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Pronto, só corro!
Quando foi que cortaram minhas belas asas?
Para onde realmente devo ir para me sentir em casa?
Quando foi que o medo tornou-se mais forte que o desejo de ser feliz?
Quantos traumas persistem como sombras das escolhas que eu fiz?
Tornei-me essa fera que rosna constantemente para qualquer um.
Essa marra disfarçada de raiva, mas que na verdade é uma dor incomum.
No fundo sou só um bichinho medroso e sem esperança,
Tremendo de medo das demasiadas lembranças.
Evito emoções pois não tenho condições de suportar mais perdas, fui roubado!
Já foram tantas vezes e ninguém imagina a imensidão desse buraco cavado.
Talvez eu seja bom nesse lance de fingir e me escondo demais.
Sou um ótimo poeta, um fingidor habilmente sagaz.
Sempre cobri de flores os caminhos que aos poucos foram se destruindo.
Sinto falta de muita coisa, mas sempre choro (sorrindo)!
É assim que sangro, essa hemorragia de amar.
Já sangrei tanto que estou a ponto de me afogar.
Gradativamente cansado dessa insistência de nadar,
Mas traumatizado demais para confiar em quem tenta me resgatar.
Dizem que o tempo vai curar e dizem também que a vida é curta demais.
Ótima maneira de falar que ninguém se importa, que tudo bem e tanto faz.
Quantas vidas preciso para que haja tempo suficiente para me sarar de você?
Essa é uma pergunta constante, uma pauta ainda aberta no meu imenso dossiê.
Seria mais fácil se você fosse a dor, um anexo, uma página descartável,
Mas você é só mais uma vítima lidando com seu próprio trauma incomparável.
No fundo somos todos flagelados usando máscaras enobrecidas.
Por baixo desses grandes sorrisos encontram-se almas falidas.
Mesmo que haja brilho nessa casca constantemente polida,
Perdemos nosso endereço. Somos labirintos sem saída…
Cicatrizes fazem parte do que fomos, somos e nos tornamos. Umas são charmosas, outras são feias e ainda doem...todas são fabulosas. Sejamos gratos a cada acontecimento e particularidade, são eles que nos dão parâmetros para conhecer de fato a Gratidão.
O que você quer de mim? O que quer saber? Não me pergunte, não seja deselegante. Apenas olhe sem me ofender com seu olhar; analise, tire conclusões. O que eu sou, quem eu sou ou o que eu fui vai estar escrito em meus braços. Mas não me critique, nem me olhe com os olhos físicos, e sim com os olhos do coração. Minhas marcas são minha história, com suas efêmeras alegrias e seus profundos oceanos de dor e lágrimas. Minhas cicatrizes são meus ferimentos de batalha, elas são a prova de que eu fui valente e venci... Venci o monstro dentro de mim mesmo, que me sugava e tentava me dilacerar. Todo o tempo, dia e noite; na solidão de dias ensolarados e na tristeza de noites sombrias e repletas de sombras rastejantes.
Para meu filho Joaquim.
De todas as marcas e cicatrizes no meu corpo, as que ele trouxe são as que mais me orgulho... Porque contam a história mais linda que já vive até hoje.
Me tornar "Mamãe".
- Aprenda a fazer falta -
Não ! não aprenda a fazer falta
No mundo dos jogadores, queira ser um perdedor
Quem ganha, leva o ego como prêmio
Quem perde, carrega o coração aliviado
Não queira fazer falta
Um dia vão sentir falta das suas loucuras, das suas palavras e dos seus carinhos
Seja diferente, o mundo já está em falta
Mas se for pra fazer falta, que seja cuidando do seu interior
Acariciando as cicatrizes que deixaram por falta de amor
E se tropeçar e cair novamente, saiba que sempre existirá alguém como você
Que se orgulhará dos seus machucados e sorrindo te mostrará as marcas de um coração aliviado.
"Não se esqueça que suas cicatrizes são vivências de um tempo passado que deixaram experiências vividas"
Gosto das minhas rugas, são cicatrizes da vida. Eu respeito as minhas pelancas.
Antes de falar algo que possa ferir alguém, pense, reflita como você reagiria se ouvisse o que está prestes a dizer. Como facas arremessadas contra a madeira, o que sai da boca não volta. Podemos até arrancar depois, mas terá sido tarde demais. As marcas, as cicatrizes não somem.
Na estação certa, as pétalas, ansiosas por luz, desabrocham, desvelando a verdadeira beleza oculta, que apenas no ato de coragem de florescer acontece.
Raízes firmes na terra, contra o vento a lutar, o inverno rigoroso, o desafio a enfrentar, mas na primavera, voltam a se levantar.
O orvalho da manhã, lágrimas de alegria, reflete o brilho da nova luz do dia.
As flores, resilientes, não temem a dor, pois cada cicatriz é um traço de amor.
E assim, entre espinhos e suaves fragrâncias, elas nos ensinam com suas elegâncias, que a beleza da vida está em continuar.
Foi como se cada pétala fosse um poema escrito pelo vento, contando a história de resiliência no tempo.
Ame tudo que Deus te deu, e cuide das pessoas hoje, amanhã você não terá nada do que se arrepender, a culpa é uma ferida que não cicatriza.
Hoje já não sinto vontade de curar as cicatrizes da minha alma, por que são elas que contam o verdadeiro tempo que tenho de vida.
As feridas do corpo saram, ficam as cicatrizes é verdade, mas com o passar do tempo, elas se transformam em lembranças vividas, sejam elas boas ou ruins, mas as cicatrizes da alma, não saram nunca, ficam lá para sempre! se tornam mais fortes, cruéis, são incapazes de amenizarem a dor de sentir, aquele cheiro, aquela voz, aquele gesto, aquele toque, volta sem menos esperar, essas são as lembranças que estacam sem a alma e que dilacera o peito rascando com profundidade a dignidade, o sentimento, o sorrido largo, o brilho nos olhos, enfim a liberdade !
O mundo está cheio de cicatrizes e cortes mal curados. As piores cicatrizes são aquelas que não se veem, mas as que deixamos em cada coração que ferimos. E nem precisamos de armas: nossas palavras, nossos ressentimentos, nosso desprezo e principalmente ações que não atingem o físico, mas a alma, são dentre tudo, o pior que podemos usar contra alguém.
Somos feitos de expectativas e emoções, mas quando bem planejadas tiramos o máximo de proveito e assim qualquer ação não nos deixará cicatrizes.
É com as cicatrizes das quedas que ficamos mais fortes, e experientes.
Absolutamente são com os erros que crescemos.
