Suas Maos em meu Corpo
Meu sonho
É só um sonho
Eu sonho só
E e o sonho é só meu
E por sonhar sozinho
Eu me avizinho ao sonho
Me descomponho
O sonho sonha eu
Sonho...
Às vezes eu sonho;
A brisa entra pela porta do quarto
E areja o meu sonho...
O café ferve e cheira
Alimentando o meu sonho
O sol invade pela manhã
O meu quarto e acorda o meu sonho,
Mas a brisa continua arejando,
O sol aquecendo,
O café cheirando,
Ela esfrega os olhos...
E me fala de sonhos...
Hoje eu abro o meu guarda-roupa,
Visto a melhor roupa e guardo a minha alma;
Num cabide penduro minha sensibilidade,
Cadê os meus poemas que perambulavam
Nas meias-solas do meu sapato,
Era bom sonhar com o beijo eterno,
Eu que não tinha jeans muito menos terno;
Mas era tão bom sonhar com as ancas
Generosas nas praças suburbanas;
Aquele meu romantismo em busca do inconcebível
Do que parecia inalcançável
Era o que me punha de pé toda manhã,
Cadê aquele jovem sonhador que cheirava a contouré
E mascava chichetes de hortelã;
Hoje os dias são tão violentos, a vida é tão rápida;
Alguns amores não resistem à alguns encontros
Alguns adolescentes se perdem nos desencontros
Mas aquele jovem, que ouvia baladas com a alma cheia de sonhos
Pippers nos bolsos de uma topeka
E um montreal fubento machucando o calcanar...
Descrevia bem os bons desejos de viver e de amar
Vai no meu olhar
olhar a minha alma...
e a paisagem tão serena é uma miragem
que a ansiedade banha no açude;
fiz o que pude e o que não pude,
mas o amor segue nessa estrada infinita
a se perder nos montes,
é uma vadiagem que o coração permeia,
o meu amor é tão vadio,
é tão vazio de vazios,
numa alma tão pequena a abrigar o mundo,
e apenas num segundo
o meu amor cabe no que não vejo,
mas me intui este desejo de te amar
Não posso te falar de amor,
não posso te falar de amor
o meu amor é tão calado,
é tão mudo, tão silente, tão oculto
o meu amor é a periferia perigosa,
pisa em ovos,
olha de soslaio,
fala sozinho com essa multidão de becos,
travessas e vielas
essa multidão que não ouve,
não fala e nem escuta falar de amor
Não tenho medo mais da solidão,
já enganei meu coração
que posso ser feliz sem teu amor
se as noites são vazias eu penso assim,
e penso, assim eu vivo esta ilusão.
ACREDITAR
No meu sonhar só vejo teu olhar
só beijo teu umbigo
eu sigo meu desejo
e mais do que sonhar
eu quero acreditar
que acreditar nessa paixão
que longe do que eu penso; eu penso longe
eu quero acreditar que existe vida...
e mesmo com o olhar perdido,
o meu olhar que cai com o sol...
que cai com a tua ausência,
com os absurdos do dia a dia...
tem uma luz que conduz a crer
que o amor é que ilumina
Eu estava seguro e maduro.
Havia acabado de construir o meu muro.
Me escondi, na sombra, no escuro.
Pois dá muito trabalho limpar o entulho.
Aí você apareceu assim, tão de repente.
E eu, que fazia um esforço para não ver gente.
Fui puxado para fora e fiquei contigo frente a frente.
Senti o teu calor, teu ânimo, sua alegria.
Deu vontade de correr, como de hábito eu fazia.
E você, sem fazer nada, fez eu querer sua companhia.
Eu estou surpreso e não sei o que fazer, pensar ou dizer.
Esse mundo onde as palavras faltam e o fôlego tremula.
É medicação para a alma, que nunca tomei nem li a bula.
E o pior é que eu, antes tão comunicativo, fico tímido quando você aparece.
A expectativa de encontrar amanhã, a cada noite cresce.
Meus lábios querem os seus e a sua alma já te contou.
Nessa linguagem silenciosa que o amor é doutor.
Esse seu silêncio que parece que não quer ou que não me entendeu.
Me deixa apreensivo e lembrando das vezes, que o meu coração já doeu.
O que eu faço agora, me diga como você entrou?
Pois esse coração que antes era valente, flechado por você se acovardou...
