Tag afeto
A monarquia tem sido eficaz em fornecer um foco de lealdade acima da política. Tornou possível para pessoas que discordam radicalmente sobre como a nação deve ser governada, no entanto, compartilhar um objeto de afeto pelo qual a nação como um todo é simbolizada.
O que carregamos de mais profundo no coração não se apaga.
Cultivar relações que nos alimentam e nos tornam pessoas melhores faz toda a diferença em nosso crescimento. Esses relacionamentos podem nos amparar em momentos difíceis e nos estimular alegrias.
Por isso não importa se aquela amiga está distante, se não é possível abraça-la ou sair para tomar um café. O que importa de fato é saber que ela existe.
Amigas e amores, amizades eternas e paixões inesquecíveis tornam o mundo um lugar mais encantador para viver.
Nos tempos não consumidos
Bem que a gente poderia falar de amor
Mas os melhores hão de ser vívidos
Seja lá onde for bem-vindo.
Matheus Ruiz
“Existem pessoas raras, sentimentos nobres e almas puras… Ainda há sorrisos sinceros, abraços que curam, palavras que cicatrizam. Existe quem ama, sem falar em amor… Ah, existe sim!
Re Pinheiro
Não force a barra. Não exija. Deixe que optem por ficar ou partir. O afeto é mais belo quando quem fica verdadeiramente deseja ficar.
Pequenos detalhes sobre ela:
Ela é uma obra de arte que Leonardo Da Vince foi incapaz de criar, seus traços foram esculpidos por anjos, sua curva mais linda é o sorriso deslumbrante que carrega luz, suficiente para iluminar um bairro inteiro.
Dentro dela há delicadeza, tamanha bondade que levam as pessoas questionarem-se o que esse ser faz na terra ?
Quanto mais o tempo passa, mais nos frustramos com as pessoas. Com as atitudes que são diferentes do que esperamos, com a forma com a qual conduzem suas vidas, com as regras que estabelecem para si próprias.
Nos queixamos dos abandonos corriqueiros. Consequentemente, nos afastamos, nos pondo num pedestal que, a julgar pela nossa própria percepção, nos distingue dos outros.
Entretanto, como temos agido com as outras pessoas? E se as outras pessoas se sentem exatamente da mesma forma? O que afasta dois indivíduos que se sentem da mesma maneira, um em relação ao outro, mas não conseguem dialogar em busca desse denominador comum?
Exopéryando a Poesia!
Até conhecer-te não mais queria esta incumbência,
Por sentimento algum, afeto, querença.
Cativando, deixava a vaguejar, sem pudor,
Sem temor e sem amor.
Inconsequentemente causando dor.
Teu sorriso deu-me o desejo de estar, de cuidar,
Zelar, amar, não por paixão ou obrigação, mas por querer,
Um querer ser, um querer seu, um querer meu
E assim um só querer.
Querer ser responsável por cativar-te!
Junte uma porção
de amor, afeto e
dedicação,
e permita que
os sentimentos
mais bonitos invadam
o seu coração.
Atração física + afeto ≠ AMOR
Embora o amor possa abranger todos esses elementos, rotular uma mera combinação de sentimentos e desejos, que traduzem um interesse próprio, como amor é um ultraje! O verdadeiro Amor não age indecentemente, conforme ensinado na Bíblia, e não há indecência em relacionamentos saudáveis e alinhados com os princípios de Deus.
De todos os nossos medos, talvez a perda ou a ruptura dos nossos maiores afetos, sejam suficientes para percebermos o quanto ainda precisamos valorizar a vida...
Velocidade é a bola da vez. Não sei bem se é isso, mas não tenho mais tempo para errar. Há alguns meses, numa mesa-redonda em Belo Horizonte, o professor Eugênio Trivinho (PUC-Santos) falava em "dromoaptidão". Nunca mais me esqueci. Ele fala difícil, a platéia de estudantes de graduação em Comunicação ainda não sabia o que fazer com aquelas palavras. Muita gente riu baixinho, pensou logo no dicionário. "Dromoaptidão" era um conceito que Trivinho desdobrava ali para aquela "galera". E era mais ou menos a aptidão que nós (e os próximos habitantes desta Terra) devemos ter para lidar com a velocidade.
Além do professor de Santos, capítulos de livro trazem pesquisas sobre o tal do "tempo real" e a perseguição de um intervalo cada vez menor entre os fatos, os fatos e as idéias, os fatos e os textos, os fatos e o jornalismo. Uma correria que aparece na vida de todo mundo das mais variadas formas. Gerações que se sucedem e ficam sem o que fazer cada vez mais cedo.
