Suas Qualidades de Namorado

Cerca de 134595 frases e pensamentos: Suas Qualidades de Namorado

Que o papel fale e que a língua se cale.

Quem sem descanso apregoa a sua virtude, a si próprio se sugestiona virtuosamente e acaba por ser às vezes virtuoso.

O fim da vida não é a felicidade, mas o aperfeiçoamento.

O pretexto normal dos que fazem a infelicidade dos outros é de quererem o bem deles.

A modéstia é para o mérito o que as sombras são para um quadro. Dão-lhe forma e relevo.

Condenados à morte, condenados à vida, eis duas certezas.

Para aparecerem no jornal, há assassinos que assassinam.

Cada um é como Deus o fez, e muitas vezes até pior.

Nós dois? - Não me lembro.
Quando era que a primavera
caía em setembro?

Noturno

Lá fora o luar continua
E o trem divide o Brasil
Como um meridiano

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Em grande parte, os maridos são como as mulheres os fazem.

Nunca a polícia terá espiões comparáveis aos que se colocam ao serviço do ódio.

Procure suas qualidades, acredite em você, não fique pensando que os outros sabem mais que você. Acredite em seu poder.

Não se vanglorie por suas mil qualidades, pois podem ser abolidas por um só defeito, a SOBERBA!!!

As pessoas admiram suas qualidades em silêncio. E julgam seus defeitos em voz alta.

Pare de esgotar suas energias cuidando da vida alheia, odiando as pessoas que possuem as qualidades que você adoraria ter e não as possui. Se concentre em melhorar sua própria vida, a fazer o bem, a amar sem distinção e pare agora com essa análise insana baseada em pressuposições.

Ame-se mais. Você é especial pelo simples fato de existir e ser exatamente como é. Com todas as suas qualidades e também os seus defeitos. Feliz é aquele que te ama pela essência linda que o Criador colocou em você.

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Maria Julia Paes de Silva
Livro: Qual o tempo do cuidado? Edições Loyola, 2004. P. 49

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Fernando Pessoa.

...Mais

Os Três Mal-Amados

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

João Cabral de Melo Neto
João Cabral de Melo Neto - Obra Completa

Liberdade

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp