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Massas de Manobras
Por enquanto nada fazem!
Estão em si, por enquanto.
Quando os fingidores voltarem
sorrindo e com suas faces volúveis,
elas seguirão aplaudindo sem nada e nem porquê.
Ainda assim não tomam decisão,
até hoje jamais souberam o que fazer na pista, por enquanto.
Mas não se sabe para onde vão,
só que haverá delírios no meio da multidão, e dançarão a canção hipócrita outra vez...
.
Palavra'rt's
A palavra tem poder!
É um tiro concreto de
invenções ao tempo:
ruídos, artes, ecos, códigos,
comunicações, alegrias, risos, cânticos, rimas, amor, poesia e prosa... circo, povo e pão...
Vida, elementar!
Terra, fogo, água,
ar, religação, respiração, domínio, conquistas, imposição, submissão, dor, perdas... lágrimas, fome e morte!
Solidão
Na escuridão ninguém te ouve, ninguém te vê, ninguém te percebe...
Na escuridão ninguém te nota, ninguém quer saber do que tu não tens...
Na escuridão você não tem voz, não tem face, não tem presença...
Cadê a luz que não te ilumina? Cadê o amor que não te adota? Cadê os amigos que não te abraçam? Que não te percebem?
Cadê você que não me nota no escuro? Na escuridão você não é ninguém! No escuro não sou ninguém!
Na escuridão você é apenas medo, angústias, terror! No escuro sou apenas medo, angústias, terror!
Na escuridão ninguém me ouve, ninguém me vê, ninguém me percebe!
Tentação
O espião respira ao espiar
a espiral da moça
despida
inspirada
expirando suspiros
entre pingos transpirados
das nuvens esmaecidas.
Do livro, O Rio e a Criança.
De Rama Amaral.
Nos melhores sites e livrarias do Brasil e de outros países!
Para ser grande e crescer, aprenda a lê!
Trópicos de Sangue
O sol se punha atrás das montanhas,
quando os olhos da menina lacrimejavam
sentimentos borrados de manchas pretas misturadas
à púrpura e a angústia do drama do ente dilacerado
no asfalto quente do caos.
Mais um dia nós trópicos. Mais uma “vida ao mar” de sangue!
Mais um tempo de luto nos “brasis” da impunidade!
Por essas terras até a libélula se comove sobre o fio
das vestes ensopadas ao liquido vermelho do terror!
Enquanto isso larvas e bactérias aguardam ansiosamente
por mais um cadáver no “Jardim da Saudade”.
Bala perdida, ainda ilude, é álibi que testifica a violência!
Legítima a morte! Lá se foi mais uma vida sem sorte!
Para o IML. Para o além...
“Meus Deus!” “Meu Deus!”
Onde estais que não intercede com tuas mãos
nessa guerra de zumbis?
Por que não cura essas feras perdidas,
que tanto fazem da vivência uma selva voraz?
Vivem como máquinas: vazios de sentimentos,
mas sempre em busca de aparências, de poder!
Até quando, Senhor, permitirá essa barbárie?
Até quando? Até quando seremos apenas
números de pesquisas? Até quando? Responde-me, Senhor!
Até quando? Como o “Poeta dos Escravos”,
“eu delírio ou” será “verdade” perante a conivência
dos que ainda vivem nessas terras? O que me diz, Senhor?
Pois o líquido que jorra aqui também prolifera no Oiapoque,
banha o Chuí, irriga o Serrado, molha o Sertão, se esconde
na parcialidade da justiça do patrão ou de quem
tem mais títulos nas mãos.
Os gemidos, Senhor, os gemidos que se ouve
no meu lugar, ecoam tristemente de Leste a Oeste, de Norte a Sul
desse imenso Campo de Batalha!
“Senhor meu Deus!” “Senhor meu Deus!”... Tende piedade de nós!
Tu sabes que não é nossa essa guerra!
Acaba, Senhor, por meio da tua luz toda essa escuridão!
Apaga desse país toda essa violência! Toda forma de corrupção!
Não deixe a diversidade das cores serem coberta
pelo sangue de inocentes!
