Sou So um Palhaco
Sou viciante, mas não passo de um início mal-feito. Vicio por dias seguidos, causo mal em dobro. Sou um acordo sem assinatura. Mistérios, quem sabe alguém desvende. Entediante, mas avassalador, talvez. Ainda que alguém tente me acompanhar ando em ritmo acelerado, mas em compensação corro vagarosamente. Ser preguiçoso, mas investigador. Procuro as coisas, mas sempre as perco minutos após. Meio-termo, vanglorioso. Orgulho na pele, indecisão na ponta da língua. Não sei o que falar, mas entendo muito bem o que sou capaz de ouvir. Sou mais do que um título, mas nunca serei uma história. Capacidades eu tenho guardadas no meu armário, aos montes. Mas como todo armário, uma bagunça. Não sei o que vestir, mas sei me conservar. Sou um ser, mas nunca fui alguém. Ninguém me nota, mas me questionam. Complicado, sim. Complicações aos montes. Canetas, lápis, borrachas. Algo inapagável, mas impossível de ser escrito. Sim, sou este meio-termo que tanto venho a te explicar, mas como sou metade, nunca completo. Sou meio-alguém, por falta de alguém. É, talvez seja isso, a falta que me traz metade, metade que só se completa por outro batimento. Metáforas ditas que em meio as palavras haverá alguém a minha espera. E espero eu que não aguente mais esperar. Porque eu não me entendo, aliás, ninguém entende. Como disse-lhe, sou entendiante, meio-termo. Sempre a dúvida estará por cima de qualquer outro porém. E tu nunca me compreenderás. Porque tua sabedoria é pouca demais para desvendar um mistério pela metade.
Quem eu sou? Um gago mudo e um cego daltônico.
Crendo no Buda Católico, no Maomé Protestante e no Jesus do Islã, vivo uma paz nervosa!
Basicamente vestido com roupa preta clara, porque o branco escurece - o contraste evidencia meu lado negro.
Acho que sou um clichê inédito e um plágio criativo! Um ET terráqueo de improviso planejado com entretenimento monótono e uma tristeza feliz...
Eu mudo muito de opinião. Normalmente não concordo muito com o que digo. Sou um grande mentiroso.
MINHA DEMÊNCIA
Não é fácil definir minha personalidade. Não a tenho. Um dia sou uma coisa (coisa literalmente); no outro dia sou outra. Vivo em constante metamorfose reversível, não como o personagem kafkiano que foi se transformando de gente em barata e nunca mais voltou a ser gente. Meu caso é diferente. Um dia me sinto muito gente, grande até. No outro me percebo como uma bosta fedorenta e desprezível. Tudo depende de como consigo aceitar ou não a loucura de um mundo formado por hipócritas, cretinos, violentos e, o que é pior, imbecis, já que, isso tudo somado, dá no que deu essa humanidade que integro, mas que abomino, desde que raríssimos são os que conseguem enxergar o óbvio. Quase todos são como vacas: seguem uns atrás dos outros, sem o cuidado de verem se quem lidera o rebanho tem capacidade para tanto. Mas o pior de tudo é que o mundo se divide em muitas boiadas, quase sempre comandadas por “touros” que se fazem senhores de todos, havendo mesmo aqueles que interferem nos destinos de quase todos os outros rebanhos. E os idiotas que vão atrás, por safadeza (os touros menores); preguiça mental, ou idiotia progressiva (os touros sem berros), sabem que não está bom, mas não se unem para tomar o comando para formar um sistema social onde todos comandem e ninguém mande, ou seja, onde cada um seja dono de si, respeitadas as individualidades para o bem-estar próprio de cada um ou do coletivo.
Isto posto, e como muitos males já me vêm de longa data, desde quando eu mal sabia como escrever uma carta anônima, mas identificável, para a desejável mulher do vizinho, comecei agora, já não muito longe dos finalmente da meia-idade, a perceber que uma certa demência pode aniquilar-me, se eu continuar dando apalpadelas nas bundas flácidas, fedorentas e horríveis dos meios políticos e sociais do mundo e do meu próprio país.
Informar-me já não me atrai com nenhum prazer; me deplora, deprime, convulsiona. A mesmice é um óbice repelente às forças progressistas, e o conservadorismo travestido de liberalismo falseia desavergonhadamente as idéias de um futuro solidário, de uma justiça independente, nunca refém da libertinagem ideológica da ditadura capitalista, do elitismo oligárquico ou individualista que estraçalha os seres de menor força e destrói o planeta a uma velocidade vertiginosa.
Ler as desgraças do mundo é algo que vem de encontrar-me apático, abatido, sem mais vontade de lutar, desde que o mal do ter sempre venceu a dignidade do ser e, à medida que o homem evolui em ciências exatas, ou mais se enfronha nos terrenos das humanidades, mais carrasco ele se torna, porque, paradoxalmente, a sabedoria o torna mais senhor de si e de outrem, prevalecendo mais e mais a falta de escrúpulos, de sentimentos de justiça e de “vergonha na cara”.
Ver e ouvir um político de cargo de comando ou de Leis, ou qualquer outro cargo de alto, médio ou baixo escalão, ocupar postos ilegitimamente (pelo voto da ignorância, por enxertos de recursos corporativistas, pelo dom maldito da palavra, rica de retórica e paupérrima em sentimentos), tanto em meu país quanto em qualquer parte do mundo, chega a causar-me uma sensação de ódio mortal e a tirar-me muitos momentos de sono e de serenidade.
