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Convivendo no meio literário, um dia eu topei com uma escritora que, quando tinha bloqueios criativos, costumava logo buscar um culpado e colocava a culpa de estar assim nas pessoas com quem convivia e conversava no momento. Fosse quem fosse. Desde amigos, novos ou velhos, inimigos e até familiares. Sem dó, nem piedade! Uma loucura! Até eu saí como culpada um dia!
O meio literário não é brincadeira, não; cruzamos com cada louco/a!... Mas também com gente muito "sã" e "sadia", de mente muito "sã" (mas que parece "sofrer" de síndrome de Münchausen, ao mesmo tempo em que parece esconder-se atrás das próprias doenças e usá-las, sempre se vitimizando no fim, sempre saindo e ficando como a vítima da história, para conseguir algo ou chegar a algum lugar!) que não aceita de boa vontade assumir os seus erros e sai culpando os próximos...
Espero sinceramente que aquela escritora com quem um dia topei tenha mudado esse jeito com o qual costumava agir!
Quando estou em dúvida se numa narração, diálogo ou frase decido por colocar uma vírgula ou ponto final, coloco um ponto-e-vírgula e o texto fica perfeito!
Escrever um livro é ou deve ser semelhante à obra de construção de uma casa ou moradia: Trabalhar todo dia um pouco na edificação. Senão, não haverá casa.
Assim é na escrita e construção de um livro, se não escrever rotineira ou constantemente, não haverá livro!
Saber que existem vocativo e aposto num texto narrativo com diálogos é tão essencial quanto saber da existência do parágrafo, do travessão...
Vocativo e aposto, quando necessários, são tão essenciais num diálogo de um texto narrativo quanto o parágrafo e o travessão.
Meu corpo trêmulo
Minha mente incurável
Sinto que nem dentro de mim queria estar meu coração acelerando.
Catador De Letrinhas
Dizem que sou poeta, mas acho que não, sou um catador de letrinhas, junto umas aqui, outras ali, também as que caíram no chão.
Nessa brincadeira, com elas todas juntinhas, vagueio entre os amores, as paixões, pinto sete, uno e separo corações.
Mergulho na alegria, me afogo na dor, no bailar das letrinhas, levo emoção, as vezes solidão, das lagrimas faço esperança, da tristeza canção.
Nessa magia louca, abro caminhos, fecho portas, escrevo por linhas tortas, sou catador de letrinhas, brincalhão, levo magia pra todos os lados, não esqueço do seu coração.
Seja lá onde for, sem elas, letrinhas danadas, nada faz sentido, é a menina sem laço de chita, o inverno sem cobertor, o poeta sem um amor.
Dizem que sou poeta, sou então, entre rimas, versos e prosas, deixo uma flor, no perfume, a paixão, no olhar da mulher amada, toda minha inspiração.
Autor
Ademir de O. Lima.
Renascer
No olhar a única verdade, foi lindo, abriu a porta, sorriu pra vida, dançou na chuva, colheu flores pelos caminhos, voou nos sonhos, acordou, seus braços se perderam no nada, acabou.
No peito, um profundo vazio, a noite trouxe o silêncio dos abismos, as lágrimas chegaram sem avisar, regaram sua dor, mostraram a outra face do amor, nem um adeus, se recolheu, o inverno chegou.
Buscou respostas, esperou, esperou, a vida, outros caminhos lhe mostrou, seguir era tudo que restou, insistiu, olhou pra trás, nada viu, elas voltaram, entre soluços, sua alma ferida lavou.
No renascer tão esperado, seu coração marcado, marcado pelas lembranças do passado, guarda as cicatrizes do desamor, quer apenas uma estrela lá do céu, o sorriso do sol e, um verdadeiro amor.
Voltará a dançar na chuva, colher flores pelos caminhos, voar nos sonhos e, a cada amanhecer renascer, ainda olhará pra trás, de mãos dadas, com as lembranças seguirá, o tempo nos ensina amar.
O seu querer, espera um coração aberto, um ninho pra lhe abrigar, caminhos com flores, chuva e aquela canção pra se dançar, no seu olhar, uma única verdade, o amor chegou pra lhe roubar.
Autor
Ademir De O. Lima
TROPEÇOS
Ó vida bela, ó vida engraçada,
Muita gente querendo ser culta postando frases fragmentadas ...
Trechos de poemas feitos por outros,
Que assim, em pedaços poucos,
Conseguem culpar sempre os outros...
Ó vida bela, ó vida engraçada,
Você é sempre a vitima e nunca a pessoa errada.