Antes que o sol se esconda mais uma vez desse
povo alegre e descivilizado, sobrevivendo nos limites do medo
dessa pobre/rica e sangrenta nação!
Não nos vire as costas, Senhor!
Há um tempo de morte, de escravidão!
Não nos abandone diante de tantas injustiças!
“Ó Senhor Deus” dos ensanguentados!
Do livro, O Rio e a Criança.
De Rama Amaral.
Transcendência
Não está certo se de repente você se encontra imersa?
Não está errada o mundo está incerto, em caos, insano.
Tão logo você se encontra errática não está humana?
Não é desumano pois tudo está em crise, em pânico!
O que se quer da vida hoje é viver apenas como o ébrio:
À rotina da massa, lastimar sua carga.
.Quando à loucura intensa é viver confiável, sem farsa!
Isso é sobrenatural?
Daí que julgam... Você não é normal!
Gadernal! Gadernal! Gadernal!
Por você não viver apenas o drama dilacerante da vida,
por está intensa mais que as idas e vindas, por pensar livre!
Isso não é mais desse mundo?
Talvez seja irracional!
E isso parece insano.
Não convém, por não ser medíocre, banal.
O Preço do Pão
Eu sei quanto vale o preço do pão!
Faço as contas por isso...
Por cada suor, por tanta dor,
pelos os calos na palma da mão!
Eu sei quanto vale o preço do pão!
Acordo, levanto, luto, pergunto o valor...
A importância de tudo: da farinha, do presto barba,
do leite das crianças, do quilo do feijão,
do aluguel, da taxa de água, do botijão,
da conta de luz, do equilíbrio, da exclusão!
Eu sei quanto vale o preço do pão!
Faço as contas por isso...
Pelo sonho frustrado, pelo rosto marcado, pelo corpo quebrado, pelo riso forçado,
pelo choro rogado, pelo amor separado, pelo credito negado,
pelo imposto salgado...
Das consequências... do preço de tudo!
Eu sei quanto vale o preço do pão!
Faço as contas por isso...
Pelo povo enganado ao político safado! Da Inflação lá no alto ao juro ao assalto!
E o governo cobrando até a “ morada no chão”.
Acorda, gentileza! Piedade a patrão?
Eu sei quanto vale o preço do pão!
Pago caro por isso!
Vida ao Caos
Por que você se diverte com tanta gente
“metida a besta” transitando na vida?
Se sua cara também é de palhaço, ou
às vezes, de fantoche no “circo mundo”.
Entre mudos e conformistas, as ruas ensanguentadas à violência
exibe o filme da vez: barbaridade versos impunidade!
Sinta as caras tão tristes, e os vampiros rindo sozinhos da situação!
Que dirá entre asilos tradicionais e casas de políticos insanos, hipócritas?
Que fará entre bichos no pântano cinzento?
Na selva não há abrigo seguro, tudo é naturalmente perigoso.
Se pedir para partir não sairá de dentro do caos, do poço...
Se suplicar para ir embora não
ficará distante de tudo.
A marca é uma cicatriz que não
se cobre nem com as palavras mais ternas, só cabe ao
tempo curar a ferida.
O caminho que a leva embora, será o mesmo que a conduz
ao que sonha? Se a casa que almeja já não mora mais a alegria, ou os belos dias de domingo, tampouco a senhora elegância!
A força que a incita para desistir, gentileza, é a mesma face que a faz lutar por um espaço neste hospício de universos loucos, onde a paz jamais existiu, mas aparências aos ecos dos hábitos tradicionais daqueles que impõem a situação.
A brincadeira é a porta mágica que cria universos inimagináveis às crianças, mas são as políticas públicas que garantem mundos reais de direitos e o pleno gozo à cidadania e à dignidade de cada uma, seja individual, na família ou na comunidade.
Encenação da Desordem
Há gentilezas no ambiente obscuro...
Intenções propositais afloram no
palco da desordem da corrupta nação!
Destituídos
da companhia estão os incrédulos
que não aderem
à crença dos “bravos artistas!”,
Grupos que ficam na plateia são
figurinistas temporais,
muitos, de outrora,
coadjuvantes desses dogmas. Mas... hoje,
nem sabem por que estão aqui,
quando preciso, aplaudem o
cômico nefasto!
