Tag elvis
Aos outros somos verão.
A nós somos um ano sem estação.
Aos outros somos a flor.
A nós somos aquela rosa que se despetalou.
Aos outros somos o sol ao amanhecer.
A nós somos uma vela a padecer.
Aos outros somos a imensidão do mar.
A nós somos o barco a naufragar.
Aos outros somos o riso enlouquecido.
A nós somos um palhaço esquecido.
Aos outros somos um beijo.
A nós somos apenas desejo.
Aos outros somos o céu e a lua.
A nós somos um mendigo no frio da triste rua.
Aos outros somos um bom livro vivido.
A nós somos apenas um bilhete perdido.
Aos outros somos tesouro valioso.
A nós somos uma pedra sem valor virtuoso.
Aos outros somos a porta aberta do amor.
A nós somos a trinca que prendeu-se em desamor.
Aos outros somos nós.
A nós somos a sós.
O circo fechou mais cedo.
Era um palhaço lindo e engraçado por si só, não precisa nem falar para a graça se notar.
Um palhaço vivo em sua maquiagem que arrancava do público alegria com libertinagem.
Hoje a lona está dobrada e a cortina arrancada, o palhaço que antes gargalhava agora nem se quer brinca de graça.
O que aconteceu, palhaço lindo e engraçado, diga-me o que aconteceu ?
O palhaço de um circo que agora não é seu!
Meu Deus, o que aconteceu a eu... ?
Erroneamente se queixando dos planos de quem o riso lhe deu.
A menina levantou-se e aplaudiu quando viu o embriagado palhaço que um dia naquele circo de teto azul e branco existiu.
Ela sorriu, ele também sorriu.
Andou pela calçada e tombou já pela madrugada, olhou ao seu relógio, mas em seu braço não encontrara nada.
Nós dedos sim, lá estava o anel que ele tanto fez rir para tê-lo ali, a noiva acrobata que também tem um anel assim fugiu amargurada por aquele pobre palhaço esquecer da graça.
Hoje ele ri de si, pois da vida o palhaço lindo já não tem motivos pra sorrir.
Do céu caem gotas de fogo transparentes.
Elas doem, do céu ao rosto e se espalham no corpo quase nú.
Elas caem e maltratam como saudade.
Se estais dormindo agora não entendes quando vi e ouvi o raio cortar a garganta do céu e fazê-lo gritar enfurecido, estrondoso e sua ira se espalhou aos quatro cantos da terra firme e do meu ser.
Lembrei que nessas gotas ardentes de falta de abrigo estavas no meu lençol.
"-Eu sou o teu sol a noite."
Te cobria com meu corpo, e do ombro o travesseiro.
As mãos juntas perto da boca clamavam pelo fim da tempestade e do enfurecer do céu rancoroso que disparava seus clarões e esbravejava pra nos assustar.
Os pés juntos anunciava o nosso amor em momentos em que nos queimamos por dentro com o cair das gotas ardentes.
Agora o céu chora, o raio que o feriu fugiu, o relampejar o procura nos escombros das nuvens, o grito se espalha cada vez mais impetuoso.
E senti falta da moça que agarrava-se em um heroi medroso naquelas noites de tempestades de gotas de fogo transparentes.
Transparecendo o amor da gente.
Por fim nesta madrugada depois de muito clamor ao Onipotente para que o seu sonho não fosse interrompido, o céu se calou, encontrou e perdoou o raio que o rasgou ao meio e silêncio-se.
"O clarão que vi no céu tinha o brilho dos seus olhos."
Dos lábios partiram o ataque. Com toques. Das mãos ao rosto e logo após nas pernas. O cabelo entre os dedos e os olhos entrelaçados, abertos e fechados. O sorriso leve trazia desejo e a mordida, e a língua no dedo. No céu. No céu da boca percorria e de lá perto do canto da boca caia, escorria e corria ao encontro do umbigo. Sarcástico pedido e de lá perto do ouvido a boca já havia partido, dos pés iam subindo depois das coxas chegaram onde o corpo tremido sucumbia a um desejo escondido, liberto com a língua que junto ao lábio dançava entre os espaços das pernas. No cabelo sentia a mão que puxava querendo mais, bem mais. A boca não parava assim como o corpo que era dominado pela boca. Depois do ataque dos lábios perdidos, o corpo, a alma, era refugiu de um amor quente, intenso. De amor nosso.
Na vida aprendi sobre os sonhos(...)
Sobre os que queremos sejam reais e os que jamais queremos está.
Na vida aprendi sobre dias e noites(...)
Sobre os dias que demoram longamente a se desfazer e a noites que o amor nunca se deixou perecer.
Na vida aprendi sobre rios e mares(...)
Sobre o quanto é bom percorrer a terra escondida e se misturar ao sal do entardecer.
Na vida aprendi sobre passado e momento(...)
Sobre o dia de hoje que é um filme árduo e fabuloso dos momentos que já vivi.
Na vida aprendi sobre se despi(...)
Sobre se despi dos rancores e dores, das tristezas e desamores.
Na vida aprendi sobre mim(...)
Um sonhador que dias e noites amanhece a beira do rio em riso e ao fim da noite se esconde nos escombros do mar de choro, aquele que diz que o passado vive atuando com louvor nas lembranças dos novos momentos que não se despem por nada.
Na vida aprendi sobre o amor(...)
Sobre o quanto é valioso aprender a amar, sobre o quanto é valioso ser o amor.
Andava perambulando minha vida ao redor de mim. Por tempos. Tempos fui assim.
Vivia cantando sozinho longe da platéia; longe de mim.
Cantava a cantiga antiga que ressoava e feria o coração de quem a ouvia. Eu ouvia. Apenas eu.
Beijava minhas mãos com os olhos fechados imaginara que podia ser lábios dela.
