem adaptado com um cérebro mais evoluído capaz até de criar ilusões. Que o coração apenas bombeia sangue para o corpo e não tem nenhuma ligação com o sentimento.
Que a fé é importante mas a fé em qualquer coisa ativa a mesma parte do cérebro.
Tem o mesmo efeito, é semelhante ao efeito de uma droga.
Que não existe nenhuma razão especial para estarmos aqui, somos apenas parte de um ciclo inevitável.
A vida é bem simples, o homem complica tudo com sua mania de se achar especial. Se existe algo que podemos chamar de Deus seria o tempo, o tempo cria e destrói tudo. Não existe nada no universo que resista ao tempo.
O tempo é a coisa mais importante na vida, não existe forma de recuperar o tempo perdido. Que a única chance de prolongar a existência humana é o conhecimento. Não existe paraíso, a vida é hoje e agora sem segunda chance.
Vida, a grande dúvida da importância, se as asas que voam servem como o sono de um coração puro, a depressão é um ser, um ser humano cru que não acredita na história das estrelas e na hipocrisia das asas que voam.
Dia após dia, estou eu aqui, vagando pelo meu universo paradoxal. Viajante da madrugada, refém da própria existência, navegando em meio ao mar agitado de meu interior. Sempre eu, acompanhado de mim mesmo, dentro do meu infinito particular.
Já até tentei acreditar confesso. Mas evidências não são provas concretas, todo mito ou fabula a evidências de sua existência, basta acreditar em textos vagos que remetem a interpretações individuais. Tentar provar que existe ou não existe um ser invisível que necessita de fé para se estabelecer no inconsciente das pessoas é um tiro no pé. Cada um se ilude como quer, fugir da realidade é o que todos desejam, mas no fim ela vem a tona não importa seu credo ou filosofia.
Vivam a vida sem precisar de palco, pois os holofotes um dia iram acabar, mais suas experiências vividas não!
A vida passa como uma água despejando em nossas mãos; isso é um ciclo natural, então cabe a nós viver ela de uma melhor forma, pois diferente dos gatos só temos uma vida.
Ninguém me entendeu. Não quiseram me ouvir, me decifrar. Eu só queria viver. Viver um momento. Um encontro do EU. Dos EUs que há em mim. Precisava de um momento para navegar em mim, para me reconectar as nuances por mim vividas outrora, a minha essência. No fundo, emudeceu. Petrificou. Solidificou. Tento resgatar. Trazer a tona. Lapidar a rocha que se formou. Esculpir aquilo que quero, que desejo. Para isso, preciso olhar pro horizonte, pro céu, pro espelho. Olhar para algo que não tem fim. Acho que no espelho encontrarei os caminhos, lá verei um reflexo de um dos EUs que há em mim. Vi tantas coisas... vi o sepulcro. Quantas coisas eu sepultei contra minha própria vontade... quantos EUs abandonados eu pude vê. Alguns choravam a minha procura. Alguns choravam aos prantos por motivos que não caberiam aqui em uma linha. Deparei-me diante de um cemitério, do meu sepulcro. Tenho que exumar os meus EUs. Aqueles que eu matei por outrem. Aqueles que eu suicidei por motivos bobos. Olho no espelho novamente... agora vejo os EUs que, antes choravam, estão a sorrir para mim com aquele semblante de esperança, de saber que puderam me encontrar novamente, que eles terão uma segunda chance para serem quem sempre quiseram ser. Paro. Penso. Olho para um EU que está em um canto refletindo. Encontro-o. Vou ao seu encontro. Convido-o para sair dessa bolha. A bolha que o aprisionou. As cadeias mentais que o deixaram estagnado, parado, sem vida, sem cor. Sorri. Sorrimos. Nos demos as mãos. Nos abraçamos. Choramos. Fizemos as pazes. Nos reconciliamos. Foi tão lindo... a lágrima rolou. Desceu em cascata ao encontro do rio. Borrifou em mim o desejo de viver esse EU. A quimera. De ser esse EU. O EU que fui um dia. Encontrei-me. EU.
De que serve viver o presente se lamentando por aquilo não vivido no passado, perdendo aquilo que poderia vir a ser no futuro? Se o fim da vida é eminente e do conseguinte nada se sabe, o que afinal nos mantém longe da iniciativa e do auto-desenvolvimento? O niilismo dos covardes diz ser inútil a construção de uma vida de um fim tão curto anexa de um efêmero universo, mas covardes e unilaterais são ao cogitarem imaturamente tamanha lugubridade. As pessoas mais influentes e prestigiosas de toda história não passaram horas articulando as mais diversas possibilidades. Das grandes diferenças entre um covarde e um vencedor, destaca-se a atitude e a sede de viver. A sede de fazer com que a própria passagem em um universo tão mundano seja tão mais memorável, vívida.