O tempo está terminando.
Limpa minhas vestes, aquece meu espírito, e ajuda-me a guardar azeite suficiente.
Que eu viva cada dia com os olhos no Céu, os pés no caminho estreito,
e o coração preparado para Te encontrar.
Não. Ninguém do meu meio está preparado para entender meus excessos, minha acidez desmedida, meu amor transbordante...
Não...não há porque revelar, desvendar...abrir as fendas, seguir meus passos...
Não...minha trilha não tem rastros, meu perfume é madeira misturado com jasmim...Minha senda, meu silencio, meu murmurio...eu, de mim.
Elizethe Ferreira Gama
Caminhando pelo calçadão da praia sob chuviscos. Passou ao meu lado um senhor de cabelos brancos e barbas não muito compridos. Todo maltrapilho. Certamente, era um mendigo andando devagar e de semblante cansada. Observei-o. Seguindo os seus passos. Veio-me uma tristeza no coração, senti na minha própria consciência: "Eis q vc poderia ter passado ao lado de Cristo e não deu importância." Parei. E voltei a olhar para trás. E, falei-O, "Senhor Jesus, se foi Tu, peço-Te perdão por não ter ao menos cumprimentado.." Logo. Uma voz soou no meu coração: "Meu bom filho, me reconhecestes e estás perdoado, segue em frente, a sua jornada é cheia de paz e alegria." Então, sentei-me num banco e chorei." Alegrei-me que a força do Evangelho de Cristo permanecia vivo no meu coração. "Amai-vos ao seu próximo..."
Enquanto andava na praia, fui materializando Deus através do meu pensamento:
As ondas do mar... eram Deus.
No céu escuro, as estrelas... eram Deus.
Com os pés na areia - vida... era Deus.
A brisa do vento suave... era Deus.
A dádiva foi grande ao distinguir Deus em tudo que é simples, belo e gratuito.
Tão meu
Tento não lembrar, mas não quero esquecer,
Penso em te encontrar, mas tenho medo de me perder.
Novamente perco a batalha: lembro sem perceber
Dos meus longos cabelos castanhos enroscados na sua negra barba.
Novamente não pude conter
Me perco nos seus flamejantes lábios querendo meu juízo e boca morder.
Sem motivo rio sozinha, não consigo esconder,
Por mais tempo queria ficar, isso já deves saber.
Volto ao trabalho, mas minha mente voa,
Já não posso interromper
Então para sossegar o coração, começo a escrever,
Talvez para te imortalizar em verso,
Já que aqui, para sempre poderá viver.
Se é certo ou errado, não posso escolher
Só sei que foi tão bom e foi tão breve,
Exatamente como tinha que ser.
Suas mãos me puxando para perto,
Seu sussurro e seu gemido, pude sentir e pude ver
Enfim a maior parte possível de você comigo pude ter.
Então naquela noite, fui tão sua e você tão meu,
Que de inveja por um instante, até a lua se escondeu.
Superando as sombras do passado
As palavras de meu pai ecoavam como um decreto de inutilidade. As afirmações de minha mãe pintavam um futuro sombrio, desprovido de conquistas. O laço fraterno com minhas irmãs parecia frágil, distante da amizade que eu ansiava. Na escola, sentia-me como uma intrusa, uma aluna indesejada. A crítica de um professor ressoou profundamente, como se minha própria existência fosse um erro.
Cresci envolta em uma névoa de incerteza, questionando meu lugar no mundo. Hoje, aos 30 anos, reconheço o vazio que se instalou, reflexo das feridas do passado. Minha história pode não ser um conto de alegrias fáceis, mas ela é a minha jornada.
Ainda que em alguns momentos a vida pareça um fardo pesado, carrego em mim a resiliência de quem sobreviveu às tempestades. Se por vezes meus passos vacilam e o destino se oculta, a busca por um caminho permanece acesa. A tristeza que as incertezas trouxeram não me define, mas me impulsiona a buscar luz.
Na minha busca espiritual, volto-me para diversas crenças, na esperança de encontrar amparo e compreensão. E mesmo que o silêncio persista em alguns momentos, a fé reside em meu coração.
