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A vantagem de ter alma de poeta é transformar a ausência em presença, seja em palavras, pinturas ou silêncios.
Castro
Ela preencheu até às entrelinhas dos meus versos. Achei que meus trechos só tinham pontos finais, mas também tinham reticências.
Castro
Meu amor, entenda. Que não é preciso você dizer "tchau", pois a saudade já bate à porta bem antes de você abrir a boca. E o meu peito sente cada passo que ela dá.
Castro
Cultiva o meu pé de amores junto ao teu peito e sinta as minhas raízes costurarem o teu coração quebrado.
Castro
A intenção era arder como a chama que Camões eternizou em seu poema, mas acabei em um soneto escrito num papel toalha que saiu do peito de alguém que disse “Me traz a garrafa da mais forte que tiver”.
A intenção era arder como a chama que Camões eternizou em seu poema, mas acabei em um soneto escrito num papel toalha, manchado pelos pingos de chuva que saíram do peito de alguém que disse “Me traz a garrafa da mais forte que tiver”.
Castro no Bar dos danos sintomáticos.
No único bar que eu vou, a saudade é líquida e o amor é petisco que já passou do ponto.
Castro no Bar dos Danos Sintomáticos.
Cara, é tão difícil falar de sentimento. É tão difícil abrir o peito e dizer o que está acontecendo. É tão difícil aquietar o coração quando ele sabe que está sendo exposto. E a coisa mais difícil é engolir tudo e fazer achar que está tudo bem. Por que uma hora você sabe que vai sufocar.
O que nós costumávamos ser está me consumindo todo santo dia. E eu não aguento mais tantas suposições. Me quebro a cada tentativa de encontrar uma saída para esse labirinto que se ergueu na sua ausência. Eu ainda espero você voltar e me dar a mão. Por que eu não sei sair dessa confusão dolorosa em que me encontro. Eu me dissolvo todas as noites enquanto a sua voz da passos largos para longe de mim, se tornando um eco cada vez mais fraco.
A ausência sussurra. E nos dá a sua opinião sobre as situações, ela distorce tão bem, ou conta a verdade mais óbvia que nos envolve num mar de percepções. A ausência se faz doer com suas próprias feridas, que são abertas todas as vezes em que abre a boca. A ausência corrói o peito daqueles que não tem nada mais do que seu silêncio. Os devaneios que ela traz beiram a loucura. E uma hora ela deixa de ser. A ausência deixa de ter importância e aí é que está a liberdade. De tirar as amarras do que não está e seguir em frente sozinho.
Não adianta você bloquear a pessoa em todas as redes sociais, apagar o número e fingir que a pessoa nunca existiu. Se, na calada da noite, o teu peito chama o nome dela. Nada adianta se dentro de você ainda tem anexado a essência da outra pessoa.
Andam desmatando a floresta que carrego no peito. Sinto cada folha virar cinza. E eu não sei como deter. Então, me perdoem se por ventura eu desaparecer.
Você
Costumava ser um refúgio
Mas se transformou
Numa guerra
Que minha bandeira de paz
Só serviu de papel toalha
[ E eu, mais uma vez, saí perdida]