A geração dos meus professores universitários fazia doutorado aos 45-50 anos. A minha geração é de doutores antes dos 30 ou pouquíssimo depois. Inventou-se, para dar conta disso e manter a "linha de corte", o pós-doutorado. E deste se pode ter um, mas é pouco. Há jovens estudiosos com cartelas de dois, três ou quatro, antes dos 40 anos, uns dentro e outros fora do país.
Vou pelo mesmo caminho, mas não sem me perguntar: para quê estou correndo tanto? Onde vou parar? Para quem quero falar o que eu aprendo? Turmas cada vez menores? Poucos indivíduos que querem fazer carreira na ciência? Embora haja vasta comissão de ressentidos que vão mal na profissão ou que apenas repetem a crítica infundada àqueles que fazem da pesquisa a profissão (muitas vezes a vida), é nisso que este país se fia, com o pouco que ele é, para atravessar camadas e camadas de ignorância reverberada até por quem estuda.
Em todas as grandes universidades deste país (não estou falando de faculdades), há equipes grandes de pessoas de variado nível de formação questionando, examinando, estudando e propondo o que se faz do lado de fora daquelas cercas. Em qualquer região do Brasil, pessoas dedicadas ao conhecimento (e não apenas à informação replicada, muitas vezes mal replicada) fazem seminários para ver o que é possível para melhorar isto ou aquilo.
Fico observando aquelas equipes da Engenharia de Materiais. Eles têm de pensar em tudo, no presente e no futuro, e de fato alteram as perspectivas do que acontece dentro de nossas casas. Ou aquela turma de jaleco branco que acaba de passar por ali. São biólogos e vão almoçar. Um pouco mais cedo, estavam discutindo alguma coisa sobre meio ambiente. Os cientistas da Computação estão ali trancados resolvendo o que fazer com a pesquisa de um tal ex-aluno de doutorado que inventou algo muito importante para isto ou aquilo. E a turma da Faculdade de Educação entregou hoje cedo as matrizes que direcionarão o ensino de Matemática nos próximos anos, se os professores deixarem.
E para quê corro tanto? Para ver a banda passar. Para chegar na frente. Para que minha vida aconteça à minha revelia. Para que meu filho tenha um futuro bacana. Para ter grana. Para aprender coisas que pouca gente sabe. Para contribuir. Posso dizer tanta coisa para me justificar, mas prefiro ficar cansada. No final, estaremos todos vizinhos nas mesmas covas. Para quê correr?
Uma moça me contava, há duas semanas, a experiência de morar no exterior. Não em Londres ou em Nova York, mas em Moçambique. Antes disso, fez um estágio no interior da Amazônia e depois concorreu a uma vaga na África. Lá, não tinha quase onde morar. Pegou malária duas vezes. Depois de três anos, resolveu voltar para o Brasil porque ficou grávida. Não fosse isso e teria curtido mais a missão. Dizia ela: "Aprendi muito com esses povos. Lá você dizia ao cara para pensar no futuro, guardar a comida, conservar o peixe e ele dizia: para quê?". Quando ela argumentava: "Para você ter um dia melhor amanhã". O africano dizia: "Mas aí eu posso ter um dia melhor hoje". Caça, pesca, coleta. Isso mesmo, vida de quem está, não será. E se for, melhor.
Ela dizia isso e sugeria a alunos de Letras que concorressem a vagas oferecidas por agências nacionais de fomento para viagens ao exterior. Não para Milão ou para Lisboa, mas para Moçambique ou para qualquer outro canto do mundo onde não haja uma vida, no fundo, muito parecida com esta. Ela dizia isso e refletia: correr para quê?
Não quero viver da coleta. Não sou caçadora e nem estou preparada para o "carpe diem" dos filmes americanos ou dos poemas árcades, mas bem que eu queria um descanso. Não este descanso falso dos finais de semana que começam no sábado à noite. Não a pseudoparada dos que dormem de dia. Ou a noite exausta de quem trabalha sem parar. É isso o que se tem feito. Eu queria o descanso de viver este dia do moçambicano sertanejo. De quem não conhece, simplesmente não sabe o que é, o celular, a televisão, a caixa de e-mails ou a luz elétrica. Impossível.