Passo horas a fio analisando injustiças, indiferenças com o terrível sofrimento de bilhões de pessoas subjugadas pelo neoliberalismo nefasto e dadivoso com a cruel macro-economia que destrói o bom senso, que afasta homens sem caráter e nenhum escrúpulo dos problemas que impingem dores inenarráveis aos pouco bafejados pela sorte, ou que não tiveram como alcançar o reino do roubo, da corrupção e da insensibilidade.
Passei muitos anos da minha vida sonhando que um dia eu não veria mais famintos, nem seres como eu vivendo pelas ruas, sem-educação, sem-teto, sem-terras, sem-respeito, sendo violentados em seus legítimos direitos, desde que nascidos seres vivos pensantes.
As classes mas abastadas dão as costas a esses humanos que povoam o mundo em condições piores do que vermes, pois vermes estão sempre em seus devidos lugares. Não lhes interessa, ou por imbecilidade ou por medo de que desiguais se tornem mais iguais, repartir conhecimentos, bens morais e materiais. Então se arvoram de donos do mundo e, embora vão servir de comida para os mesmos vermes que devorarão os miseráveis, ou virarem cinzas num forno crematório, sempre julgam que isso é algo que o dinheiro pode até minorar.
Tudo isto (poderia escrever mil páginas) embalado e, caprichosamente instalado em minha mente, me assusta e me dá sinais inequívocos de que não posso mais pensar. Minha impotência e minha insignificância ante os direitistas mal informados, sempre deu em nada, e agora, embora ainda precocemente, sinto que posso caminhar para uma demência incurável e ficar louco de vez.
Não posso mais tolerar o que vejo nem assimilar o que leio e ouço, sem que estremecimentos me abalem de maneira assustadora. Tenho medo de perder de vez a razão e sucumbir definitivamente.
Assim, é uma questão de lucidez para a sobrevivência o meu afastamento total e irrestrito dos problemas que minha incompetência não me permitem nem permitirão jamais resolver. As forças do mal já contaminaram, combaliram e aparvalharam os cérebros formados sob a égide da moderna barbárie do neoliberalismo.
Está aqui decretado o fim de um contestador, Nada impedindo que novos fatos positivos venham alterar esta minha decisão.
O tempo é como uma águia, o passado é como uma fênix e eu sou um beija-flor no meio disso tudo. Pois o tempo voa rápido, o passado sempre ressurge e eu apenas observo, parada no ar, mas em constante movimento.
Sou um livro aberto, pode me ler à vontade, não tenho nada a esconder.
A tarefa difícil é me compreender nas entrelinhas, nas minhas subjetividades poéticas.
Eu sou facilmente conquistada.
Basta ter um sorriso encantador, me fazer dar boas risadas, ter um jeito fofo e me dar atenção. Pronto, fudeu.
Sou como um mar revolto,
cheio de ondas fortes
e há momentos em que
minhas ondas precisam recuar
para tomarem força,
porque até mesmo
um mar revolto
não consegue
ser forte o tempo todo.
Então, eu me afasto.
Pra voltar mais forte...
Mais intensa...
Mais eu.
SOU MAIS EU
Não sou de mandar recado, nem tampouco dar um toque. O que faço dou por acabado, sem precisar fazer retoque.
Não sou nada submissa, isso não me empolga nem atiça. Sou mais eu em qualquer lugar, sem querer a ninguém incomodar.
Da minha vida cuido eu e não adianta querer me mudar. Não acredito em quem prometeu e não prometo para ninguém me cobrar.
Não me meto na vida alheia, para ninguém se meter na minha, tenho sangue bom na veia e não misturo com erva daninha.
Sou fiel, mas sou desconfiada, ando sempre com um pé atrás. Poupo-me para não ser enganada, para que nada roube a minha paz.
Não sou do tipo que fala e depois nega tudo que diz. Falo o que preciso na cara, assim eu vivo mais feliz.
Não tenho tolerância para suportar a falsidade. Podem achar ignorância, mas eu gosto é da verdade.
Quem quiser me conquistar não terá trabalho algum, é só saber me respeitar que não me vendo por preço nenhum.
Entre os mais fortes existem os que nasceram com um dom, e aqueles que trabalham duro… E eu sou um dos que trabalhou duro!
Quer um conselho? Cuidado comigo! Tenho esse rostinho meigo, sou certamente a simpatia em pessoa, mas não provoque o meu lado ruim. Porque eu posso ser ruim, eu posso ser péssima!
A força do amor
Sou o verdadeiro mar em fúria
A onda gigante de um tsunami
O ataque enfurecido de um tubarão
Sou a força inconstante da tempestade
Desaguando no seu coração
Sou a maré cheia, em noites de lua cheia
A Deusa das águas que caminha sobre ela
Sou o cavalo marinho
Que mergulha na imensidão do seu coração
Procurando o caminho pra ter de volta
Um amor que não acabou
Sou o vento forte do furacão
Girando sempre em sua direção
Tirando de você a dor da separação
Trazendo de volta um amor sem explicação
Sou o sol de todos os dias
A lua de todas as noites
Sou as nuvens, o vento fria
A magia contagiante
A brisa que te refresca
O calor escaldante
Sou o amor incondicional
A veste perfeita do funeral
Sou a vida reluzente
A fada dos dentes
Sou tudo que possa imaginar
A dor, o amor, a vida, a morte
Sou à sombra de seu coração
Um amor sem comparação.
Quando sou honesto,admito que sou um amontoado de paradoxos.Creio e duvido,tenho esperança e sinto-me desencorajado,amo e odeio,sinto-me mal quando me sinto bem,sinto-me culpado por não me sentir culpado.Sou confiante e desconfiado.Honesto e ainda assim insincero.
Porque algumas vezes... Em um bom dia... Se eu tentar, com muito esforço eu não sou somente um Senhor do Tempo que fugiu... Eu sou o Doutor.
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