Tag agonia
Mergulho no sangue que sai dos meus olhos já mutilados
Uma dor que já não cabe mais na alma e me afoga, me sufoca
Como a mão do próprio diabo espremendo meu pescoço para a sua limonada matinal.
A cura está dentro de mim? Talvez estivesse, antes dessa lâmina me dilacerar por dentro.
Se o inferno existe... é o respirar, é o levantar, é o falar, é o ouvir, é o viver. É acordar e querer dormir de novo. É esse grito enjaulado que NUNCA vai sair. São os pensamentos esmagando o meu cérebro Esse é o inferno
Agonia
Nada acontece
como sempre
e também
parece que nada de mais acontecerá
Sempre esperando por algo
mas ao mesmo tempo
sabendo que no fim
nada vai mudar
O tédio reina
e se alimenta da angústia
resultando em pura agonia
Nada disso aconteceria
se algo fosse feito
Na verdade, o algo não existe
é uma ação sem efeito.
"Um dia direi o quanto te amei,
e falarei sobre a agonia que é
amar sem ser amada!"
Haredita Angel
13.06.14
Nas arduras e aflições, busquemos o Senhor e Criador, que tem o poder para nos socorrer e capacitar a suportar todas as adversidades da vida.
Vida vazia
Vida vazia... tão vazia.
Se esvai aos poucos.
Deixando no mundo um mundo de loucos.
Vida vazia... escorre como água entre meus dedos.
Quero contê-la.
Quero mantê-la,
segura em minhas mãos...
Não a quero escorrendo pelo chão.
Vivo querendo preencher um vazio que nunca se acaba...
Uma busca contínua...
Procurando encontrar nos minúsculos grãos de areia da praia que bordeia o mar.
Parece-me não existir.
Quem é a imagem que o espelho insiste em refletir?
Procuro nos traços do rosto um traço de mim...
Tento me desnudar...
Encontro apenas um vazio sem fim...
Medonha essa longa noite de agonia...
Vida vazia, estou eternamente a te perguntar: ‘Em que momento essa noite insana vai virar dia?”
Agonia...
Agonia...
Agonia...
''Mente Quebrada''
Minha mente, hoje, jaz fragmentada,
A ficha tardia enfim me alcançou,
Por cada escolha por mim mal traçada,
Numa avalanche que o tempo criou,
De decisões que a inércia omitiu,
E um labirinto que nunca cessou,
De mágoas que a minha mão mesma abriu,
Em um vendaval que me consumiu.
Eu tinha a ciência do passo correto,
Mas um torpor me impedia de agir,
Vivendo uma vida de rumo incerto,
Sem forças para lutar ou fugir.
E em meio ao mar desses rolos, um luto:
Minha mãe se foi, sem poder resistir,
Deixando em meu peito, por absoluto,
A culpa amarga como o pior fruto.
Na retina a cena final se demora:
Seu corpo na cama, exaurido, impotente,
O fôlego escasso que a vida evapora,
Um adeus sussurrado, tão subitamente.
E a dor me ensinou, com a sua pedagogia,
Que atalhos nos vendem um bem que só mente,
Pois a rota mais curta, na sua anarquia,
Conduz ao final de mais longa agonia.
Agora me restam três sombras potentes:
A triste solidão, o remorso profundo,
E um desalento por dias ausentes,
Que poderiam ter sido o meu mundo.
E ao céu eu pergunto, a esse Deus que concebo,
Se Ele enxerga este ser moribundo,
Ou se este anseio que em mim eu percebo
É o delírio final que a alma dá de cebo.
Às três da manhã, quando a noite se adensa,
A dor se agiganta por dias inteiros,
Na asfixia de uma angústia imensa,
Com gritos que morrem, meus companheiros.
É quando a janela, em sua vil sedução,
Aponta um escape dos meus cativeiros,
E o fim se apresenta como a solução,
Um anseio de paz para o meu coração.
E tudo que eu peço, em meu desalinho,
Não é a fortuna, nem glória, nem palma,
Mas que o pensamento, em seu torvelinho,
Pudesse encontrar o silêncio e a calma.