- Descrenças a
esses pobres de espíritos! Grita
um louco da plateia.
- Tenhamos
narizes de palhaços! Complementa
a moça do outro lado do teatro.
Enquanto isso a massa contente em
seu próprio lar aguarda ansiosamente
a composição de uma nova
peça no cenário trágico da triste cidade.
Estrada estreita onde se anda com olhos abertos, fica muito mais larga que caminho largo quando se anda com olhos fechados.
O rio que passa todos os dias no seu leito não é o mesmo rio de outrora, tampouco as mesmas águas observadas no momento da curiosidade de quem as observa, nós também não somos mais os mesmos, talvez por isso não podemos ser mais bons amigos.
Acreditar numa justiça onde o pêndulo das decisões pende apenas para um dos lados, é legitimar sua crença na hipocrisia daqueles que dominam a situação.
Por que não saber das coisas singelas se estão nelas os segredos mais doces e essenciais da vida?
O amor existe em silêncio há incalculáveis anos, e ele é você também, intensamente ou não. Mas o amor não combina com o adjetivo insosso, por ser verbo imensurável, seja ele conjugado ou não, como deveria ser pela espécie humana. E por ser maior que o universo, o amor não pode ser definido por conceitos medíocres, pois até seu criador é um mistério infinito!
Sobre Anjos Entre Nós
Há anjos bons no mundo que não gostam de serem feitos de idiotas, iludidos, enganados. Eles estão por aí há séculos, fazendo o bem, por Deus, pela vida, por eles, por você e por um mundo melhor!
Às vezes, eles são confundidos com pessoas comuns, ou com anjos maus e pessoas más. Não confunda anjos maus e pessoas más, com anjos bons! Anjos bons procuram de todas as formas fazerem pessoas felizes sem exigirem tanto como fazem os anjos maus e as pessoas más.
Anjos bons, quando nos visitam pelo vento, se apresentam como uma brisa suave, é perceptível o perfume de suas almas. Anjos maus e pessoas más, não, estes, quando não aparecem num vento forte, apresentam-se através de uma brisa fria.
Anjos bons, por mais que sofram calúnias, julgamentos infundados, desprezos, indiferenças, injustiças... Temem a Deus, por serem filhos espirituais e obedientes ao criador! São companheiros, amigos, compreensíveis, doces, justos, conselheiros, amáveis...
Anjos bons são abrigos! Estrelas que guiam! Luzes que iluminam! Sóis que aquecem!
Anjos bons viajam pelo o universo o tempo todo, mas procuram a todo tempo aprender com a vida e com o mundo dos mortais, isso os ajudam a serem cada dia mais humildes nas suas trajetórias.
Contudo, anjos bons também possuem defeitos, por serem, às vezes, muito intensos, pegajosos, dedicados... E por gostarem de se encantar com as belas pinturas da vida, tipo: você! Sabe porque eles fazem isso, por adorarem seres inesquecíveis e imensuráveis, pois deixam cheiros inconfundíveis no ar em que eles respiram.
Anjos bons quando gostam de verdade, dão pistas disso à pessoa que acreditam ser incrível, embora sabendo que podem decepciona-los, eles não a deixam para sempre, pois sabem o quanto os seres mortais são imperfeitos.
Porém, anjos bons também são duros. Diante disso, trate-os bem! Pois eles não são de ferros e tampouco suportaria indelicadas atitudes, como fazem os anjos maus e as pessoas más, que, por serem doentias e inescrupulosas, aproveitam desse tipo de oportunidade para provocar, confundir ou tirar proveito da situação.
Todavia, anjos bons quando vão embora, demoram uma eternidade para voltar, e quando voltam não agem mais com tanta generosidade e delicadeza como de outrora, por saberem que a pessoa que a conhecera um dia, não ser mais a mesma que os inspiravam.
