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ANÓDINAS
O que sou?
Sou um cão
Um grão
Um não
Um tudo
Um nada
Nada é talvez
Tudo é talvez
Mal-passado
Passado o mau
Peço anódinas
Quentes, frias, mal-passadas
Mas que cheguem depressa
Pois a depressão inútil e controversa
Está aqui, latente
Dentro de mim ou em forma de gente
Cercando minha casa de palha
Meu jardim de plumas
Meu viver de sonhos.
O que sou?
Um fruto de um ventre
Um soprar de um vento leste
Uma ponta de icebergue
Uma semibreve
Preliminar de uma vida seca
Linha torta desenhada pelo tempo
Que caleja e que ensina
Que somos o que não querem
Que fomos o que queriam
Seremos uma pergunta [sempre]
Quem sou?
A tépida face que gargalha
A funesta sílaba de uma fala
A sábia águia a voar
Na vastidão de mil tormentos
Em segundos, meses, momentos
Que voam em uníssono
Em diferentes cores e firmamentos
O grão germina
É da sua natureza
Quem enxergar tal grandeza
Há de ser sempre a tal águia
A grandeza de um grão está em sua morte
A grandeza do sim é suportar
Um simples não
Com ou sem anódinas
Passado mau
Leite derramado
Mal-passado.
Quem é você?
O que é você?
Outra luz a acender...
Hoje, como em qualquer outro dia, esteja presente. Faça o melhor que puder aqui e agora.
Há um tempo infinito no momento presente. Aproveite a liberdade do silêncio.
Fidel Castro nunca foi marxista, ele tinha um pensamento social, mas só aderiu às idéias soviéticas porque os americanos apoiaram o ditador Fulgencio Batista.
Não dar pra ser só proza.
Eu sei ser poesia.
Sou a métrica rica, decassílaba de Castro Alves
Sou também o fogo ardente de Camões.
Sou um soneto, maltrapilho, vestido de sensações
Estou exausto. Não sei o que pensar. Não tenho mais opinião. As pessoas e veículos cuja opinião eu utilizava para me balizar estão mais confusas que eu. Parece que estamos em um daqueles momentos históricos onde ninguém, nem os atores principais, sabe o que está acontecendo. Ninguém tem nenhum plano a longo prazo, nenhum projeto estratégico, a não ser sobreviver a todo custo.
Considerando o tempo que passamos existindo e o tempo que passamos não-existindo, nosso estado natural é a não-existência. Existir seria apenas um breve soluço, um glitch, um bug, dentro de uma perfeita, plena e eterna condição de não-existir.
Se uma pessoa não pediu minha opinião, é muito provável que ela não queira saber. Se pediu, é muito provável que tenha sido por polidez. Quase ninguém quer saber nossa opinião. Nem nós mesmas deveríamos estar assim tão interessadas em nossas próprias opiniões.
Surpreendo-me com o autoconhecimento
Do ponto de vista que me olho me espanto pavorosamente.
Eu sou real: enxergo-me uma carcaça interessante, mas se me encaro, as janelas da alma viram portas.
Ontem minha mãe ainda dormia.
Seu cérebro, essa maquina extraordinária que por seis décadas a manteve ativa, amorosa e a fez grande mãe, fantastica mulher, a pôs para dormir para se reconfigurar.
Nesse momento em que digito essas palavras, um frenesí de atividades se desenrola em seu cérebro.
Sinapses passam a acontecer em novas conexões de neuronios.
O caminho antes utilizado para que ela falasse, se movimentasse, se mantivesse ativa, esta sendo redescoberto.
Enquanto isso minha mãe descansa.
Temporariamente, é bem verdade, pois apesar de todo esse turbilhão de disparos elétricos, o cérebro de minha mãe sabe que, para sua dona, o descanso se dá no TRABALHO.
Hoje continuamos na expectativa do seu DESPERTAR.
O homem tem feito todo o possível para ajudar nessa reconfiguração cerebral, mas uma mão maior e mais poderosa está atuando.
Toda a Familia esta na expectativa do momento em que minha mãe ira acordar.
Amigos estão orando e ate anonimos estão nesse momento torcendo para ver a minha mãe de pé.
E isso VAI ACONTECER.
HOJE é o dia de seu despertar.
Para Deus o tempo nao há, A eternidade se dobra e se guarda como um pequeno grão de areia na sua poderosa e redentora mão.
Para Deus, o hoje ja aconteceu e nesse hoje minha mãe ja despertou.
Portanto so nos resta CONFIAR e aguardar pelo Seu tempo.
Por isso, volto a dizer: hoje minha mãe VAI despertar...
E se nao for hoje, amanhã, o hoje SERÁ!
A intenção era arder como a chama que Camões eternizou em seu poema, mas acabei em um soneto escrito num papel toalha que saiu do peito de alguém que disse “Me traz a garrafa da mais forte que tiver”.
A intenção era arder como a chama que Camões eternizou em seu poema, mas acabei em um soneto escrito num papel toalha, manchado pelos pingos de chuva que saíram do peito de alguém que disse “Me traz a garrafa da mais forte que tiver”.
Castro no Bar dos danos sintomáticos.
No único bar que eu vou, a saudade é líquida e o amor é petisco que já passou do ponto.
Castro no Bar dos Danos Sintomáticos.
Cara, é tão difícil falar de sentimento. É tão difícil abrir o peito e dizer o que está acontecendo. É tão difícil aquietar o coração quando ele sabe que está sendo exposto. E a coisa mais difícil é engolir tudo e fazer achar que está tudo bem. Por que uma hora você sabe que vai sufocar.