...Sem Sentido....
Meus pensamentos ecoam,
Se perdem ao vento,
Não entendo o fanatismo
De descobrir os mistérios da vida,
De me entender como parte dela,
De me ver nela,
Definir minha origem nesta confusa insanidade,
Em um momento mera vida orgânica
Pulsante e viva,
Em outro, as respostas do mistério
Da alma e do divino,
De repente torno-me tudo,
Com sonhos e objetivos para alcançar
Mas depois meu reflexo reflete o nada,
No vazio do meu corpo
Não se encontra alma,
E passo a não compreender esta luta interior,
Deste conflito amargo incoerente,
Que reluta em todos os cantos do meu “Eu”
São tantas faces existentes no meu ser
Que se perde nesta confusa interface,
Entre o ser e o não ser,
Prosseguir ou regredir,
E nisto, vou me perdendo neste eco
Que repete várias vezes a mesma pergunta.
Quem sou eu?
E na busca pela resposta
Caminho clamando por uma verdade
que satisfaça o meu coração.
Que me diga que este conjunto de partículas
Pensante e real,
Não seja somente
Uma vida orgânica e sem sentido
A espera de um final.
Na espiral dos sentimentos, chorei à sua partida. Era um prenúncio do esperado. O vendaval desta espiral bagunçou tudo e, aos poucos, está colocando tudo em seu devido lugar. Esse vendaval levantou a poeira que um dia foi ao chão junto com as minhas lágrimas. A lágrima era perene e, junto a ela, um rio com águas puras se formara.
Na espiral dos sentimentos, chorei à sua vinda. Já era algo premeditado pelo destino. Desta vez, havia um redemoinho nesta espiral, ele acompanhava a pauta musical mais linda que já ouvi até agora. Neste redemoinho, pude ouvir a tua melodia. Ao som das teclas do piano, naveguei na sinfonia tão desejada por aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de navegar em águas puras, verdadeiras.
Na espiral dos sentimentos, chorei com sua estadia. Agora, nesta espiral, havia uma tempestade. Jorravam os orvalhos sóbrios em direção à imensidão de tudo aquilo que o vento irá percorrer um dia. Flutuei levemente como uma folha ao cair da árvore. Foi o meu melhor voo! Decolei sem medo em direção ao vento.
Na espiral dos sentimentos, chorei com o nosso encontro. Já sei que um dia o destino se encarregaria para que este momento acontecesse. Aqui, um vento leve faz morada nesta espiral. A doce e leve calmaria chegou. Um bálsamo. A lágrima desse encontro representou os tantos desencontros dos ventos vindos do sul. Estamos à deriva em busca da tão sonhada bússola.
Na espiral dos sentimentos, chorei, e continuo chorando. Desta vez, com nuvens formadas com as lágrimas que chorei um dia. Uma chuva intempestiva me invade, ela me faz renascer. Começo a dançar no vendaval. Poucos irão perceber o arco-íris que se formou durante esta tempestade. E, raramente, irão perceber como a espiral dos sentimentos chorou comigo. As sensações que permeiam estes momentos não é um mistério para quem já dançou na chuva um dia.
DE(EUS) PARA DEUS
O encontro se dá a partir da fagulha ora evocada. Muitas chamas acesas em prol da emissão de luzes que brilhará cada vez mais à medida que forem se conectando à outras chamas. As sombras são os reflexos dessas luzes. Há intensas rajadas de labaredas ateando fogo no interior ainda não habitado. De mansinho, sussurrando como o soprar do vento, consigo vislumbrar o brilho de uma dessas chamas. Não a conhecia ainda, ela se mostrou a mim assim como o nascer do sol: pouco ao pouco foi surgindo e me enlaçando com o seu brilho encantador. Muitas labaredas bailavam no ar, cada uma com o seu jeito de ser, com uma história para contar, com uma situação fortuita, com desejos e vontades, com muitos sonhos de brilhar cada vez mais em cada escuridão que se fizer presente. Cada sombra dizia algo, que carecia de luz. Cada sombra era um eu inexplorado, um eu não habitado, um eu não vivido, um eu que ainda não brilhou, que não foi luz. A sombra vai tomando forma à medida que ela se expõe a luz das chamas. Junta-se os eu(s) e, por conseguinte, a luz maior contempla tudo de longe e em silêncio. O silêncio permite que as chamas aumentem cada vez mais e, com isso, a luz torna-se cada vez mais reluzente. A luz maior é Deus me mostrando cada eu que está ali na penumbra do fogo, da luz. Como fagulha, eu nasci; cresci e fogo me tornei. Como fogo, consigo iluminar outras sombras, consigo produzir o reflexo que brilhará nos escuros que pairam em outros eu(s), nos outros eu(s). Deus não precisa falar nada quando Ele está em silêncio me dando o poder para ser luz, para brilhar. O meu brilho, é o brilho de Deus, é a chama que me foi dada para ser luz por onde eu passar. Pelo escuro, eu trilho e, por fim, eu brilho como nunca!