Quer um conselho: não deixe que os anjos bons vão embora de sua vida! Uma boa conversa numa hora que os anjos bons não estão legais, podem deixa-los apaixonados por você como se vocês tivessem se encontrado ou feito amor à primeira vez. Nem pense nisso com os anjos maus e as pessoas más, pois estes vão querer de sua boa vontade, talvez apenas perversão, aflição, exploração e conveniência.
Ah, por fim, não esqueçam de oferecer um aconchego aos anjos bons, como eles não são de ferros e estão, por um breve momento, humanamente entre nós, portanto sem asas, sejam eles do sexo masculino ou feminino, precisam de empatia e cuidados.
Riso fácil... um tanto insosso, necessário num mundo tão louco e fúnebre; riso puro e espontâneo eclode do coração, essencial, riso que eleva tudo.
A gente luta tanto para prosperar, ser melhor em tudo que faz, mas o que nos eleva é ter flexibilidade de tornar-se como criança e brincar à vida pra ser feliz.
MÊS DE JUNHO, O NOSSO MEIO AMBIENTE É O MESMO MEIO QUE PEDE RESPEITO, POIS É O MEIO AMBIENTE ONDE HABITA A VIDA!
É evidente que a combinação de vários fatores tem influenciado nas transformações do clima, seja na nossa região ou em outros lugares do Brasil e do mundo, parte de certas influências devido a ação humana e a ação natural de alguns animais, como o gado por exemplo. Diante disso, a natureza apenas retribui aquilo que ela não aceita, por excesso e por forças de sua misteriosa sabedoria. Logo, a máxima: respeitar a natureza vai além de preservar, mas também teme-la, seja por sua grandeza diante de nossa finita pequenez, seja por sua tamanha força de destruição.
Exemplos de grandes destruições não nos faltam, haja vista, os terremotos e tsunamis no Japão, Indonésia, Chile... Os furacões nos Estados Unidos, América Central e Cuba, ou ainda as enchentes nas terras tupiniquins, casos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Salvador-Bahia e, obviamente na nossa região, Vale do Rio das Contas e o nosso Vale do Rio Gongogi, estes dois últimos, é bem mais perceptível a ação desenfreada do homem na natureza, bem como a falta de uma política ambiental seria e capaz de coibir/corrigir certas ações que prejudicam o meio ambiente e a vida.
É claro que tanto os gestores, grupos políticos e populações são responsáveis pelo que acontece, contudo, lembro que sempre houvera pessoas e instituições comprometidas com a luta ambiental, com a vida; cito aqui, o Greepeace; a W.W.F Brasil; a S.O.S Mata Atlântica; o PAPAMEL-IPIAÚ, o GERG – GRUPO ECOLÓGICO RIO GONGOGI-DÁRIO MEIRA, este criado em 1998, do qual fui co-fundador, que junto com o PAPAMEL de Ipiaú realizamos, nos anos 2001/2002, no hoje colégio Antônio Brito, então CEDAM, conferências com todas as ONGs ambientais da Bahia, conferências em que traçamos políticas ambientais para o estado e para o Vale Rio das Contas e Vale do Rio Gongogi, a princípio abraçadas por alguns prefeitos, mas depois esquecidas. Idem, mesmo diante das dificuldades ainda realizamos várias ações através do GERG E DO GRUPO PAPAMEL. Tempos depois, por falta de apoio e de material humano o GERG-DÁRIO MEIRA, morreu; e por falta de ética, em 2007 o PAPAMEL-IPIAÚ declinou.
Ainda tentando manter viva a luta ambiental, o ativista Jônatas Silva (Mello) continuava no município, enquanto em 2012 fui novamente co-fundador de uma outra ONG, a Soluz Brasil, esta perdurou também por alguns anos. Todavia, bem mais adiante, creio que no ano de 2020, chegara a insistir/propor à Secretária Municipal de Agricultura, a alguns vereadores, a pessoas influentes do governo municipal e ao prefeito, a criação da diretoria de meio ambiente, mas não obtive êxito. IRÔNIAS DA VIDA ACONTECEM! VEIO AS ENCHENTES E ARRASOU COM TUDO!
