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Está na hora de reeducarmos nossas atitudes, educarmos para a sensibilidade. Uma educação que nos mostre que, além de nós, existe o outro com quem aprendemos a ser o que somos.
Penso que não dá mais para imaginarmos o ser humano como um predador, lutando sozinho, olhando apenas para si mesmo, com uma certa dose de egoísmo; temos a necessidade de repensarmos nossas atitudes.
A verdade é que somos retirantes em pleno século XXI. Fugindo dos mesmos problemas, convivendo com as mesmas situações, alimentando os mesmos ideais de sempre, sem nunca resolver o que realmente precisa no sertão: a fome educacional.
Nosso sistema educacional explorou nossas mentes como exploramos a terra: em busca de um recurso específico. E para o futuro, isso não serve.
Um país educado com internet progride. Um país sem educação utiliza a internet para fazer “estupidez”. Isso a internet não pode resolver, isso só pode ser resolvido pelo sistema educacional.
+Q Despojado
Difícil é ser forte, viril, capacitado, competente, animado, excelente, energético, idôneo, inteligente, absoluto, amável e sadio, independente de onde se nasce, está ou quais condições financeiras e educacionais nos despendem.
Pagar, com verba pública, para o vulgar estudar, é dar mais do que ele se importa com a escola, é autovulgarização do sistema educacional. E o mercado aceitando orelhas nos diplomas.
A maior burrice de um político no processo educacional é enaltecer os professores concursados
e manter os contratados como servos inúteis.
O casal, troca alianças mas não troca as mochilas invisíveis, nas quais está contida toda a trajetória moral, cultural e educacional de cada um, cujo par só conhecerá no dia a dia o que pode ser bem frustrante para um ou para ambos.
Olhar pro espelho será sempre olhar para o passado, entender o passado é fundamental para olhar pro futuro, se não pararmos ali. O risco é entrarmos no dilema de narciso, se admirando e achando que o que vê é suficiente.
A crescente visibilidade
do terraplanismo nos dias de hoje
é uma clara demonstração
da eficiência da Internet
e da incompetência
do nosso sistema educacional.
Dentro de um sistema educacional onde se adota a ideologia neoliberal, o foco deixa de ser o aluno para direcionar as ações em prol dos resultados, mensurados por um modelo de avaliação arcaico, excludente e que ignora a diversidade dos avaliados.
Estipulação de metas, busca por excelência, tendo como o fim nela mesma, não é educação, mas corporativismo no sistema educacional.
Inclusão não consiste em tornar alguém diferente o mais parecido possível com a maioria, mas compreender que diferença não é defeito.
O verdadeiro problema não é a pessoa com autismo, mas a sociedade que não está pronta para acolhê-los.
Dizer que a escola não educa,
ou que o educar não é seu papel,
é desconhecer a dimensão da educação escolar,
é não ser capaz de enxergar a carência dos alunos
que se manifesta dentro da escola,
é não compreender que o ensino
está incluso no processo educacional.
O maior mal que o modelo neoliberal de educação construiu,
foi a transformação de professores em dóceis colaboradores.
Uma gestora educacional de sucesso não cria dependência, mas empodera cada membro da equipe a ser protagonista de sua própria jornada.
Numa educação movida por metas, o verdadeiro professor é um colaborador, dentro do sistema, que se frusta por se ver cobrado para apresentar um modelo de ensino que ele repudia, por não se identificar com a ideologia educacional de fabricar resultados.
Só podemos desfrutar de nossos direitos, nesse sistema educacional, quando os saqueamos com muitas brigas, só trabalhando honestamente não é suficiente, somos obrigados a greves, derrubando a qualidade. Em aposentadoria, nem se fala.
O professor é mais do que uma figura de entretenimento, replicador, tutor ou mediador. Ele é parte fundamental da construção do pensamento crítico que move as mudanças da nossa sociedade.