Subi e desci, pois não enxerguei o tom de sua beleza na platéia.
Subi e desci, pois não ouvi palmas de quem eu esperava.
Subi e desci, ao solo, cansado; abatido; e algo mais.
Agora desci pra sempre.
Desci ao final de mim.
Perdi minha ribalta de outrora e não consigo mais subir.
No momento não penso.
Nem respiro. Nem falo.
No momento apenas amo.
É de amor que vivo.
Do teu.
Do amor puro igual ao sangue que escorre do pulso de um louco que se cortou por amor.
Sou seu.
Teu.
És minha grafia.
Meu "amorgrafia".
Um poema encontrado em algum lugar...
Não sabe onde me encontro quando encontro o teu olhar vindo ao meu encontro.
E nesse encontro o desencontro se esquece, pois nada mais me aquece a não ser o teu olhar.
No encontro em que padeço agradeço por em teus braços me encontrar.
Sou a sombra da tua luz, o teu vento me conduz, e em meio ao oceano perdido me encontro tentando navegar pra te encontrar.
Sou teu pecado venenoso em uma taça de desejo esperando os teus dedos e teus lábios encontrar.
Nos escombros dos amores encontrei a porta que guardava desamores e tranquei a vida amargurada longe dos nossos sonhos de amar.
Amar é te encontrar em mim, e por fim, sendo assim, não posso mais negar: - que só me encontro quando encontro o nosso encontro na vastidão do teu olhar.
Nesta manhã reparei uma flecha de luz que clareou meu quarto através do telhado.
Nada mais seria esta luz se não tua presença aquecendo minha cama.
Nesta tarde reparei uma folha seca cair no jardim e ser levada com o vento.
Nada mais seria esta folha seca se não minha saudade desprendendo-se de mim e partindo como sopro ao teu encontro.
Esta noite reparei em mim.
Nada mais seria este eu se não tivesse você.
(apenas perceba...)
os oLhos refletem amOr puRo, a vida se rEnova e os seNtimentos nos levam a um lugAr mais seguro.
É cantando que a vida se desmente e prende.
É com amor que a gente se rende.
Não acredito que exista algo melhor que nós dois fazendo um som na cama.
E disso eu tenho certeza.
Æ
Amamos flores, mas nossas flores não exalam o que sentimos, se exalassem existiriam jardins imundos.
Se não fosse de verdade, eu não diria.
Era domingo, chuva, beirávamos o mar com passos curtos.
Não tão curtos quanto o tempo!
Sem abrigo o que restava era a água escorrendo pelo rosto e o sorriso na mesma face.
Ela pegou em minha mão e quis correr, não deixei, a despenteei, mesmo assim escapou.
Naquele momento era bom se deixar levar.
Perto do céu, não o das estrelas, o da boca.
Quando caída ao tropeçar na areia molhada, fiz-me de toalha.
Se não fosse de verdade, eu não diria.
Senti, vivi, esqueci. Do momento? Não. Do tempo.
Bem parecido com a essência que flui das flagrâncias celestiais.
É seu beijo.
Hombridade, capacidade...
...profundidade.
O que é profundidade? Conhecer bem algo?
Se for isso, sou raso. Não quero ser profundo no amor, quero um amor profundo.
Sou raso, sou fraco, sou pó. O que sou? Sou nós dois.
Esqueci de novo. Não do tempo, mas de dizer dois pontos.
.Existia um abrigo. Era ela!
Outrossim, pra dizer, bem assim, que sendo assim, não existe ninguém assim.
Assim como? Assim do nosso jeito.
Mais um ponto: ou melhor, dois pontos...
...três pra não ser injusto!
É que ao cair junto ao mar, ela derrubou o desprezo, o orgulho e o desamor.
Deixou plantado firmemente ao solo ramalhetes de sentimentos que por dentro se despiam e a sua nudez é raramente bela.
O que eu vi? Vi, vivi, sobrevivi, revi e pude ouvi quando ela perguntou: me ama?
Respondi sim, pois é simples como tudo.
O difícil é ter alguém que possa sentir o que sentimos um pelo outro.
Mim por ela e ela por mim. Entendeu? Não? Ame e entenderá.
Sim, eu te amo e se não fosse de verdade, eu não diria.
Rua calma, noite rara. Lamento as claras, mas o teu amor me basta. Sorriso puro, imaturo, nem sempre calmo, entretanto no meu escuro é ele o faro. Me reviro, me bagunço, me procuro, me acho meio completo em você.
Pra não dizer de um todo errado, eu também te reviro, bagunço, procuro e acho em ti a outra metade de nós dois.
É que ele sorria triste, pois a alegria era tristeza.
Ao mesmo tempo que os olhos abriam, o coração se fechava.
Desmerecidamente emocionado naquela hora, calado.
Amargava o doce de acariciar a felicidade com os sonhos em lágrimas.
Ela foi verdadeira. Cruel. Mais amiga.
O fez sofrer. Ofereceu para aquele sorriso triste a oportunidade de ter um riso além de alegre, feliz.
Entendam. Aprendam.
O amor é felizmente triste.
Na glória esqueceu de mim. Na dor, não.
A casa que dá abrigo em dias de tempestade também pode desabar.
Na clareza dos seus sonhos ela surgia impiedosamente deslumbrante. Não carecia de histórias, pois sua imagem bastava para aquele rapaz que não queria acordar.
A moça lançou laços de aconchego e sentimentos, laços fortes e eternos.
Apaixonadamente emotivo, incapaz de escapar daquele amor, prendia em sua mente o viver entre os dois.
Ela o encantava sem canto.
Ela cantava o encanto.
Ela pairava e amava a cada instante o rapaz que possuía no coração o amor sincero da linda moça.