Diante das perdas e das necessidades que todos passávamos, em 2023 levantara a proposta de criar o COMITÊ PERMANENTE CONTRA ENCHENTE (diferente do criado pela prefeitura), este seria composto por quase trinta pessoas, com maioria integrante da população, inclusive integrantes das forças armadas e da Assembleia Legislativa do Estado, Comitê que teria poder de recuperação da estética da cidade, de fiscalização, orientação e até de intermediação junto aos órgãos do estado, do governo federal e a nível de mobilização internacional, mas a população não abraçou o projeto. IRONIAS DA VIDA ACONTECEM! MAIS UMA VEZ VEIO AS ENCHENTES E INUNDOU TUDO, MENOS A FALTA DE VERGONHA NA CARA DE PARTE DA PRÓPRIA POPULAÇÃO, QUE AINDA INSISTE EM PROVIDÊNCIAS DIVINAS.
Rama Amaral
Mês de junho: O Homem, Sua Arte e Sua Caminhada no Meio Ambiente ao Longo dos Tempos.
As primeiras manifestações artísticas foram feitas com o uso das mãos, isso há milhares de anos, lá na Pré-história. Foi nesse período que o homem, às suas necessidades, lascou e lapidou a pedra. Foi nas rochas (cavernas) que ele deu vida à pintura, pela pintura ele também manifestou comunicação, crenças, ações do cotidiano, sua visão de mundo. Foi com o uso da pedra que ele esculpiu sua “Vênus” . Ainda nesse período, o homem confeccionou armas, descobriu o fogo, o metal, a agricultura, a escrita...
Todavia, foi também nesse período que aconteceram as primeiras mudanças climáticas, as primeiras revoluções agrícolas e urbanas. Idem, agora necessariamente o homem já fixava moradia, principalmente nos lugares férteis, nas margens dos rios, por exemplo. Era o homem em ação, se agrupando mais, ocupando espaço, explorando o meio ambiente por uma vida melhor e menos nômade.
Gradativamente o homem caminhava para as primeiras civilizações, revoluções, guerras. Ora, diante desse caminhar, naturalmente ele precisava manter as sociedades, precisava, portanto, de mais espaço, de mais moradia, de mais riqueza, de mais alimento da natureza... Ele necessitava de explorar o meio ambiente, de usar os rios, os animais, de escravizar seus semelhantes, de tocar fogo nas florestas...
O homem gradativamente vai interferindo no meio ambiente, nas mudanças climáticas, na camada de ozônio, na vida, vai gerando lixo, contaminando o solo; vai gerando progresso, novidades, ciência, invenções; vai despertando curiosidades, criando coisas, oportunidades; vai fazendo casas, igrejas, pontes, castelos, (arquitetura)... O homem vai fazendo arte!
Definitivamente o homem quer dominar a terra, não por acaso inventa um deus, ou deuses, pra disfarçar um pouco. Contudo, como existe o contraditório, há os homens e mulheres que não aceitam isso como se fosse uma lei absoluta do universo. Claro, não foi apenas por causa disso que apareceram alguns loucos na vida desse nosso meio ambiente, foi também por causa dos seus talentos, da necessidade de se expressarem.
Refiro-me a Galileu Galilei; a Copérnico; a Shakespeare; a Davinci; a Michelangelo; a Caravaggio; a Donatello; a Mozar; a Shopin; a Botticelle; a Monet; a Godin; a Van Gogh; a Picasso; a Di Cavalcante; a Portinari; a Anita Malfati; a Tarcila do Amaral; a Carolina de Jesus; a Cora Coralina; a Bob Marley; a Edson Gomes; a Guilherme Arantes, a Luiz Gonzaga, a Burle Marx... Ora, refiro-me aos loucos que fazem arte e loucos que fazem da arte, instrumento de educação e denúncia sobre as consequências desenfreadas do uso da terra, do maio ambiente, da vida. Refiro- me a arte negra, a arte indígena, a arte parda, a arte branca, a arte amarela, a arte poética, a arte ficcionista, a arte cinemática, a arte teatral, a arte dançante. Refiro- me a qualquer manifestação artística, a qualquer artista. Refiro-me a qualquer ambientalista, ativista. Refiro-me sobretudo a Chico Mendes.