Silêncio das quatro da tarde
Quando eu ouço o silêncio das quatro da tarde, sinto o desejo de olhar para o mar;
Deixar o som dele entrar; E nos meus ouvidos a sinfonia tocar.
Deixar a brisa salgada meu dia finalizar.
Em todas as vezes que me perco, quero me encontrar na solidão do meu mar, daquela vista deslumbrar e poder ali me achar.
A cada passo, uma escolha.
A cada escolha, uma responsabilidade.
E a cada decisão, caminhos abandonados em prol daquele que foi escolhido.
Assim se constrói a vida – um mosaico formado pelas decisões que tomamos.
No fim, somos a soma das escolhas que fizemos.
Século XXI e a liberdade que nos aprisiona.
A cada PASSO, você vai ter que tomar uma decisão.
E a cada DECISÃO, uma responsabilidade.
E a cada RESPONSABILIDADE, um milhão de possibilidades fechadas em proveito de uma que você escolheu.
E essa foi a sua VIDA.
E VOCÊ será as decisões que tiver tomado.
@R_DRIGOS
Numa profunda angústia
perco-me na imensidão
a tinta flui a minha ausência
e o sono a minha própria negação
mas nesse mundo sem sentido
quanto tempo levara para a celebração
Caminho profundo no abismo
As quatro cadeiras da sala estão prontas para oração
desbotadas as suas fissuras irão ecoar os números
sobre o seu proprietário de coração
numa dança eterna, onde me consolo com a solidão.
Uma luz então surge
e ingenuidade que fica
e o que se reflete no espelho?
Lembrança me traz
cores púrpuras e lilás amarelado brilham em tom fantasiado
parece conseguir cortar o crepúsculo
ressoa então a sentimentalidade
aguardando a verdade que no fundo você sabe.
Sobre a Liberdade
Minha liberdade é aquela que não cerca que não cessa que não me deixa parar. Minha liberdade é exclusiva, eu mesmo a inventei. Não fiquei preso a nada, pois caso ficasse não falaria dessa liberdade que é tão minha. Essa liberdade tão rara, e tão cara e que me faz delirar... E esse delírio me encontra aqui em dez dúzias de palavras tentando me expressar sobre essa tal liberdade que me faz livre para tentar. E em tentar há algo mais que eu queira, pois saber sem tentar pode me deixar menos livre e, assim, me podar. Pois, sendo livre na liberdade de inventar o meu conceito é o que vai me libertar.
A Conversa
Oi como você está?
Eu pessoalmente ainda estou a me encontrar,
Como lhe disse o tempo cura tudo,
E se quiser reclamar do mundo comigo pode contar!
Saiba que a vida é um sopro,
Então irei lhe ensinar a transformar palavras más em força,
Irei lhe ensinar a superar a dor da rejeição.
Tentarei ao máximo te ajudar.
Peço que nunca mais pense em desistir,
Pois nunca é o caminho,
Já que pensei varias vezes em desistir,
E se eu desistisse quem iria lhe dizer que não estás sozinho?
Saiba que não sou nenhum ser divino,
Sou humano igual ti,
Sei o que você sente,
E quero que se coloque a frente,
A frente dos problemas que tua vida lhe dá,
A frente do seu tempo,
Não espere uma próxima vida para isso.
Viva como nunca,
Experimente coisas novas!
Se deixe levar pela brisa do mar,
Pelo abraço apertado que nunca te deram,
Por aquela vez que te fizeram chorar,
Ou pela vez que te fizeram amar...
Te diziam pra não sair da linha,
Você quis ser livre e conseguiu,
Mas a custo de que?
Da sua felicidade?
Da sua animosidade?
Seja como for,
Exista como há de existir,
Faça como há de fazer,
Sofra como há de sofrer,
Pense como há de pensar,
Mas jamais cogite parar de viver...