Sou feita da vastidão da estrada sob a noite estrelada, da firmeza do chão batido sob a luz da lua. Envolvo-me na delicadeza do perfume das rosas e na imensidão acolhedora do mar. Reconheço a multiplicidade de caminhos e destinos que se apresentam, e com renovada esperança, sigo adiante, confiante de que um deles me encontrará.
"Parou por um momento meu coração;
Senti, e ao mesmo tempo não senti;
Foi apenas mais um susto, mais uma triste ilusão;
Não perco a esperança, enquanto não perco a razão!
Entre os espinhos da desilusão e as pétalas da esperança, meu coração luta para encontrar um equilíbrio.
Cansado...
Certo dia, estive em uma praça. Um lugar tranquilo. Observei cada detalhe ao meu redor. Sentei-me em um banco posicionado à frente de um aquário com peixes coloridos. No silêncio daquele espaço, concentrei-me apenas no que verdadeiramente me interessava: a *Ordem Natural das Coisas*. No entanto, algo parecia desalinhado. Todos os bancos estavam ocupados por casais, enquanto o banco onde me encontrava permanecia vazio — assim como eu me sentia por dentro.
Compreendi, ali, que a paz, muitas vezes, vem acompanhada de um vazio profundo e do medo constante de se machucar, de ser traído, julgado ou abandonado. Tais experiências marcaram minha vida a ponto de eu desenvolver certa repulsa por qualquer sorriso que tente se aproximar. Toda flor, no início, esconde seus espinhos — e aprendi isso da pior maneira. Talvez eu esteja errado, ou talvez não.
Hoje, não ofereço mais justificativas às pessoas que tentam se aproximar de mim. Simplesmente encerro qualquer tentativa de conversa logo no início. Reconheço que, por vezes, minha atitude possa parecer arrogante. No entanto, ao me observar, percebo que essa postura é apenas um mecanismo de defesa.
Pergunto-me, frequentemente: *“Por que ainda guardo memórias de uma ilusão perdida?”* Ela adoraria tomar sorvete. Seria uma excelente companhia para compartilhar essa paz e, talvez, amenizar esse vazio. Mas a vejo — em pensamento — ao lado de outro, alguém que talvez ainda nem exista, ou que já esteja com ela. A imagino me traindo após uma vida feliz que construímos… em um futuro que jamais chegou a acontecer. E, só de pensar nisso, meu coração se aperta, se despedaça, e os olhos se enchem de lágrimas. É o medo de sentir novamente toda aquela dor.
A sensibilidade de um homem raramente é vista. Por fora, pareço firme e competente. Por dentro, meu coração apenas continua a bater por obrigação — pois, emocionalmente, já estou morto. E nem mesmo cheguei à velhice… tenho apenas 21 anos. Mas me sinto destruído.
O que é uma família? O que significam os amigos? Todos eles, um dia, se vão. Eu simplesmente desapareci. Não sei o que é ter pai, mãe ou verdadeiros amigos. Quando chega o momento de sentir algo, tudo em mim está vazio. Quando observo a dor dos outros, me mantenho sempre distante.
Não me irrito, não controlo ninguém, não pertenço a ninguém e também não quero que ninguém pertença a mim. Fico feliz por ver outras pessoas construírem famílias felizes. A minha apenas me decepcionou. E, para os meus antigos amigos, talvez eu tenha tido valor apenas enquanto tinha algo a oferecer.
Sim, cometi erros. Muitos. Mas o tempo, aos poucos, tem me ensinado. Na verdade, sou eu mesmo quem tem se reeducado. Eu fui alguém vivo… e acabei morrendo aos poucos. Morri assistindo a conflitos em lugares desnecessários, morri presenciando discussões fúteis. O que restava de mim foi incinerado quando duvidaram da minha capacidade de crescer, quando fui traído, quando ofereci meu amor e fui rejeitado.
Hoje, permaneço em silêncio nos lugares, não como uma pessoa, mas como um fantasma. Quando reencontro alguém do passado, finjo não reconhecer. Dizem: *“Oi, Hysheller, quanto tempo! Como você está?”* E eu respondo: *“Desculpe, não me recordo de você. Não desejo conversar. Tenha um bom dia. Tenho responsabilidades.”* E essa resposta vale até mesmo para quem um dia amei profundamente.
Alguns dizem que é orgulho. Mas a verdade é que a solidão, por mais dolorosa que seja, é o único lugar onde me sinto, de fato, seguro.
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