Faz tempo que a velocidade vem mudando de jeito. Não por conta da internet, que esta é apenas a etapa que nos soa mais fresquinha. Desde o telégrafo, o trem a vapor, o telefone. Desde que a distância pareceu ser relativa. Desde que os burricos que atravessavam montanhas pararam de trabalhar. O tempo vem sendo manipulado. As pessoas vêm delegando suas reflexões e seus desejos a outras. Se gostam ou não, se querem ou não, se são ou não, tanto faz. Terá sido tudo uma imensa onda de práticas meio espontâneas.
Sem ler sobre o assunto, mesmo sem freqüentar aulas de "Análise do Discurso", seja de que linha for, é possível parar para ouvir os ecos de tudo o que se diz. Aqui, neste Digestivo, é possível ler uns textos que ecoam outros; tantos que expressam bonitamente a conversa do boteco, com mais elaboração, é claro; outros tantos que conversam entre si e nem sabem. O que importa é saber o quanto estamos presos a uma rede invisível de sentidos que já vêm meio prontos. Uma teia de relações que já chegam feitas. Uma onda transparente de significados que carrega os ditos e os não-ditos. Sem ter como escapar. Os dizeres estão sempre presos a outros, mesmo que não se saiba se alguém já disse aquilo antes. E principalmente por isso.
Pensar deveria ser a coisa mais importante de tudo. Da vida em família, da escola, da convivência. Saber pensar deveria ser a habilidade mais almejada de todas. Antes de saber envergar roupinha de marca ou saber inglês, antes de conhecer música ou ler Machado de Assis. Antes de ser "do contra" ou de apoiar a "situação". Pensar deveria ser obrigatório. Não sei pensar. Não aprendi direito. Antes que eu consiga (porque eu até tento, há quem nem isso...), vêm logo essas redes de sentidos me carregando. Que antídoto há para isso? Pensar de novo, ler mais, conhecer os textos (falados, inclusive) que já rolaram nesta correnteza e tentar ao menos me localizar. Saber que ecos tem minha voz. Pensar de novo e assistir aos efeitos do que eu disser.
Em 2002 eu tinha um blog. Ele era até conhecido. Fazia resenhas e entrevistas com escritores. Depois me cansei dele. Hoje tenho preguiça dos blogs, assim como de outras coisas e pessoas. Lá no meu blog era assim: eu mal pensava e já havia escrito. Muitas vezes funcionava. Mas isso não tem a menor importância para mim mais. No blog, no site, na mesa de bar, a velocidade eclipsa uma série de coisas mais importantes. Muito do que se escreve é de uma irresponsabilidade exemplar. O Digestivo já foi texto de prova de vestibular várias vezes. Imagine-se o que isso ecoa nas práticas de muitos lugares? Parece bobagem? Não é. Muito do que se toma como verdade é irrefletido, bobo, superficial, reelaborado, tolo, restrito, mas se quem escreve só faz escrever sem pensar, imagine-se o que fazem os que apenas lêem, e lêem mal?
A velocidade com que as coisas podem ser feitas e ditas tem trazido à luz o que deveria ficar guardado em tonéis de carvalho. Há produtos da cultura que jamais, esteja a tecnologia como estiver, sairão dos barris antes do tempo. Ainda bem.
Ela diz: "Mãe eu sei que ele é um zumbi, mas finalmente encontrei alguém que está interessado no meu cérebro e não no meu corpo."
“Sem cobranças, menos carência e exigências, com entrega natural quando se fizer necessário e principalmente dentro do seu limite e tempo, para que este amor seja pleno. ”
Cobrança afetiva é a característica de dependência emocional extrema e cobrar isso dos outros sem parar. Todos nós precisamos de atenção e carinho, faz parte da sobrevivência natural do ser humano, de querer mais e mais sua felicidade infinita, mas todos os extremos são maléficos e nocivos e trazem muito poucos benefícios. É necessário também aprender, às vezes, a caminhar sozinho, apesar de ser difícil, decidir, opinar sem se constranger o que o outro vai pensar ou depender do que o outro vai dizer é uma liberdade que deve ser conquistada. Há a carência afetiva, e muitos apesar de parecerem distantes disso, gelados e amargos sofrem deste mal também. Isso é normal, não tenha vergonha, mas modere-se porque ao exigir demais e ter expectativas enaltecidas, as frustrações podem aparecer bem como o medo excessivo de ser rejeitado e nem sempre pode ser suprimido em sua totalidade. Vamos tentar cobrar menos, eu sei, para mim é tão complicado, mas quem sabe hei de conseguir, vou tentar. Anoiteceu e nos deixe descansar simplesmente, sem cobranças, para que seja pleno e saudável.