É evidente que na contemporaneidade há acertos, belezas e fundamentos inquestionáveis da necessária ação humana ao longo dos tempos, embora o homem não tenha, ainda, se humanizado, talvez por isso, a maioria dos bilhões dessa espécie, não aprendeu ainda que são, também, animais e como rios e árvores, não especifica e anatomicamente como uma árvore ou um rio, até porquê no dia que pelo menos dez por cento dessa espécie pensar assim, certamente haverá mais respeito e preservação da natureza, dos animais e do próprio homem.; ou seja, acontecerá a humanização, o respeito ao meio ambiente, a preservação da vida. E se isso acontecer, o homem que na pré-história foi bruto, embora evoluiu culturalmente, mas permanece com certos erros, tenham certeza de uma coisa: a vida se lapidou à arte, pois quem faz arte expressa, educa, preserva e inspira a vida.
Rama Amaral
A Arte dos Maus Políticos
A arte ou a ciência de governar, gerenciar ou administrar acontece porque existem população, pessoas, comunidades... Quando organizado, povo. Porém, quando começam as eleições o povo denominado povo pelo próprio povo e por pleiteadores dos votos desse povo, tornam-se gado, massa de manobra. Estes últimos, os chamados candidatos, sabem que esse povo não passa de uma “maria vai com as outras”, maria com letra minúscula mesmo”, daí você discernir que para onde vai a massa, é lá que estará a "galinha dos ovos de ouro", que o candidato ou a candidata uma vez eleita ou eleito, atenderá com privilégios, aos interesses de poucos, restando à embriagada massa, a esperança de uma outra esperança ás eleições vindouras.
Por isso, que muitas vezes, você vai escutar da maioria: “eu ajudei fulano ou fulana de tal na caminhada, mas quando partiu o bolo fiquei apenas com os farelos”, quando outras pessoas, nem os farelos viram desse bolo, embora tivessem colaborado com os esforços e com os ingredientes desse bolo.
Desse contexto de privilégios, interesses, mentiras e enganações perduram os grupinhos sustentadores de malandros e maus políticos, estes para manter suas mesas fartas, contas bancárias e mordomias próprias e a dos familiares, facilitam à permuta que pessoas que apoiam suas idiossincrasias, fiquem com fatias do bolo, sintetizando a laica política num jogo de interesse político insano e medíocre. Por isso os gravetos, comedores de poeiras se revoltam. Por isso, as cabeças pensantes, progressistas e de ideias boas, claras e futuristas não serem ouvidas. Por isso, os bons políticos não terem espaços. Por isso, os melhores funcionários ou até parte dos apoiadores serem ofuscados. E assim os maus políticos “...vão passando como os filhos do Deus bom...” e vocês ou nós, vamos passando “...como os filhos do Deus mal...”
Contudo, como na política existem a politicagem, os politiqueiros, atores e palhaços, o “pão e o circo”, para não sairmos tristes do espetáculo e deixar o cenário visto apenas com uma visão fúnebre, é preciso aplaudir tudo que fazem, pois num mundo onde o que impera é o fingimento, dinheiro, influência, fama e poder, saber negociar o que você ainda dispõe de mais importante para se posicionar como um(a) cidadão(a) armado(a), o(a) ajudará a conseguir o que você quer.
Rama Amaral
Se minha luta for esquecida, meus passos serão apagados. Se minha caminhada for adiante, meus sonhos serão realizados.
Mundo Caótico
Moro no pensamento leve para viver, no sentimento belo de existir, não por conveniência por entender que isso é o alimento à vida.
Se à loucura assim me entendem, sinto muito por não te agradar, mas até depois de morto serei eu paciente livre desse hospício.
Palhaçada
Não é possível que você não me entenda, na chuva sou como açúcar, no sol como cuscuz ao fogo, ao vento um graveto sem rumo...
Nesse cenário aos risos... Você absorve isso tudo e acha que o derretido sou eu?
Ah, se isso não vale uma nota, é porque a encenação é idiota, onde o bobo da praça sou eu!?