Toca a vida sem responsabilidade e quando a vida te cobra, adivinha?!
É sempre a pessoa coitadinha!
Que tal ao invés de apenas copiar parte da criação alheia,
Tirar do seu cérebro a teia e começar a pensar...
Reconhecer onde erras, já será um começo,
Afinal, quem na vida não dá tropeços?...
Tento aqui te alertar,
Para quando voltar a tropicar,
Que não seja o chão mais uma vez o culpado, quiçá seu sapato...
Que seja maduro para admitir,
Que se tivesse prestado atenção ali,
Não seria o chão um vilão!
O chão presta seus serviços parado, calado - somos nós que nos movemos sobre ele - e ainda assim o culpamos quando tropicamos!
E na vida,
Será que quem julgas ter lhe causado a ferida,
Não seja na verdade o remédio?!
Concluindo assim, que embora se julgue como vítima, és a real causadora do seus problemas, que pena!
SEU OLHAR
As cores do azul de quando eu vi já eram nu no seu olhar,
A deflorar...
Meu coração...
Me seduziu experiente e de forma inconsequente,
Como menino abobalhado pus-me a sonhar...
Com seu olhar...
Olhar despido e atrevido,
Andastes por certo perdido,
Mas viestes a me encontrar...
(Instrumental)
As cores do azul de quando eu vi já eram nu no seu olhar,
A deflorar...
Me seduziu experiente e de forma inconsequente,
Como menino abobalhado pus-me a sonhar...
(Instrumental)
O entreaberto dos meus lábios,
Que esboça alegria quem diria?
Tens como chave,
O seu olhar...
E se um dia eu senti dor,
Já me esqueci do dessabor ao encontrar,
O seu olhar...
As cores do azul de quando eu vi já eram nu no seu olhar,
A deflorar...
E quando penso estar sonhando para a minha alegria quem diria?
Ao acordar...
Entre lenções amarrotados,
Disperso e assustado vou ao encontro...
(Instrumental curto)
E o alivio repentino que me gela e traz sorriso,
Só acontece porque encontro...
O seu Olhar...
Obs.: música feita imaginando ser cantada na voz de Caetano Veloso
SAUDADES
Eu nunca soube dizer adeus,
E ainda não aprendi,
Mesmo tendo passado tanto tempo,
Eu ainda me pego no pensamento a lembrar de vc...
O estranho é o sentimento,
Que mesmo maltratado por ti e pelo longo tempo,
Este insiste em insistir,
E agora estou eu aqui,
Deitado ao relento,
Com os olhos averiguando as estrelas,
E querendo tê-las,
Só para tentar comprar um sorriso seu.
PASSADO
Eu não posso mudar o que se passou na sua vida,
Mas farei do nosso ponto de partida,
Um momento de recomeçar...
Sei que o que vc viveu até aqui te deixou descrente,
Entao terei eu no momento presente,
A missão de provar que tudo ocorreu por um motivo,
E é o fato de que em algum lugar estava escrito,
Que no final iriamos nos encontrar!
O BEM E O MAL
Julgar-se bondoso é tarefa é simples,
Sê-lo não o é.
Ao bem não cabe praticar o mal,
Senão no mal se transforma.
Então tens o bem qual formato?
Se ao enfrentar o mal, no mal se transformará?
És uma questão para mim sem resposta,
Pois uma vez assumido que o bem,
Por justiça,
Podes praticar maldade,
Fundiria ambos a uma coisa só,
Transformando tudo que é sabido,
Em mero tempo perdido!
Temos a liberdade de falar, mas não o direito de ferir com palavras, elas também machucam e pode causar terríveis feridas.
Inspiração vem à mente,
anoto tudo para não esquecer.
Quando estou inspirada
eu sou uma máquina de escrever.
No Brasil, a categoria "ESCRITOR" pode ser explicada assim:
Os Clássicos: Criaram obras impactantes, contando eternas histórias;
Os Antigos: Inspirados pelos exemplos que tinham, nos encantaram com suas histórias;
Os Modernos: A essência libertária de suas obras proporciona uma constante renovação literária, e vibrantes novas histórias;
Os Desconhecidos: Lutam, escrevem, lutam, escrevem, nunca desistindo de seus sonhos de também poderem contar suas histórias;
Os Descondenados: Livre dos epítetos a frente de seus nomes, esses agora tentam usando uma literatura própria, transformar os maus em bons, e o bem no mal, reescrevendo suas nefastas e corruptas histórias.